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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Site ajuda professores a trabalharem com as novas tecnologias em sala de aula



Materiais produzidos por educadores de três escolas públicas de Pernambuco, Tocantins e Ceará estão disponíveis no site Telinha na Escola.  O novo portal quer estimular professores e alunos a experimentarem as novas tecnologias de uma forma criativa e que transforme os processos de aprendizagem.
Na seção “aulas criativas”, é possível baixar planos de aulas que ajudam o professor a abordar o uso das redes sociais, realizar dinâmicas de reflexão sobre a história das mídias interativas no Brasil ou até mesmo a levar a história do hipertexto para a sala de aula.
A categoria “edição” também disponibiliza materiais que auxiliam na criação de vinhetas animadas e vídeos literários. Enquanto em “mobilidade”, é possível achar conteúdos que orientam o professor a trabalhar temas como mídia e cidadania usando máquinas fotográficas e aparelhos celulares.
O portal surgiu graças a um trabalho realizado, desde 2009, pela ONG Casa da Árvore, nas escolas Arraial Novo do Bom Jesus (PE), Don Alano (TO) e Joaquim Alves (CE). O foco do projeto é a capacitação do professor para que ele pense e produza aulas usando as novas tecnologias. Toda a produção dessas escolas fica disponível para uso livre e aberto (em licença Creative Commons) e pode ser editado, modificado e reproduzido livremente por qualquer educador.
“Nossa ideia é ter uma interface muito simples, que permita uma navegação mais autônoma, em que cada um possa aprender aquilo que quer da forma que acha melhor”, disse Aluísio Cavalcante, coordenador do projeto Telinha na Escola.

Por portal Por Vir.

Com informações do Blog Educação

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Educação Tecnológica a distância


O Ministério da Educação (MEC) lançou, em 2007, o programa Escola Técnica Aberta do Brasil (Rede e-Tec Brasil) com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico de nível médio à educação profissional e tecnológica. Nos três primeiros anos de atuação foram oferecidos pela Rede e-Tec Brasil aproximadamente 30 mil vagas em 49 cursos técnicos de nível médio a distância agrupados em dez eixos, segundo o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. 
Os cursos do programa são gratuitos e oferecidos pelos Institutos Federais, Escolas técnicas federais e instituições integrantes dos sistemas estaduais de ensino. O MEC oferece assistência técnica e financeira às instituições públicas para oferta e elaboração dos cursos. Em contrapartida, os Municípios, Estados e o Distrito Federal são responsáveis pela infraestrutura física, tecnológica e recursos humanos dos polos de apoio presencial.
A interação entre alunos, professores e tutores ocorre principalmente pela internet, mas, cada instituição integrada ao e-Tec Brasil mantém obrigatoriamente um polo para encontros presenciais. A infraestrutura física da escola parceira – como laboratórios pedagógicos/didáticos, laboratórios de informática e específicos, bibliotecas, salas de estudo, salas de coordenação, salas de tutoria, salas para atividades presenciais, auditório e/ou sala para palestras fica à disposição dos alunos do e-Tec Brasil.
Em 2008, seu primeiro ano efetivo de atuação, o programa contou com 193 polos regionais e atendeu a 23 mil estudantes. Em 2010, o número de polos chegou a 259, localizados em 19 estados, e cerca de 29 mil estudantes foram atendidos. Em 2011, encontram-se matriculados na Rede e-Tec aproximadamente 80 mil alunos. O MEC prevê que a oferta de vagas continue em crescimento pelos próximos anos. Até 2014, a previsão é de atender pelo menos 263 mil alunos pela Rede e-Tec Brasil.
Fontes: 


Com informações do Blog da Professora Juraci

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Como então controlar seus funcionários quanto às redes sociais e principalmente ao Facebook? O que fazer?

Vejamos algumas possíveis soluções:
A mais simples e já adotada por muitas companhias é fechar totalmente o acesso ao Facebook e aos outros sites de relacionamento. Isso é relativamente simples para a maior parte das empresas de médio e grande porte. Basta configurar o bloqueio do acesso aos endereços dessas redes em seus roteadores ou servidores e pronto. Vale lembrar que quem opta por isso deve fechar também sites redirecionadores, que permitem o acesso das redes sociais através deles. A vantagem dessa atitude é que você realmente fará com que seus funcionários não percam tempo valioso com assuntos não relacionados ao trabalho. A desvantagem é que você poderá prejudicar um pouco o clima organizacional com a falta de conversas sobre novidades e sobre o que anda acontecendo por aí, nesta época em que todo mundo fica sabendo e comentando de tudo, na hora dos acontecimentos, o que poderá deixar alguns de seus colaboradores insatisfeitos, podendo também prejudicar um pouco a atratividade da empresa.



