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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Columbia e mais 16 universidades aderem à plataforma de cursos online



A Coursera, empresa americana que faz parceria com as melhores universidades do mundo e oferece cursos online de graça , anunciou nesta quarta-feira (19) a inclusão de mais 17 instituições à plataforma, incluindo faculdades em Hong Kong, Austrália, Israel,  Inglaterra, Canadá, além das dos EUA, como a prestigiada Universidade de Columbia. As novas adesões vão oferecer, principalmente, cursos nas áreas de música, medicina e humanidades. Com elas, já são 33 as instituições que usam a ferramenta para oferecer cursos de nível universitário gratuitos pela internet.
A aposta agora é na diversificação. “Estamos orgulhosos da variedade de cursos que vamos oferecer – de ciência da gastronomia”, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, até engenharia financeira e gestão de riscos, da Universidade de Columbia.
Muitos desses cursos estão traçando novos limites do que se imagina ser possível ensinar online”, comunicaram Daphne Koller e Andrew Ng, fundadores da plataforma, na nota de anúncio das novas adesões. Além dos cursos citados pelos professores, há também outros curiosos como composição musical (Berklee College of Music), narrativas de Hollywood: narrativas, sons e cores (Universidade Wesleyan), misticismo moderno europeu e pensamento psicológico (Universidade Hebraica de Jerusalém) e outros.
A Coursera foi lançado no primeiro semestre por quatro universidades: Princeton, Stanford, Michigan e Pennsylvania. Em julho, outras 12 instituições passaram a fazer parte . No mês passado, assim que ultrapassou o primeiro milhão de inscritos, a plataforma divulgou seus números por países. Depois dos alunos dos Estados Unidos, que representam 38,5% do total, o país que mais tem courserianos é o Brasil, com 5,9% dos inscritos, seguido de Índia (5,2%) e China (4,1%).
Hoje a Coursera já conta com mais de 1,3 milhão de inscrições. Os professores responsáveis pela iniciativa acreditam que ela tem sido capaz de transformar vidas. “Trabalhar com escolas, professores e estudantes nos últimos seis meses tem nos ensinado que a educação online tem o incrível poder de reunir pessoas e abrir portas que, de outra forma, teriam permanecido fechadas”, disseram Daphne Koller e Andrew Ng, fundadores da plataforma, na nota de anúncio das novas adesões.
Veja, a seguir, a lista completa de universidades. Ao clicar no nome de cada uma, confira também os cursos que cada uma irá oferecer.

Por IG

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Lei que amplia Brasil Maior incentiva compra de computadores para escolas públicas



 Publicada hoje (18), a Lei 12.715 - que amplia o Plano Brasil Maior - concede incentivos fiscais para a compra de computadores para escolas públicas e restabelece o Programa Um Computador por Aluno (Prouca). A norma trata, entre outros pontos, da desoneração da folha de pagamento, aplicação do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) na área educacional e concessão de incentivos à industria automotiva e ao Programa Nacional de Banda Larga.
De acordo com a lei, o Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional (Reicomp) visa facilitar a aquisição dos aparelhos para uso dos alunos e professores da rede pública federal, estadual, municipal e do Distrito Federal e para as escolas sem fins lucrativos que prestam atendimento a pessoas com deficiência.
Os computadores deverão ser utilizados exclusivamente no processo de aprendizagem.
O Reicomp suspende a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para as indústrias que fornecem matéria-prima e produtos intermediários para a fabricação dos computadores, além do PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
O Programa Um Computador por Aluno tem como objetivo promover a inclusão digital nas escolas públicas por meio da compra de equipamentos de informática, programas de computador, suporte e assistência técnica. Pela lei, um percentual mínimo dos equipamentos deverá, obrigatoriamente, ser adaptado para pessoas com deficiência.    
A lei também institui o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para construção ou reforma de estabelecimentos de educação infantil. O regime poderá ser aplicado até o 31 de dezembro de 2018 aos projetos de construção ou reforma de creches e pré-escolas, cujas obras tenham início ou contratação a partir de 1º de janeiro de 2013.
De acordo com o governo, a adoção do RDC é opcional. O projeto – de construção ou reforma de creche e pré-escola - precisa da prévia aprovação do Ministério da Educação e o imóvel não poderá ter a destinação alterada pelo prazo mínimo de cinco anos.


