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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Mais de 70% dos municípios alcançam meta de qualidade para os anos iniciais do ensino fundamental



Em 2011, 77% dos municípios atingiram a meta de melhorar a qualidade do ensino do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os resultados da última edição do Ideb foram divulgados hoje (14) pelo Ministério da Educação (MEC). O indicador, que é calculado a cada dois anos, estabelece uma nota de 0 a 10 para cada escola, rede de ensino, município e estado, além da média nacional que em 2011 foi 5 pontos para os anos iniciais do ensino fundamental.

Todos os municípios têm metas a serem cumpridas até 2022, bicentenário da Independência do Brasil. O Mato Grosso do Sul é o estado com o maior percentual de municípios que cumpriram as metas de qualidade para o período: 97,4% - apenas duas prefeituras ficaram com Ideb abaixo da meta. No Acre, Ceará, Espírito Santo, em Minas Gerais e em Santa Catarina, mais de 90% das cidades também fizeram o dever de casa. Já no Amapá e no Rio de Janeiro, menos da metade das cidades atingiu o resultado que era esperado para 2011.
Para a presidenta da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, o resultado indica que “os municípios estão fazendo a lição de casa”. “Os gestores municipais estão em um esforço concentrado. O município é o ente que fica com menos recurso e que melhorou mais [no Ideb]”, defendeu.
O Ideb atribui uma nota diferente para três etapas da educação básica: anos inicias do ensino fundamental (1° ao 5º ano), anos finais (6º ao 9º ano) e ensino médio. Considerando o resultado dos anos finais, um número menor de cidades atingiu as metas de qualidade: 62,5% alcançaram a nota proposta para 2011.
O ensino médio é de responsabilidade dos governos estaduais. Do total de 27 unidades da federação, 12 não cumpriram a meta. O Ideb nacional para o ensino médio em 2011 foi 3,7 pontos – exatamente a meta estabelecida para o período.

Agência Brasil


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Atrelar internet à literatura é o segredo para incentivar leitura, diz especialista



Ampliar o hábito da leitura entre os jovens é um desafio cada vez mais frequente para os profissionais de Educação. Para obter sucesso nessa missão, os professores devem atrelar a internet à literatura. É o que acredita a diretora adjunta da Cátedra Unesco de Leitura PUC-Rio, Eliana Yunes.

Em entrevista à Agência Brasil, a profissional afirma que é cada vez mais necessária a presença de mediadores preparados e que entendam as novas ferramentas tecnológicas para que, dessa forma, possam desenvolver métodos de incentivo à leitura. “Nós temos poucos mediadores aptos a entrar neste diálogo, nestes suportes, nestas novas linguagens e que tragam uma herança cultural vastíssima”, disse.
Para Yunes, os jovens podem utilizar as novas mídias como fontes de pesquisa valiosas. “Na internet, eles já são obrigados a ler, a escrever e a se comunicar”, declarou a diretora. Nesses casos, a mediação adequada é muito importante, porque, sem ela, existe a “simplificação do uso da língua”.
A solução, segundo Yunes, seria a ligação da internet com a leitura criativa, caminho que poderia ser conduzido pelas escolas e até pela família. “Falta uma mediação que permita que esses meninos tenham acesso a sites ou blogs muito bons de poesia, de contos. Sites que permitem que os alunos saiam desse ‘chão raso’ e possam ser levados para uma experiência criativa da linguagem”, disse.
Pesquisa
De acordo com o Instituto Mapear , em pesquisa realizada para a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro, 93% dos alunos de ensino médio da rede estadual tinham celulares em dezembro de 2011 e 78% possuíam computadores, sendo que desses, 92% tinham acesso à internet.
A pesquisa também constatou que: 14% dos alunos não leram nenhum livro nos últimos cinco anos; 11% declararam ter lido apenas um livro no mesmo período; 26% leram de dois a três livros; e 17% leram de quatro a cinco livros.
Com informações da Agência Brasil 

sábado, 11 de agosto de 2012

Saiba como melhorar sua pesquisa no Google



O Google, a ferramenta de busca mais utilizada da internet, pode ser ainda mais útil na hora de fazer trabalhos escolares e acadêmicos, se você souber como e onde pesquisar as informações que precisa. Dados oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU), Banco Mundial, União Europeia, artigos acadêmicos, teses e trechos de livros podem colaborar e muito para o seu trabalho.
Apesar de familiarizados com o mundo digital, muitas vezes os estudantes não sabem encontrar material relevante na internet.
“Eles captam o funcionamento das novas tecnologias muito mais rápido, mas na hora de extrair a informação, não sabem por onde ir. Podem passar direto por uma informação fundamental”, afirma Conceição Aparecida Cabrini, professora de História da Escola Nossa Senhora das Graças e doutora em Semiótica e Comunicação.
Índices e indicadores
Qual foi o tamanho do tombo da economia mundial na crise econômica atual? Qual é a emissão de CO2 per capita dos países desenvolvidos? E dos países em desenvolvimento? Como se comportou a taxa de natalidade no Brasil e no mundo nos últimos anos? Para ter acesso a dados como este e estabelecer comparações entre países, os estudantes podem usar a ferramenta Google Public Data . Com dados oficiais e atuais de grandes organizações, o site gera gráficos no período de tempo que o usuário quiser.
Em português , há dados disponíveis somente do Banco Mundial e da Eurostat , agência oficial de estatísticas da União Europeia. Mas em outros idiomas o leque amplia: há indicadores do desenvolvimento humano da ONU , informações do Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), World Resources Institute (WRI), que acompanha dados sobre o meio ambiente, e agências internas dos países.
Emmanuel Evita, gerente de comunicação e assuntos públicos do Google, destaca a possibilidade de analise do desenvolvimento de outros países e comparação com o Brasil. Ele conta que a empresa já fez uma aproximação com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas ainda não tem acesso aos dados atualizados. “É um trabalho de parceria. Estamos abertos a trabalhar com organizações de informações”, diz.
No Colégio Bandeirantes, que participa de simulações de reuniões da ONU, o acesso a banco de dados como estes fomenta as discussões dos alunos. “Eles utilizam essas informações para embasar os argumentos e fundamentar as propostas”, conta Cristiana Assumpção, coordenadora de Tecnologias Educacionais do colégio.
 
