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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Planejamento e as Mídias

As mídias são recursos que oportunizam mudanças no espaço escolar, permitindo um novo caminho de acesso a construção do conhecimento, auxiliando nas tarefas desenvolvidas em sala de aula.
Literalmente “mídia” é o plural da palavra “meio”, cujos correspondentes em latim são “media” e “medium”, respectivamente.
Cada mídia requer  planejamento cuidadoso pois há riscos com relação ao uso inadequado que se não for bem trabalhado ocasionará  alguns transtornos desagradaveis e ao invés de educar, deseducam.
A proposta inicial é formar o professor para uso adequado das mídias, discutir expectativas com relação ao uso das mídias, integrar prática e formação.
Os passo para essa conquista está no planejamento eficaz.
O planejamento estabelece a direção a ser seguida visando um maior grau de interação com o ambiente. É uma orientação que devemos discutir como conviver com as mudanças,  novos tempos em intervalos cada vez mais curtos, o que é hoje amanhã não será mais, aprender ousar, pensar estratégico com olhos no futuro.
O planejamento é uma técnica que serve para lidar com o futuro, é um processo consciente de se tomar decisões, faz parte da vida do ser humano, tudo que realiza mesmo sem intenção definida requer planejamento, para mudar  a rotina dos acontecimentos sente a necessidade de organização e precisa de ações para alcançar  metas, ao definir prioridades passa ser estratégico.
O planejamento apresenta propostas baseada em estudos, investigação da situação atual, avaliação de um problema específico, necessita busca formas de transformar sonhos em realidade concretizar ações para melhorar a rotina seguindo um roteiro com recursos que favoreçam o alcance do esperado.
É importante conhecer os objetivos da formação para uso das mídias, não basta ter as mídias ao alcance mas fazer bom uso na aprendizagem significativa, o planejamento de formação é passo inicial para reflexão sobre os rendimentos docente e discente.
A escola é responsável pelo processo ensino aprendizagem, local onde ocorre de fato aprendizagem. O professor, mediador, facilitador do processo deve estar preparado para enfrentar as adversidades, aprender pensar grande, lidar com situações dificies, com o inesperado em um mundo de constantes mudanças. Uma sociedade com valores diversificados trabalhar o desenvolvimento integral do aluno, reconhecer as individualidades constitui grande desafio.
A criança hoje, consideradas “nativos digital” possui domínios sobres as tecnologias com facilidade, enquanto alguns professores tentam se adaptar a esta nova realidade.
A integração das mídias no contexto escolar quando bem utilizada resolve algumas situações indesejadas, questões que se transformariam em problemas futuros, para isso, além do conhecimento e uso adequado, é fundamental uma boa estratégia que conseguiremos com um bom planejamento.
O processo de formação do professor para o uso das midias é uma estratégia que viabiliza recursos, para execução das atividades, contribui para reflexões sobre o impacto das novas tecnologias nos diversos aspectos de vida do cidadão. Conhecer e utilizar as mídias poderá ser solução de alguns problemas e propostas pra novos resultados.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mudar a forma de ensinar e de aprender com tecnologias

Educar o educador

José Manuel Moran
Especialista em mudanças na educação presencial e a distância
Aprender a ensinar

Um dos eixos das mudanças na educação passa pela transformação da educação em um processo de comunicação autêntica e aberta entre professores e alunos, principalmente, incluindo também administradores, funcionários e a comunidade, principalmente os pais. Só vale a pena ser educador dentro de um contexto comunicacional participativo, interativo, vivencial. Só aprendemos profundamente dentro deste contexto. Não vale a pena ensinar dentro de estruturas autoritárias e ensinar de forma autoritária. Pode até ser mais eficiente a curto prazo - os alunos aprendem rapidamente determinados conteúdos programáticos - mas não aprendem a ser pessoas, a ser cidadãos.

Com ou sem tecnologias avançadas podemos vivenciar processos participativos de compartilhamento de ensinar e aprender (poder distribuído) através da comunicação mais aberta, confiante, de motivação constante, de integração de todas as possibilidades da aula-pesquisa/aula-comunicação, num processo dinâmico e amplo de informação inovadora, reelaborada pessoalmente e em grupo, de integração do objeto de estudo em todas as dimensões pessoais: cognitivas, emotivas, sociais, éticas e utilizando todas as habilidades disponíveis do professor e do aluno.

