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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Software livre traduz fala e escrita para língua de sinais

Apesar de poucas pessoas saberem que colocar as mãos espalmadas três vezes uma sobre a outra significa inclusão na Língua Brasileira de Sinais (Libras), foi exatamente isso que a ex-aluna do curso de Engenharia de Computação da Veris Faculdades, Noelle Nascimento Buffa Furtado fez, ao desenvolver um software inédito no mercado que converte a fala e escrita em português para Libras. Até hoje, apenas a ferramenta Rybená disponibiliza um recurso parecido, porém só para textos selecionados de páginas da Internet e não utiliza o recurso de voz.
Segundo o Censo do IBGE (2000), no Brasil existem aproximadamente 5,8 milhões de surdos, sendo que 30% desse montante não sabem ler o português. O restante (70%) até sabe ler, mas não têm entendimento claro da língua portuguesa.
O software VE-LIBRAS, como é chamado, ainda é um protótipo, mas deverá diminuir drasticamente essas barreiras de comunicação e proporcionar mais acessibilidade para
a comunidade surda, quando finalmente chegar ao mercado. "O objetivo é tornar mais acessível a Libras e facilitar a comunicação entre essas pessoas. Um pai, por exemplo, poderá conversar com seu filho através deste software mesmo que não tenha domínio da língua de sinais. O mesmo vale para as salas de aula", disse Noelle.
De acordo com a engenheira de computação, o programa funciona de forma simples: o software grava o som de uma pessoa falando na língua portuguesa e, mediante a um
processo de reconhecimento de voz, torna possível a conversão da fala em texto. Através do Rybená (tradutor de textos em português para Libras), esse texto é traduzido para a língua de sinais. "Qualquer pessoa que tenha um computador com acesso a Internet e esse software instalado consegue utilizá-lo. Infelizmente, o software ainda não está disponível para comercialização, porque não consegui patrocínio viabilização do projeto, mas o protótipo está em uso e, até agora, só apresentou erros mínimos de tradução", explicou.
Ideia
Noelle, que não tem ninguém na família que tenha deficiência auditiva, afirmou que resolveu desenvolver o programa ao assistir um culto numa igreja. "Vi que tinham muitos intérpretes na igreja, mas às vezes eles ficavam cansados ou não conseguiam traduzir tudo. Com o software isso facilitaria muito", ressaltou.
Para o coordenador do curso de Engenharia de Computação da Veris, Cláudio Umezu, essa inventividade aliada à inovação com a competência técnica, na busca de soluções
para problemas reais, é extremamente válida para beneficiar a sociedade de uma forma geral. "O uso de ferramentas de computação e informática para a redução de barreiras
de comunicação, como no caso deste trabalho que visa a deficientes visuais, é um grande avanço tecnológico e deve receber todo o apoio para que se transforme em
uma realidade", ressaltou o professor, responsável também pela orientação deste projeto.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Planejamento e as Mídias

As mídias são recursos que oportunizam mudanças no espaço escolar, permitindo um novo caminho de acesso a construção do conhecimento, auxiliando nas tarefas desenvolvidas em sala de aula.
Literalmente “mídia” é o plural da palavra “meio”, cujos correspondentes em latim são “media” e “medium”, respectivamente.
Cada mídia requer  planejamento cuidadoso pois há riscos com relação ao uso inadequado que se não for bem trabalhado ocasionará  alguns transtornos desagradaveis e ao invés de educar, deseducam.
A proposta inicial é formar o professor para uso adequado das mídias, discutir expectativas com relação ao uso das mídias, integrar prática e formação.
Os passo para essa conquista está no planejamento eficaz.
O planejamento estabelece a direção a ser seguida visando um maior grau de interação com o ambiente. É uma orientação que devemos discutir como conviver com as mudanças,  novos tempos em intervalos cada vez mais curtos, o que é hoje amanhã não será mais, aprender ousar, pensar estratégico com olhos no futuro.
O planejamento é uma técnica que serve para lidar com o futuro, é um processo consciente de se tomar decisões, faz parte da vida do ser humano, tudo que realiza mesmo sem intenção definida requer planejamento, para mudar  a rotina dos acontecimentos sente a necessidade de organização e precisa de ações para alcançar  metas, ao definir prioridades passa ser estratégico.
O planejamento apresenta propostas baseada em estudos, investigação da situação atual, avaliação de um problema específico, necessita busca formas de transformar sonhos em realidade concretizar ações para melhorar a rotina seguindo um roteiro com recursos que favoreçam o alcance do esperado.
É importante conhecer os objetivos da formação para uso das mídias, não basta ter as mídias ao alcance mas fazer bom uso na aprendizagem significativa, o planejamento de formação é passo inicial para reflexão sobre os rendimentos docente e discente.
A escola é responsável pelo processo ensino aprendizagem, local onde ocorre de fato aprendizagem. O professor, mediador, facilitador do processo deve estar preparado para enfrentar as adversidades, aprender pensar grande, lidar com situações dificies, com o inesperado em um mundo de constantes mudanças. Uma sociedade com valores diversificados trabalhar o desenvolvimento integral do aluno, reconhecer as individualidades constitui grande desafio.
A criança hoje, consideradas “nativos digital” possui domínios sobres as tecnologias com facilidade, enquanto alguns professores tentam se adaptar a esta nova realidade.
A integração das mídias no contexto escolar quando bem utilizada resolve algumas situações indesejadas, questões que se transformariam em problemas futuros, para isso, além do conhecimento e uso adequado, é fundamental uma boa estratégia que conseguiremos com um bom planejamento.
O processo de formação do professor para o uso das midias é uma estratégia que viabiliza recursos, para execução das atividades, contribui para reflexões sobre o impacto das novas tecnologias nos diversos aspectos de vida do cidadão. Conhecer e utilizar as mídias poderá ser solução de alguns problemas e propostas pra novos resultados.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mudar a forma de ensinar e de aprender com tecnologias

Educar o educador

José Manuel Moran
Especialista em mudanças na educação presencial e a distância
Aprender a ensinar

Um dos eixos das mudanças na educação passa pela transformação da educação em um processo de comunicação autêntica e aberta entre professores e alunos, principalmente, incluindo também administradores, funcionários e a comunidade, principalmente os pais. Só vale a pena ser educador dentro de um contexto comunicacional participativo, interativo, vivencial. Só aprendemos profundamente dentro deste contexto. Não vale a pena ensinar dentro de estruturas autoritárias e ensinar de forma autoritária. Pode até ser mais eficiente a curto prazo - os alunos aprendem rapidamente determinados conteúdos programáticos - mas não aprendem a ser pessoas, a ser cidadãos.

Com ou sem tecnologias avançadas podemos vivenciar processos participativos de compartilhamento de ensinar e aprender (poder distribuído) através da comunicação mais aberta, confiante, de motivação constante, de integração de todas as possibilidades da aula-pesquisa/aula-comunicação, num processo dinâmico e amplo de informação inovadora, reelaborada pessoalmente e em grupo, de integração do objeto de estudo em todas as dimensões pessoais: cognitivas, emotivas, sociais, éticas e utilizando todas as habilidades disponíveis do professor e do aluno.

Cada um de nós professores/pais colabora com um pequeno espaço, uma pedra, na construção dinâmica do "mosaico" sensorial-intelectual-emocional de cada aluno. Ele vai organizando continuamente seu quadro referencial de valores, idéias, atitudes, a partir de alguns eixos fundamentais comuns como a liberdade, a cooperação, a integração pessoal.

Só podemos educar para a autonomia, para a liberdade com autonomia e liberdade. Uma das tarefas mais urgentes é educar o educador/pai para uma nova relação no processo de ensinar e aprender, mais aberta, participativa, respeitosa do ritmo da cada aluno, das habilidades específicas de cada um.

É importante termos educadores/pais com um amadurecimento intelectual, emocional e comunicacional que facilite todo o processo de organizar a aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca que o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de estabelecer formas democráticas de pesquisa e de comunicação.
Aprender a ensinar

Só podemos ensinar até onde conseguimos aprender. E se temos tantas dificuldades em ensinar, entre outras coisas, é porque aprendemos pouco até agora. Se admitíssemos nossa ignorância quase total sobre tudo - tanto docentes como alunos - estaríamos mais abertos para o novo, para aprender. Mas ao pensar que sabemos muito, limitamos nosso foco, repetimos fórmulas, avançamos devagar.

Sabemos muito, mas não sabemos o principal. Temos conhecimentos pontuais, mas nos falta o referencial maior, o que dá sentido ao nosso viver. Por que e para que aprendemos? Quando só temos objetivos utilitaristas - como conseguir um diploma, um emprego, ganhar dinheiro - isso concentra nossos esforços, mas estreita nosso raio de visão, de percepção.

Temos visões parciais, que se constroem com dificuldade e estão inseridas numa dinâmica informativa volátil. Se aceitamos isso profundamente e com confiança, poderemos começar a procurar com menos ansiedade, a intercambiar nossas pequenas descobertas, a estarmos mais atentos a tudo, a não acreditar em verdades dogmáticas, simplistas. Perceberemos que a realidade é muito mais complexa do que as explicações científicas e que, ao mesmo tempo, iremos apoiando-nos na ciência para avançar a partir dela sem cair em explicações sem consistência.