Livros, teses e artigos científicos
No Google Acadêmico , a pesquisa é feita em teses, patentes, revistas e artigos científicos, sites de universidades e institutos. A parceria com editores e autores permite ao Google apresentar trechos de livros ou até mesmo a íntegra.
A pesquisa ajuda a incrementar a bibliografia de um trabalho e a encontrar mais estudiosos de um assunto. Os resultados mostram citações em artigos do termo pesquisado, possibilitando encontrar pesquisadores e especialistas. “São informações para um público bem específico”, define Emmanuel.
O Colégio Bandeirantes utiliza a ferramenta com os alunos do ensino fundamental e médio para a preparação dos trabalhos da Feira de Ciências. “Eles escrevem artigos científicos e pesquisam os modelos no Schorlar. Também mostramos como encontrar fontes confiáveis na ferramenta”, destaca Cristiana.
Conceição lembra a importância de um bom professor para ensinar o aluno o que é pesquisar, investigar um tema, consultar fontes, estabelecer relações e evitar as cópias. “A ferramenta em si não é má, quem faz mau uso são as pessoas. O professor deve trazer os benefícios dessa ferramenta e perguntar de um jeito que não estimule a cópia”, avalia. 
Google/Divulgação
Ilustração mostra resultados de pesquisa para imagem de um quadro de Frida Kahlo e Diego Rivera no aplicativo Google Goggles
Busca pela imagem
Lançado em 2010, o aplicativo Google Goggles utiliza a imagem capturada pela câmera do celular para fazer uma pesquisa. A ferramenta rastreia a foto e apresenta informações como a definição, onde comprar, imagens relacionadas, etc. Também é possível fotografar um texto escrito em outro idioma e traduzir para o português, sem precisar digitar as palavras.
O aplicativo pode ser utilizado durante viagens de estudos do meio para acessar dados sobre monumentos, obras de artes, peças de museu, etc.
Como definir melhor sua pesquisa
Saber como utilizar a barra de pesquisa do Google também é fundamental. Com alguns termos você definir melhor a busca, “limpar”, excluindo resultados indesejados, procurar arquivos e fazer cálculos rápidos.
Busca exata de frases : Coloque aspas no início e fim de uma frase. O Google procurará por páginas com a oração exatamente igual à informada na barra de pesquisa. Sem as aspas, as palavras se tornam palavras-chave e podem trazem resultados fora do contexto.
Ocultar resultados com determinadas palavras : Palavras com vários significados ou nomes muito populares podem trazer resultados confusos. Utilizar o sinal de menos antes de um termo para limitar sua busca. Por exemplo, se quiser informações sobre a cidade de São Paulo, digite “São Paulo –futebol” para evitar resultados relacionados ao clube.
Busca dentro de um site : Muitos sites não oferecem mecanismo de busca, mas é possível usar o Google para encontrar uma informação dentro deles. Ao especificar um termo e escrever um nome de site depois de “site:”, o Google irá mostrar somente resultados com base em páginas do endereço informado. Exemplo: “nanotecnologia site:usp.br”, para resultados em páginas da USP
Encontrar um tipo de arquivo : Para encontrar textos em pdf ou planilhas em excel com a informação desejada, digite o termo seguido de “filetype:” e a extensão do arquivo desejado. Exemplo: “edital vestibular UERJ filetype:pdf”
Descobrir significados : Ao digitar “define:” seguido de uma palavra-chave, a busca retorna resultados que explicam o termo. Exemplo “define:anencefalia”
Conversões monetárias : Para verificar a cotação de uma moeda em relação à outra, digite o valor seguido de “in” e o nome da outra moeda. Exemplo: “200 reais in euros”
Calculadora : É possível fazer contas e gerar gráficos colocando dados no campo de busca. Os sinais + - / e * fazem as operações de soma, subtração, divisão e multiplicação, respectivamente. Para saber uma porcentagem, utilize o sinal %. Exemplo: 17% de 250. Equações como “sin x + cos x =” apresentam um gráfico no resultado.

IG 

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Tecnologia não deve ser 'endeusada' no ensino, defende filósofo



Thomas Kesselring participou de encontro na Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural . Foto: Agapan/Divulgação
A educação é tudo. Foi com essa afirmação que o filósofo suíço Thomas Kesselring respondeu a diversos questionamentos - que envolveram desde manipulação transgênica a educação ambiental - durante encontro na sede da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), em Porto Alegre. O estudioso aproveitou para criticar o que considera um "endeusamento" das tecnologias no ensino. "Criança precisa se mexer, ser estimulada, isso é tão importante quanto aprender a ler e escrever - e não tem nada a ver com aparelhos eletrônicos", defendeu.
Segundo Kesselring, as tecnologias são importantes, mas é necessário saber utilizá-las. "Para aproveitar as ferramentas, as crianças têm que dominar símbolos, linguística, isso é essencial para dominar as inovações", afirma.
Ele defendeu, ainda, a inclusão de disciplinas como filosofia, artes e música desde cedo no currículo escolar, para que crianças desenvolvam a criatividade e o pensamento crítico. "É preciso alfabetizar também emocionalmente", completou.
O filósofo ressaltou o papel da educação, sobretudo, na formação do cidadão. "Tudo começa com o ensino. Os conceitos de ética, de moral, podem parecer complexos, mas se resumem, muitas vezes, a respeito mútuo. Se as pessoas não têm conhecimento, esses conceitos ficam mais complicados, e a ideia de contar dinheiro parece mais simples", criticou.
Terra

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

TICs e alfabetização, o desafio do ovo e da galinha



O Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), publicado pelo Instituto Paulo Montenegro, organização social mantida pelo Ibope, e pela Ação Educativa, divulgou dados que mostram estreita correlação entre a alfabetização e a utilização das tecnologias de informação e comunicação, as TICs. Pelo estudo, 73% das pessoas funcionalmente alfabetizadas usam esses recursos, mas esse valor é de apenas 14% quando se trata de analfabetos funcionais. Diante desses números, chega-se ao velho desafio do ovo e da galinha, mas agora no ambiente da educação: a pessoa é menos alfabetizada porque tem menos acesso às TICs ou tem menos acesso às TICs porque é menos alfabetizada?