Cada um de nós professores/pais colabora com um pequeno espaço, uma pedra, na construção dinâmica do "mosaico" sensorial-intelectual-emocional de cada aluno. Ele vai organizando continuamente seu quadro referencial de valores, idéias, atitudes, a partir de alguns eixos fundamentais comuns como a liberdade, a cooperação, a integração pessoal.

Só podemos educar para a autonomia, para a liberdade com autonomia e liberdade. Uma das tarefas mais urgentes é educar o educador/pai para uma nova relação no processo de ensinar e aprender, mais aberta, participativa, respeitosa do ritmo da cada aluno, das habilidades específicas de cada um.

É importante termos educadores/pais com um amadurecimento intelectual, emocional e comunicacional que facilite todo o processo de organizar a aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca que o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de estabelecer formas democráticas de pesquisa e de comunicação.
Aprender a ensinar

Só podemos ensinar até onde conseguimos aprender. E se temos tantas dificuldades em ensinar, entre outras coisas, é porque aprendemos pouco até agora. Se admitíssemos nossa ignorância quase total sobre tudo - tanto docentes como alunos - estaríamos mais abertos para o novo, para aprender. Mas ao pensar que sabemos muito, limitamos nosso foco, repetimos fórmulas, avançamos devagar.

Sabemos muito, mas não sabemos o principal. Temos conhecimentos pontuais, mas nos falta o referencial maior, o que dá sentido ao nosso viver. Por que e para que aprendemos? Quando só temos objetivos utilitaristas - como conseguir um diploma, um emprego, ganhar dinheiro - isso concentra nossos esforços, mas estreita nosso raio de visão, de percepção.

Temos visões parciais, que se constroem com dificuldade e estão inseridas numa dinâmica informativa volátil. Se aceitamos isso profundamente e com confiança, poderemos começar a procurar com menos ansiedade, a intercambiar nossas pequenas descobertas, a estarmos mais atentos a tudo, a não acreditar em verdades dogmáticas, simplistas. Perceberemos que a realidade é muito mais complexa do que as explicações científicas e que, ao mesmo tempo, iremos apoiando-nos na ciência para avançar a partir dela sem cair em explicações sem consistência.

Ensinar não é só falar, mas comunicar-se com credibilidade. É falar de algo que conhecemos intelectual e vivencialmente e que, pela interação autêntica, contribua para que os outros e nós mesmos avancemos no grau de compreensão do que existe.

Ensinaremos melhor se mantivermos uma atitude inquieta, humilde e confiante com a vida, com os outros e conosco, tentando sempre aprender, comunicar e praticar o que percebemos até onde nos for possível em cada momento. Isso nos dará muita credibilidade, uma das condições fundamentais para que o ensino aconteça. Se inspirarmos credibilidade, poderemos ensinar de forma mais fácil e abrangente. A credibilidade depende de continuar mantendo a atitude honesta e autêntica de investigação e de comunicação, algo não muito fácil numa sociedade ansiosa por novidades e onde há formas de comunicação dominadas pelo marketing, mais do que pela autenticidade.

Só pessoas livres - ou em processo de libertação - podem educar para a liberdade, podem educar livremente. Só pessoas livres merecem o diploma de educadoras. Necessitamos de muitas pessoas livres na educação que modifiquem as estruturas arcaicas, autoritárias do ensino. Só pessoas autônomas, livres podem transformar a sociedade.
http://www.eca.usp.br/prof/moran/educar.htm

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR

O cenário educacional requer que os professores saibam utilizar os recursos pedagógicos tecnológicos e para atuarem no novo modelo de educação é fundamental que haja a capacitação dos professores, uma vez que o processo de formação continuada é uma forma de aprofundamento e aperfeiçoamento do educador para exercer sua atividade profissional.
Sabemos que a formação de professores para a integração das tecnologias digitais é muito discutida atualmente e já existem vários cursos na área, no entanto, as Tics continuam sendo um grande desafio para o professor que precisa apropriar-se de tais recursos e integrá-los ao seu cotidiano na sala de aula. Sendo assim, ficam as interrogações, será que os cursos promovidos atendem as necessidades do professor, de modo que este realmente prepare-o? Percebemos que a partir de várias parcerias, já existiram e existem cursos de formação para a inclusão das Tics, a exemplo, TV escola, um salto para o futuro, eproinfo e outros, o que é preciso fazer para que esses cursos sejam realmente eficazes?
Espero a sua colaboração para juntos continuarmos essa discussão.

