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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Atrelar internet à literatura é o segredo para incentivar leitura, diz especialista



Ampliar o hábito da leitura entre os jovens é um desafio cada vez mais frequente para os profissionais de Educação. Para obter sucesso nessa missão, os professores devem atrelar a internet à literatura. É o que acredita a diretora adjunta da Cátedra Unesco de Leitura PUC-Rio, Eliana Yunes.

Em entrevista à Agência Brasil, a profissional afirma que é cada vez mais necessária a presença de mediadores preparados e que entendam as novas ferramentas tecnológicas para que, dessa forma, possam desenvolver métodos de incentivo à leitura. “Nós temos poucos mediadores aptos a entrar neste diálogo, nestes suportes, nestas novas linguagens e que tragam uma herança cultural vastíssima”, disse.
Para Yunes, os jovens podem utilizar as novas mídias como fontes de pesquisa valiosas. “Na internet, eles já são obrigados a ler, a escrever e a se comunicar”, declarou a diretora. Nesses casos, a mediação adequada é muito importante, porque, sem ela, existe a “simplificação do uso da língua”.
A solução, segundo Yunes, seria a ligação da internet com a leitura criativa, caminho que poderia ser conduzido pelas escolas e até pela família. “Falta uma mediação que permita que esses meninos tenham acesso a sites ou blogs muito bons de poesia, de contos. Sites que permitem que os alunos saiam desse ‘chão raso’ e possam ser levados para uma experiência criativa da linguagem”, disse.
Pesquisa
De acordo com o Instituto Mapear , em pesquisa realizada para a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro, 93% dos alunos de ensino médio da rede estadual tinham celulares em dezembro de 2011 e 78% possuíam computadores, sendo que desses, 92% tinham acesso à internet.
A pesquisa também constatou que: 14% dos alunos não leram nenhum livro nos últimos cinco anos; 11% declararam ter lido apenas um livro no mesmo período; 26% leram de dois a três livros; e 17% leram de quatro a cinco livros.
Com informações da Agência Brasil 

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