Ensinar não é só falar, mas comunicar-se com credibilidade. É falar de algo que conhecemos intelectual e vivencialmente e que, pela interação autêntica, contribua para que os outros e nós mesmos avancemos no grau de compreensão do que existe.

Ensinaremos melhor se mantivermos uma atitude inquieta, humilde e confiante com a vida, com os outros e conosco, tentando sempre aprender, comunicar e praticar o que percebemos até onde nos for possível em cada momento. Isso nos dará muita credibilidade, uma das condições fundamentais para que o ensino aconteça. Se inspirarmos credibilidade, poderemos ensinar de forma mais fácil e abrangente. A credibilidade depende de continuar mantendo a atitude honesta e autêntica de investigação e de comunicação, algo não muito fácil numa sociedade ansiosa por novidades e onde há formas de comunicação dominadas pelo marketing, mais do que pela autenticidade.

Só pessoas livres - ou em processo de libertação - podem educar para a liberdade, podem educar livremente. Só pessoas livres merecem o diploma de educadoras. Necessitamos de muitas pessoas livres na educação que modifiquem as estruturas arcaicas, autoritárias do ensino. Só pessoas autônomas, livres podem transformar a sociedade.
http://www.eca.usp.br/prof/moran/educar.htm

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR

O cenário educacional requer que os professores saibam utilizar os recursos pedagógicos tecnológicos e para atuarem no novo modelo de educação é fundamental que haja a capacitação dos professores, uma vez que o processo de formação continuada é uma forma de aprofundamento e aperfeiçoamento do educador para exercer sua atividade profissional.
Sabemos que a formação de professores para a integração das tecnologias digitais é muito discutida atualmente e já existem vários cursos na área, no entanto, as Tics continuam sendo um grande desafio para o professor que precisa apropriar-se de tais recursos e integrá-los ao seu cotidiano na sala de aula. Sendo assim, ficam as interrogações, será que os cursos promovidos atendem as necessidades do professor, de modo que este realmente prepare-o? Percebemos que a partir de várias parcerias, já existiram e existem cursos de formação para a inclusão das Tics, a exemplo, TV escola, um salto para o futuro, eproinfo e outros, o que é preciso fazer para que esses cursos sejam realmente eficazes?
Espero a sua colaboração para juntos continuarmos essa discussão.

O EDUCADOR TRANSFORMANDO
A SUA PRÁTICA

O governo federal, por meio do Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo), está instalando laboratórios de Informática em escolas e promovendo a preparação de professores para o uso do computador no processo pedagógico. É uma ação ousada e imperiosa para o desenvolvimento da nossa nação. Porque não se trata simplesmente de disponibilizar equipamentos, mas principalmente de preparar professores para uma prática inovadora junto com os alunos.
A proposta do Proinfo é o resultado de pesquisas desenvolvidas no Brasil desde os anos 80, quando foram implantados núcleos do projeto Educom (Educação e Computadores) em cinco universidades públicas, os Centros de Informática Educativa (Cied), nas secretarias estaduais de Educação, e os projetos-pilotos em escolas. Existe, portanto, um caminho percorrido tanto pelo MEC – Ministério da Educação – como por secretarias estaduais de Educação, que foi analisado juntamente com as experiências que estão em desenvolvimento em outros países, dando origem ao Proinfo.
Estamos virando a página desta recente história, não para ignorá-la, pois muito aprendemos nessa caminhada, mas com o objetivo de tornar o sistema educacional mais democrático: que utilize todos os recursos disponíveis para dar o grande salto que nossa Educação exige – o que significa aparelhar escolas com recursos tecnológicos que possam efetivamente ser utilizados por professores e alunos.
Para preparar jovens que possam participar ativamente da sociedade do conhecimento, é necessário muito mais do que disponibilizar computadores nas escolas. É participando na busca, na seleção e na articulação de informações que serão desenvolvidas a autonomia, a criatividade, a auto-estima e a capacidade crítica necessárias à construção do conhecimento. E, conseqüentemente, se favorecerá o surgimento de gerações comprometidas com a criação de uma sociedade mais justa e igualitária.
A introdução do computador no sistema educacional ganha ainda maior importância ao colocar ênfase na preparação do professor, proporcionando condições para que ele possa dominar os recursos computacionais e telemáticos, empregá-los com seus alunos e envolver-se em um processo de formaçãoem serviço.

O PAPEL DOS MULTIPLICADORES

Com o objetivo de viabilizar essa proposta em larga escala, professores estão sendo preparados para assumir o papel de multiplicadores na formação dos demais professores. Cabe a esses multiplicadores ouvir seus colegas, compartilhar suas ansiedades, buscar formas alternativas para atender suas necessidades, respeitando as características e singularidades de cada escola. Além disso, deverão assessorálos no uso do computador para o desenvolvimento de projetos que retratem as diretrizes das propostas político-pedagógicas.
Para que possamos avançar realmente e evitar que o cidadão formado na escola pública seja como um estranho em um novo mundo, o educador deve assumir o desafio da formação continuada, da construção cooperativa de uma metodologia de trabalho. E que esta não seja apenas um conjunto de regras ou novos métodos, mas algo de que ele se aproprie por meio de vivências, reflexões e depurações que permitam reelaborar a ação e adaptá-la à realidade em que está atuando.
Elaboramos o material deste livro com a preocupação de apoiar o educador na exploração de recursos da Informática inter-relacionada a sugestões e reflexões sobre a ação pedagógica com o computador e a teorias educacionais que permitam compreender essa prática.

Ao mesmo tempo, estamos disponibilizando aos educadores um material flexível e aberto. Ao utilizálo, o grupo em formação, que é co-autor deste trabalho, irá reelaborá-lo a partir do conhecimento que adquiriu por meio da prática e das reflexões sobre as diferentes possibilidades e abordagens do uso do computador em Educação.
Cabe a cada educador exercer sua autonomia, capacidade crítica e imaginação criativa para apropriar-se dos recursos computacionais mais adequados ao seu estilo profissional; atuar como promotor o processo de aprendizagem; trabalhar em parceria com seus alunos na busca e seleção de informações; na identificação e teste de hipóteses; no levantamento e na resolução de situações-problemas; e, finalmente, no desenvolvimento de projetos pedagógicos significativos.
Tudo isso somente ganhará sentido se as tecnologias disponíveis, e especialmente o computador, forem inseridas na totalidade do ato educativo, como um modo de transformar as aulas tradicionais em atividades colaborativa1s – nas quais todos se organizam como aprendizes e a Educação se transforma em um processo permanente e dinâmico de trabalho interdisciplinar.

A professora Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida reforça que o uso das tecnologias na educação requer uma formação qualificada dos docentes.

Por Ana Luiza Basilio

Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida atua com a formação de professores para o uso de tecnologias na educação desde a década de 80, época em que lecionava na Universidade Federal de Alagoas. A docente relata que embora já existissem softwares educativos para uso em sala de aula, “eles eram bastante restritos em relação ao potencial de aprendizagem e não eram muito amigáveis, ou seja, implicavam em algumas dificuldades de aprendizagem”. Esta constatação levou a profissional ao encontro das pesquisas. “Era preciso entender como se dava a apropriação de tais ferramentas pelos professores e, mais que isso, entender o universo deles e, a partir daí, ajudá-los a compreender as potencialidades pedagógicas das ferramentas”.

As investigações sobre o tema não cessaram e, além de colecionar títulos de mestre e doutora, Maria Elizabeth atua como docente no Programa de Pós-Graduação em Educação pesquisando sobre Novas Tecnologias em Educação.

Em entrevista ao NET Educação, a profissional ressalta os benefícios do uso da tecnologia na educação e reforça: “é indispensável uma formação qualificada, que prepare o professor para a prática tendo como eixo as atividades pedagógicas com o uso de tecnologias e a reflexão sobre elas”.



NET EDUCAÇÃO - A que se refere o termo novas tecnologias? Quais ferramentas estão inseridas no conceito?
Chamamos novas tecnologias as tecnologias digitais de informação e comunicação e as novas ferramentas e interfaces que estão sempre surgindo. Um exemplo é a internet, tecnologia digital para a qual convergem várias mídias. No entanto, é importante frisar que as novas tecnologias não pretendem excluir as mídias convencionais. O grande desafio é saber entender a especificidade de cada uma delas para integrá-las de acordo com os objetivos pedagógicos vigentes.

NET EDUCAÇÃO - O uso das mídias e das tecnologias na educação sempre gerou polêmica. Como você vê essa questão?
Independente da época, as críticas sobre as mídias e tecnologias sempre existiram. Isso vem desde o tempo das revistas em quadrinhos, passando pela televisão até o computador. A meu ver, o problema ainda é o mesmo, ou seja, há uma grande oferta de conteúdos, com coisas mais interessantes, menos interessantes e ruins em vários aspectos. Por isso a importância da conscientização sobre os valores, a ética e a estética tanto na formação dos professores, como no ambiente familiar, pois são esses pilares que ajudam a desenvolver o senso crítico e a autonomia no uso das tecnologias.

