Servidores e servidoras públicos/as estaduais, ao lado da Central Única dos Trabalhadores/Alagoas, realizaram, na manhã desta 3ª feira (11/06), à porta do Palácio do Governo (sede do Executivo estadual), um democrático protesto para denunciar à população alagoana a manipulação de dados quanto à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), rejeitar o "reajuste de fome" imposto pelo estado (de 5,83%) e reivindicar o justo reajuste da ordem de 15% (quinze por cento).
Sem diálogo
A mobilização dos servidores e servidoras, que englobou, além da CUT/AL, vários sindicatos filiados a esta Central (entre estes o Sinteal) e que teve o apoio do movimento agrário, teve como "resposta" do governo a insensibilidade total, já que nenhum representante foi enviado para negociar com as lideranças sindicais. A presidenta da CUT/AL, Amélia Fernandes, criticou a postura do governo afirmando que, "até o presente momento, só tivemos uma reunião com o Gestão Pública, que não avançou em nenhum resultado concreto".
"Nosso protesto é para mostrar a população que o Governo do Estado maquia e manipula dados para não oferecer reajustes que são possíveis e justos. Entra ano, sai ano, o governo vem com a desculpa esfarrapada do respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, e essa artimanha já esgotou a paciência dos servidores", disse a vice-presidenta do Sinteal, Célia Capistrano.
"Café-da-manhã de protesto"
A concentração dos servidores e servidoras públicos/as estaduais e da CUT/AL começou às 08h00, com a armação de três tendas em frente ao Palácio do Governo. Durante toda a manhã, lideranças sindicais e companheiros e companheiras da base de várias categorias fizeram questão de criticar a postura antidemocrática do governo estadual, num protesto que só veio terminar ao meio dia, com uma "pitada" de forró, para lembrar da aproximação das festas juninas (apesar de tudo).
Mais mobilizações
Servidores e servidoras demonstraram muita força e organização e prometem mais manifestações enquanto perdurar a postura antidemocrática e antitrabalhadora do Governo do Estado, na demora para negociar com os/as trabalhadores/as, seus sindicatos e a CUT/AL.
15% de reajuste já!
A luta para que seja (re)aberta uma mesa de negociação com o Governo do Estado vão continuar, mas a disposição dos sindicatos e dos/as trabalhadores/as é conquistar aquilo a que todos os servidores e servidoras públicos/as estaduais de Alagoas têm direito.
"Tentamos negociar, mas a resposta do governo foi a implantação do reajuste de fome de cinco vírgula oitenta e três por cento, por imposição, sem nenhum diálogo. Este valor nós rejeitamos! Queremos um reajuste salarial de quinze por cento para todas as categorias", finalizou a vice-presidenta do Sinteal.
(SINTEAL, 11.06.13)
Por CNTE