Outra solução é deixar que eles acessem livremente esses sites e que se estabeleça na empresa uma cultura de responsabilidade e bom senso na navegação em redes sociais. No entanto é importante deixar claro que isso é muito difícil e o que acontecerá é que alguns até conseguirão administrar bem esta liberdade, mas outros não. Infelizmente bom senso não é “senso comum” e, por isso, corre-se o risco de muitos colaboradores não entenderem os limites desta liberdade e acabarem prejudicando seu desempenho na companhia. A vantagem é que a empresa provavelmente deixará os colaboradores felizes com esta decisão e, ainda, se for uma empresa onde a criatividade seja algo importante, este canal de comunicação aberto ajudará a criar um ambiente mais descontraído, sem tantas regras e limitações, o que poderá ajudar no poder criativo e produtivo de muitos deles. A questão nesse caso é saber os limites do uso e até onde as redes sociais podem ajudar ou atrapalhar no desempenho durante o dia de trabalho de cada cargo específico.



Outra maneira de abordar este problema é abrir o acesso em horários específicos como antes do início da jornada de trabalho, na hora do almoço e após o expediente. Esta também tem sido uma opção utilizada por várias empresas. A vantagem é que desta maneira a empresa consegue fazer com que os colaboradores fiquem focados no trabalho, mas também não se sintam totalmente “isolados do mundo digital”, pois podem acessar seus perfis nos horários permitidos pela empresa. Porém, como tudo tem seu lado bom e seu lado ruim, com este procedimento outras coisas podem acontecer, como por exemplo o excesso de horas extras que podem se acumular por causa do horário de saída tardio ou antecipado. Ou seja, o funcionário chega mais cedo ou sai mais tarde apenas para acessar suas redes sociais, e este período acaba sendo contabilizado como horário de trabalho. Nesse caso, é importante deixar claro a todos os colaboradores que eles serão pagos apenas pelas horas de trabalho e que, caso fiquem na empresa além do necessário para acessar esses sites, esse tempo não contará como horas de trabalho.



Por fim, outra opção é adicionar horários de pausa durante o expediente, compondo com a solução anterior, para aliviar o uso excessivo antes e depois do expediente, liberando o acesso apenas nesses momentos de descontração e relaxamento, algo em torno de 15 minutos por período. O horário da pausa é uma boa saída também para resolver outro problema, que é daqueles que fumam, pois ajuda a oferecer igualdade de período de relaxamento a todos os colaboradores, tanto aos que fumam quanto aos que não fumam, permitindo também o acesso aos sites de relacionamento nestes horários. Dessa forma, os colaboradores focam em suas tarefas e se programam para acessar suas redes sociais apenas nos períodos permitidos.



Esta é uma solução que tem dado certo em algumas empresas, mas é necessário que a gerência tenha muito controle sobre os acessos de cada um dos colaboradores para que eles não “burlem” os períodos permitidos. Uma saída é desenvolver um sistema automático para liberar o acesso apenas durante esses períodos. Nestes casos há de se tomar cuidado também com os navegadores que acessam o serviço nos horários permitidos, mas por permanecerem logados, continuam com estes acessos nos períodos não permitidos. O departamento de TI dessas empresas deverão estar atentos a esse detalhe.



Outra solução é criar uma política de acesso diferenciada por nível hierárquico ou por departamento. Para alguns departamentos, o acesso às redes sociais pode ser muito importante, enquanto para outros pode ser totalmente supérfluo e desnecessário. Imagina-se também que, quanto mais alto o nível hierárquico, maiores as responsabilidades deste colaborador e maior também pode ser sua liberdade de ação, bem como a possibilidade de acesso às notícias. Uma possibilidade é criar uma política que permita o acesso apenas para quem precisa ou para quem saberá usar com responsabilidade. Caso você decida utilizar esta forma, lembre que é muito importante ficar muito claro, para todos, os motivos que darão direito a uns e não darão direito a outros. Evite abrir para alguns colaboradores e fechar para outros do mesmo nível hierárquico ou do mesmo departamento, pois isso poderá gerar um sentimento de exclusão e desagregar o time.