NET EDUCAÇÃO – Quais são os pontos positivos do uso das mídias e tecnologias na educação?
A partir dessa aproximação das mídias e tecnologias com a educação, podemos trabalhar com as linguagens das novas gerações, provenientes da sociedade tecnológica e digital. Mesmo as classes populares têm contato com as tecnologias, seja em casa, na escola, na lan house ou na rua com os colegas. O que talvez não esteja claro para a sociedade e também para as escolas é como utilizar tais tecnologias em benefício do ensino e da aprendizagem. Outra questão importante é que, a partir do momento em que as tecnologias estão presentes na educação, estamos contribuindo para a inclusão digital da sociedade.
Também devemos considerar as novas formas de aprender e de ensinar oferecidas a partir dessa integração. Note que não se trata de informatizar o ensino, mas de desenvolver processos de ensino e de aprendizagem que facilitem a compreensão do aluno.

NET EDUCAÇÃO – Há pontos negativos?
O excesso se configura como um ponto negativo a partir do momento em que as pessoas começam a se esconder atrás das mídias e tecnologias, no sentido de viver em função delas, e não buscar uma convivência real - a chamada substituição dos mundos. Cabe não só à escola, mas também às famílias, a abordagem de limites para uma utilização saudável.

NET EDUCAÇÃO - As mídias e as tecnologias estão plenamente inseridas no dia a dia escolar?
Não dá para dizer que estão plenamente inseridas, mas em um processo de desenvolvimento, em que ainda há muito que se fazer. É um processo. Para se ter uma ideia, lidamos tanto com professores que precisam se apropriar das tecnologias para então as incorporarem à prática pedagógica, como com os que já desenvolvem atividades com o uso de tecnologias como uma ilustração da aula, e também com aqueles que realizam práticas inovadoras com o uso de tecnologias e que podem atuar como parceiros mais experientes dos colegas iniciantes.

O fato é que a tecnologia está chegando à escola, mas só isso não resolve. É preciso uma mudança de cultura para que as instituições escolares se tornem inseridas na sociedade digital. O trabalho que se faz hoje é para que os professores integrem a tecnologia ao desenvolvimento do currículo e não mais a encarem como algo isolado, uma atividade extra ou como ensino sobre tecnologia. Estamos tratando do uso de tecnologias para aprender com elas e não apenas aprender sobre elas. Afinal, as novas gerações já dominam as tecnologias, mas é preciso ajudar as crianças e jovens a aprender e pensar sobre o aprender, para que desenvolvam a autonomia sobre a própria aprendizagem daquilo que necessitam para viver e trabalhar na sociedade digital caracterizada por contínuas mudanças.

NET EDUCAÇÃO - Como você avalia a formação dada aos professores? O caminho é preparar apenas o professor?
O caminho é preparar a escola como um todo, incluindo a comunidade escolar e seu entorno , assim como as famílias para que possam entender e participar do esforço de transformação da escola e de sua integração à sociedade digital.

NET EDUCAÇÃO – Como o Brasil está diante do uso das mídias e tecnologias no ensino aprendizagem? Há países que se destacam nesta área?
O Brasil tem um projeto de formação de educadores considerado inovador, caracterizado pela formação contextualizada na realidade da escola e na sala de aula. Nosso maior desafio é atingir a todos, isto é, por mais que já se tenha feito em termos de inserção das tecnologias digitais na escola e de formação de educadores, ainda há um longo caminho a ser percorrido para atingir a universalidade. Mas é preciso compreender que a mudança não é apenas de método, é de concepções e paradigma, o que demanda um tempo muito maior para se concretizar. A par disso, há uma mobilidade docente que dificulta os avanços.

Há projetos inovadores de integração de tecnologias na educação em diferentes países e níveis educativos, mas em um olhar mais macro há grandes diferenças nos avanços entre os países e entre escolas de um mesmo país. O que há em comum é a certeza de que nos encontramos em um processo de mudança sem volta, é preciso continuar investindo nesse campo e a formação do professor deve ter como eixo seu espaço de trabalho e sua prática pedagógica com o uso de tecnologias com seus alunos.

LINKS SOBRE TECNOLOGIA EDUCACIONAL

http://www.acd.ufrj.br/nutes/vendas.htm  - Laboratório de Tecnologias Cognitivas / UFRJ
http://www.assine.org.br/ - Associacao para estudo da Informática Aplicada à Educação

http://www.agestado.com.br/especial/noticias/internet/htm/106.htm  - Notícias atualizadas sobre assuntos ligados a Informática em geral

http://www.angelfire.com/me/comenio/oracle.htm/  Link produzido por um aluno de pedagogia da UFF, propõe um intercâmbio entre pessoas interessadas em discutir sobre Tecnologia Educacional

http://athena.mat.ufrgs.br/~portosil/licenciatura.html  -UFRGS -Informática na Educação Matemática

http://www.bauru.unesp.br/fc/boletim/indices/indiceas.htm  - Este Link oferece textos sobre Educação Ambiental; Tecnologia Educacional; Educação Continuada; Pré - Escola; Educação Especial ; Educação e Saúde; Formação de Professores, Ensino Fundamental

http://www.alternext.com.br/~jau/nterio2 - Núcleo de Tecnologia Educacional Rio II - Localização, atividades, projetos, pesquisa, etc...

http://www.chaves.com.br/TEXTSELF/EDTECH/informed.htm  - Texto sobre o uso da informática na educação

http://www.cac.ufpe.br/:  site de um grupo de pesquisadores da UFPE, sobre a Educação no Ambiente Cibernético

http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm  -Escola de Comunicação da USP - Uso do vídeo segundo o Professor Morán

http://www.educacional.com.br/  - site relacionado com a educação , com possibilidade de várias buscas na área da Educação , inclusive sobre Tecnologias

http://www.edutecnet.com.br/:  site sobre Tecnologia na Educação, pode-se encontrar textos, teses, links e eventos sobre o tema

http://www.engenheiro2001.org.br/programas/980201a2.htm  - Artigo do Programa Novas Tecnologias da Educação, Educação a Distância e as Novas Tecnologias de Informação e Aprendizagem

http://www.fapeal.br/nies/  - Universidade Federal de Alagoas - Informática na Educação

http://www.faced.ufba.br/  - Pesquisa sobre a crescente mediação dos computadores na atividade educacional


http://www.frm.org.br/  - Fundação Roberto Marinho. Projeto vídeo-escola

http://www.futuro.usp.br/  - Escola do Futuro da Universidade de São Paulo.Laboratório interdisciplinar de pesquisa investigando as tecnologias de multimídia.

http://www.geocities.com/Paris/Louvre/5875  : Centro Pedagógico Informática Educativa do Estado de Roraima

http://www.geocities.com/Heartland/Hills/7166/ghp01.htm  - Informações diversas sobre produção de vídeo, educação a distância, etc

http://www.geocities.com/TimesSquare/Bunker/5009/index2.html  - Site que fala sobre os diversos meios de comunicação, inclusive televisão e Internet.


http//: www.inf.ufsc.br/sbc_ie/revista/index.html  - Revista Brasileira de Informática na Educação

http://www.inf.ufpe.br/~tavares/www/artigos.htm/#artigo2  - Sites sobre Internet na educação e na sala de aula

http://www.laborciencia.com.br/ - Laborciência Tecnologia Educacional - Produtos educacionais, laboratórios e kits de experimentos, software educacional e editora. Assessoria para escolas no apoio e ensino de ciências, física, química e biologia

http://www.lampada.uerj.br/notei.htm  - Laboratório Médico de Pesquisas

http://lite.fae.unicamp.br/grupos/coord/tccs111.htm  - Trabalho de conclusão de Curso de Pedagogia da UNICAMP -
Formação do Professor no Cotidiano da Sala de Aula

http://www.mec.gov.br/seed/ed.htm  - Secretaria de Educação a distância do MEC

http://www.meleca.com.br/   - Site infantil – educativo.

http://members.tripod.com/lfcamara/  - Centro de Referência Educacional, oferece informações sobre informática na educação e outros assuntos

http://www.missao-si.mct.pt/livro_verde/cap_4.html  - Site que trata sobre as exigências para o mundo de hoje, de uma contínua consolidação e atualização dos conhecimentos dos cidadãos

http://www.moderna.com.br/Cibergiz/internet/tecnofobia/index.htm  - Vários sites sobre Internet na educação.

http://www.netville.com.br/~saojose/jmb.htm  - Informações e artigos sobre o uso do computador como ferramenta pedagógica. Home Page mantida por José Maurício Baier, consultor em informática aplicada a educação em São Bento do Sul - Santa Catarina

http://www.nlink.com.br/~aleixo/  - Site de Adriana Aleixo Matias com variados textos em informática na educação e diversos links interessantes

http://www.revista.unicamp.br/  - Revista de Informação e Tecnologia, fornece informações sobre tecnologia educacional e tecnologias em geral.

http://www.proex.ufu.br/necadl  -Universidade Federal de Uberlândia- Núcleo de Educação Continuada a Distância

http://www.proinfo.gov.br/  - PROINFO - Programa Nacional de Informatica na Educação, do Ministério da Educação

http://www.psico.ufrgs.br/mec-nte2/ -UFRGS/ Curso de pós- graduação lato- senso para o Projeto Estadual de Informática na Educação do RS. Especialização em Informática Educativa para professores multiplicadores nos núcleos de tecnologia educacional.