O EDUCADOR TRANSFORMANDO
A SUA PRÁTICA

O governo federal, por meio do Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo), está instalando laboratórios de Informática em escolas e promovendo a preparação de professores para o uso do computador no processo pedagógico. É uma ação ousada e imperiosa para o desenvolvimento da nossa nação. Porque não se trata simplesmente de disponibilizar equipamentos, mas principalmente de preparar professores para uma prática inovadora junto com os alunos.
A proposta do Proinfo é o resultado de pesquisas desenvolvidas no Brasil desde os anos 80, quando foram implantados núcleos do projeto Educom (Educação e Computadores) em cinco universidades públicas, os Centros de Informática Educativa (Cied), nas secretarias estaduais de Educação, e os projetos-pilotos em escolas. Existe, portanto, um caminho percorrido tanto pelo MEC – Ministério da Educação – como por secretarias estaduais de Educação, que foi analisado juntamente com as experiências que estão em desenvolvimento em outros países, dando origem ao Proinfo.
Estamos virando a página desta recente história, não para ignorá-la, pois muito aprendemos nessa caminhada, mas com o objetivo de tornar o sistema educacional mais democrático: que utilize todos os recursos disponíveis para dar o grande salto que nossa Educação exige – o que significa aparelhar escolas com recursos tecnológicos que possam efetivamente ser utilizados por professores e alunos.
Para preparar jovens que possam participar ativamente da sociedade do conhecimento, é necessário muito mais do que disponibilizar computadores nas escolas. É participando na busca, na seleção e na articulação de informações que serão desenvolvidas a autonomia, a criatividade, a auto-estima e a capacidade crítica necessárias à construção do conhecimento. E, conseqüentemente, se favorecerá o surgimento de gerações comprometidas com a criação de uma sociedade mais justa e igualitária.
A introdução do computador no sistema educacional ganha ainda maior importância ao colocar ênfase na preparação do professor, proporcionando condições para que ele possa dominar os recursos computacionais e telemáticos, empregá-los com seus alunos e envolver-se em um processo de formaçãoem serviço.

O PAPEL DOS MULTIPLICADORES

Com o objetivo de viabilizar essa proposta em larga escala, professores estão sendo preparados para assumir o papel de multiplicadores na formação dos demais professores. Cabe a esses multiplicadores ouvir seus colegas, compartilhar suas ansiedades, buscar formas alternativas para atender suas necessidades, respeitando as características e singularidades de cada escola. Além disso, deverão assessorálos no uso do computador para o desenvolvimento de projetos que retratem as diretrizes das propostas político-pedagógicas.
Para que possamos avançar realmente e evitar que o cidadão formado na escola pública seja como um estranho em um novo mundo, o educador deve assumir o desafio da formação continuada, da construção cooperativa de uma metodologia de trabalho. E que esta não seja apenas um conjunto de regras ou novos métodos, mas algo de que ele se aproprie por meio de vivências, reflexões e depurações que permitam reelaborar a ação e adaptá-la à realidade em que está atuando.
Elaboramos o material deste livro com a preocupação de apoiar o educador na exploração de recursos da Informática inter-relacionada a sugestões e reflexões sobre a ação pedagógica com o computador e a teorias educacionais que permitam compreender essa prática.

Ao mesmo tempo, estamos disponibilizando aos educadores um material flexível e aberto. Ao utilizálo, o grupo em formação, que é co-autor deste trabalho, irá reelaborá-lo a partir do conhecimento que adquiriu por meio da prática e das reflexões sobre as diferentes possibilidades e abordagens do uso do computador em Educação.
Cabe a cada educador exercer sua autonomia, capacidade crítica e imaginação criativa para apropriar-se dos recursos computacionais mais adequados ao seu estilo profissional; atuar como promotor o processo de aprendizagem; trabalhar em parceria com seus alunos na busca e seleção de informações; na identificação e teste de hipóteses; no levantamento e na resolução de situações-problemas; e, finalmente, no desenvolvimento de projetos pedagógicos significativos.
Tudo isso somente ganhará sentido se as tecnologias disponíveis, e especialmente o computador, forem inseridas na totalidade do ato educativo, como um modo de transformar as aulas tradicionais em atividades colaborativa1s – nas quais todos se organizam como aprendizes e a Educação se transforma em um processo permanente e dinâmico de trabalho interdisciplinar.