“Não dá para definir ao certo o que vem primeiro, mas são dois fenômenos muito relacionados”, diz Fernanda Cury, consultora do Instituto Paulo Montenegro. O Inaf entrevistou uma amostra nacional de 2 mil pessoas entre 15 e 64 anos para avaliar as habilidades em leitura, escrita e matemática, e as classifica em quatro níveis de alfabetismo: os analfabetos e os alfabetizados em nível rudimentar, que são considerados analfabetos funcionais, e os alfabetizados em nível básico e em nível pleno, que são considerados funcionalmente alfabetizados.
Apesar de especialistas ouvidos pelo Porvir concordarem que se trata de um processo que se retroalimenta, eles consideram que o uso das TICs acaba sendo uma oportunidade de aprimorar o letramento. “O grupo dos analfabetos funcionais ou o de alfabetismo básico, embora tenha um repertório inferior ao grupo dos alfabetizados em nível pleno, faz uso da internet para a realização de um bom número de atividades, confirmando o potencial das TICs para o desenvolvimento das habilidades de alfabetismo”, destaca a análise produzida pela equipe do instituto. Tanto é assim que entre considerados analfabetos funcionais que fizeram buscas na web, 53% procuraram informações em sites de produtos e serviços – como endereços, trajetos e diversão – , ou em enciclopédias, atividades que exigem certo grau de desenvolvimento cognitivo.
Ainda de acordo com os dados do Inaf, entre os analfabetos funcionais que utilizam as TICs, 69% disseram usar os recursos para enviar mensagens instantâneas, 65% para participar de redes sociais e 64% para enviar e receber emails, três opções diretamente relacionadas com a interação entre os indivíduos. Para Rodrigo Scama, fundador do Instituto Faber-Funden, especializado em tecnologia e educação, esses números fazem todo o sentido porque as TICs hoje são uma forma de inserção social para todos os grupos da sociedade. “A pessoa se sente alijada se não está nesse meio virtual, no Orkut, no Facebook. Quando ela entra, ela está buscando se socializar, encontrar semelhantes.”
Para o especialista, que é também historiador, a sociedade vem sofrendo com a perda de espaços de sociabilidade, obrigando as pessoas a trocarem o bate-papo na esquina pelo online. “Ele sente necessidade de interagir e, por isso, entra nessa rede.” Acontece, afirma ele, que essa rede exige habilidades de leitura e escrita, e a pessoa acaba tendo que se adaptar. “Mal comparando, é a mesma lógica do que acontece com o aprendizado de inglês. Para entender o que está na internet, muita gente acaba se forçando a aprender ou a arranhar a língua”, afirma.
Maria do Rosário Mortatti, presidente da Sociedade Brasileira de Alfabetização e professora na Unesp em Marília, também considera que as TICs têm potencial para a promoção de práticas de letramento, uma vez que ajuda a dinamizar e tornar mais agradáveis as atividades de ensinar e aprender e também propicia a compreensão ativa de alguns usos e funções sociais da leitura e da escrita. No entanto, ela alerta que o recurso, apesar de importante, é apenas uma dentre as muitas possibilidades de compreensão dos sentidos da leitura e da escrita: “no contexto da sociedade da informação, a utilização das TICs pode ser um bom começo, ou um bom meio; nem de longe, porém, representa um fim para os que de fato se ‘apropriaram’ ou desejam se apropriar da língua escrita”, diz.

Números gerais
O Inaf apresenta dados gerais sobre o alfabetismo funcional no Brasil desde 2001 e, a cada ano, traz um recorte especial. Desta vez, o assunto em foco foi o uso das TICs entre os entrevistados. Nesta edição, que completa uma série histórica de 10 anos de pesquisa, há boas e más notícias. Enquanto o analfabetismo funcional caiu de 39% para 27%, a proporção dos que atingem um nível pleno de habilidades de leitura, escrita e cálculo permaneceu praticamente inalterada na última década, sempre em torno dos 25%.
De acordo com Ana Lúcia Lima, diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro, esses números revelam que o Brasil vem conseguindo melhorar os níveis iniciais da alfabetização, dado muito relacionado à universalização do acesso à escola, mas peca na qualidade desse acesso. “Os dados são muito interessantes pois, de um lado, mostram avanços importantes na redução do analfabetismo absoluto e no nível rudimentar e, de outro, revelam que a proporção de pessoas que atingem o nível pleno de alfabetismo está estagnada há 10 anos. Só vamos conseguir avançar daqui pra frente com mais qualidade, pois as possibilidades de futuros avanços fruto da quantidade (de pessoas na escola, de anos de estudo) já estão se esgotando”, afirma.


Fonte: http://porvir.org/porpensar/tic-alfabetizacao-paradoxo-tostines/20120801

Com informações do Blog do Professor Ivnailson

Estudantes criam a primeira rede social acadêmica do Brasil



Universitários da PUC Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) propõem uma nova forma de estudar, por meio do Passei Direto, um  sistema virtual gratuito que facilita o fluxo de informações entre os alunos. A ferramenta, lançada pelo Grupo Xangô, oferece diferentes serviços para cada etapa do período acadêmico, auxiliando desde o primeiro dia de aula até a formatura.
Inédita no país, a plataforma permite que os estudantes compartilhem arquivos por disciplina, cronograma semestral, agenda de eventos, além de acompanharem quais colegas estão cursando quais matérias e terem a possibilidade de tirar dúvidas em tempo real com os monitores.

Segundo o sócio-fundador do projeto, André Simões, o objetivo é criar meios para estimular a interatividade entre os universitários e otimizar os resultados para que cada vez mais estudantes “passem direto” durante a graduação. Outra vantagem é que são os próprios alunos que controlam o conteúdo, fazendo com que haja apenas informações que eles consideram relevantes, não existindo nenhum vínculo com os sites oficiais da universidade.
Com menos de um mês no ar e ainda restrito aos estudantes da PUC, a rede já recebeu mais de mil visitas. A ideia é que ele seja aberto em breve a outras instituições de ensino do Brasil e, futuramente da América Latina, de acordo com a demanda dos alunos.

