A aula é sobre espaços geográficos. A turma do 2º ano do Ensino Fundamental do Colégio Motiva, localizado em João Pessoa, entra na sala multimídia e se concentra em frente a uma lousa digital. O equipamento, projetor de imagem e sensível ao toque, será usado pelo professor para completar o assunto visto da forma tradicional em sala.
Com essa tecnologia os alunos podem visualizar em cores e 'em tempo real' o globo terrestre, a cidade onde vivem, as ruas; até que a imagem de satélite do 'google earth' vai se aproximando e as crianças começam a identificar elementos da própria paisagem. “Olha o colégio, a piscina, aquele prédio”, apontam os alunos animados e bem à vontade com o assunto.
“Essa lousa é legal. Vou gostar de tudo nessa aula”, comentou Rafael Rocha, um dos alunos escolhidos pelo educador para auxiliar na aula e tocar na lousa. E ferramentas como essa, incluídas nas Tecnologias da Comunicação e da Informação (Tics), têm sido introduzidas no espaço da escola com a intenção de otimizar a assimilação do conteúdo e trazer para sala aquilo que faz parte da realidade dos alunos.
A metodologia, porém, é nova e não tem seus efeitos comprovados. Já existem várias pesquisas que tentam mensurar os diferentes tipos de impacto que a introdução dessas Tics podem ter em sala, mas elas não chegaram a um denominador comum e não há como afirmar o quanto esse recursos influenciam no aprendizado dos alunos e até no resultado de provas.
“Essas pesquisas chegaram a diferentes conclusões: umas mostram resultados positivos, enquanto outras dizem que a tecnologia não é eficiente. Mas, o fato é que as Tics vieram para ficar, já que com ou sem escola fazem parte da vida de todos”, aponta Guilherme Canela , coordenador de Comunicação e Informação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Jornal da Paraíba
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