A professora Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida reforça que o uso das tecnologias na educação requer uma formação qualificada dos docentes.

Por Ana Luiza Basilio

Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida atua com a formação de professores para o uso de tecnologias na educação desde a década de 80, época em que lecionava na Universidade Federal de Alagoas. A docente relata que embora já existissem softwares educativos para uso em sala de aula, “eles eram bastante restritos em relação ao potencial de aprendizagem e não eram muito amigáveis, ou seja, implicavam em algumas dificuldades de aprendizagem”. Esta constatação levou a profissional ao encontro das pesquisas. “Era preciso entender como se dava a apropriação de tais ferramentas pelos professores e, mais que isso, entender o universo deles e, a partir daí, ajudá-los a compreender as potencialidades pedagógicas das ferramentas”.

As investigações sobre o tema não cessaram e, além de colecionar títulos de mestre e doutora, Maria Elizabeth atua como docente no Programa de Pós-Graduação em Educação pesquisando sobre Novas Tecnologias em Educação.

Em entrevista ao NET Educação, a profissional ressalta os benefícios do uso da tecnologia na educação e reforça: “é indispensável uma formação qualificada, que prepare o professor para a prática tendo como eixo as atividades pedagógicas com o uso de tecnologias e a reflexão sobre elas”.



NET EDUCAÇÃO - A que se refere o termo novas tecnologias? Quais ferramentas estão inseridas no conceito?
Chamamos novas tecnologias as tecnologias digitais de informação e comunicação e as novas ferramentas e interfaces que estão sempre surgindo. Um exemplo é a internet, tecnologia digital para a qual convergem várias mídias. No entanto, é importante frisar que as novas tecnologias não pretendem excluir as mídias convencionais. O grande desafio é saber entender a especificidade de cada uma delas para integrá-las de acordo com os objetivos pedagógicos vigentes.

NET EDUCAÇÃO - O uso das mídias e das tecnologias na educação sempre gerou polêmica. Como você vê essa questão?
Independente da época, as críticas sobre as mídias e tecnologias sempre existiram. Isso vem desde o tempo das revistas em quadrinhos, passando pela televisão até o computador. A meu ver, o problema ainda é o mesmo, ou seja, há uma grande oferta de conteúdos, com coisas mais interessantes, menos interessantes e ruins em vários aspectos. Por isso a importância da conscientização sobre os valores, a ética e a estética tanto na formação dos professores, como no ambiente familiar, pois são esses pilares que ajudam a desenvolver o senso crítico e a autonomia no uso das tecnologias.

NET EDUCAÇÃO – Quais são os pontos positivos do uso das mídias e tecnologias na educação?
A partir dessa aproximação das mídias e tecnologias com a educação, podemos trabalhar com as linguagens das novas gerações, provenientes da sociedade tecnológica e digital. Mesmo as classes populares têm contato com as tecnologias, seja em casa, na escola, na lan house ou na rua com os colegas. O que talvez não esteja claro para a sociedade e também para as escolas é como utilizar tais tecnologias em benefício do ensino e da aprendizagem. Outra questão importante é que, a partir do momento em que as tecnologias estão presentes na educação, estamos contribuindo para a inclusão digital da sociedade.
Também devemos considerar as novas formas de aprender e de ensinar oferecidas a partir dessa integração. Note que não se trata de informatizar o ensino, mas de desenvolver processos de ensino e de aprendizagem que facilitem a compreensão do aluno.

NET EDUCAÇÃO – Há pontos negativos?
O excesso se configura como um ponto negativo a partir do momento em que as pessoas começam a se esconder atrás das mídias e tecnologias, no sentido de viver em função delas, e não buscar uma convivência real - a chamada substituição dos mundos. Cabe não só à escola, mas também às famílias, a abordagem de limites para uma utilização saudável.

NET EDUCAÇÃO - As mídias e as tecnologias estão plenamente inseridas no dia a dia escolar?
Não dá para dizer que estão plenamente inseridas, mas em um processo de desenvolvimento, em que ainda há muito que se fazer. É um processo. Para se ter uma ideia, lidamos tanto com professores que precisam se apropriar das tecnologias para então as incorporarem à prática pedagógica, como com os que já desenvolvem atividades com o uso de tecnologias como uma ilustração da aula, e também com aqueles que realizam práticas inovadoras com o uso de tecnologias e que podem atuar como parceiros mais experientes dos colegas iniciantes.

