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sábado, 9 de junho de 2012

Por causa das redes sociais, mercado e faculdades estão se renovando



Nas agências de publicidade, equipes de atendimento, planejamento, criação e mídia atuam juntos em campanhas (Foto: Reprodução)
Em meio a miniaturas e pistolas d'água, apenas duas pessoas trabalhavam à tarde no departamento de criação da agência de comunicação online TV1.com. Uma delas era a redatora publicitária Maria Ligia Monteiro de Araujo, de 30 anos. Ela logo explicou a ausência dos colegas: "Eles viraram a noite trabalhando".
Horários pouco ortodoxos para cumprir os prazos do cliente e ambientes de trabalho descontraídos são duas das principais características da publicidade, ramo responsável por desenhar as estratégias de comunicação de marcas, produtos e empresas com seus públicos.
Nos últimos anos, porém, a carreira tem tido que se adaptar às novas gerações de consumidores, cada vez mais exigentes e determinadas a cumprir um papel ativo em suas decisões de compra.
Para isso, tanto o mercado quanto a academia têm se apressado em renovar suas linguagens e aprofundar os novos conhecimentos da publicidade relacionados às mídias digitais, segundo Eric Messa, professor do curso de publicidade e propaganda da Faculdade de Comunicação e Marketing da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap).
"Quem está trabalhando com isso hoje é quem teve que aprender na marra, mas esse conhecimento aos poucos está se sedimentando e se tornando um conteúdo que você consegue transmitir para alguém. Essas pessoas já têm um repertório, e estão se tornando professoras", afirmou. O cenário atual da carreira, segundo ele, é parecido ao da década de 1960. Quando surgiu o curso superior de publicidade, as agências já existiam, e eram lideradas por profissionais formados em engenharia, administração e outras carreiras, que precisaram aprender "na prática".
As redes sociais como Twitter e Facebook, impulsionadas pela adesão de cada vez mais consumidores, não apenas criaram novos ramos de atuação para profissionais de publicidade, como também transformaram o modo como a área lida com os veículos tradicionais. Um comercial de televisão, segundo Messa, não é mais feito hoje da mesma forma que há 20 anos, por exemplo.
Nas agências, os publicitários atuam nas áreas de atendimento, planejamento, mídia, criação e arte, atuando em equipe sob a orientação da gerência de projetos.
Ele destacou ainda a crescente demanda por profissionais de outras áreas, principalmente do jornalismo, para atuar no ramo de "branded content", como é conhecida a produção de conteúdo de entretenimento pelas marcas, e não apenas propaganda.
A área tem ganhado cada vez mais espaço por causa de necessidade de abordar consumidores que já não assistem aos comerciais de maneira passiva.
Um exemplo de "branded content" citado por Messa é o filme "Náufrago", protagonizado pelo ator Tom Hanks, em que uma empresa de correios e outra de materiais esportivos não apenas divulgaram suas marcas, mas se inseriram na história, atuando como personagens coadjuvantes.
Guia de carreiras: publicidade (Foto: Editoria de Arte/G1)
Curiosidade
Apesar das novidades, algumas características do perfil exigido de um publicitário permanecem inalteradas. Para Maria Ligia, a curiosidade é um requisito obrigatório em qualquer profissional da área. "Tem que assistir a muitos filmes, ler muitas revistas, muitos blogs, ver jornal, saber um pouco do que tem sido falado na novela... Não precisa gostar, só precisa estar por dentro, precisa saber sim de notícias, ter noção de economia, ligar o radarzinho e saber um pouquinho sobre tudo."
Esse é o truque, segundo ela, para que os profissionais de criação sejam bem sucedidos. "Isso é o que faz com que você nunca pare de ter ideias. Trabalhar com criatividade exige que você busque muitas fontes."
Além disso, segundo Messa, o vestibulando interessado em se formar publicitário deve ser "necessariamente alguém que goste da área de humanidades, desses assuntos que, dentro da faculdade, ele veria em aulas de antropologia, sociologia, filosofia, psicologia". Para o professor da Faap, o publicitário tem que estar preparado para "aplicar na prática fundamentos teóricos que vêm dessas áreas".
Embora atraente a pessoas interessadas em cultura e eventos, os profissionais alertam que nem tudo é glamour na carreira. Os salários, principalmente nas agências segmentadas, que oferecem um serviço específico (caso das agências de mídias sociais), começam baixos (veja tabela ao lado com a faixa salarial média), boa parte das empresas prefere contratar pessoas jurídicas em vez do regime CLT e nem todo cliente permite que a criatividade seja tão livre quanto o publicitário gostaria que fosse.
Vanessa de Oliveira Lima, consultora independente de recursos humanos no ramo da comunicação, explicou que, ao analisar uma vaga de emprego, o profissional deve olhar para o pacote de benefícios da empresa, e não só para o salário. "Tem que ver se há remuneração variável, como o PLR [participação em lucros e resultados], se a empresa oferece plano de carreira, possibilidades de desenvolvimento, parcerias com empresas e a possibilidade de fazer carreira internacional", disse.
Para a consultora, atualmente é melhor, financeiramente, que o recém-formado participe de programas de trainees, em vez de ser efetivado depois do estágio. Se for esse o caso, porém, ela afirmou que, hoje em dia, profissionais atuantes no departamento de comunicação das marcas anunciantes, principalmente nos ramos de telecomunicações, finanças e tecnologia, ganham mais que os publicitários de agências que prestam serviço a diversos clientes.
'Offline' e 'online'
A projeção que Maria Ligia e Eric Messa fazem para a profissão nos próximos anos é a exigência de profissionais cada vez mais capazes de lidar tanto com os meios digitais quanto com os analógicos.
"Acho que virá uma nova geração com conhecimento melhor formado nesse assunto porque ela teve embasamento acadêmico", explicou Messa.
Os próximos profissionais da publicidade já deverão, segundo Ligia, compreender e aceitar que não há divisão entre "offline" e "online". Essas expressões, para ela, já caíram em desuso.
"A partir do momento em que a gente faz um evento e ele é compartilhado na internet através de fotos, e as pessoas podem opinar tanto lá, presencialmente, quanto digitalmente, e isso no dia seguinte vira pauta de um jornal que é impresso, essa divisão não existe", afirmou Ligia. "Se você está escolhendo essa profissão hoje, é importante você estar preparado para atuar tanto no digital quanto fora dele."