http://www.sct.ce.gov.br/ead.htm  - Educação a Distância em Ciência e Tecnologia - Programa de Educação a Distância em Ciência e Tecnologia, que envolve quatro Estados :Ceará, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e São Paulo

http://www.techoje.com.br/  - Este Link apresenta uma revista de opinião com artigos de: Tecnologia, Telecomunicações, Informática, Globalização, Educação, etc

http://www.terravista.ciclone.com.br/ areias brancas/1508/index.html  - Informática na Educação -O computador como máquina de ensinar matemática, o computador na didática

http://www.terravista.pt/AguaAlto/2638/  - Centro de Recurso Virtual destinado a professores do ensino básico e secundário (uso das tecnologias na educação)

http://www2.uerj.br/~edai - EDAI/UERJ - Programa de Educação com a Aplicação da Informática, destinado a estudos e pesquisas na área da Informática Educativa

http://www.ufc.br/prosoftedu/Projetos.htm  - Universidade Federal do Ceará - Softwares Educacionais

http://www.univ-ab.pt/iepg/mestrados/mcem/dissertacoes.htm  - Resumo de dissertações de mestrado em Comunicação educacional, multimídia (vídeos, ensino a distância etc.)

http://www.uol.com.br/educacao/  - Site que oferece informações sobre tecnologia, vídeo e assuntos gerais ligados à educação

http://www.uol.com.br/aprendiz/senac/indez.html  - links sobre tecnologias na educação

http:// www.utp.br/adm/centros/lic  - LIC - Laboratório de Informática Cientifica - Desenvolvimento de softwares
científicos tais como: tutorias inteligentes, sistemas especialistas e softwares educacionais

http://www.vetorialnet.com.br/~luciano/ie/  Refletindo sobre a Informática na Educação: diversos assuntos como hipertexto, linguagem logo, robótica, software educacionail.

Curriculo e Tecnologia na Formação de Professores

1.CURRÍCULO, TECNOLOGIAS E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: O currículo em ação Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo Depto de Ciência da Computação bethalmeida@pucsp.br Novembro, 2008
2.\"A toda hora rola uma estória Que é preciso estar atento A todo instante rola um movimento Que muda o rumo dos ventos.\" Paulinho da Viola
3.De qual currículo falamos?
4.Qual o currículo hoje praticado? Conflitos e desencontros entre diferentes discursos e práticas sobre currículo: Modelo instituído fragmentação do currículo (estável) pedagogia disciplinar classificação e organização dos alunos no tempo e espaço escolar vs diferentes pedagogias – “vale tudo” vs educação cultural - UNESCO
5.Currículo,educação e cultura Envolve: escola, família, comunidade educativa Currículo rede de relações conflituosas caráter de ordenação da prática Fazer sentido para alunos e professores instruir compreender o contexto e o mundo Desenvolvimento: cognitivo, social, físico, emocional
6.Cultura tecnológica das novas gerações Novo princípio das relações sociais Implicações epistemológicas pedagógicas culturais Formas cambiantes de Currículo Convivência com múltiplas culturas
7.Paulo Freire “Há necessidade de sermos homens e mulheres de nosso tempo e empregarmos todos os recursos disponíveis para dar o grande salto que nossa educação está a exigir.” Como se constituem essas tecnologias hoje? São recursos? Suportes para o currículo? Meios de comunicação e expressão do pensamento?
8.Sociedade tecnológica  Cada época e tipo de sociedade possui uma configuração que lhe é devida pelas características de seus instrumentos culturais, entre os quais suas tecnologias de informação e comunicação:  as tecnologias reordenam/reestruturam as relações espaço-tempo  condicionam as relações comunicacionais e educacionais: novos modos de ser e estar no mundo.  A passagem de uma configuração das tecnologias para outra não ocorre por simples substituição:  há um processo simultaneamente cumulativo, com rupturas e continuidades.
9.De que tecnologia falamos?  Tecnologias digitais de informação e comunicação – TIC ou TDIC - articuladas com telecomunicações:  Microprocessadores: ● velocidade de processamento e capacidade de armazenamento  Digitalização da informação: ● incorporação de diferentes mídias: som, imagem, animação, textos…  Representação da informação em Hipertexto  Redes de transmissão de dados: ● potencializam a comunicação TODOS – TODOS
10.Hoje: convergência de tecnologias  Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação – TDIC:  Convergência: – informática, multimídia, hipertexto e telecomunicações – um artefato integra distintas tecnologias- vídeo, TV digital, imagem, DVD, celular, MP3, Ipod, jogos, realidade virtual...  Interfaces: – jogos, blogs, wikis, redes sociais - web 2.0 – Construção coletiva de conhecimento: co-autoria – protagonismo – Tendência: web 3.0 – web semântica (interpretar estilos, preferências...)
11.Hoje: convergência de tecnologias  Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação – TDIC:  Ubiquidade: ● novos usos, diferentes necessidades ● interatividade: potencial de interação ● participação de qualquer lugar, a qualquer tempo ● expansão das atividades cognitivas: tecnologias da inteligência na web ● mediação tecnológica das narrativas individuais na web ● redes sociais: potencializam o “estar junto virtual” Desenvolvimento do currículo: uso de tecnologias digitais abertas, móveis, imersivas, interativas, conectadas à internet.
12.Educação mediatizada por tecnologias Currículo construído na ação: processo dialético conteúdo Estratégias Forma: pedagógicas modo de representação Experiências dos aprendizes As relações entre currículo e tecnologias se estabelecem para além dos meios e envolvem as mensagens e os contextos.
13.Novas formas de produzir conhecimento e desenvolver o currículo  As tecnologias entram no espaço/ tempo da escola pelo contato das pessoas com as tecnologias no cotidiano.  O domínio instrumental de uma tecnologia seja ela qual for, é insuficiente para compreender seus modos de produção e incorporá-la ao ensino, à aprendizagem e ao currículo.
14.Currículo e tecnologias  Currículo como construção social, política e histórica que se constitui na própria ação com o uso de tecnologias:  datado, registrado nos documentos digitais e nas atividades que se desenvolvem por meio das tecnologias  disponível para análise, recriação e novos registros  expressa a vida daqueles que fazem parte da rede  suas experiências e a realidade que enfrentam dentro e fora da escola,  os valores, crenças, conhecimentos, afetos e desafetos. Cavallo (2004) Design emergente: incorpora as mudanças contextuais ao currículo reconstruído na ação
15.Currículo construído na ação  Planejamento: espinha dorsal do trabalho a realizar  Contornos específicos em ato  Reconstruído na ação  Universo de significados dos alunos  Análise dos registros digitais: ● identificação de conhecimentos, competências e habilidades dos alunos ● direcionam intervenções pedagógicas
16.Currículo construído na ação  Conhecimento e currículo em contexto social:  Construção social, cultural e histórica ● Parte da experiência compartilhada (Goodson, 2001) ● Intenção: produção de conhecimento científico  Resultante de processos individuais e globais de construções mentais influenciadas pelas relações sociais  Envolve poder, tomada de decisão, produção de identidades (Pacheco, 2001)
17.Currículo construído na ação  Aproximação com o conceito de design emergente (Cavallo, 2003)  Postura investigativa do contexto: ousadia e flexibilidade  Não significa atuar no caos ou falta de propósito Postura “semelhante a um conjunto de jazz: pode improvisar uma música mantendo a estrutura da harmonia entre seus elementos e os princípios teóricos de seu estilo” (p. 392)
18.Currículo que se transforma e é transformador
19.Tecnologia, currículo e formação: um exemplo  Formação de Educadores em Telemática na Educação (curso de Especialização )  MEC/ SEED, UFRPE  Docentes: ● profissionais de diversas universidades, BR – atuação em salas temáticas virtuais  Eixo articulador: sala de projetos  Cursistas: ● educadores do sistema público de ensino de diferentes regiões  Curso: realizado para 12 turmas (20cursistas / turma)
20.O currículo de formação desenvolvido em 3 etapas 1. Projetar em grupo  Construção colaborativa de uma proposta de projeto de integração de recursos tecnológicos aos conteúdos curriculares  Focos do currículo ● Tecnológico: domínio ambiente virtual do curso ● Aprendizagem do trabalho em grupo virtual: – Introspecção nas experiências e conhecimento pessoal para produzir junto com o outro ● Projeto: colocar em ação um plano que antecipa uma realidade que ainda não aconteceu.
21.O currículo de formação construído em 3 etapas 1. Desenvolver o projeto  Aprender na ação contextualizada e refletir no grupo  Focos do currículo: ● Aspectos constituintes da realidade: negociação, parceira ● Elementos que emergem da prática com a integração de tecnologias ● Compartilhamento diferentes experiências: comparar, diferenciar e estabelecer relações
22.O currículo de formação construído em 3 etapas 1. Sistematizar o aprendizado sobre a prática  Reflexão sobre a prática à luz da teoria mobilizada na produção de um artigo em grupo  Focos do currículo: ● Autoria em grupo: expressão do pensamento pela escrita ● Trabalho colaborativo ● Integração tecnologia no contexto escolar e no desenvolvimento do currículo
23.CURRÍCULO, TECNOLOGIAS E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: O currículo em ação Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo Depto de Ciência da Computação bethalmeida@pucsp.br Novembro, 2008

segunda-feira, 6 de setembro de 2010


Conhecer a importância de cada mídia é fundamental, as mídias oportunizam mudanças que apontam novos caminhos para construção do conhecimento que poderão servir para o bem ou mal. Alguns cuidados são importantes.
Ao realizarmos o planejamento de formação, várias reflexões são levantadas com relação ao uso.
Cada mídia requer um planejamento cuidadoso, existem riscos que não podem ser esquecidos. O professor deve ter conhecimento e saber lidar com a situação, pois é quem direciona o trabalho. o ideal será rever sua prática pedagogica, saber para onde quer ir e com quais ferramentas. Ter conhecimento de todas as mídias existentes na escola, organizarem as formas de utilização, sempre atendendo às perguntas:

O que? Como? Onde? Quem? E Por quê?