O fato é que a tecnologia está chegando à escola, mas só isso não resolve. É preciso uma mudança de cultura para que as instituições escolares se tornem inseridas na sociedade digital. O trabalho que se faz hoje é para que os professores integrem a tecnologia ao desenvolvimento do currículo e não mais a encarem como algo isolado, uma atividade extra ou como ensino sobre tecnologia. Estamos tratando do uso de tecnologias para aprender com elas e não apenas aprender sobre elas. Afinal, as novas gerações já dominam as tecnologias, mas é preciso ajudar as crianças e jovens a aprender e pensar sobre o aprender, para que desenvolvam a autonomia sobre a própria aprendizagem daquilo que necessitam para viver e trabalhar na sociedade digital caracterizada por contínuas mudanças.

NET EDUCAÇÃO - Como você avalia a formação dada aos professores? O caminho é preparar apenas o professor?
O caminho é preparar a escola como um todo, incluindo a comunidade escolar e seu entorno , assim como as famílias para que possam entender e participar do esforço de transformação da escola e de sua integração à sociedade digital.

NET EDUCAÇÃO – Como o Brasil está diante do uso das mídias e tecnologias no ensino aprendizagem? Há países que se destacam nesta área?
O Brasil tem um projeto de formação de educadores considerado inovador, caracterizado pela formação contextualizada na realidade da escola e na sala de aula. Nosso maior desafio é atingir a todos, isto é, por mais que já se tenha feito em termos de inserção das tecnologias digitais na escola e de formação de educadores, ainda há um longo caminho a ser percorrido para atingir a universalidade. Mas é preciso compreender que a mudança não é apenas de método, é de concepções e paradigma, o que demanda um tempo muito maior para se concretizar. A par disso, há uma mobilidade docente que dificulta os avanços.

Há projetos inovadores de integração de tecnologias na educação em diferentes países e níveis educativos, mas em um olhar mais macro há grandes diferenças nos avanços entre os países e entre escolas de um mesmo país. O que há em comum é a certeza de que nos encontramos em um processo de mudança sem volta, é preciso continuar investindo nesse campo e a formação do professor deve ter como eixo seu espaço de trabalho e sua prática pedagógica com o uso de tecnologias com seus alunos.

LINKS SOBRE TECNOLOGIA EDUCACIONAL

http://www.acd.ufrj.br/nutes/vendas.htm  - Laboratório de Tecnologias Cognitivas / UFRJ
http://www.assine.org.br/ - Associacao para estudo da Informática Aplicada à Educação

http://www.agestado.com.br/especial/noticias/internet/htm/106.htm  - Notícias atualizadas sobre assuntos ligados a Informática em geral

http://www.angelfire.com/me/comenio/oracle.htm/  Link produzido por um aluno de pedagogia da UFF, propõe um intercâmbio entre pessoas interessadas em discutir sobre Tecnologia Educacional

http://athena.mat.ufrgs.br/~portosil/licenciatura.html  -UFRGS -Informática na Educação Matemática

http://www.bauru.unesp.br/fc/boletim/indices/indiceas.htm  - Este Link oferece textos sobre Educação Ambiental; Tecnologia Educacional; Educação Continuada; Pré - Escola; Educação Especial ; Educação e Saúde; Formação de Professores, Ensino Fundamental

http://www.alternext.com.br/~jau/nterio2 - Núcleo de Tecnologia Educacional Rio II - Localização, atividades, projetos, pesquisa, etc...

