O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que cerca de 600 mil tablets devem ser distribuídos neste ano aos professores. Diante da baixa avaliação qualitativa, o foco da ação será o ensino médio. Os professores receberão, já salvos nos aparelhos, livros didáticos digitais, textos sobre pedagogia e inclusive as aulas da Khan Academy, fundação sem fins lucrativos responsável por, na avaliação do ministério, "um dos mais democráticos e revolucionários métodos de educação digital" - são mais de 3,8 mil vídeoaulas disponíveis na internet.
"Nada substitui a relação entre professor e aluno, mas precisamos dar novos instrumentos para aprimorar a qualidade da educação nas salas de aula", discursou Mercadante, durante seminário, em Brasília, com Salman Khan, fundador da entidade.
As aulas de Khan são acessadas por mais de seis milhões de estudantes por mês. Esse instrumento permite uma "educação gratuita de padrão internacional e acessível a todos", disse o ministro. Atualmente, o ensino, por exemplo, de matemática, física, química e biologia por meio das ações da fundação Khan Academy já foi traduzido e pode ser acessado pelos professores no portal do MEC na internet.
No começo, Khan produzia as aulas em vídeo para ajudar no aprendizado de parentes. Por meio da internet, mais pessoas tiveram acesso a esse método de ensino. Apesar de fortemente criticado, o método, segundo Khan, estimula a relação entre professores e alunos. "Quando se pensa em tecnologia, nós sempre assumimos que ela vai fazer uma coisa desumana", mas, na prática, o instrumento torna a "sala de aula física mais passível de interação", frisou.
Khan ressaltou que os vídeos podem ser assistidos a qualquer lugar, momento e quantas vezes quiser, ou seja, se adaptam ao dia a dia do estudante. Ao contrário da educação tradicional, o método digital acompanha o ritmo de aprendizado do aluno. No ensino clássico, a programação de conteúdo a ser ensinado continua, mesmo com falhas identificadas, por exemplo, nos testes aplicados pelos professores. Em uma comparação com a construção civil, o criador da fundação disse que as obras de prédios não avançam para o segundo andar se a avaliação do nível anterior for, por exemplo, 80%.
O ministro anunciou ainda que o próximo passo será ampliar o projeto a universidades federais. A ideia é aumentar o acesso a aulas, palestras e cursos de ensino superior que devem ser publicados na internet.
FONTE! UOL EDUCAÇÃO.
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