Em resumo, essa nova realidade é um assunto que deve ser tratado com atenção, sabendo de antemão que não haverá um modelo perfeito que agrade totalmente tanto aos funcionários quanto à empresa. Em todos eles há prós e contras. O importante é que os gestores conheçam sua equipe, o estilo da sua empresa e o perfil dos funcionários, de modo a construir uma política alinhada com os dias de hoje e que seja adequada à empresa, equilibrando o clima organizacional, o rendimento dos colaboradores e os interesses da companhia.

 

As vantagens das Redes Sociais

Antes vistas apenas como passatempos fúteis, as redes sociais se transformaram em uma potencial ferramenta para a troca de informações e experiências entre os usuários. A história do ex-morador de rua, Ubirajara Gomes da Silva, que passou no concurso do Banco do Brasil em 2008, apenas estudando e trocando informações com outros candidatos por meio do Orkut é um exemplo de que as redes se tornaram um instrumento de ajuda aos concursandos.
Na época, Ubirajara fazia uso dos computadores das bibliotecas municipais e de lan houses que cobravam preço baixo para obter material de estudo. Foi também pela rede social que o ex-morador de rua leu o edital do concurso e se tornou “celebridade” no Orkut.

Para quem está em busca de informações de forma mais rápida e fácil, basta criar uma conta no microblogging (Twitter), que virou febre no Brasil em 2009. A informação é limitada (são aceitos somente textos de até 140 caracteres por vez), mas não deixa de proporcionar vantagens ao concursando em busca de notícias relevantes e em tempo real.
As redes de relacionamento – Orkut e Facebook – também podem se tornar úteis ao candidato que procura dicas e material de estudo por meio das comunidades. Nessa ferramenta, o concursando se relaciona com pessoas que têm os mesmos interesses, acessa artigos, opiniões, participa de enquetes e pode fazer downloads de apostilas disponibilizadas pelos usuários.
Há comunidades no Orkut e perfis no Twitter que oferecem dicas para concursos públicos. Confira alguns deles:

Eu estudo para concurso público

Eu passei em concurso público

Material para concurso público

Concurso público pelo msn

Aprovação em concurso

Adoro um concurso público

Dica pra concurso



Por Marina Dutra

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Site vai mapear iniciativas culturais e educativas em torno de 15 mil escolas públicas



Se a formação de um indivíduo extrapola os limites da escola, como identificar os espaços culturais e educativos de uma comunidade para que eles se articulem, potencializando as práticas de educação formal? O CulturaEduca.cc nasce para ajudar a localizar e a integrar essas iniciativas.
A plataforma vai mapear os entornos de 15 mil unidades educacionais da rede pública que integram o programa Mais Educação, do governo federal, que apoia financeiramente as escolas que queiram ampliar não apenas o tempo de permanência dos alunos na sala de aula, mas as suas oportunidades de aprendizagem.
O projeto está sendo desenvolvido pelo Instituto Lidas, em parceira com o Ministério da Cultura (MinC) e Ministério da Educação (MEC).
Por meio de uma tecnologia de georreferenciamento está sendo construída uma ferramenta online que agrega dados de Pontos de Cultura, bibliotecas, teatros, museus, centros culturais, além de equipamentos públicos de saúde, esporte e assistência social. A presidente do Instituto Lidas, Inaê Batistoni, explica que o objetivo é cruzar esse conjunto de informações oficiais com a percepção subjetiva dos próprios moradores e dos sujeitos das ações.
Plataforma colaborativa
“A rede será alimentada colaborativamente, ou seja, o usuário poderá cadastrar livremente iniciativas como o sarau do Zezinho, que não está na base de dados oficiais”, afirma. Com isso, o trabalho pretende valorizar o saber popular no processo de ensino-aprendizagem que, para ela, muitas vezes é ignorado pela educação formal.