http://www.chaves.com.br/TEXTSELF/EDTECH/informed.htm  - Texto sobre o uso da informática na educação

http://www.cac.ufpe.br/:  site de um grupo de pesquisadores da UFPE, sobre a Educação no Ambiente Cibernético

http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm  -Escola de Comunicação da USP - Uso do vídeo segundo o Professor Morán

http://www.educacional.com.br/  - site relacionado com a educação , com possibilidade de várias buscas na área da Educação , inclusive sobre Tecnologias

http://www.edutecnet.com.br/:  site sobre Tecnologia na Educação, pode-se encontrar textos, teses, links e eventos sobre o tema

http://www.engenheiro2001.org.br/programas/980201a2.htm  - Artigo do Programa Novas Tecnologias da Educação, Educação a Distância e as Novas Tecnologias de Informação e Aprendizagem

http://www.fapeal.br/nies/  - Universidade Federal de Alagoas - Informática na Educação

http://www.faced.ufba.br/  - Pesquisa sobre a crescente mediação dos computadores na atividade educacional


http://www.frm.org.br/  - Fundação Roberto Marinho. Projeto vídeo-escola

http://www.futuro.usp.br/  - Escola do Futuro da Universidade de São Paulo.Laboratório interdisciplinar de pesquisa investigando as tecnologias de multimídia.

http://www.geocities.com/Paris/Louvre/5875  : Centro Pedagógico Informática Educativa do Estado de Roraima

http://www.geocities.com/Heartland/Hills/7166/ghp01.htm  - Informações diversas sobre produção de vídeo, educação a distância, etc

http://www.geocities.com/TimesSquare/Bunker/5009/index2.html  - Site que fala sobre os diversos meios de comunicação, inclusive televisão e Internet.


http//: www.inf.ufsc.br/sbc_ie/revista/index.html  - Revista Brasileira de Informática na Educação

http://www.inf.ufpe.br/~tavares/www/artigos.htm/#artigo2  - Sites sobre Internet na educação e na sala de aula

http://www.laborciencia.com.br/ - Laborciência Tecnologia Educacional - Produtos educacionais, laboratórios e kits de experimentos, software educacional e editora. Assessoria para escolas no apoio e ensino de ciências, física, química e biologia

http://www.lampada.uerj.br/notei.htm  - Laboratório Médico de Pesquisas

http://lite.fae.unicamp.br/grupos/coord/tccs111.htm  - Trabalho de conclusão de Curso de Pedagogia da UNICAMP -
Formação do Professor no Cotidiano da Sala de Aula

http://www.mec.gov.br/seed/ed.htm  - Secretaria de Educação a distância do MEC

http://www.meleca.com.br/   - Site infantil – educativo.

http://members.tripod.com/lfcamara/  - Centro de Referência Educacional, oferece informações sobre informática na educação e outros assuntos

http://www.missao-si.mct.pt/livro_verde/cap_4.html  - Site que trata sobre as exigências para o mundo de hoje, de uma contínua consolidação e atualização dos conhecimentos dos cidadãos

http://www.moderna.com.br/Cibergiz/internet/tecnofobia/index.htm  - Vários sites sobre Internet na educação.

http://www.netville.com.br/~saojose/jmb.htm  - Informações e artigos sobre o uso do computador como ferramenta pedagógica. Home Page mantida por José Maurício Baier, consultor em informática aplicada a educação em São Bento do Sul - Santa Catarina

http://www.nlink.com.br/~aleixo/  - Site de Adriana Aleixo Matias com variados textos em informática na educação e diversos links interessantes

http://www.revista.unicamp.br/  - Revista de Informação e Tecnologia, fornece informações sobre tecnologia educacional e tecnologias em geral.

http://www.proex.ufu.br/necadl  -Universidade Federal de Uberlândia- Núcleo de Educação Continuada a Distância

http://www.proinfo.gov.br/  - PROINFO - Programa Nacional de Informatica na Educação, do Ministério da Educação

http://www.psico.ufrgs.br/mec-nte2/ -UFRGS/ Curso de pós- graduação lato- senso para o Projeto Estadual de Informática na Educação do RS. Especialização em Informática Educativa para professores multiplicadores nos núcleos de tecnologia educacional.

http://www.sct.ce.gov.br/ead.htm  - Educação a Distância em Ciência e Tecnologia - Programa de Educação a Distância em Ciência e Tecnologia, que envolve quatro Estados :Ceará, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e São Paulo

http://www.techoje.com.br/  - Este Link apresenta uma revista de opinião com artigos de: Tecnologia, Telecomunicações, Informática, Globalização, Educação, etc

http://www.terravista.ciclone.com.br/ areias brancas/1508/index.html  - Informática na Educação -O computador como máquina de ensinar matemática, o computador na didática

http://www.terravista.pt/AguaAlto/2638/  - Centro de Recurso Virtual destinado a professores do ensino básico e secundário (uso das tecnologias na educação)

http://www2.uerj.br/~edai - EDAI/UERJ - Programa de Educação com a Aplicação da Informática, destinado a estudos e pesquisas na área da Informática Educativa

http://www.ufc.br/prosoftedu/Projetos.htm  - Universidade Federal do Ceará - Softwares Educacionais

http://www.univ-ab.pt/iepg/mestrados/mcem/dissertacoes.htm  - Resumo de dissertações de mestrado em Comunicação educacional, multimídia (vídeos, ensino a distância etc.)