 Aprendiz

Com informações do Blog do Professor Ivnailson

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Novos projetos da Telefônica | Vivo unem educação e tecnologia




A presidente da Fundação Telefônica Vivo, Françoise Trapenard, anunciou nesta quarta-feira em entrevista coletiva uma série de projetos desenvolvidos pela área de educação da instituição. O objetivo é melhorar a qualidade da aprendizagem por intermédio da utilização dasTecnologias de Informação e Comunicação (TIC).
Um dos projetos anunciados foi o Escolas que Inovam, que consiste em um espaço de experimentação de práticas pedagógicas com uso de tecnologias, no Rio de Janeiro.
Denominada Gente - Ginásio Experimental de Novas Tecnologias Educacionais, a escola terá um ambiente escolar e curricular repensado e experimentará novos formatos. O projeto é liderado pela Secretaria Municipal de Educação do Rio, e conta com a participação de outros parceiros.
Em parceria com o Instituto Ayrton Senna, Instituto Natura e Joy Street, a Fundação também apoia o desenvolvimento de games para aceleração da aprendizagem. Serão beneficiados mais de 2 milhões de alunos em todo o País.
Com o projeto Aula Fundação Telefônica, desenvolvido em municípios paulistas desde 2009, perto de 28 mil estudantes são beneficiados em 46 escolas. A iniciativa garante equipamentos (cerca de 30 classmates, 1 notebook e 1 lousa digital) em cada unidade e forma professores e alunos que queiram atuar como monitores dos equipamentos.
Até o final do ano, respondendo a uma determinação da Anatel, a Telefônica | Vivo irá conectar 100 escolas em áreas rurais, oferecendo dois notebooks com configuração tecnológica atualizada para cada uma delas e aplicará diagnóstico junto aos educadores. A Fundação Telefônica Vivo desenvolverá um projeto complementar a esta obrigatoriedade, cujo objetivo geral será implementar processos experimentais de uso das TIC na educação em contexto rural.


Com informações do Blog do Professor Ivailson

Evasão é o maior problema do Ensino a Distância, aponta estudo



A evasão dos estudantes é o maior obstáculo para o EAD (Ensino a Distância), segundo instituições que ofertam cursos nesta modalidade. O resultado foi obtido pelo Censo EAD.br 2010, o último divulgado pela Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância). Pela metodologia, foram considerados alunos evadidos os que não iniciaram os cursos na modalidade a distância ou os que abandonaram de uma forma ou outra.

A seguir, em segundo lugar como fator mais desafiador, está a resistência dos educadores à modalidade. Em terceiro aparecem as dificuldades de adaptação da educação presencial para EAD e, em quarto, a resistência dos alunos ao novo formato.



    Principais obstáculos ao EAD, segundo instituições de ensino*

 Cursos autorizadosCursos livresTotal
Evasão de alunos592483
Resistência dos educadores432265
Adaptação da educação presencial para EAD451459
Resistência dos alunos391554
Custos de produção dos cursos272249
Restrições legais30939
Suporte pedagógico e de tecnologia para os estudantes221436
  • Fonte: Censo EAD.br 2010
  • *Os dados na tabela referem-se ao número de respostas obtidas no estudo
As causas de evasão mais apontadas pelas instituições foram falta de tempo do aluno para estudar e participar do curso, acúmulo de atividades no trabalho e a dificuldades de se adaptar à metodologia.
Segundo João Vianney, consultor em ensino a distância, o primeiro semestre é o principal período de evasão de alunos no EAD. "Uma parte não se adapta à rotina de estudos individuais que a modalidade exige e acaba desistindo. Isso acontece porque ainda há o imaginário de que é possível aprender sem esforço no EAD, o que não é verdade. Os alunos têm de dedicar entre 12 a 15 horas estudos semanais para aprender, pois o conteúdo é equivalente ao que se ensina em uma faculdade presencial".

Causas de evasão, de acordo com as instituições*

 Cursos autorizadosCursos livresTotal
Falta de tempo para estudar e participar422163
Acúmulo de atividades no trabalho361450
Falta de adaptação a metodologia301141
Desemprego15621
Viagens a trabalho13316
Custo de matrícula ou mensalidade13114
Impedimentos criados pelas chefias112
  • Fonte: Censo EAD.br 2010
  • *Os dados na tabela referem-se ao número de respostas obtidas no estudo
Foi o caso de Luiza Caires, 30, jornalista que se inscreveu no curso de licenciatura em Ciências da USP/Univesp no início desse ano, como uma segunda graduação. "Apesar de o curso ser a distância, era necessário ter mais dedicação do que no presencial. O curso previa duas horas para uma atividade, mas, na verdade, eu levava seis horas para terminar. Como eu já trabalho, não tinha tempo suficiente para me dedicar".
Mesmo sem conseguir se adaptar à rotina da licenciatura, Luiza afirma que vai insistir na modalidade EAD. "Vou tentar fazer cursos livres de literatura e de história, que estão sendo oferecidos pelas universidades norte-americanas".