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Tinkermite, o tablet para crianças


reprodução
tinkermite
Um tablet de madeira, desenhado especificamente para ensinar tecnologia para crianças em idades pré-escolar. Essa é a ideia do Tinkermite, um projeto que atualmente busca investimentos através da plataforma de financiamento coletivo Kickstarter. O Tinker Tablet é uma espécie de quebra-cabeça tecnológico que quando montado se parece um produtocomputacional moderno, inclusive nas suas partes internas. A ideia é que desde cedo as crianças se alfabetizem com conceitos da construção deste tipo de equipamento.

Em vez de deixar equipamentos delicados como tablets e smartphones nas mãos dos filhos, os pais poderiam usar o brinquedo para introduzir os pequenos à era digital. “Queríamos um brinquedo não muito tecnológico e que ajudasse no ensino de alta tecnologia”, explica o vídeo de divulgação da iniciativa.

Entenda melhor vendo o vídeo abaixo:


Por Olhar Digital

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Governo vai aumentar velocidade da internet em escolas públicas



O governo decidiu aumentar a velocidade da internet em parte das 18 mil escolas públicas de ensino médio do Brasil. Os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e das Comunicações, Paulo Bernardo, se reuniram na quarta-feira com as operadoras de telefonia fixa que participam do programa chamado "Banda Larga nas Escolas" e com as empresas de celular discutindo o assunto. As informações são do jornalO Globo.

A velocidade da internet nas escolas atualmente é de 2 megabytes por segundo (Mbps), o que é insuficiente para atender as instituições de maior porte, que têm até dois mil alunos. Segundo Paulo Bernardo, um mapeamento está sendo feito para ver onde é necessário aumentar a velocidade da banda larga. De acordo com ele, o Ministério da Educação (MEC) já sabe quais são as de maior porte e o objetivo é de que a partir do início de 2013 a internet de maior velocidade já esteja em funcionamento nestes estabelecimentos de ensino.


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O que os games têm a ensinar aos alunos



 - Institute of Play/Divulgação
No primeiro dia de aula, os alunos são surpreendidos pela visita dos fantasmas do Museu Nacional de História Natural de Nova York. Os seres do outro mundo estão brigando nos porões do museu porque não conseguem se acertar quanto aos detalhes da Guerra da Independência americana. Colonos, ingleses e escravos têm pontos de vista diferentes sobre o tema e precisam que os alunos da Quest to Learn, escola pública de NY, os ajudem a resolver o conflito.
Na escola, criada pelo Institute of Play (ou Instituto do Jogar, em tradução livre), todos os conteúdos são passados aos estudantes por meio de games.
Os cerca de 360 alunos do 6º ao 9º ano aprendem não só jogando, mas também desenvolvendo estratégias e criando seus próprios jogos. A escola, que faz parte de rede pública da cidade, é chamada de escola do futuro e vive com os mesmos recursos que as demais, contando apenas com oito profissionais extras contratados pelo instituto, especialistas em games e em currículo, que dão suporte aos professores da escola.

O instituto, fundado em 2007 por desenvolvedores de games comerciais, é uma organização sem fins lucrativos que acredita que, por meio dos jogos, pode “mudar a forma como as pessoas se relacionam com o mundo a sua volta”.  Uma das especialidades do grupo – que atua não só com crianças, mas também com adultos e em plataformas on-line – é trabalhar games e avaliação, entendendo como os mais populares jogos comerciais criam poderosos ambientes de aprendizagem e ferramentas que podem ajudar nas avaliações de desempenho dos usuários.

“Umas das coisas mais poderosas que os jogos criam nas pessoas é o status de jogador. Quando se sentem jogadores, as pessoas estão empoderadas, não se importam de correr riscos que na vida real não correriam, perdem o medo de falhar”, explica Brian Waniewski, diretor de gestão do Institute of Play. Segundo ele, um dos objetivos do instituto é fazer com que “as pessoas se relacionem com o mundo em torno delas como se ele fosse uma fonte ininterrupta de oportunidades”.  Em visita ao Brasil, Waniewski falou ao Porvir durante encontro no Instituto Natura, em São Paulo.

Que tipo de habilidades os jogos desenvolvem nas pessoas e por que eles podem melhorar o nosso relacionamento com mundo?