http://www.uol.com.br/educacao/  - Site que oferece informações sobre tecnologia, vídeo e assuntos gerais ligados à educação

http://www.uol.com.br/aprendiz/senac/indez.html  - links sobre tecnologias na educação

http:// www.utp.br/adm/centros/lic  - LIC - Laboratório de Informática Cientifica - Desenvolvimento de softwares
científicos tais como: tutorias inteligentes, sistemas especialistas e softwares educacionais

http://www.vetorialnet.com.br/~luciano/ie/  Refletindo sobre a Informática na Educação: diversos assuntos como hipertexto, linguagem logo, robótica, software educacionail.

Curriculo e Tecnologia na Formação de Professores

1.CURRÍCULO, TECNOLOGIAS E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: O currículo em ação Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo Depto de Ciência da Computação bethalmeida@pucsp.br Novembro, 2008
2.\"A toda hora rola uma estória Que é preciso estar atento A todo instante rola um movimento Que muda o rumo dos ventos.\" Paulinho da Viola
3.De qual currículo falamos?
4.Qual o currículo hoje praticado? Conflitos e desencontros entre diferentes discursos e práticas sobre currículo: Modelo instituído fragmentação do currículo (estável) pedagogia disciplinar classificação e organização dos alunos no tempo e espaço escolar vs diferentes pedagogias – “vale tudo” vs educação cultural - UNESCO
5.Currículo,educação e cultura Envolve: escola, família, comunidade educativa Currículo rede de relações conflituosas caráter de ordenação da prática Fazer sentido para alunos e professores instruir compreender o contexto e o mundo Desenvolvimento: cognitivo, social, físico, emocional
6.Cultura tecnológica das novas gerações Novo princípio das relações sociais Implicações epistemológicas pedagógicas culturais Formas cambiantes de Currículo Convivência com múltiplas culturas
7.Paulo Freire “Há necessidade de sermos homens e mulheres de nosso tempo e empregarmos todos os recursos disponíveis para dar o grande salto que nossa educação está a exigir.” Como se constituem essas tecnologias hoje? São recursos? Suportes para o currículo? Meios de comunicação e expressão do pensamento?
8.Sociedade tecnológica  Cada época e tipo de sociedade possui uma configuração que lhe é devida pelas características de seus instrumentos culturais, entre os quais suas tecnologias de informação e comunicação:  as tecnologias reordenam/reestruturam as relações espaço-tempo  condicionam as relações comunicacionais e educacionais: novos modos de ser e estar no mundo.  A passagem de uma configuração das tecnologias para outra não ocorre por simples substituição:  há um processo simultaneamente cumulativo, com rupturas e continuidades.
9.De que tecnologia falamos?  Tecnologias digitais de informação e comunicação – TIC ou TDIC - articuladas com telecomunicações:  Microprocessadores: ● velocidade de processamento e capacidade de armazenamento  Digitalização da informação: ● incorporação de diferentes mídias: som, imagem, animação, textos…  Representação da informação em Hipertexto  Redes de transmissão de dados: ● potencializam a comunicação TODOS – TODOS
10.Hoje: convergência de tecnologias  Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação – TDIC:  Convergência: – informática, multimídia, hipertexto e telecomunicações – um artefato integra distintas tecnologias- vídeo, TV digital, imagem, DVD, celular, MP3, Ipod, jogos, realidade virtual...  Interfaces: – jogos, blogs, wikis, redes sociais - web 2.0 – Construção coletiva de conhecimento: co-autoria – protagonismo – Tendência: web 3.0 – web semântica (interpretar estilos, preferências...)
11.Hoje: convergência de tecnologias  Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação – TDIC:  Ubiquidade: ● novos usos, diferentes necessidades ● interatividade: potencial de interação ● participação de qualquer lugar, a qualquer tempo ● expansão das atividades cognitivas: tecnologias da inteligência na web ● mediação tecnológica das narrativas individuais na web ● redes sociais: potencializam o “estar junto virtual” Desenvolvimento do currículo: uso de tecnologias digitais abertas, móveis, imersivas, interativas, conectadas à internet.