 Mais evasão em cursos públicos

O Censo EAD.br 2010 indica que as taxas de evasão são maiores nas instituições públicas do que nas privadas: dentre os autorizados, a média de evasão é de 22,1% nas públicas ante a 15,8% nas particulares. Para cursos livres, que compreendem cursos de língua, extensão, entre outros, as taxas de evasão são de 30,9% nos públicos, e de 20,0% nos particulares.
Na Unopar (Universidade Norte do Paraná), instituição com mais matrículas no ensino superior a distância segundo o Censo de Educação Superior 2010, o índice de evasão está entre 10% e 13% no EAD; no presencial é superior a 13%. 
"Esse índice pequeno se deve ao modelo que utilizamos, em que o aluno tem de ir ao polo pelo menos uma vez por semana para participar de atividades em grupo com os colegas, acompanhado de um tutor presencial. Isso faz com que os estudantes criem laços sociais e permaneçam estudando", acredita Elisa Maria de Assis, diretora de EAD da instituição.
A diretora de EAD da UVA (Universidade Veiga de Almeida), no Rio de Janeiro, Jucimara Roesler, afirma que os índices de evasão do ensino presencial e do EAD são equivalentes. "A taxa de evasão média [em sua instituição] é de 18% nos cursos de EAD. No ensino presencial, ela está entre 18% a 20%", aponta.
Vianney confirma a tendência apontada nas duas instituições. "Na Unisul Virtual, por exemplo, a taxa de perda de alunos na educação a distância é menor do que nos mesmos cursos da educação presencial. Tudo é uma questão do modelo criado pela instituição e da atenção dedicada ao estudante".
O consultor aponta, porém, que isso não é uma regra. "Em instituições que oferecem programas de apoio e de acolhimento aos estudantes, a taxa de evasão no primeiro semestre costuma ficar entre 10% e 15%. Mas sem essas iniciativas, a perda na primeira fase pode passar de 25% do total de matriculados. Em um ciclo de quatro ou cinco anos, no ensino presencial a taxa de perda média no mercado fica ao redor de 45% a 50%. Na educação a distância esta mesma taxa pode chegar a 70%. Mas, tudo depende da qualidade de atendimento pedagógico que a instituição oferece".

UOL

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Acesso à internet em escolas públicas ainda é precário no Brasil



Acesso à internet nas escolas
O último resumo técnico do Censo Escolar doInstituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep, realizado em 2011, apresentou um dado negativo em relação à inclusão digital nas escolas públicas brasileiras. Hoje, apenas 42,6% das escolas de ensino fundamental têm acesso à internet e 55,9% das instituições não têm laboratórios de informática.
A região Norte é a que apresentou menor porcentual de acesso à internet, com apenas 18,7%.
Em seguida vem o Nordeste, com apenas 25,3% de acessos.  Depois, o Sudeste (72%), o Centro-Oeste (73%) e, por fim, o Sul (74%), atingindo a marca da região com melhor resultado de inclusão digital nas escolas públicas do País.
Mesmo com esse cenário negativo, 79,5% dos estudantes do ensino fundamental da rede pública possuem recursos tecnológicos disponíveis e 76,9% contam com laboratórios. Mas, para a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – Undime, Cleuza Repulho, a simples existência de laboratórios de informática não basta, é preciso fomentar o uso do equipamento. “Em unidades grandes, como temos na rede pública, ter um laboratório com 15 computadores faz com que cada criança consiga passar por ele, em média, apenas a cada 15 dias”, afirma.
A presidente acredita, ainda, que uma das principais dificuldades para a introdução dos meios digitais nas instituições de ensino é a falta de infraestrutura, como o uso de um bom sistema de banda larga. O wi-fi, por exemplo, daria acesso à internet de qualquer lugar da escola, e não só nos laboratórios. Para ela, um dos principais desafios do Brasil é sanar as dificuldades de operacionalização de suas redes.
Soluções
Ministério da Educação – MEC desenvolveu o Programa Nacional de Tecnologia Educacional – ProInfo a fim de disseminar a tecnologia pedagógica na rede pública de ensino, levando recursos digitais às escolas. O papel das instituições é apenas garantir a estrutura necessária para os equipamentos.
Além dessa medida, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, anunciou, no início do ano, a distribuição de 600 mil tablets para os professores, com um investimento em torno de R$ 180 milhões. A distribuição começará antes que se tenha uma análise do impacto do Programa Um Computador Por Aluno – Prouca, do governo federal. O Prouca garante que Estados e municípios possam adquirir laptops novos para as escolas. Mas, até o momento, apenas 2% das escolas foram beneficiadas.
De acordo com profissionais da área, o principal problema seria a capacitação dos profissionais da educação para lidar com tais tecnologias. Para Marcus Vinicius Maltempi, especialista no uso de tecnologias na Educação, da Universidade Estadual Paulista – Unesp, o maior problema começa na educação tecnológica dos professores na própria licenciatura. “A formação inicial pouco mudou nos cursos de licenciatura, nas últimas décadas. Atualmente, ela não entrelaça os conteúdos específicos com as tecnologias e com os conteúdos pedagógicos”, afirma.
A solução, segundo Maltempi, está no investimento em capacitação de professores e no apoio direcionado à comunidade e às secretarias de Educação. “A introdução das tecnologias digitais deve ser feita de modo a não perder de vista os conteúdos. Não é a tecnologia como um acessório, mas, sim, entrelaçada aos conteúdos. E são eles que dão a base para que o uso da tecnologia tenha sentido”, declara.