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Vírus de computador: o que são e como agem



Introdução

Os vírus representam um dos maiores problemas para usuários de computador. Consistem em pequenos programas criados para causar algum dano ao computador infectado, seja apagando dados, seja capturando informações, seja alterando o funcionamento normal da máquina. Os usuários dos sistemas operacionais Windows são vítimas quase que exclusivas de vírus, já que os sistemas da Microsoft são largamente usados no mundo todo. Existem vírus para sistemas operacionais Mac e os baseados em Unix, mas estes são extremamente raros e costumam ser bastante limitados. Esses "programas maliciosos" receberam o nome vírus porque possuem a característica de se multiplicar facilmente, assim como ocorre com os vírus reais, ou seja, os vírus biológicos. Eles se disseminam ou agem por meio de falhas ou limitações de determinados programas, se espalhando como em uma infecção. Um exemplo disso, são os vírus que se espalham através da lista de contatos do cliente de e-mail do usuário. Veja nas próximas linhas os tipos de vírus existentes e algumas informações adicionais.


Como os vírus agem
Os primeiros vírus foram criados através de linguagens como Assembly e C. Nos dias de hoje, os vírus podem ser criados de maneira muito mais simples, podendo, inclusive, serem desenvolvidos através de scripts e de funções de macro de determinados programas.

Para contaminarem os computadores, os vírus antigamente usavam disquetes ou arquivos infectados. Hoje, os vírus podem atingir em poucos minutos milhares de computadores em todo mundo. Isso tudo graças à Internet. O método de propagação mais comum é o uso de e-mails, onde o vírus usa um texto que tenta convencer o internauta a clicar no arquivo em anexo. É nesse anexo que se encontra o vírus. Os meios de convencimento são muitos e costumam ser bastante criativos. O e-mail (e até o campo assunto da mensagem) costuma ter textos que despertam a curiosidade do internauta. Muitos exploram assuntos eróticos ou abordam questões atuais. Alguns vírus podem até usar um remetente falso, fazendo o destinatário do e-mail acreditar que trata-se de uma mensagem verdadeira. Muitos internautas costumam identificar e-mails de vírus, mas os criadores destas "pragas digitais" podem usar artifícios inéditos que não poupam nem o usuário mais experiente.

Ainda, há os vírus que exploram falhas de programação de determinados softwares. Algumas falhas são tão graves que podem permitir a contaminação automática do computador, sem que o usuário perceba. Outros vírus costumam se propagar através de compartilhamento de recursos, como aqueles que inserem arquivos em pastas de programa P2P (softwares desse tipo permitem o compartilhamento de arquivos entre internautas ou usuários de uma mesma rede de computadores).

Após ter contaminado o computador, o vírus passa então a executar suas tarefas, que podem ser dos mais diversos tipos, desde a simples execução de um programa até a destruição total do sistema operacional. A maioria dos vírus tem como primeira atividade a tentativa de propagação para outros computadores.


Mitos
É importante desmentir alguns mitos: eventos que não executam o programa que contém o vírus "colado" não irão acioná-lo. Assim, se um programa contaminado for salvo em um HD ou disquete , isso não vai acionar o ataque do vírus. Por isso, se o evento que ativa o vírus não for acionado nunca pelo usuário, o vírus ficará "adormecido" até o dia em que o programa for executado.

Outra coisa que deve ser desmentida é a crença de que os vírus podem danificar o hardware do computador. Os vírus são softwares e portanto não há como eles queimarem ou quebrarem dispositivos do computador. De certo, existem vírus que apagam o BIOS da placa-mãe, deixando-a sem capacidade para ser usada, dando a impressão de que foi quebrada. No entanto, com equipamentos usado em laboratórios ou com softwares especiais, é possível recuperar o BIOS e aí se constatará que a placa-mãe está com seus componentes de hardware como estavam antes do ataque. Os BIOS atuais estão melhor protegidos deste perigo e são mais facilmente recuperáveis em casos de problemas.


Outros tipos de pragasExiste uma variedade de programas maliciosos, aqui, no InfoWester, chamadas de "pragas digitais", que não são exatamente vírus. A definição do que a praga é ou não é depende de suas ações e formas de contaminação. Mesmo havendo essa distinção, é comum dar o nome de vírus para generalizar todos os tipos de pragas. Os outros tipos mais comuns são vistos a seguir:


Cavalo-de-tróia

Cavalos-de-tróia (trojans) são um tipo de praga digital que, basicamente, permitem acesso remoto ao computador após a infecção. Os cavalos-de-tróia podem ter outras funcionalidades, como captura de dados do usuário e execução de instruções presentes em scripts. Entre tais instruções, podem haver ordens para apagar arquivos, destruir aplicativos, entre outros.

Quando um cavalo-de-tróia permite acesso ao computador, o que ocorre é que a praga passa a utilizar portas TCP e de alguma maneira informa a seu criador a "disponibilidade" daquele computador. Ainda, a praga pode se conectar a servidores e executar instruções que estejam disponíveis no momento do acesso.

Worm

Os worms (vermes) podem ser interpretados como um tipo de vírus mais inteligente que os demais. A principal diferença entre eles está na forma de propagação: os worms podem se propagar rapidamente para outros computadores, seja pela Internet, seja por meio de uma rede local. Geralmente, a contaminação ocorre de maneira discreta e o usuário só nota o problema quando o computador apresenta alguma anormalidade. O que faz destes vírus inteligentesé a gama de possibilidades de propagação. O worm pode capturar endereços de e-mail em arquivos do usuário, usar serviços de SMTP (sistema de envio de e-mails) próprios ou qualquer outro meio que permita a contaminação de computadores (normalmente milhares) em pouco tempo.

Spywares, keyloggers e hijackers

Apesar de não serem necessariamente vírus, estes três nomes também representam perigo. Spywares são programas que ficam "espionando" as atividades dos internautas ou capturam informações sobre eles. Para contaminar um computador, os spywares podem vir embutidos em softwares desconhecidos ou serem baixados automaticamente quando o internauta visita sites de conteúdo duvidoso.

Os keyloggers são pequenos aplicativos que podem vir embutidos em vírus, spywares ou softwares suspeitos, destinados a capturar tudo o que é digitado no teclado. O objetivo principal, nestes casos, é capturar senhas.

Hijackers são programas ou scripts que "sequestram" navegadores de Internet, principalmente o Internet Explorer. Quando isso ocorre, o hijacker altera a página inicial do browser e impede o usuário de mudá-la, exibe propagandas em pop-ups ou janelas novas, instala barras de ferramentas no navegador e podem impedir acesso a determinados sites (como sites de software antivírus, por exemplo).

Os spywares e os keyloggers podem ser identificados por programas anti-spywares. Porém, algumas destas pragas são tão perigosas que alguns antivírus podem ser preparados para identificá-las, como se fossem vírus. No caso de hijackers, muitas vezes é necessário usar uma ferramenta desenvolvida especialmente para combater aquela praga. Isso porque os hijackers podem se infiltrar no sistema operacional de uma forma que nem antivírus nem anti-spywares conseguem "pegar".

Antivírus

Existe uma variedade enorme de softwares antivírus no mercado. Independente de qual você usa, mantenha-o sempre atualizado. Isso porque surgem vírus novos todos os dias e seu antivírus precisa saber da existência deles para proteger seu sistema operacional. A maioria dos softwares antivírus possuem serviços de atualização automática. Abaixo há uma lista com os antivírus mais conhecidos:

Norton AntiVirus - Symantec - http://www.symantec.com.br - Possui versão de teste.

McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui versão de teste.

AVG - Grisoft - http://www.grisoft.com - Possui versão paga e outra gratuita para uso não-comercial (com menos funcionalidades).

Panda Antivirus - Panda Software - http://www.pandasoftware.com.br - Possui versão de teste.

É importante frisar que a maioria destes desenvolvedores possuem ferramentas gratuitas destinadas a remover vírus específicos. Geralmente, tais softwares são criados para combater vírus perigosos ou com alto grau de propagação.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Contos de Fadas - Uma Possibilidade de Trabalho com Adolescentes

Apesar dos contos de fadas serem materiais utilizados normalmente para o ensino de crianças nos primeiros anos escolares, o que na maioria das vezes são fontes riquíssimas para começar a inseri-las no mundo letrado, tal categoria de contos também pode se apresentar como matéria-prima para as aulas de língua portuguesa para adolescentes.
Ainda que na fase da adolescência haja uma forte tendência de eles fazerem um muro de separação com a infância, apresentar os contos de fadas sob uma nova perspectiva faz estes jovens alunos refletirem sobre pontos que lhes eram obscuros na infância, uma vez que a “enciclopédia de vida” na infância é pequena, não permitindo a identificação de pontos mais profundos.