Uma das coisas mais poderosas que os jogos desencadeiam é o status de jogador. Como se fosse mágica, o “se sentir um jogador” empodera as pessoas que passam a correr riscos que não correriam na vida real. O medo de falhar não é um problema no jogo. Outra coisa interessante é o fato de o jogo passar uma sensação bem concreta do que é um sistema, de como operá-lo, e ainda de como tomar decisões e transformar o sistema.

E como o instituto foi fundado?

Os fundadores eram do Game Lab, uma empresa de design de games comerciais, e queriam algo mais social. Kate Salen, umas das fundadoras e autoras de diversos livros e artigos sobre games, tinha passado seis anos acompanhando os estudos da Fundação MacArthur sobre como a mídia digital influenciava o aprendizado e a forma como isso impactava na interação desses jovens com o mundo. As pesquisas levantaram muitas descobertas, entre elas a noção de que, para saber se o estudante ia se dar bem na escola, era necessário saber o quanto seus interesses ou paixões recebiam apoio para se traduzir em ações válidas. Em outras palavras, como a paixão de um aluno por culinária pode ajudá-lo a aprender mais na escola. Essas e outras constatações nos levaram a trabalhar o design de games como aprendizado.

E como nasceu o Quest to Learn?

Existia esse desejo de aplicar o aprendizado em uma escola tradicional. Foi ai que começamos com o Quest to Learn, uma escola pública que foi aberta no Chelsea, em NY, em 2009, reimaginada dos princípios do design, dos jogos como aprendizado, no pensamento sistêmico e na formação de atores ativos no mundo. Hoje temos 360 alunos, de 6o a 9o ano por lá. E mais uma escola aberta em Chicago, com outros 320 alunos.

Como é o dia a dia na sala de aula?

Os meninos não têm aula de ciências e matemática, o currículo é integrado e repensado com o foco na forma como as pessoas experienciam esses conteúdos no mundo real. Um matemático não só estuda matemática, ele fala sobre matemática, escreve sobre isso. Pegamos, por exemplo, as disciplinas de matemática, artes e inglês e colocamos juntas em uma aula que fala sobre as diferentes formas de se entender o mundo, números e letras. Além disso, todo início do trimestre os alunos recebem uma grande missão que será dividida em pequenos desafios ou quests ao longo das semanas. Uma das grandes missões que tivemos na disciplina que une estudos sociais e inglês foi a de resolver um conflito entre os fantasmas do Museu Nacional de História Natural de Nova York, que estavam brigando porque não se entendiam quanto aos acontecimentos da Guerra de Independência americana. Os estudantes foram chamados para ajudar. A briga se apoiava nas diferentes perspectivas que os fantasmas tinham sobre a guerra: um fantasma tinha sido escravo, o outro era da realeza inglesa e o outro era um colono americano. Eles tinham presenciado o mesmo evento, mas cada um contava uma história  diferente sobre o que tinha acontecido e, principalmente, sobre o porquê tinha ocorrido. Os estudantes tinham que entender o ponto de vista de cada um e resolver o conflito. Isso leva uma necessidade de entender o problema, não decorar. Eles se engajam com o problema e querem aprender.

Quais são os conceitos em que se baseia a escola?

O instituto e a escola são baseados em pesquisas recentes sobre como as pessoas aprendem e o que elas precisam saber no mundo de hoje, no século 21. As pessoas que se entendem como designers, interagem com o mundo de uma forma diferente, não o aceitam como algo pronto, o veem como uma oportunidade para fazer algo. Esse é o conceito de design thinking que nos baseamos. Outra ideia que acreditamos é no aprendizado peer to peer, entre pares. Na trajetória mais natural de aprendizado, a pessoa precisa se interessar por algo, aprender, praticar, praticar, praticar e, quando já tem um domínio do conteúdo, ensinar. Ensinar é uma das principais formas de demonstrar e compreender o aprendizado. Por isso, tentamos construir nossas experiências de forma com que as pessoas compartilhem o que sabem.

Como são as provas ou avaliações das crianças?

Temos várias formas de medir o progresso dos alunos. O primeiro deles é o mesmo exame padronizado por que todas as escolas públicas de Nova York passam. Também temos nossas avaliações no fim de cada um dos desafios, nos quais os estudantes precisam produzir algo que vai nos dizer se eles desenvolveram as habilidade necessárias daquela atividade. Isso ajuda professores, pais e as próprias crianças a observarem o seu progresso. Além disso, temos os embedded assessments [avaliações incorporadas, em tradução livre] que ocorrem durante o processo de aprendizagem, de forma que muitas vezes os estudantes nem sabem que estão sendo avaliados. Nesse formato, os professores avaliam não só o que eles sabem mas também como usam seu conhecimento em ação.