Por G1

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

terça-feira, 5 de junho de 2012

Inep divulga resultados da Prova Brasil para gestores educacionais



O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta segunda, dia 4, os resultados preliminares do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB/Prova Brasil 2011. Os dados estão acessíveis a gestores educacionais, que podem consultá-los utilizando o login e a senha do Educacenso, por meio do Sistema de Divulgação online, disponível na página eletrônica do Inep.
Os diretores de escola e secretários municipais e estaduais de educação têm até 13 de junho deste ano para solicitar ao Inep eventuais correções nas médias de desempenho, através da interposição de recursos.
A partir dessa data, os dados estarão disponíveis a toda a sociedade. No caso da Prova Brasil, aplicada a estudantes de 5º e 9º anos, ainda pode ser observado o desempenho específico das escolas públicas urbanas do país.
O recurso a ser interposto por gestores ao Inep deve ocorrer por meio de ofício assinado pelo diretor da escola ou secretário municipal ou estadual de educação com as justificativas que fundamentem a solicitação de correção. Os ofícios deverão ser digitalizados, anexados e enviados por meio de formulário eletrônico. Só serão aceitos recursos encaminhados por meio eletrônico.
A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) servem para avaliar o sistema educacional brasileiro, a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. Professores e diretores das turmas e escolas avaliadas também respondem a questionários que coletam dados demográficos, profissionais e de condições de trabalho. A partir das informações do Saeb e da Prova Brasil, o Ministério da Educação e as secretarias estaduais e municipais de Educação podem definir ações voltadas ao aprimoramento da qualidade da educação no País e a redução das desigualdades. As médias de desempenho nessas avaliações também subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Com informações da Agência Brasil.
Por Terra

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Software possibilita maior eficiência no ensino de disléxicos



Os pesquisadores Cíntia Salgado Azoni, Sylvia Maria Ciasca e Ricardo Franco de Lima participaram do projeto da Unicamp. Foto: Antoninho Perri/Ascom/Unicamp/Divulgação
O processo de alfabetização não é simples. São novos signos, fonemas, esquemas ortográficos, significados diversos para coisas que antes eram apenas símbolos em um papel. Além da dificuldade natural que é entrar no mundo das palavras pela primeira vez, há crianças que apresentam defasagem insistente em relação ao ritmo de aprendizagem do restante da turma, o que pode ser um sinal de dislexia. "É uma diferença no processamento de informações", resume Maria Inêz Ocanã De Luca, neuropsicóloga especialista na área.

