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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Com tablets, empréstimo de livros virtuais é desafio para bibliotecas



Com a popularização dos e-readers (leitores eletrônicos) entre alunos, o empréstimo de livros nas escolas brasileiras passa por um processo de adaptação. Colégios públicos e particulares investem e incentivam o uso de tablets e similares, e os estudantes começam a se familiarizar com a leitura de textos virtuais em dispositivos portáteis. Mas como as bibliotecas estão lidando com essa nova plataforma de leitura?
Na 15ª Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, ocorrida no início de setembro, dois dias foram dedicados à discussão do papel da biblioteca no empréstimo de e-books, da democratização no acesso à leitura e dos desafios impostos com o surgimento de novas tecnologias, um cenário inimaginável há menos de duas décadas, quando existiam poucos aparelhos e eles ainda eram grandes e caros.
Conforme explica o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, há duas linhas principais em estudo que se apresentam como possibilidades para implantação de uma biblioteca para empréstimo de e-books no Brasil. "Uma delas, que vigora na Europa e nos Estados Unidos, indica o empréstimo de livros que são baixados e, depois de alguns dias, desaparecem do suporte utilizado, fazendo com que termine o prazo de uso. A outra se daria por meio do ciberespaço, da chamada 'nuvem'. Dentro desse conceito, os livros ficariam em uma rede disponível a todos e o leitor não chega a baixar os arquivos. Neste caso, haveria a necessidade de pagar uma mensalidade para que o usuário acessasse as obras".
Desde o último dia 5, a Gol Editora já disponibiliza uma biblioteca virtual no endereço www.nuvemdelivros.com.br. "Temos dados que nos propiciam fazer uma biblioteca em nuvem no Brasil, e fazendo com que isso seja popular. O País é o terceiro mercado de computadores do mundo e tem a quinta maior planta de celulares, com mais aparelhos do que habitantes. Esses são fatores que favorecem a implantação de uma rede para a leitura virtual", afirma Jonas Suassuna, presidente do grupo, que pretende disponibilizar seis mil obras a partir de outubro ao custo de R$ 0,99 por semana.
Esse modelo, no entanto, não é unanimidade. "O Brasil é um muito País muito grande e com peculiaridades bem distintas em cada região. Creio que para alcançarmos a tão falada inclusão digital, o ideal seria que o empréstimo de livros virtuais fosse gratuito, como nas bibliotecas convencionais", detalha a professora do curso de biblioteconomia da Universidade Federal de Brasília (UnB), Mônica Regina Perez.
Os piratas do Brasil
Segundo dados da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos, quase 200 mil downloads ilegais de livros foram realizados no País nos últimos dois anos por meio de 50 mil links "alternativos". "Na França, em 2010, o número de livros pirateados foi de, no máximo, 3%. Ou seja, existe segurança para que o empréstimo e a comercialização não sejam irregulares", comenta Amorim.
Sócia-proprietária do site de hospedagem e gerenciamento virtual de livros Alexandria Online, Raquel Mattes acredita que o download ilegal é "uma resposta ao preço caríssimo das obras". "Durante o governo Lula, os livros foram desonerados de qualquer imposto e, mesmo assim, os preços não baixaram. Esse tipo de pirataria só pode ser combatida quando tivermos preços acessíveis à população", diz.
Para Suassuna, a utilização da nuvem seria uma forma de combater a pirataria, já que não é possível baixar o livro e, assim, não daria para copiá-lo.
Livros na rede sem qualquer custo
Enquanto se discute a melhor forma de distribuição do conteúdo, projetos como o Domínio Público (www.dominiopublico.gov.br), do governo federal, que disponibiliza, por exemplo, a obra completa de Machado de Assis, e o Gutenberg (www.gutenberg.org), em inglês, que busca a democratização da leitura por meio da distribuição gratuita de livros em formato digital, ganham espaço. Em ambos os casos, são colocados à disposição do internauta obras cujos direitos autorais já estão liberados para uso.
Com uma proposta um pouco diferente, o Scridb (pt.sTerracribd.com) se anuncia como "o maior clube do livro do planeta". Nele, o leitor compartilha textos com outras pessoas e pode, assim como nos sites já citados, encontrar algumas obras de livre circulação. O problema segue sendo as obras "fechadas", cujo interesse econômico por trás ainda vigora.
Empreste um livro para um amigo
Para esses casos, ainda existe a possibilidade de uma troca entre amigos, que segue viva nas plataformas virtuais. O mais popular leitor de e-books da atualidade, o Kindle, da Amazon, permite o empréstimo de livros virtuais desde novembro do ano passado. O processo é feito de um equipamento para o outro. O usuário que empresta fica 14 dias sem acesso à obra para que o amigo possa ler. Depois desse tempo, ela é bloqueada para quem pegou emprestado e "devolvida" ao dono. Processo muito semelhante a um empréstimo de um livro de papel.
Independentemente da postura adotada, o importante é procurar uma adequação às mudanças que a tecnologia impõe ao hábito de ler. "A biblioteca precisa buscar alternativas para se adaptar a esse processo. A tecnologia está disponível em qualquer lugar e a qualquer momento, e não necessariamente onde está a biblioteca. Logo, ela não pode mais esperar que o usuário vá até a instituição para buscar títulos ou realizar pesquisas, ela precisa ir onde o leitor estiver, disponibilizado obras raras e coleções exclusivas, para atrair o mesmo", ressalta o professor de tecnologia da informação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Antônio Luiz Mattos.
 Fonte: Terra