O mapeamento deve abranger um raio de 2 km a 5 km ao redor da escola.
Serão mapeados os entornos das escolas, em um raio que varia de 2km a 5km, de acordo com a base censitária de cada região – a área delimitada poderá ser modificada posteriormente, caso faça sentido para os moradores. Não haverá restrição ao cadastro, já que a ideia é que o portal seja apropriado pela população e que ela mesma identifique e corrija as informações que não se enquadrem à realidade.
Além disso, o CulturaEduca é produzido com licença Creative Commons para que as informações do portal circulem livremente em prol da própria rede. Segundo Inaê, os primeiros mapas devem estar prontos em dezembro deste ano e os dados devem ajudar também a criar indicadores relacionados às ações de cultura e educação, o que não existe atualmente.
Instrumento pedagógico
E como isso será trabalhado nas escolas? “Isso ainda está em debate, mas a proposta é que a plataforma seja divulgada nas escolas selecionadas como uma ferramenta de subsídio para as próprias atividades do programa Mais Educação”. Com isso, o CulturaEduca pretende constituir-se também como um instrumento pedagógico virtual, em que educadores e alunos podem inserir e consultar, de maneira interativa, informações sobre o território educativo.
Além do mapa interativo, o site contará com fóruns para debates, trocas e produção de metodologias da área. Nesse espaço virtual poderão interagir educadores, produtores culturais, estudantes, gestores de políticas públicas, pesquisadores  e o público em geral.
Para isso, o Instituto Lidas trabalha em parceria com a Casa de Arte de Educar, que tem fomentado uma rede de agentes interessados na área. A instituição desenvolve uma pesquisa-ação em cinco capitais para investigar e apresentar propostas de políticas públicas que articulem cultura e educação.

Aprendiz 


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Universidade virtual 'descobre' o Brasil



