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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Para conferencista, tecnologia deve ser adaptada à educação


Em seu segundo dia de debate, o Seminário Latino-Americano de Disseminação de Conteúdos Digitais contou com relatos de representantes dos países participantes acerca das políticas para a implantação desses conteúdos nas escolas do continente. Foram destacados os avanços e dificuldades encontradas pelos participantes com relação a esse tema.
O vice-presidente da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura), Fernando Almeida, conferencista convidado desta quinta-feira, 14, lembrou que a tecnologia não nasceu como um instrumento de ensino. Segundo ele, é necessário que os principais atores ligados ao processo de aprendizagem permitam que a escola se aproprie da tecnologia para uso na educação. 
“Quem pilota essa mudança é o educador que está em sala de aula”, destaca.

O professor Almeida ressaltou em sua apresentação pela manhã que o modelo de ensino e de escola pública dos países participantes é algo recente, e a tecnologia é um eixo importante nesse processo de estruturação do novo modelo escolar. Ele também observou que as experiências compartilhadas no evento são fruto de trabalhos desenvolvidos há décadas e que ainda se encontram em implantação. “É um longo trabalho de gestação de experiências. São projetos interessantes que hoje representam uma grande riqueza na América Latina”, afirmou.

Almeida destacou o papel da universidade nessa apropriação das tecnologias digitais pelas escolas. Ele também lembrou a necessidade de uma aproximação entre universidades e escolas, por meio da realização de pesquisas sobre o uso da tecnologia no ambiente escolar e da formação de professores para o uso pedagógico das mídias. “As universidades brasileiras são bandeiras fundamentais para a apropriação dessas tecnologias”, disse.

O Seminário Latino-Americano de Disseminação de Conteúdos Digitais, que discute a presença e implantação das tecnologias digitais nas escolas do continente, termina nesta sexta-feira, 15.  

Assessoria de Comunicação Social

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Smartphones e tablets ajudam a alfabetizar jovens e adultos



Usados para a comunicação e a troca de informações por pessoas de todas as idades, aparelhos como smartphones e tablets também podem ser ferramentas educativas. Os aparelhos são úteis em atividades de alfabetização, no ensino de matemática ou de uma língua estrangeira.
Cofundador da Anhanguera Educacional, o matemático José Luis Poli constatou, em visitas a escolas voltadas para o público jovem e adulto, que muitos alunos de faixa etária avançada, embora analfabetos, possuíam celulares e dominavam bem os mecanismos do aparelho. A observação deu início a elaboração do que hoje é chamado de Palma (Programa de Alfabetização na Língua Materna).

Em 2009, o professor de matemática se desvinculou da Anhanguera para se dedicar ao projeto que prevê aos participantes a alfabetização, o ensino básico de matemática e de ciência - que envolve lições de higiene, saúde e qualidade de vida -, por meio do smartphone. Em abril do ano passado, 160 alunos começaram a testar o software desenvolvido para os celulares, que usa a combinação de sons, letras, números e imagens como método de ensino.
O projeto piloto está sendo implantado em colégios públicos de São Paulo, localizados em cidades como Araras, Campinas e Franca. Os participantes do Palma são na sua maioria trabalhadores, na faixa etária entre os 20 e 30 anos e do sexo feminino. "São pessoas com uma dura jornada de trabalho que têm pouco tempo disponível para o estudo. O objetivo de promover educação por um smartphone é também na facilidade que ele oferece aos alunos em realizarem exercícios em suas horas vagas como nas refeições ou deslocamentos durante o dia", explica o mentor do programa.
Os alunos recebem gratuitamente os smartphones, por onde acessam o programa diariamente. O desempenho deles é medido ao final de cada atividade, através de um sistema de monitoramento instantâneo, via mensagem SMS. Com isso, o professor tem o mapa individualizado de sua aprendizagem. O educador recebe um treinamento sobre como funciona a metodologia do Palma antes de iniciar seus trabalhos. Durante as aulas, eles deixam, no primeiro momento, os participantes interagirem individualmente com o sistema do celular, para depois passar as lições programadas para o dia.
"Acredito no potencial das tecnologias como um instrumento de educação por oferecerem grandes facilidades de aprendizado, serem capazes de motivar o estudante, uma vez que o aluno se identifica com o aparelho e, portanto, deixarem as aulas dos professores mais atrativas", defende Poli.
O professor de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e de Alfabetização da USP Claudemir Belintane também acredita que os recursos desses meios podem contribuir para a formação de um aluno, mas ressalta a necessidade de cuidados especiais. "Abraçar as tecnologias sem cuidados pode significar a desestruturação de uma escola, de um curso ou de um programa", alerta.
A introdução de aparelhos tecnológicos nas salas de aula é um fenômeno estudado por Belintane há cerca de 15 anos. Seus estudos são aplicados a alunos do ensino fundamental e passados a estudantes de graduação. Em pesquisa recente, constatou que os tablets podem servir como uma ferramenta facilitadora a crianças com dificuldades de aprendizagem na escrita. Conforme a análise, o touchscreen, que permite arrastar objetos, estende o potencial de expressão e memória, exercícios que ajudam nesse aprendizado.
Estudos como esse fazem o professor da USP defender o uso de tecnologias nas instituições de ensino, desde que elas sejam aplicadas de forma a expandir as capacidades preexistentes dos estudantes e não como uma fórmula mágica do conhecimento. "É preciso lembrar que um recurso potente como o computador não substitui e nem diminui a necessidade de esforços na aprendizagem. Para aprender, é necessário primeiro de esforço e dedicação", conclui.
Língua estrangeira é ensinada no celular
A Ezlearn, empresa de tecnologia educacional fundada em 2009, iniciou há cerca de dois meses um curso de inglês e espanhol pelo celular. O conteúdo é passado por SMS, e o tempo do treinamento é de quatro meses. Durante esse período, o aluno responde a perguntas, também por SMS, para avaliar o seu desempenho e possibilitar a adequação do curso conforme o seu nível de aprendizado.
A ideia do projeto surgiu da constatação da crescente aquisição de dispositivos móveis, sendo que um dos públicos que mais consome esses aparelhos no Brasil é a classe C. Com o custo de R$ 0,99 por semana, a capacitação foi desenvolvida justamente para essa parcela da população brasileira. "Há uma demanda muito grande da classe média em se profissionalizar ainda mais com a aproximação de eventos que ocorrerão no país como a Copa do Mundo e as Olimpíadas", afirma a presidente da Ezlearn, Ana Gabriela Pessoa.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Pesquisa indica benefícios da internet para linguagem escrita