A profissional também explica que a dislexia pode ser observada em três níveis: leve, moderada e severa, dependendo do quão complicado é para essa criança a interpretação de signos e textos.
Partindo do problema que é encontrar uma forma de facilitar a alfabetização dessas crianças, Cíntia Salgado Azoni, doutora em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), fez sua tese - concluída em 2010 - com o intuito de desenvolver um software para aumentar a absorção das lições por parte dos disléxicos. Agora, os pesquisadores da Unicamp estão implantando melhorias no programa de computador para que seja possível usá-lo também com adolescentes que apresentem as mesmas condições.
A pesquisa, que gerou o Programa de Remediação Fonológica (Prefon), reuniu 31 crianças entre 9 e 12 anos diagnosticadas com o distúrbio. Dessas, um grupo fez uso do software e o outro, primeiramente, não. "O grupo que usou apresentou significativa melhoria. Melhoraram em vários aspectos, como nas habilidades da linguagem, atividades de consciência fonológica, memória e trabalho", conta Cíntia. Ela ressalta que o processo não é de cura, mas de melhoria do quadro geral da criança.
Podendo ser manipulado pela própria criança, mas contando com acompanhamento de um profissional, o programa funciona em qualquer computador. Nele, o aluno é estimulado a realizar diversas atividades, como jogos. Uma parceria com alunos de mestrado do Instituto de Biologia da universidade permitiu o desenvolvimento de atividades para manter a atenção e o desempenho das crianças. Há muitos estímulos visuais e auditivos para auxiliar no aprendizado mais efetivo das lições no processo de alfabetização, e são usadas estratégias de linguagens nas quais as crianças com dislexia têm mais dificuldade, como a rima.
Disléxicos no País
Há parcerias com outros órgãos de ensino, e o projeto teve o apoio do Instituto ABCD. No entanto, não há verba governamental direta nem projeção de implantação do sistema nas redes de ensino do País. Cíntia cita que alguns estudos apontam para uma taxa de 2% de efetivos disléxicos entre os jovens que apresentam dificuldade de aprendizagem. O número é pequeno, mas o diagnóstico também não é simples de ser feito. Ela afirma que no laboratório onde trabalha na Unicamp há uma preocupação em apurar o real problema por meio de uma avaliação interdisciplinar.
A neuropsicóloga Maria Inêz explica que não há uma legislação específica que garanta os direitos dos disléxicos no Brasil. Eles acabam amparados por regras mais genéricas, que tratam de crianças com deficiências de um modo geral. "Algumas escolas trabalham muito bem, outras, nada bem. Há um projeto em andamento para a aplicação de provas orais nessas crianças, mas há certa dificuldade em passar leis desse tipo porque é necessário o reconhecimento de que existe um transtorno e que ele precisa ser tratado e, quando esse reconhecimento existe, o governo tem que propiciar solução", explica.
Já que não há quem efetivamente garanta um tratamento diferenciado para quem apresenta esse distúrbio cognitivo, a vida de quem tem dislexia não é fácil em nenhum nível educacional, seja em ensino fundamental, médio ou mesmo superior. E não é só a falta de recursos e treinamento dos professores que atrapalha. Maria Inêz explica que, como há muita competição entre as escolas particulares no sentido de terem um bom índice de aprovação no vestibular, muitos jovens com dificuldades de cognição são convidados a se retirar dos colégios que frequentam.
A Associação Brasileira de Dislexia, órgão ao qual a neuropsicóloga é ligada, oferece periodicamente treinamento para professores das redes pública e privada que queiram entender melhor os processos de ensino para uma criança com dislexia. Alguns, com valor mais acessível, para incentivar a reciclagem dos profissionais. Mais informações sobre esses cursos podem ser obtidas no site da instituição. site da instituição. "São pequenas diferenças que podem ser feitas em sala de aula, mas que demandam interesse, disposição e tempo dos profissionais", diz Maria Inêz.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

Com informações do Blog do Professor Ivanilson