Quando os contos de fadas são contados a uma criança, ela não absorve pontos que poderão ser questionados com um adolescente em sala de aula. Um exemplo disso é quando recontamos a história da “A Bela adormecida” para adolescentes. Pontos como o da espera de 100 anos para a concretização do amor podem ser discutidos com eles, uma vez que o professor poderá lançar mão do artifício de fazê-los compreender que é preciso esperar o encerramento de um ciclo para que outro possa começar naturalmente. Os 100 anos de sono da Bela adormecida é uma tipologia da necessidade de amadurecimento para o amor, um tema de extrema importância para ser discutido entre adolescentes que estão cada vez ingressando mais cedo em mundos que deveriam apenas ser participado por adultos.

Como a grande maioria dos alunos adolescentes já conhece os vários contos de fadas, fica fácil para o professor explicar que assim como eles não entenderam muitos pontos em tais contos porque eram crianças quando estes lhe foram apresentados, há muitas coisas hoje em plena a adolescência deles que só entenderão na vida adulta. Tratar sobre assuntos referentes a conflitos familiares e sociais também é uma ótima oportunidade, pois muitos desses conflitos só existem porque pais e filhos com idades, evidentemente diferentes, entram em debate por um não compreender as posições de outro. No conto de “A Branca de neve” pode também ser levantados pontos sobre a rivalidade que existia entre a madrasta e a protagonista desse belo conto...

Sendo assim, utilizar os contos de fadas em sala de aula para trabalhar assuntos de diversas ordens com adolescentes constitui-se uma riquíssima fonte para o desenvolvimento da arte de lecionar.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Os novos espaços de atuação do educador com as tecnologias

Uma nova sala de aula
Resumo
A Internet e as novas tecnologias estão trazendo novos desafios pedagógicos para as universidades e escolas. Os professores, em qualquer curso presencial, precisam aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora. O primeiro espaço é o de uma nova sala de aula melhor equipada e com atividades diferentes. Em alguns momentos o professor leva seus alunos ao laboratório conectado à Internet para desenvolver atividades de pesquisa e de domínio das tecnologias (segundo espaço). Estas atividades se ampliam a distância, nos ambientes virtuais de aprendizagem conectados à Internet, o que permite diminuir o número de aulas e continuar aprendendo juntos a distância (terceiro espaço). Os cursos precisam prever espaços e tempos de contato com a realidade, de experimentação e de inserção em ambientes profissionais e informais em todas as matérias e ao longo de todos os anos (quarto espaço). Uma das tarefas mais importantes das universidades, escolas e secretarias de educação hoje é planejar e flexibilizar, no currículo de cada curso, o tempo de presença física em sala de aula e o tempo de aprendizagem virtual e como integrar de forma criativa e inovadora esses espaços e tempos.

Palavras-chave: Novas tecnologias, educação, ensino superior, didática

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Introdução

Uma das reclamações generalizadas de escolas e universidades é de que os alunos não agüentam mais nossa forma de dar aula. Os alunos reclamam do tédio de ficar ouvindo um professor falando na frente por horas, da rigidez dos horários, da distância entre o conteúdo das aulas e a vida.

Colocamos tecnologias na universidade e nas escolas, mas, em geral, para continuar fazendo o de sempre – o professor falando e o aluno ouvindo – com um verniz de modernidade. As tecnologias são utilizadas mais para ilustrar o conteúdo do professor do que para criar novos desafios didáticos.

O cinema, o rádio, a televisão trouxeram desafios, novos conteúdos, histórias, linguagens. Esperavam-se muitas mudanças na educação, mas as mídias sempre foram incorporadas marginalmente. A aula continuou predominantemente oral e escrita, com pitadas de audiovisual, como ilustração. Alguns professores utilizavam vídeos, filmes, em geral como ilustração do conteúdo, como complemento. Eles não modificavam substancialmente o ensinar e o aprender, davam um verniz de novidade, de mudança, mas era mais na embalagem.

O computador trouxe uma série de novidades, de fazer mais rápido, mais fácil. Mas durante anos continuo sendo utilizado mais como uma ferramenta de apoio ao professor e ao aluno. As atividades principais ainda estavam focadas na fala do professor e na relação com os textos escritos.

Hoje, com a Internet e a fantástica evolução tecnológica, podemos aprender de muitas formas, em lugares diferentes, de formas diferentes. A sociedade como um todo é um espaço privilegiado de aprendizagem. Mas ainda é a escola a organizadora e certificadora principal do processo de ensino-aprendizagem.

Ensinar e aprender estão sendo desafiados como nunca antes. Há informações demais, múltiplas fontes, visões diferentes de mundo. Educar hoje é mais complexo porque a sociedade também é mais complexa e também o são as competências necessárias. As tecnologias começam a estar um pouco mais ao alcance do estudante e do professor. Precisamos repensar todo o processo, reaprender a ensinar, a estar com os alunos, a orientar atividades, a definir o que vale a pena fazer para aprender, juntos ou separados.

Com a Internet e outras tecnologias surgem novas possibilidades de organização das aulas dentro e fora da Universidade. Podemos ter uma parte das aulas de forma virtual ou freqüentar cursos a distância. Como uma universidade e seus professores podem se organizar para estas mudanças inevitáveis, da forma mais adequada, equilibrada e coerente? Por onde começar e continuar?


A ampliação dos espaços de ensino-aprendizagem

A sala de aula é o espaço privilegiado quando pensamos em escola, em aprendizagem. Esta nos remete a um professor na nossa frente, a muitos alunos sentados em cadeiras olhando para o professor, uma mesa, um quadro negro e, às vezes, um vídeo ou computador.

Com a Internet e as redes de comunicação em tempo real, surgem novos espaços importantes para o processo de ensino-aprendizagem, que modificam e ampliam o que fazíamos na sala de aula.

Abrem-se novos campos na educação on-line, através da Internet, principalmente na educação a distância. Mas também na educação presencial a chegada da Internet está trazendo novos desafios para a sala de aula, tanto tecnológicos como pedagógicos.

O professor, em qualquer curso presencial, precisa hoje aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora. O primeiro espaço é o de uma nova sala de aula equipada e com atividades diferentes, que se integra com a ida ao laboratório para desenvolver atividades de pesquisa e de domínio técnico-pedagógico. Estas atividades se ampliam e complementam a distância, nos ambientes virtuais de aprendizagem e se complementam com espaços e tempos de experimentação, de conhecimento da realidade, de inserção em ambientes profissionais e informais.

Antes o professor só se preocupava com o aluno em sala de aula. Agora, continua com o aluno no laboratório (organizando a pesquisa), na Internet (atividades a distância) e no acompanhamento das práticas, dos projetos, das experiências que ligam o aluno à realidade, à sua profissão (ponto entre a teoria e a prática).

Antes o professor se restringia ao espaço da sala de aula. Agora precisa aprender a gerenciar também atividades a distância, visitas técnicas, orientação de projetos e tudo isso fazendo parte da carga horária da sua disciplina, estando visível na grade curricular, flexibilizando o tempo de estada em aula e incrementando outros espaços e tempos de aprendizagem.

Educar com qualidade implica em ter acesso e competência para organizar e gerenciar as atividades didáticas em, pelo menos, quatro espaços:


1. Uma nova sala de aula

A sala de aula será, cada vez mais, um ponto de partida e de chegada, um espaço importante, mas que se combina com outros espaços para ampliar as possibilidades de atividades de aprendizagem.

O que deve ter uma sala de aula para uma educação de qualidade?

Precisa fundamentalmente de professores bem preparados, motivados, e bem remunerados e com formação pedagógica atualizada. Isso é incontestável.

Precisa também de salas confortáveis, com boa acústica e tecnologias, das simples até as sofisticadas. Uma sala de aula hoje precisa ter acesso fácil ao vídeo, DVD e, no mínimo, um ponto de Internet, para acesso a sites em tempo real pelo professor ou pelos alunos, quando necessário.

Um computador em sala com projetor multimídia são recursos necessários, embora ainda caros, para oferecer condições dignas de pesquisa e apresentação de trabalhos a professores e alunos. São poucos os cursos até agora bem equipados, mas, se queremos educação de qualidade, uma boa infra-estrutura torna-se cada vez mais necessária.

Um projetor multimídia com acesso a Internet permite que o professores e alunos mostrem simulações virtuais, vídeos, jogos, materiais em CD, DVD, páginas WEB ao vivo. Serve como apoio ao professor, mas também para a visualização de trabalhos dos alunos, de pesquisas, de atividades realizadas no ambiente virtual de aprendizagem (um fórum previamente realizado, por exemplo). Podem ser mostrados jornais on-line, com notícias relacionadas com o assunto que está sendo tratado em classe. Os alunos podem contribuir com suas próprias pesquisas on-line. Há um campo de possibilidades didáticas até agora pouco desenvolvidas, mesmo nas salas que detêm esses equipamentos.

Essa infra-estrutura deve estar a serviço de mudanças na postura do professor, passando de ser uma “babá”, de dar tudo pronto, mastigado, para ajudá-lo, de um lado, na organização do caos informativo, na gestão das contradições dos valores e visões de mundo, enquanto, do outro lado, o professor provoca o aluno, o “desorganiza”, o desinstala, o estimula a mudanças, a não permanecer acomodado na primeira síntese.