Com informações do Todos Pela Educação


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

terça-feira, 31 de julho de 2012

Professores usam redes sociais para atrair participação dos alunos



No momento em que os jovens estão cada vez mais envolvidos com redes sociais, professores buscam maneiras de tornar a internet, vista por muitas escolas como um problema, uma ferramenta para auxiliar na educação. O objetivo destes educadores é tornar os alunos protagonistas do processo de aprendizado.
Para o educador do Colégio Bandeirantes, em São Paulo, Alexandre Le Voci Sayad, poucas vezes o aluno tem espaço para dar sua opinião, mas as redes sociais se tornaram uma extensão da sala de aula onde a participação do estudante é bem-vinda.
"O que faz a diferença é você parar de dar soco em ponta de faca, de achar que tudo que o jovem faz é errado. O desafio como educador é pegar o que faz sentido para o jovem e potencializar", diz.
Com o uso das redes sociais, há um envolvimento maior dos alunos, segundo o professor Paulo Cesar Campos da E.M.E.F. Ângela Cury Zakia, em Campinas (SP). Ele acredita que, quando o estudante começa a usar plataformas digitais como o Facebook, usando a sua linguagem, ele quer produzir, não apenas compartilhar publicações de outros. O professor ressalta ainda a importância de haver uma educação digital, que guie os alunos na navegação, com indicações de sites para pesquisa.
"Quando a gente pensa a educação, é claro que prezamos por coisas que são tidas como tradicionais, mas eu acho interessante quando o aluno deixa de ser só ouvinte e passa a ser participante", afirma o professor Ivan Ignácio Pimentel, do Colégio Marista São José, na Tijuca, Rio de Janeiro. Pelas redes sociais, o educador acredita poder avaliar o comportamento dos alunos em grupo e identificar espírito de liderança em alguns deles.
Iniciativa municipal capacita alunos e professores 
Paulo Cesar Campos é professor de artes e orientador do Projeto Aluno Monitor na E.M.E.F. Ângela Cury Zakia, iniciativa da Prefeitura Municipal de Campinas. O objetivo do projeto é capacitar estudantes para atuar como monitores na sala de informática das escolas, auxiliando colegas e professores, fazendo publicações em blogs e no YouTube. O professor participou de um curso de formação oferecido pela prefeitura para capacitar os monitores.
Em suas aulas, Campos também utiliza as redes sociais, tirando dúvidas e acompanhando a realização de trabalhos online. "Não aplico uma aula para os alunos do 6º ao 9º ano sem usar multimídia, pois, dependendo da discussão, posso facilmente acessar um vídeo sobre o assunto, abrir sites de pesquisa, blogs e fóruns de discussão", conta.
Em parceria com a professora Eliane Lucy Marcelino, alfabetizadora da turma, o professor de artes realizou uma atividade com os alunos do 4º ano. Eles pesquisaram músicas e textos em sites indicados e gravaram vídeos com encenações de fantoches. Projetos semelhantes são realizados com outras turmas, em que são feitas pesquisas sobre diferentes assuntos e, em seguida, gravados vídeos. Para ele, a rede é entretenimento e trabalho, por isso "é preciso ensinar os alunos a utilizar a internet sem preconceitos em relação ao seu uso como forma de expressão".
Idade Mídia, a comunicação como curso extra classe
Educador e jornalista, Alexandre Le Voci Sayad criou, há dez anos, o curso extra classe Idade Mídia, no Colégio Bandeirantes, direcionados a alunos do 2º ano do Ensino Médio. "A ideia é que eles entendam a mídia e produzam a mídia deles, é misturar educação e comunicação. Com a chegada das redes sociais, nada mais natural, para mim, do que usá-las", afirma.
No curso, os estudantes realizam a cobertura de eventos envolvendo o colégio, como campeonatos esportivos, por meio do Twitter e do Facebook. O microblog também é utilizado pelo educador para transmitir as aulas, através da twitcam. Além das coberturas, a comunicação é vivenciada por meio de projetos escolhidos pelos estudantes. Algumas turmas produzem revistas, outras, documentários.
A cada ano, o curso muda, de acordo com a tecnologia, passando pelos blogs e pelas diferentes redes sociais. O projeto incentivou outros professores a utilizarem a internet. Aos poucos, cada um foi criando seu blog e, hoje, todos utilizam esse recurso voluntariamente, segundo Sayad. O educador escreveu um livro que leva o mesmo nome do curso, Idade Mídia, falando sobre a iniciativa para que sirva de inspiração para a criação de outros cursos.
Sustentabilidade no Facebook
No Colégio Marista São José, existe a disciplina de sustentabilidade, ministrada pelo professor Ivan Ignácio Pimentel. Para trabalhar o conteúdo, ele criou um projeto para discutir questões econômicas e ambientais relacionadas ao lixo, tratando de temas como reciclagem e cooperativismo.
Os alunos criaram produtos a partir de materiais considerados lixo, como garrafas pet. O Facebook foi utilizado para a divulgação das criações. "A ideia foi utilizar uma ferramenta simples, onde os alunos e a sociedade tivessem acesso", afirma Pimentel. Foram criadas páginas vinculadas às turmas, cada uma delas trabalhou como uma cooperativa. Os objetivos eram estimular o interesse dos alunos a acompanhar a evolução do projeto, proporcionar a interação entre eles e mostrar a importância da rede. A partir da iniciativa, outros novos projetos foram criados e serão desenvolvidos em outras disciplinas no próximo semestre.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

sexta-feira, 27 de julho de 2012

CNPq lança sistema para impedir currículos falsos e fraudes



O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançou a nova Plataforma Lattes com sistema mais seguro para impedir a criação de currículos fictícios e outros tipos de fraudes. O anúncio do novo sistema foi feito durante a 64ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A plataforma reúne currículos de estudantes e pesquisadores e dados de grupos e instituições de pesquisa do País.

De acordo com presidente do CNPq, Glaucius Oliva, a plataforma agora tem abas em que a comunidade científica poderá registrar informações sobre inovação, educação e popularização da ciência e tecnologia. A informação de patentes e registros ganhou módulo específico. "As informações disponibilizadas deixam de ser somente declaratórias e acrescentam o elemento de confiabilidade aos dados", afirmou.
Entre as inovações, está a integração direta da plataforma com o banco de dados internacional do Instituto para Informação Científica (ISI). O sistema fará uma verificação automática dos artigos publicados no periódico indexado pelo instituto, impedindo a citação de material que ainda não foi publicado. Na aba sobre patentes, o pesquisador poderá incluir o número de patentes registradas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Desta forma, ao lado da patente indicada, aparecerá o símbolo de certificação do instituto.
Segundo o presidente do CNPq, com a introdução das novas funcões, os critérios de avaliação de projetos da instituição passam a considerar o mérito científico do projeto, a relevância, originalidade e repercussão da produção científica, a formação de recursos humanos, a contribuição científica, tecnológica e de inovação (incluindo patentes), a inserção internacional da pesquisa, a contribuição em educação e popularização da ciência entre outros quesitos.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Projeto de universidade online oferece mais de 100 cursos gratuitos



Na imagem, um grupo de estudos da Coursera em San Francisco. Foto: Divulgação
O fenômeno de expansão da educação online ultrapassou novas fronteiras com a chegada, no início deste ano, da Coursera, uma empresa americana que faz parceria com as melhores universidades do mundo e oferece cursos online de graça. Inicialmente, a organização firmou parcerias com 13 universidades americanas e três estrangeiras, entre elas as cobiçadas universidades de Princeton e Stanford, oferecendo cerca de 43 cursos nas mais diversas áreas, incluindo tecnologia, ciências humanas, saúde e astronomia.