12.Educação mediatizada por tecnologias Currículo construído na ação: processo dialético conteúdo Estratégias Forma: pedagógicas modo de representação Experiências dos aprendizes As relações entre currículo e tecnologias se estabelecem para além dos meios e envolvem as mensagens e os contextos.
13.Novas formas de produzir conhecimento e desenvolver o currículo  As tecnologias entram no espaço/ tempo da escola pelo contato das pessoas com as tecnologias no cotidiano.  O domínio instrumental de uma tecnologia seja ela qual for, é insuficiente para compreender seus modos de produção e incorporá-la ao ensino, à aprendizagem e ao currículo.
14.Currículo e tecnologias  Currículo como construção social, política e histórica que se constitui na própria ação com o uso de tecnologias:  datado, registrado nos documentos digitais e nas atividades que se desenvolvem por meio das tecnologias  disponível para análise, recriação e novos registros  expressa a vida daqueles que fazem parte da rede  suas experiências e a realidade que enfrentam dentro e fora da escola,  os valores, crenças, conhecimentos, afetos e desafetos. Cavallo (2004) Design emergente: incorpora as mudanças contextuais ao currículo reconstruído na ação
15.Currículo construído na ação  Planejamento: espinha dorsal do trabalho a realizar  Contornos específicos em ato  Reconstruído na ação  Universo de significados dos alunos  Análise dos registros digitais: ● identificação de conhecimentos, competências e habilidades dos alunos ● direcionam intervenções pedagógicas
16.Currículo construído na ação  Conhecimento e currículo em contexto social:  Construção social, cultural e histórica ● Parte da experiência compartilhada (Goodson, 2001) ● Intenção: produção de conhecimento científico  Resultante de processos individuais e globais de construções mentais influenciadas pelas relações sociais  Envolve poder, tomada de decisão, produção de identidades (Pacheco, 2001)
17.Currículo construído na ação  Aproximação com o conceito de design emergente (Cavallo, 2003)  Postura investigativa do contexto: ousadia e flexibilidade  Não significa atuar no caos ou falta de propósito Postura “semelhante a um conjunto de jazz: pode improvisar uma música mantendo a estrutura da harmonia entre seus elementos e os princípios teóricos de seu estilo” (p. 392)
18.Currículo que se transforma e é transformador
19.Tecnologia, currículo e formação: um exemplo  Formação de Educadores em Telemática na Educação (curso de Especialização )  MEC/ SEED, UFRPE  Docentes: ● profissionais de diversas universidades, BR – atuação em salas temáticas virtuais  Eixo articulador: sala de projetos  Cursistas: ● educadores do sistema público de ensino de diferentes regiões  Curso: realizado para 12 turmas (20cursistas / turma)
20.O currículo de formação desenvolvido em 3 etapas 1. Projetar em grupo  Construção colaborativa de uma proposta de projeto de integração de recursos tecnológicos aos conteúdos curriculares  Focos do currículo ● Tecnológico: domínio ambiente virtual do curso ● Aprendizagem do trabalho em grupo virtual: – Introspecção nas experiências e conhecimento pessoal para produzir junto com o outro ● Projeto: colocar em ação um plano que antecipa uma realidade que ainda não aconteceu.
21.O currículo de formação construído em 3 etapas 1. Desenvolver o projeto  Aprender na ação contextualizada e refletir no grupo  Focos do currículo: ● Aspectos constituintes da realidade: negociação, parceira ● Elementos que emergem da prática com a integração de tecnologias ● Compartilhamento diferentes experiências: comparar, diferenciar e estabelecer relações
22.O currículo de formação construído em 3 etapas 1. Sistematizar o aprendizado sobre a prática  Reflexão sobre a prática à luz da teoria mobilizada na produção de um artigo em grupo  Focos do currículo: ● Autoria em grupo: expressão do pensamento pela escrita ● Trabalho colaborativo ● Integração tecnologia no contexto escolar e no desenvolvimento do currículo
23.CURRÍCULO, TECNOLOGIAS E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: O currículo em ação Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo Depto de Ciência da Computação bethalmeida@pucsp.br Novembro, 2008