Do ponto de vista metodológico o professor precisa aprender a equilibrar processos de organização e de “provocação” na sala de aula. Uma das dimensões fundamentais do educar é ajudar a encontrar uma lógica dentro do caos de informações que temos, organizar numa síntese coerente (mesmo que momentânea) das informações dentro de uma área de conhecimento. Compreender é organizar, sistematizar, comparar, avaliar, contextualizar. Uma segunda dimensão pedagógica procura questionar essa compreensão, criar uma tensão para superá-la, para modificá-la, para avançar para novas sínteses, novos momentos e formas de compreensão. Para isso o professor precisa questionar, tensionar, provocar o nível da compreensão existente.

Predomina a organização no planejamento didático quando o professor trabalha com esquemas, aulas expositivas, apostilas, avaliação tradicional. O professor que dá tudo mastigado para o aluno, de um lado facilita a compreensão; mas, por outro, transfere para o aluno, como um pacote pronto, o nível de conhecimento de mundo que ele tem.

Predomina a “desorganização” no planejamento didático quando o professor trabalha encima de experiências, projetos, novos olhares de terceiros: artistas, escritores...

Em qualquer área de conhecimento podemos transitar entre a organização da aprendizagem e a busca de novos desafios, sínteses. Há atividades que facilitam a organização e outras a superação. O relato de experiências diferentes das do grupo, uma entrevista polêmica podem desencadear novas questões, expectativas, desejos. Mas também há relatos de experiências ou entrevistas que servem para confirmar nossas idéias, nossas sínteses, para reforçar o que já conhecemos.

Por exemplo, na utilização do vídeo na escola, vejo dois momentos ou focos que podem alternar-se e combinar-se equilibradamente:

1) Quando o vídeo provoca, sacode, provoca inquietação e serve como abertura para um tema, como uma sacudida para a nossa inércia. Ele age como tensionador, na busca de novos posicionamentos, olhares, sentimentos, idéias e valores. O contato de professores e alunos com bons filmes, poesias, contos, romances, histórias, pinturas alimenta o questionamento de pontos de vista formados, abre novas perspectivas de interpretação, de olhar, de perceber, sentir e de avaliar com mais profundidade.

2) Quando o vídeo serve para confirmar uma teoria, uma síntese, um olhar específico com o qual já estamos trabalhando. É o vídeo que ilustra, amplia, exemplifica.

O vídeo e as outras tecnologias tanto podem ser utilizados para organizar como para desorganizar o conhecimento. Depende de como e quando os utilizamos.

Educar um processo dialético, quando bem realizado, mas que, em muitas situações concretas, se vê diluído pelo peso da organização, da massificação, da burocratização, da “rotinização”, que freia o impulso questionador, superador, inovador.

2. O espaço do laboratório conectado

Um dia todas as salas de aula estarão conectadas às redes de comunicação instantânea. Como isso ainda está distante, é importante que cada professor programe em uma de suas primeiras aulas uma visita com os alunos ao “laboratório de informática”, a uma sala de aula com micros suficientes conectados à Internet. Nessa aula (uma ou duas) o professor pode orientá-los a fazer pesquisa na Internet, a encontrar os materiais mais significativos para a área de conhecimento que ele vai trabalhar com os alunos; a que aprendam a distinguir informações relevantes de informações sem referência. Ensinar a pesquisar na WEB ajuda muito aos alunos na realização de atividades virtuais depois, a sentir-se seguros na pesquisa individual e grupal.

Uma outra atividade importante nesse momento é a capacitação para o uso das tecnologias necessárias para acompanhar o curso em seus momentos virtuais: conhecer a plataforma virtual, as ferramentas, como se coloca material, como se enviam atividades, como se participa num fórum, num chat, tirar dúvidas técnicas. Esse contato com o laboratório é fundamental porque há alunos pouco familiarizados com essas novas tecnologias e para que todos tenham uma informação comum sobre as ferramentas, sobre como pesquisar e sobre os materiais virtuais do curso.

Tudo isto pressupõe que os professores foram capacitados antes para fazer esse trabalho didático com os alunos no laboratório e nos ambientes virtuais de aprendizagem (o que muitas vezes não acontece).

Quando temos um curso parcialmente presencial podemos organizar os encontros ao vivo como pontuadores de momentos marcantes. Primeiro, nos encontramos fisicamente para facilitar o conhecimento mútuo de professores e alunos. Ao vivo é muito mais fácil que a distância e confiamos mais rapidamente ao estar ao lado da pessoa como um todo, ao vê-la, ouvi-la, senti-la. Depois, é mais fácil explicar e organizar o processo de aprendizagem, esclarecer, tirar dúvidas, organizar grupos, discutir propostas. É muito mais fácil também aprender a utilizar os ambientes tecnológicos da educação on-line. Podemos ir a um laboratório e nivelar os alunos, os que sabem se sentam junto com os que sabem menos e todos aprendem juntos. No presencial também é mais fácil motivar os alunos, atender às demandas específicas, fazer os ajustes necessários no programa.

O foco do curso deve ser o desenvolvimento de pesquisa, fazer do aluno um parceiro-pesquisador. Pesquisar de todas as formas, utilizando todas as mídias, todas as fontes, todas as formas de interação. Pesquisar às vezes todos juntos, outras em pequenos grupos, outras individualmente. Pesquisar às vezes na escola; outras, em outros espaços e tempos. Combinar pesquisa presencial e virtual. Comunicar os resultados da pesquisa para todos e para o professor. Relacionar os resultados, compará-los, contextualizá-los, aprofundá-los, sintetizá-los.

Mais tarde, depois de uma primeira etapa de aprendizagem on-line, a volta ao presencial adquire uma outra dimensão. É um reencontro tanto intelectual como afetivo. Já nos conhecemos, mas fortalecemos esses vínculos; trocamos experiências, vivências, pesquisas. Aprendemos juntos, tiramos dúvidas coletivas, avaliamos o processo virtual. Fazemos novos ajustes. Explicamos o que acontecerá na próxima etapa e motivamos os alunos para que continuem pesquisando, se encontrando virtualmente, contribuindo.

Os próximos encontros presenciais já devem trazer maiores contribuições dos alunos, dos resultados de pesquisas, de projetos, de solução de problemas, entre outras formas de avaliação.


3. A utilização de ambientes virtuais de aprendizagem

Os alunos já se conhecem, já tem as informações básicas de como pesquisar e de como utilizar os ambientes virtuais de aprendizagem. Agora já podem iniciar a parte a distância do curso, combinando momentos em sala de aula com atividades de pesquisa, comunicação e produção a distância, individuais, em pequenos grupos e todos juntos.

O professor precisa hoje adquirir a competência da gestão dos tempos a distância combinado com o presencial. O que vale a pena fazer pela Internet que ajuda a melhorar a aprendizagem, que mantém a motivação, que traz novas experiências para a classe, que enriquece o repertório do grupo.

Os ambientes virtuais aqui complementam o que fazemos em sala de aula. O professor e os alunos são “liberados” de algumas aulas presenciais e precisam aprender a gerenciar classes virtuais, a organizar atividades que se encaixem em cada momento do processo e que dialoguem e complementem o que estamos fazendo na sala de aula e no laboratório. Começamos algumas atividades na sala de aula: informações básicas de um tema, organização de grupos, explicitar os objetivos da pesquisa, tirar as dúvidas iniciais. Depois vamos para a Internet e orientamos e acompanhamos as pesquisas que os alunos realizam individualmente ou em pequenos grupos. Pedimos que os alunos coloquem os resultados em uma página, um portfólio ou que nos as enviem virtualmente, dependendo da orientação dada. Colocamos um tema relevante para discussão no fórum ou numa lista e procuramos acompanhá-la sem sermos centralizadores nem omissos. Os alunos se posicionam primeiro e, depois, fazemos alguns comentários mais gerais, incentivamos, reorientamos algum tema que pareça prioritário, fazemos sínteses provisórias do andamento das discussões ou pedimos que alguns alunos o façam.

Podemos convidar um colega, um pesquisador ou um especialista para um debate com os alunos num chat, realizando uma entrevista a distância, atuando como mediadores. Os alunos gostam de participar deste tipo de atividade.

Nós mesmos, professores, podemos marcar alguns tempos de atendimento semanais, se o acharmos conveniente, para tirar dúvidas on-line, para atender grupos, acompanhar o que está sendo feito pelos alunos. Sempre que possível incentivaremos os alunos a que criem seu portfólio, seu espaço virtual de aprendizagem próprio e que disponibilizem o acesso aos colegas, como forma de aprender colaborativamente.

Dependendo do número de horas virtuais, a integração com o presencial é mais fácil, Um tópico discutido no fórum pode ser aprofundado na volta à sala de aula, tornando mais claros os pontos de divergência que havia no virtual.

Creio que há três campos importantes para as atividades virtuais: o da pesquisa, o da comunicação e o da produção. Pesquisa individual de temas, experiências, projetos, textos. Comunicação, realizando debates off e on-line sobre esses temas e experiências pesquisados. Produção, divulgando os resultados no formato multimídia, hipertextual, “linkada” e publicando os resultados para os colegas e, eventualmente, para a comunidade externa ao curso.