O lançamento oficial da organização foi em abril. Poucas semanas depois, a Coursera já contava com cerca de 700 mil alunos participando dos chamados "cursos massivos abertos online" (MOOC, sigla em inglês). Nesta semana, a Coursera anunciou que, nos próximos meses, o número de cursos disponíveis passará de 100 e, entre as novas universidades parceiras, estão o Instituto de Tecnologia da Califórnia, as Universidades de Duke, de Johns Hopkins e outras renomadas instituições de ensino nos Estados Unidos, Escócia, França e Canadá.
"Adoraria ver um futuro em que todos os estudantes do mundo tivessem acesso às melhores escolas e aos melhores professores do mundo", disse à BBC Brasil, Andrew Ng, co-fundador da Coursera e professor de ciência da computação na prestigiada Universidade de Stanford, na Califórnia.
A Coursera quer oferecer cursos grátis a todas as pessoas do mundo. Mas as universidades têm a opção de, eventualmente, cobrar pela emissão de um diploma opcional para os estudantes ou pela realização de provas. Segundo Ng, a Coursera poderá oferecer a empresas serviços de localização de profissionais altamente habilitados e usar isso como fonte de lucro.
"Quero que uma universidade como a (CalTech) Instituto de Tecnologia da Califórnia possa alcançar não apenas milhares de alunos, mas milhões alunos, espalhados pelo mundo inteiro", disse o co-fundador da Coursera à BBC Brasil.
De acordo com Ng, 35% dos alunos online da Coursera são dos EUA. Depois dos EUA, os países mais presentes nas salas de aula virtuais são Grã-Bretanha, Rússia e Índia. O Brasil fica em quinto lugar, com cerca de 3% dos estudantes.
Mais atenção
Várias universidades americanas já vinham oferecendo cursos online pagos. Entre os muitos brasileiros que tiram proveito da formação superior pela internet, está Aparecida Santos, que mora há nove anos no Estado de Nova Jersey.
A decoradora de festas infantis tem uma carga de trabalho puxada, chegando a trabalhar 10 horas por dia. Para ela, o curso de certificado em tradução online pela Universidade de Nova York (NYU) não podia ser mais conveniente.
"Acho que os cursos online oferecem grandes vantagens que os cursos tradicionais não têm. Posso fazer as aulas no meu próprio ritmo e em casa. Acho até que o aluno virtual acaba prestando mais atenção às aulas do que seria o caso em uma sala de aula convencional", diz Aparecida, que é formada em Letras pela Universidade Federal do Paraná.
Outra pessoa que tira proveito do acesso global a universidades de renome é a baiana Maria Helena Brenner Kelly, que mora em uma pequena ilha no litoral da Bahia.
"Faço o curso de certificação em tradução da NYU. Sem educação online, eu jamais poderia ter acesso a um ensino formal na minha área", afirma ela.
Os gastos com os cursos online da NYU são bem menores se comparados às aulas tradicionais. A universidade cobra cerca de US$ 715 (R$ 1.447) por crédito (disciplina), menos da metade do valor pago pelos alunos que frequentam o campus. Cursos livres, como o de tradução, cobram US$ 695 (R$ 1.406) por módulo. Além disso, os alunos virtuais não precisam gastar tempo nem dinheiro com transporte.
BBC Brasil
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Com informações do Blog do Professor Ivanilson

sábado, 14 de julho de 2012

Educador defende uso de videogame como ferramenta de ensino



Pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG revelou que jovens que têm o hábito de jogar videogame se saem melhor em testes de atenção. Foto: AFP
Depois da invasão dos computadores, tablets e celulares às salas de aula, agora o debate chegou ao uso dos videogames como material didático. Para Gustavo Nogueira de Paula, mestre em linguística aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), os games propõem mais interação da criança e do adolescente com o conteúdo exposto em aula. "Ele consegue ver causa e consequência através da ação do jogador. E não apenas tem mais atenção, mas compreende de forma mais participativa", afirma o educador, cuja dissertação defende o uso dos jogos como ferramenta de ensino.
Recente pesquisa realizada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que jovens que têm o hábito de jogar videogame se saem melhor em testes de atenção.
Além disso, os voluntários que não haviam tido contato com os jogos antes melhoraram de desempenho quando testados após a interação com o dispositivo. Isso pode ser o começo de um caminho para o entendimento de como funciona a cabeça de um usuário desses consoles eletrônicos.
De Paula cita como exemplo de escola que investiu nos games - não só os eletrônicos - para a educação a Quest to Learn, em Nova York. "Não é uma escola diferenciada para alunos especiais, é uma escola regular, mas tem currículo inteiro baseado em jogos", conta. Para o educador, essa é uma tendência que em breve deve chegar no Brasil, onde iniciativas individuais já começam a aparecer gradualmente. São dois os grandes obstáculos, na opinião dele, para que esse tipo de estratégia seja mais efetivamente adotada no País: a falta de investimento e o preconceito. A capacitação de professores, além da compra de equipamentos, é uma das soluções propostas pelo educador.
Marilene Proença, pesquisadora do departamento de psicologia educacional da Universidade de São Paulo (USP), identifica as vantagens de se usar esse tipo de ferramenta para motivar os jovens a desenvolver o raciocínio e a capacidade de resolver problemas, mas atenta à questão do papel social da escola. "Esse jogo tem que ser usado dentro do contexto da construção do conhecimento", adverte. Para ela, não se pode fugir das três funções básicas da escola: transmissão de conhecimento, construção de valores e formação da cidadania.
De Paula garante que há maneiras de garantir que esse artifício seja bem aproveitado em sala de aula. "Se bem fundamentado, se bem orientado, o aluno vai ter noção de que ele tá jogando na escola para aprender. O professor vai fazer o aluno ter um olhar mais crítico sobre o jogo", afirma. Ele compara o possível uso dos videogames no currículo à apropriação de produtos culturais como músicas, cinema e quadrinhos em sala de aula.
Quais jogos usar?
Há diversos jogos desenvolvidos especialmente para a pedagogia, mas De Paula propõe que se usem jogos comerciais, especialmente os news games - baseados em acontecimentos do cotidiano. Para sua dissertação de mestrado sobre o assunto, o professor usou o título 12 de setembro, que relembra os fatos acontecidos no ataque às Torres Gêmeas, em 2001. Segundo ele, uma das grandes vantagens apresentadas pelo jogo foi a provocação de debates sobre o tema em sala de aula, já que os alunos ouvem o noticiário, veem os pais comentando e precisam estar a par dos acontecimentos para provas de vestibular, mas muitas vezes têm dificuldade de entender o contexto em que se inserem.
"Eu acho que, em geral, praticamente todo conteúdo pode ser ensinado em sala de aula com videogame. Para alguns, já existem jogos, mas outros conteúdos curriculares precisariam de novos títulos, como a história do Brasil", explica o professor. Ele acredita que a maioria dos jogos desenvolvidos especialmente para a educação não acompanham a forma de pensar do jovem, o que não os tornaria interessantes para essa geração, acostumada a estímulos multimídia desde muito cedo.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

quarta-feira, 11 de julho de 2012

A importância do incentivo ao raciocínio lógico e ao gosto pela investigação científica