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Brasil sobe em ranking que avalia a competitividade no setor de TI

O Brasil subiu uma posição no ranking que avalia a competitividade no setor de tecnologia da informação de 66 países. A pesquisa, feita pelo Economist Intelligence Unit e pela Business Software Alliance (BSA), foi divulgada nesta terça-feira (27).
De acordo com a organização do estudo, a melhora no desempenho do país foi puxada pelo bom ambiente de negócios, pelo número de estudantes e empregos em TI e pelas melhoras no ambiente jurídico. Apesar disso, o país perde pontos por tributação excessiva e baixa penetração de PCs e banda larga.
Nesta edição do estudo, o Brasil subiu para o 39º lugar geral, à frente de países com o México, a Argentina e a Colômbia. Desde a primeira realização do ranking, em 2007, o Brasil já subiu quatro posições --a última lista foi divulgada em 2009.
Entre os países que mais posições subiram, destacam-se a Índia --que subiu dez posições--, a Malásia, o Cingapura, a Alemanha, o México e a Polônia. Os primeiros cinco países do ranking são Estados Unidos, Finlândia, Cingapura, Suécia e Reino Unido.
O estudo avalia as condições de 66 países em seis fatores considerados "fundamentais" para a competitividade no setor de tecnologia da informação: o ambiente de negócios, a infraestrutura de TI, o capital humano, ambiente de pesquisa e desenvolvimento, ambiente jurídico e suporte ao desenvolvimento do setor.
"De forma geral, as superpotências de TI já estabelecidas em nível global estão mantendo sua força, mesmo diante da crise econômica. No entanto, novos concorrentes avançam sobre esse domínio", comentou Frank Caramuru, diretor da BSA no Brasil.

Por G1

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ensino vive a 'Era da Tecnologia' em sala de aula

A aula é sobre espaços geográficos. A turma do 2º ano do Ensino Fundamental do Colégio Motiva, localizado em João Pessoa, entra na sala multimídia e se concentra em frente a uma lousa digital. O equipamento, projetor de imagem e sensível ao toque, será usado pelo professor para completar o assunto visto da forma tradicional em sala.
Com essa tecnologia os alunos podem visualizar em cores e 'em tempo real' o globo terrestre, a cidade onde vivem, as ruas; até que a imagem de satélite do 'google earth' vai se aproximando e as crianças começam a identificar elementos da própria paisagem. “Olha o colégio, a piscina, aquele prédio”, apontam os alunos animados e bem à vontade com o assunto.
“Essa lousa é legal. Vou gostar de tudo nessa aula”, comentou Rafael Rocha, um dos alunos escolhidos pelo educador para auxiliar na aula e tocar na lousa. E ferramentas como essa, incluídas nas Tecnologias da Comunicação e da Informação (Tics), têm sido introduzidas no espaço da escola com a intenção de otimizar a assimilação do conteúdo e trazer para sala aquilo que faz parte da realidade dos alunos.
A metodologia, porém, é nova e não tem seus efeitos comprovados. Já existem várias pesquisas que tentam mensurar os diferentes tipos de impacto que a introdução dessas Tics podem ter em sala, mas elas não chegaram a um denominador comum e não há como afirmar o quanto esse recursos influenciam no aprendizado dos alunos e até no resultado de provas.
“Essas pesquisas chegaram a diferentes conclusões: umas mostram resultados positivos, enquanto outras dizem que a tecnologia não é eficiente. Mas, o fato é que as Tics vieram para ficar, já que com ou sem escola fazem parte da vida de todos”, aponta Guilherme Canela , coordenador de Comunicação e Informação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Jornal da Paraíba

Escolas usam robótica para educação tecnológica



Há aproximadamente 15 anos era impossível imaginar uma aula de inglês com o auxílio de uma TV LCD ligada a um computador (com internet banda larga) e ainda tendo como recurso uma prancheta digital móvel, também conectada ao monitor.
“Com essas ferramentas se abrem possibilidades para que haja retorno”, comenta Rafael Cunha, coordenador de tecnologia da Escola Internacional Cidade Viva, localizada em João Pessoa.
O colégio, que funciona há quase dois anos, nasceu tendo como um dos pilares a educação tecnológica: todas as salas de aula são equipadas com computador conectado à internet de banda larga e ligado a uma TV LCD de 42 polegadas. A instituição também dispõe de três pranchetas digitais e um laboratório de informática com 40 netbooks.
“Toda fundamentação do projeto de tecnologia é de adequar o conteúdo à realidade dos jovens de hoje. Eles são cercados de aparelhos de comunicação e tecnologia, qualquer atividade que não envolva isso é obsoleto para eles, fora da realidade”, aponta Rafael Cunha, comentando que as classes complementam o conteúdo visto didaticamente em sala com aulas mais práticas.
A de robótica é um exemplo dessa combinação. “Hoje eles vão montar uma máquina de escrever, contextualizando o que estão aprendendo sobre a escrita no Japão”, esclareceu a professora do 5º ano, Kátia Nauricaa, enquanto estava com os estudantes na sala específica para essa atividade.
“Com a robótica, eles treinam a concentração, o raciocínio lógico e aprendem a trabalhar em equipe. Cada um recebe uma função dentro do grupo, fazendo com que respeitem a individualidade do outro. Tem o apresentador do projeto, aquele que monta, o que cuida das peças etc”, explicou.

Jornal da Paraíba