Como vocês veem as mudanças na educação?

Nós nos vemos como designers e acreditamos em redesenhar a experiência do aprendizado. O futuro da aprendizagem é o nosso futuro. Cada vez fica mais difícil saber como o mundo vai estar em cinco anos, quais são as habilidades necessárias, qual o conhecimento importante para as próximas décadas. O verdadeiro desafio de quem está desenhando um processo de aprendizado é preparar os alunos para um mundo que não podemos ainda imaginar.



Com informações do Blog do Professor Ivanilson

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Concurso de blogs estimula estudantes a compartilhar hábito de leitura



Um dos principais desafios atuais em todos os sistemas educacionais do mundo é encontrar uma maneira de estimular o hábito da leitura entre os jovens. Um projeto da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e da Fundação SM  buscou unir o livro à internet, principal meio de comunicação entre os jovens. E  o resultado surpreendeu os organizadores: mais de 800 alunos entre e 12 e 15 anos participaram da iniciativa ¿Qué estás leyendo?  (O que estás lendo?), que incentivou os  participantes a compartilhar informações sobre  livros e outras plataformas de leitura. 

Os participantes usaram diferentes ferramentas – imagens, texto e vídeos – para compartilhar dicas de obras que estão lendo ou que recomendam que sejam lidas.  O concurso recebeu de março a agosto de 2012 a inscrição de mais de 800 jovens de 16 países – a maioria de língua espanhola. O país com a maior participação foi o Uruguai, com 224 blogs criados. A experiência foi apresentada durante reunião preparatória do Congresso das Línguas na Educação e na Cultura, em Salamanca, na Espanha.
A coordenadora do projeto, Inés Miret, avalia que o saldo foi muito positivo. Segunda ela, essa primeira edição do projeto funcionou como um piloto e na próxima etapa o objetivo é ampliar a participação, incluindo estudantes brasileiros. Até o fim do ano, será escolhido o melhor blog de cada país por um grupo de jurados que está sendo montado. Inés aposta que muitas páginas já têm um formato mais consolidado e deverão continuar funcionando depois do fim do concurso. Houve grande interação entres os blogueiros, que compartilhavam dicas e conteúdos.
Inés destaca que a internet, muitas vezes vista como inimiga pelas escolas, pode ser grande impulsionadora do hábito de leitura. “É interessante ver um recurso desse tipo, que aporta coisas diferentes para que as experiências sejam diferentes. A experiência literária  sempre fez parte da educação, mas é interessante ver o que acontece quando transcendemos o âmbito da sala de aula ou da escola e o encontro entre leitores se dá por afinidade e não por proximidade física”, aponta Inés. 
Além da experiência dos blogs, outros projetos de estímulo à leitura foram apresentado aos representantes dos países íbero-americanos. Na Costa Rica, o Ministério da Educação produziu uma campanha de televisão em que atletas, cantores, atores e músicos apresentavam seus livros preferidos e convidavam o público a "ler com eles". O ministro da Educação, Leonardo Garnier, sugeriu que outros países façam isso, convocando os ídolos locais.

Agência Brasil

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A tecnologia não nos salvará (por enquanto)