Dedicação - Hipérion (o robô do meio) foi destaque na olimpíada de robótica: “Na véspera, não saíamos do laboratório nem para comer”, diz Renato (à esq.), que, com Bruna e Raul Tapia, passou um ano perseguindo um exemplar perfeito
Os estudantes ao lado levaram um ano para transformar uma montanha de blocos, fios e engrenagens em Hipérion, um robô de 22 centímetros que consegue discernir e agarrar objetos trazendo-os disciplinadamente de volta à base de onde partiu. São pequenos detalhes, invisíveis à maioria, que fazem desse um espécime, digamos, de alta estirpe no mundo da robótica.
Hipérion (nome de uma das luas de Saturno) percorre uma linha reta sem vacilar, detecta seu alvo de forma certeira, demonstra firmeza nas mãos mecânicas. Por esses atributos, a turma que o criou conseguiu levá-lo para a recém-encerrada olimpíada internacional de robótica, a RoboCupJunior, disputada na Cidade do México por quarenta países e 4 000 alunos.
O exemplar brasileiro acabou não indo à etapa final pelo tempo que gastou para concluir o circuito da prova, vencida pelos chineses, mas chamou atenção por seus dotes. "A poucos dias da competição, já não conseguíamos mais deixar o laboratório nem para comer, em busca de mais e mais precisão nos movimentos de nosso robô", conta Renato Ferreira, 17 anos, do Colégio Objetivo. Ele não tem dúvida: vai prestar vestibular para engenharia da computação, opção da maioria desses meninos e meninas vidrados em robótica, que passou a ser ensinada em escolas públicas e particulares de todo o país. A maior parte das que estão no topo do ranking do Enem tem o curso, em geral como aula extra, e as que ainda não têm planejam organizar um.
Estudantes americanos e asiáticos já tomam contato com os princípios da robótica na sala de aula desde os anos 80. Divertem-se enquanto vão absorvendo os conceitos de matemática e física. É mais produtivo a partir dos 10 anos, quando as crianças já leem e escrevem e, assim, conseguem iniciar-se no terreno da programação de sistemas. São elas que definem os movimentos dos robôs aos quais dão vida num teclado de computador com símbolos bem simples. Essas informações são guardadas em uma placa que fica junto às estruturas feitas com os pequenos blocos colocados de pé pelos próprios alunos. Com o tempo, os robôs ganham tamanho e complexidade, levantando questões teóricas cuja solução exige, por exemplo, noções de ótica: como chegar à melhor posição possível para que o sensor capte a maior quantidade de luz e faça o robô deslizar?
Os alunos também se debruçam sobre desafios da cinemática, como encontrar o modelo ideal de pneu para vencer os atritos de diferentes superfícies. Sem que percebam, os estudantes se familiarizam com a base do método científico, criando hipóteses diante dos problemas que vão surgindo e testando-as. "Eles descobrem a verdadeira utilidade dos cálculos que veem na lousa e entendem melhor a origem e a consequência de seus erros", observa o doutor em engenharia mecânica João Vilhete, coordenador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação da Unicamp.
O primeiro a sair em defesa do uso da programação de sistemas como ferramenta na educação de crianças e jovens foi o doutor em matemática Seymour Papert. Ele fez do Media Lab, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, referência na área. Na década de 70, Papert era tão fascinado pela ideia de usar o computador em prol do ensino que foi ao extremo no que pregava: dizia que, ao programarem a máquina de acordo com o seu ritmo e curiosidade, os alunos poderiam aprender por si mesmos em um infindável processo do qual o professor seria um mero coadjuvante. Sua teoria não vingou pelo radicalismo, mas dela originou-se toda a pesquisa mais séria sobre tecnologia aplicada à sala de aula, incluindo aí os estudos sobre robótica.
A experiência deixa claro em que cenários a lição surte mais efeito. "Já sabemos que as aulas de robótica dão mais resultado naqueles casos em que se integram ao currículo tradicional da física e da matemática. Do contrário, não produzem grandes efeitos", explica a VEJA o cientista da computação David Cavallo, discípulo de Seymour Papert, hoje à frente do laboratório no MIT.
O incentivo ao raciocínio lógico e à investigação científica desde muito cedo é certamente bem-vindo ao Brasil, país onde tão poucos ainda se formam na área de exatas — caso de apenas 10% dos graduados. Para se ter uma ideia da dimensão do nó brasileiro, o contingente dos que enveredam por esse campo do conhecimento na Coreia do Sul, por exemplo, chega a ser o triplo. Contar com gente tão aficionada de números e bytes como o trio de estudantes que ilustra estas páginas, portanto, é mais do que necessário. Mascote da turma, Bruna Fusco, 14 anos, há quatro foi atraída pelos encantos da robótica, que virou uma diversão imbatível.
Ela acaba de voltar da RoboCup com o ânimo renovado para internar-se mais uma vez no laboratório de sua escola e tentar criar outros exemplares como o Hipérion. No México, onde competiu ao lado dos melhores do mundo, aproveitou as horas de folga para circular pelos estandes das equipes profissionais. Espantou-se com a evolução dos robôs que já são capazes de captar várias informações ao mesmo tempo sobre o ambiente em que estão e tomar decisões inteligentes com base nelas. Diz a menina, para quem a ciência parece um caminho quase que natural: "Eu me senti em casa nessa Disneylândia da robótica".

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