A adoção de um sistema online para o aprendizado infantil permite aos alunos melhorarem suas habilidades para a escrita de maneira notável, segundo o resultado de um estudo realizado na Suíça nos últimos três anos divulgado nesta terça-feira.
A principal conclusão é que as crianças que tiveram acesso ao sistema - no qual podiam ler, escrever e conversar livremente - aprenderam a escrever seus textos de maneira mais interessante para o leitor, e inclusive com melhor ortografia.

O estudo foi dirigido pelo professor Hans-Jakob Schneider, da Escola de Estudos Sociais do noroeste da Suíça. A equipe de docentes trabalhou com 724 crianças entre sete e dez anos (num total de 44 turmas) de três diferentes cantões do país (Argóvia, Zurique e Basileia), divididas em dois grupos.
Os alunos do primeiro grupo tiveram de se inscrever no sistema online, enquanto os do segundo grupo não tinham acesso algum e escreviam seus textos no papel. O que se observou é que a experiência no sistema online permitiu às crianças melhorar sua linguagem narrativa, habilidade que desenvolveram muito melhor que as do segundo grupo após os três anos que durou a experiência, financiada pelo Fundo Nacional Suíço (FNS), organismo público que promove a pesquisa científica.
Os professores detectaram que as diferenças eram particularmente significativas nas "marcas linguísticas visíveis" do texto, pois as crianças que trabalharam com a plataforma online usavam mais conjunções temporais, como "primeiramente" e "em seguida".
Além disso, faziam uso de frases ou palavras que reavivavam a atenção do leitor, como "de repente", enquanto seus adjetivos e verbos tinham mais a ver com as emoções. Em suma, seus textos eram mais atrativos que os do grupo que escrevia em papel.
A pesquisa determinou que a razão disso era que, no grupo que usou internet, os alunos tentavam envolver mais o leitor, queriam que o texto fosse atraente e podiam deduzir - ao observar os textos que eram mais lidos no sistema - o que mais podia chamar a atenção do leitor. Diferente do que se poderia pensar, a ortografia deste grupo não ficou pior, mas pelo contrário, o que é louvável sobretudo quando se leva em conta que os professores não corrigiam o que escreviam no sistema.
EFE
EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Com Informações do Blog do Professor Ivanilson

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Microsoft lança rede social só para professores



A Microsoft desenvolveu uma rede social para conectar professores de todo o mundo. A PIL (sigla em inglês para Parceiros na Aprendizagem), que surgiu como projeto da empresa em 2003, hoje conta com mais de quatro milhões de usuários em 119 países.
Segundo o diretor de educação da Microsoft, Emílio Munaro, a meta é dobrar o número de perfis na rede até 2014. "A PIL é um espaço colaborativo, onde professores podem trocar ideias e compartilhar experiências", diz. "O objetivo é falar de educação como um todo, do comportamento de alunos em sala de aula a questões sobre tecnologia no ensino."

De acordo com uma pesquisa realizada pela Microsoft, o Brasil está entre os 15 países que mais participam da rede. Para o professor Jorge Cesar Coelho, cadastrado no site há um ano, essa grande participação se justifica pela facilidade de uso das ferramentas da PIL.
"Eu conheço outras redes que oferecem conteúdo educacional, mas geralmente é muito fraco. Elas têm apresentações de PowerPoint e só. Na PIL há mais recursos, que, embora sofisticados, são muito simples de usar", comenta o professor, que mantém um grupo de discussão com colegas de Índia, Estados Unidos, Arábia Saudita e Taiwan graças às ferramentas de tradução da rede.
Além de converter textos para 36 idiomas diferentes, a PIL apresenta vídeos tutoriais que ensinam como customizar videogames para fins didáticos ou como criar uma rádio digital para ouvir notícias da época de Pedro Álvares Cabral, por exemplo. "Hoje em dia é preciso estimular o aluno, criar jogos para ele passar de fase, usar a tecnologia de forma mais dinâmica", diz Coelho.
Embora seja destinada a professores, a PIL, assim como outras redes sociais, não está imune a perfis falsos. De acordo com o diretor de educação da Microsoft, existe uma equipe da empresa responsável por fiscalizar os conteúdos publicados na rede, mas não há como comprovar se determinada conta é mantida por um educador de verdade.
Entretanto, segundo o professor Coelho, é possível desconfiar dos perfis fakes. "Quando cadastramos nosso perfil no site, geralmente o atrelamos ao perfil de uma unidade escolar. Se uma pessoa não identifica o lugar onde trabalha, já é considerada suspeita", diz. "Existe uma espécie de autorregulação, mais ou menos como acontece na Wikipedia". 

Estadão


Com informações do Blog do Professor Ivanilson