Computador na sala de aula é bom,  mas nada substitui um professor bem  preparado e com proposta pedagógica sadia
Durante décadas, o Brasil ignorou suas carências na área educacional. Hoje, quando há falta de gente qualificada e superlotação de presídios, consolida-se a percepção de que o país não progredirá sem uma melhora radical no setor. Vem também a percepção de que esse é um problema gigantesco e urgente, cuja solução por vias normais levará tempo e demandará muito esforço. Surge então a busca por uma “bala de prata”, uma solução potente e rápida que nos permita atalhar o caminho. A bola da vez é a tecnologia.
Apesar de ser um entusiasta das novas tecnologias, uma busca na literatura empírica me obriga a concordar com um empresário que dizia: “Eu acreditava que a tecnologia podia ajudar a educação. Mas tive de chegar à inevitável conclusão de que esse não é um problema que a tecnologia possa ter a esperança de resolver. O que há de errado com a educação não pode ser solucionado com tecnologia”. Seu nome? Steve Jobs.
A primeira saída milagrosa proposta por alguns de nossos líderes é simplesmente a distribuição de hardware nas escolas. O tablet criado por Jobs é uma das ondas do momento: nosso Ministério da Educação vai gastar 150 milhões de reais neste ano na distribuição de 600 000 engenhocas a professores. Perguntei ao MEC quais os estudos que embasam a ideia de que a distribuição desse material terá algum impacto sobre a qualidade do ensino, mas não houve resposta. Nem poderia. Praticamente toda a pesquisa sobre o assunto, não apenas no Brasil como no exterior, mostra que não há relação entre a presença de computadores na escola e o aprendizado do aluno. Imagine então um aparelho dado ao professor. O programa surgiu por vias tortas. A primeira intenção era distribuir laptops a todos os alunos da rede pública. Mas a experiência internacional tem mostrado que essa medida é muito custosa e pouco eficaz, a ponto de cidades americanas que a implementaram já a terem cancelado há anos. Os alunos estavam usando os computadores para colar em provas e baixar pornografia. Mesmo no Brasil, o estudo sobre o impacto do programa Um Computador por Aluno em sua fase piloto mostrou que só se beneficiavam do laptop aqueles alunos que o levavam para casa; aqueles usados apenas na escola não produziam melhorias no aprendizado. O MEC fez então essa mudança de curso e resolveu destinar a verba aos professores, em uma medida que certamente agradará à categoria mas não tem sustentação na pesquisa nem na lógica.
No mesmo momento em que Brasília anunciava a medida, o governo do estado de São Paulo mostrou que desperdício pouco é bobagem. Ao mesmo tempo em que briga na Justiça para não cumprir a (inócua, diga-se) lei do piso salarial dos professores, o estado divulgou um investimento de 5,5 bilhões de reais, ao longo de dez anos, para equipar suas salas de aula com lousas digitais. Chama atenção a envergadura do projeto, em um momento em que também há farta divulgação de que experiências pioneiras nos EUA têm mostrado que os distritos que receberam essas máquinas vêm tendo desempenho pior do que a média de seu estado. (Toda a bibliografia mencionada neste artigo está na íntegra em twitter.com/gioschpe.) Para não ser leviano, pedi à Secretaria da Educação que enviasse os estudos que embasam essa decisão. Inacreditavelmente, o material encaminhado foi uma carta do presidente da Dell, fornecedora das lousas, remetida ao secretário da Educação com um resumo de suposto estudo da Unesco demonstrando o impacto positivo da tecnologia em projeto piloto na cidade de Hortolândia. Depois de dias pedindo para receber esse estudo, a secretaria me informou que não o possuía (!). O que leva a crer que tomou uma decisão bilionária com base em uma carta do principal beneficiário do programa.
Acompanhando essa obsessão já consolidada por maquinário, surge uma nova esperança de revolução educacional através do ensino a distância. Seus proponentes sonham com um cenário em que os melhores professores do Brasil dão uma aula e ela é acompanhada por milhões de alunos, quer em sala de aula, quer em casa, aprendendo em seu próprio ritmo. Assim nos livramos dos maus professores, cortamos gastos e imediatamente damos um salto na qualidade do ensino ofertado. Que eu saiba, nenhum lugar do mundo implementou sistema assim na educação básica, de forma que não há estudos para comprovar a exequibilidade desse plano, mas tenho fortes suspeitas de que é inviável. Se fosse possível simplesmente transmitir conhecimento remotamente, a televisão já o teria feito. A ideia é mais antiga ainda: em 1925, Thomas Edison, o inventor da lâmpada e do fonógrafo, previa que a presença de livros em escolas estava prestes a acabar: seriam substituídos por filmes. A tese segundo a qual a educação é um processo unidirecional de transferência do conteúdo do professor para o aluno é equivocada. Mesmo sem entrar em discussões pedagógicas, que não são a minha praia, os estudos econométricos mostram que muitos dos principais fatores de uma escola de sucesso — como a realização e a correção de dever de casa, provas constantes, formato pergunta e resposta em aula — dependem de interatividade e atenção ao progresso do aluno. O bom professor precisa conhecer profundamente a matéria que ensina e, além disso, modular constantemente a maneira como a transmite, levando em conta o estágio de aprendizado de seus alunos. Mesmo que a internet tenha a interatividade que a TV não tem, é patentemente impossível que um professor interaja com milhares ou milhões de alunos.
Uma terceira área em que a tecnologia pode ajudar a educação é através de redes sociais, para que alunos e professores se auxiliem mutuamente. Desconheço pesquisas a respeito, dada a novidade da tecnologia, mas o potencial é tremendo. Porém o fundamental certamente não é a tecnologia, e sim a decisão que a antecede: na China, professores se reúnem constantemente em suas escolas e, depois, em seu distrito para trocar ideias e melhores práticas. O Brasil poderia fazer o mesmo. A tecnologia pode facilitar e potencializar esse convívio, mas não é necessária nem suficiente para o seu surgimento.
Por último, uma área que tem mostrado resultados positivos em educação é a da utilização de softwares específicos para o aprendizado, especialmente no campo da matemática. As intenções dessa utilização não são revolucionárias, nem os resultados, mas pelo menos aí há evidências positivas. Algumas delas estão postadas no meu Twitter.
O fracasso da tecnologia em sala de aula, vinte anos depois do seu início, não quer dizer que ela não possa trazer resultados no futuro. Há um consenso na literatura de que inserir elementos tecnológicos usando o mesmo currículo e com a mesma pedagogia — como normalmente são desenhados esses programas — é um desperdício. A própria ideia de um laboratório de informática, um lugar aonde se vai para estudar computação, é uma estupidez: ou o computador está presente em sala de aula e é apreendido por professores e alunos como parte da matéria, ou é inútil. A tecnologia é uma ferramenta pedagógica, assim como o quadro-negro e o livro didático. Talvez mais poderosa, mas ainda assim apenas uma ferramenta, que trará resultados se for usada por um professor preparado em proposta que faça sentido pedagógico. O melhor software em educação continua sendo, disparado, o cérebro de um bom professor.
Não duvido de que um dia tenhamos máquinas que passem no teste de Turing, demonstrando inteligência indistinguível da de um humano. Até esse dia chegar, nossa batalha precisa ser a de ter bons professores dando boas aulas, sem pirotecnias ou geringonças. O fato de o Brasil estar embarcando em mais esse diversionismo é sintomático da falta de foco, de lógica e de ambição que domina nosso diálogo nesse setor. Falaremos sobre isso nos próximos artigos.