A Internet favorece a construção colaborativa, o trabalho conjunto entre professores e alunos, próximos física ou virtualmente. Podemos participar de uma pesquisa em tempo real, de um projeto entre vários grupos, de uma investigação sobre um problema de atualidade. O importante é combinar o que podemos fazer melhor em sala de aula: conhecer-nos, motivar-nos, reencontrar-nos, com o que podemos fazer a distância pela lista, fórum ou chat – pesquisar, comunicar-nos e divulgar as produções dos professores e dos alunos.

É fundamental hoje pensar o currículo de cada curso como um todo, e planejar o tempo de presença física em sala de aula e o tempo de aprendizagem virtual. A maior parte das disciplinas pode utilizar parcialmente atividades a distância. Algumas que exigem menos laboratório ou estar juntos fisicamente podem ter uma carga maior de atividades e tempo virtuais. A flexibilização de gestão de tempo, espaços e atividades é necessária, principalmente no ensino superior ainda tão engessado, burocratizado e confinado à monotonia da fala do professor num único espaço que é o da sala de aula.


4. Inserção em ambientes experimentais e profissionais (prática/teoria/prática)

Os cursos de formação, os de longa duração, como os de graduação, precisam ampliar o conceito de integração de reflexão e ação, teoria e prática, sem confinar essa integração somente ao estágio, no fim do curso. Todo o currículo pode ser pensando em inserir os alunos em ambientes próximos da realidade que ele estuda, para que possam sentir na prática o que aprendem na teoria e trazer experiências, cases, projetos do cotidiano para a sala de aula. Em algumas áreas, como administração, engenharia, parece mais fácil e evidente essa relação, mas é importante que aconteça em todos os cursos e em todas as etapas do processo de aprendizagem, levando em consideração as peculiaridades de cada um.

Se os alunos fazem pontes entre o que aprendem intelectualmente e as situações reais, experimentais, profissionais ligadas aos seus estudos, a aprendizagem será mais significativa, viva, enriquecedora. As universidades e os professores precisam organizar nos seus currículos e cursos atividades integradoras da prática com a teoria, do compreender com o vivenciar, o fazer e o refletir, de forma sistemática, presencial e virtualmente, em todas as áreas e ao longo de todo o curso.



Conclusão

A Internet e as novas tecnologias estão trazendo novos desafios pedagógicos para as universidades e escolas. Os professores, em qualquer curso presencial, precisam aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora. O primeiro espaço é o de uma nova sala de aula equipada e com atividades diferentes, que se integra com a ida ao laboratório conectado em rede para desenvolver atividades de pesquisa e de domínio técnico-pedagógico. Estas atividades se ampliam a distância, nos ambientes virtuais de aprendizagem conectados à Internet e se complementam com espaços e tempos de experimentação, de conhecimento da realidade, de inserção em ambientes profissionais e informais.



É fundamental hoje planejar e flexibilizar, no currículo de cada curso, o tempo e as atividades de presença física em sala de aula e o tempo e as atividades de aprendizagem conectadas, a distância. Só assim avançaremos de verdade e poderemos falar de qualidade na educação e de uma nova didática.



Bibliografia

AZEVÊDO, Wilson. A vanguarda (tecnológica) do atraso (pedagógico): impressões de um educador online a partir do uso de ferramentas de courseware. Disponível em . Acesso em: 18/01/2004.
BELLONI, Maria Luisa. Educação a distância. Campinas: Autores Associados, 1999.

LITWIN, Edith (org). Educação a distância; temas para o debate de uma nova agenda educativa. Porto Alegre: Artmed, 2000.

LUCENA, Carlos & FUKS, Hugo. A educação na era da Internet. Rio de Janeiro: Clube do Futuro, 2000.

MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos & BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 15a ed. São Paulo: Papirus, 2008.

_____________________. Textos sobre Tecnologias e Comunicação in www.eca.usp.br/prof/moran

PALLOFF, Rena M. & PRATT, Keith. Construindo comunidades de aprendizagem no ciberespaço – Estratégias eficientes para salas de aula on-line. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.

PETERS, Otto. Didática do ensino a distância. São Leopoldo, RS: Editora Unisinos, 2001.

SILVA, Marcos (Org.). Educação Online: teorias, práticas, legislação, formação corporativa. São Paulo: Loyola, 2003.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Brasil ocupa posição intermediária no ranking de acesso à tecnologia

Dentre as 134 economias listadas num ranking mundial de acesso à tecnologia o Brasil ocupa um modesto quinquagéssimo novo lugar, segundo um estudo divulgado pela Networked Readiness, que mede a disponibilidade e o uso de tecnologias da informação e comunicação, como o acesso a telefones móveis e serviços de internet.

A liderança ficou com a Dinamarca, seguida pela Suécia, Estados Unidos da América, Cingapura e Suiça.

Segundo os estudos investir em serviços e infraestrutura de telecomunicações pode ajudar na competitividade geral e no progresso, colocando os países em melhor posição para tirar proveito no processo de crescimento econômico.

O Brasil está estagnado em posições pouco invejáveis, não tendo apresentado melhoras significativas, em relação à pesquisas anteriores.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Um guia sobre o uso de tecnologias em sala de aula

Um painel para todas as disciplinas mostra quando - e como - as novas ferramentas são imprescindíveis para a turma avançar

TICs, tecnologias da informação e comunicação. Cada vez mais, parece impossível imaginar a vida sem essas letrinhas. Entre os professores, a disseminação de computadores, internet, celulares, câmeras digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma infinidade de engenhocas da modernidade provoca reações variadas. Qual destes sentimentos mais combina com o seu: expectativa pela chegada de novos recursos? Empolgação com as possibilidades que se abrem? Temor de que eles tomem seu lugar? Desconfiança quanto ao potencial prometido? Ou, quem sabe, uma sensação de impotência por não saber utilizá-los ou por conhecê-los menos do que os próprios alunos?

Se você se identificou com mais de uma alternativa, não se preocupe. Por ser relativamente nova, a relação entre a tecnologia e a escola ainda é bastante confusa e conflituosa. NOVA ESCOLA quer ajudar a pôr ordem na bagunça buscando respostas a duas questões cruciais. A primeira delas: quando usar a tecnologia em sala de aula? A segunda: como utilizar esses novos recursos?

Dá para responder à pergunta inicial estabelecendo, de cara, um critério: só vale levar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço dos conteúdos. Isso exclui, por exemplo, as apresentações em Power Point que apenas tornam as aulas mais divertidas (ou não!), os jogos de computador que só entretêm as crianças ou aqueles vídeos que simplesmente cobrem buracos de um planejamento malfeito. "Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem colaborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas", afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA.

Da soma entre tecnologia e conteúdos, nascem oportunidades de ensino - essa união caracteriza as ilustrações desta reportagem. Mas é preciso avaliar se as oportunidades são significativas. Isso acontece, por exemplo, quando as TICs cooperam para enfrentar desafios atuais, como encontrar informações na internet e se localizar em um mapa virtual. "A tecnologia tem um papel importante no desenvolvimento de habilidades para atuar no mundo de hoje", afirma Marcia Padilha Lotito, coordenadora da área de inovação educativa da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). Em outros casos, porém, ela é dispensável. Não faz sentido, por exemplo, ver o crescimento de uma semente numa animação se podemos ter a experiência real.

As dúvidas sobre o melhor jeito de usar as tecnologias são respondidas nas próximas páginas. Existem recomendações gerais para utilizar os recursos em sala (veja os quadros com dicas ao longo da reportagem). Mas os resultados são melhores quando é considerada a didática específica de cada área. Com o auxílio de 17 especialistas, construímos um painel com todas as disciplinas do Ensino Fundamental. Juntos, teoria, cinco casos reais e oito planos de aula (três na revista e cinco no site) ajudam a mostrar quando - e como - computadores, internet, celulares e companhia são fundamentais para aprender mais e melhor.

Nove dicas para usar bem a tecnologia


  1. O INÍCIO Se você quer utilizar a tecnologia em sala, comece investigando o potencial das ferramentas digitais. Uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem-sucedidas de colegas.

  2. O CURRÍCULO No planejamento anual, avalie quais conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridas.

  3. O FUNDAMENTAL Familiarize-se com o básico do computador e da internet. Conhecer processadores de texto, correio eletrônico e mecanismo de busca faz parte do cardápio mínimo.

  4. O ESPECÍFICO Antes de iniciar a atividade em sala, certifique-se de que você compreende as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula.

  5. A AMPLIAÇÃO Para avançar no uso pedagógico das TICs, cursos como os oferecidos pelo Proinfo (programa de inclusão digital do MEC) são boas opções.

  6. O AUTODIDATISMO A internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos. Procure os tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos.

  7. A RESPONSABILIDADE Ajude a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotologs. Debata qual o nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por aquilo que publica.

  8. A SEGURANÇA Discutir precauções no uso da internet é essencial, sobretudo na comunicação online. Leve para a classe textos que orientem a turma para uma navegação segura.

  9. A PARCERIA Em caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos próprios alunos. A parceria não é sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área, você seguirá respeitado pela turma.

Fontes: Adriano Canabarro Teixeira, especialista de Educação e tecnologia da UFRGS, Maria de Los Dolores Jimenez Peña, professora de Novas Tecnologias Aplicadas à Educação Da Universidade Mackenzie, e Roberta Bento, diretora da Planeta Educação.