"Ganhei dinheiro suficiente, é tempo de retribuir." Com essa frase o israelense Shai Reshef explicou ao portal americano Huffington Post por que decidiu criar uma das maiores iniciativas de ensino online do mundo, a University of the People (Universidade do Povo ou, na sigla em inglês, UoPeople).
Escolhido em 2010 pelo Huff Post como uma das pessoas que estão "mudando o jogo" da educação e neste ano pela revista Wired como uma das 50 personalidades que estão transformando o mundo, Reshef fez fortuna como executivo. Transformou a Kidum israelense de um cursinho preparatório para exames em um gigante da prestação de serviços educacionais - ela foi comprada pela americana Kaplan em 2005 por mais de US$ 25 milhões.
Depois disso, Reshef doou US$ 1 milhão para o projeto da UoPeple, lançado em 2009 com apoio da Organização das Nações Unidas. Com cursos de Administração e Ciências da Computação, a universidade cobra apenas uma taxa de inscrição e outra para custear o processo de avaliação, no valor total de US$ 150. A UoPeople tem vivido dessas taxas e da doação de fundações como a de Bill Gates, graças a um modelo de baixíssimo custo, apoiado em professores voluntários de primeira linha.
Reshef, que participou na semana passada, no Rio, do Global Economic Symposium, organizado pela Fundação Getúlio Vargas, planeja tornar a UoPeople sustentável a partir de 2015, sobrevivendo só com a receita das taxas, no que pode ser o primeiro modelo de negócio viável de uma instituição de ensino online. Nesta entrevista, ele falou sobre o interesse de firmar parcerias no Brasil:
Desde que o senhor lançou a UoPeople, houve várias outras iniciativas de ensino online gratuito, como Coursera e Udacity, ambos criados por professores da Universidade de Stanford. O que o sr. acha deles e como vê o atual estágio do ensino online?
A UoPeople apoia totalmente o conceito de Mooc (sigla em inglês para cursos abertos online massivos, criados para atingir grandes públicos) e o movimento de Recursos Educacionais Abertos (material e ferramentas de ensino com licença aberta de uso). Os Moocs representam a livre disseminação do conhecimento para o aperfeiçoamento da humanidade e são excelentes ferramentas de aprendizado.
A UoPeople se diferencia por ser uma universidade com currículo amplo que dá acesso a diplomas formais de Administração e Ciências da Computação. Os Moocs são bastante atraentes se a pessoa quer se aprofundar em um tópico específico ou deseja ver um professor renomado tratando de um tema, mas não abrem caminho para o diploma.
Outra distinção importante é o fato de que a UoPeople garante ao estudante atenção individualizada. Em vez de oferecer um só curso para milhões, quebramos os nossos em classes de 20, 30 estudantes. Isso permite ao instrutor fazer a supervisão e interagir com os alunos, algo básico no processo de aprendizado.
Qual é a situação atual do mundo no que diz respeito ao acesso ao ensino superior?
Milhões de pessoas em todo o planeta enfrentam obstáculos por limitações financeiras, geográficas, sociais e pessoais. Projeções da Unesco sugerem que até 2025 haverá um público de 98 milhões de jovens que precisam de ensino superior, mas não terão vaga nas instituições existentes.
O ensino online é uma maneira excelente de conseguir atender a essa demanda incrível por ensino superior - não só para atender demandas individuais, mas também para tornar o mundo um lugar melhor para todos.
Quais são os próximos passos da UoPeople? Vocês mantêm
a meta de construir um modelo de negócios sustentável até 2015?
Embora não cobremos mensalidade, o ensino que oferecemos não é totalmente gratuito. Mas a UoPeople tem sido bem-sucedida em cortar quase todo o custo associado ao ensino superior. Não cobramos, por exemplo, por livros e material didático. Tudo o que pedimos é que o estudante pague uma taxa para entrar na nossa seleção, de US$ 50, e para bancar o processo de avaliação do seu curso, de US$100 - mesmo assim, só se eles puderem.
Precisamos de recursos no valor de US$ 6 milhões para chegar a 2015. Daí em diante, não apenas vamos nos sustentar integralmente com as taxas de avaliações como também poderemos ajudar a um número maior de estudantes que não podem pagá-las. Além disso, estamos criando um Portal de Minibolsas, o primeiro do gênero em qualquer universidade, no qual estudantes que não podem bancar as taxas podem contar sua história e pedir ajuda a nossos apoiadores que se interessam por patrocinar alunos.
Quantos estudantes,
voluntários e funcionários vocês têm agora? E quais instituições apoiam a UoPeople?
Temos 3 mil voluntários e 1,5 mil estudantes de 132 países. Estamos ligados à Organização das Nações Unidas, à Escola de Direito da Universidade de Yale e à Iniciativa Global de Bill Clinton. Recebemos apoio de mais de 1 milhão de pessoas no Facebook e temos acordos de colaboração com a Universidade de Nova York, que identificou talentos entre nossos estudantes e os selecionou para seu câmpus em Abu Dhabi, e com a Hewlett-Packard, para oferecer estágios a alunos. Recebemos apoio de líderes de universidades como Oxford e de diversas fundações, entre elas as de Bill & Melinda Gates e do Google.
O que o senhor sabe sobre a educação no Brasil?
Sei o básico. Por exemplo, que os estudantes têm de passar por um processo competitivo para ter acesso ao ensino superior. Dos vários brasileiros que estudam conosco e compartilharam suas histórias, notamos que, além da gratuidade, um dos grandes motivos para escolher a UoPeople é a capacidade de se comunicar globalmente.
Temos depoimentos nessa linha: "Escolhi a UoPeople porque ela me oferece uma oportunidade de intercâmbio cultural, além de me ensinar a ser uma pessoa mais centrada. Se você quer ser especial, precisa fazer parte de algo especial".
Vocês planejam ter parcerias aqui no Brasil?
A UoPeople está aberta a parcerias em todo o mundo e está ansiosa por fechar acordos no Brasil, especialmente com gente disposta a patrocinar estudantes brasileiros.
O sr. mencionou em uma
entrevista anterior a necessidade de se aperfeiçoar o ensino
médio. Também disse que
achava que era uma tarefa
urgente para governos e outras instituições trabalharem com níveis inferiores de educação.
Há progressos sendo feitos em relação a isso?
Quanto mais alunos se formarem no ensino médio, maior o número de pessoas que nós poderemos ajudar. Alguns governos até podem passar a considerar que o que fazemos na UoPeople tem potencial para ser aplicado nesse nível de ensino.
É correto, do ponto de vista de um governo, considerar o ensino gratuito de qualidade uma ferramenta para aumentar dramaticamente o Produto Interno Bruto (PIB)?
Não existe necessariamente uma correlação entre PIB alto e ensino gratuito. No entanto, há uma clara conexão entre PIB alto e altas taxas de acesso e frequência à universidade. Assim, deveria ser do interesse dos governos garantir taxas mais altas de acesso à universidade. Se as pessoas não conseguem pagar as mensalidades, o foco deveria ser garantir acesso ao ensino gratuito. Conhecemos diversos governos que estão olhando para o modelo que construímos na UoPeople como uma opção para lidar com essa situação.
Hoje, pelo menos aqui no Brasil, é muito comum ver
autoridades e a sociedade
em geral atribuir parte dos problemas do País à falta de instrução da população. Não faz sentido, nesse cenário,
oferecer ensino online gratuito em larga escala?
Totalmente. Nós adoraríamos participar dessa missão tão importante - seja compartilhando nosso conhecimento ou oferecendo educação a mais brasileiros.

Estadão

Com informações do Blog do Professor Ivanilson