Revista Veja

sábado, 1 de setembro de 2012

Contagem regressiva para a VI Marcha Nacional Pela Educação

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A CNTE inicia a contagem regressiva para a VI Marcha Nacional Pela Educação, marcada para o dia 05 de setembro em Brasília. São esperados cerca de 5 mil trabalhadores em educação de todo o país, representando os 43 sindicatos filiados à Confederação. A marcha contará com a participação da CUT, que marcou para a mesma data o Dia Nacional de Mobilização. O tema é "Independência é educação de qualidade e trabalho decente".
Os manifestantes farão o percurso de 3 km, da Torre de TV até a Esplanada dos Ministérios. Após a Marcha, será feita uma vigília na Praça dos Três Poderes a partir das 18hs. 
Programação:
• Concentração das 6:00 às 8:30 na Torre de Televisão, no Eixo Monumental.
• Início da Marcha às 9:00 até o Congresso Nacional, com previsão de encerramento às 14:30.
• Vigília das 18:00 até às 3:00 da manhã do dia 06/09/2012 na Praça dos Três Poderes.
Conheça os detalhes das principais bandeiras da Marcha:
Piso: cumprimento integral da Lei Nacional do Piso do Magistério (Lei 11.738), que estabelece atualmente o piso de R$ 1.451, o que ainda não é respeitado por vários estados e muncípios. Garantir o anúncio do reajuste do piso para 2012, o que não ocorreu, embora o Fundeb já tenha sido oficialmente divulgado.
10% do PIB: aprovação da destinação de 10% do PIB brasileiro para a educação até 2020. O ministro da educação, Aloizio Mercadante e a presidenta Dilma Rousseff, defendem a aplicação de 100% dos royalties do petróleo na educação para o cumprimento da meta.
PNE: aprovação integral no Senado do Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10), já formulado e debatido por uma Comissão Especial. Atualmente o PNE enfrenta recurso, revendo a decisão da Comissão, que pretende levá-lo para votação na Câmara dos Deputados. A CNTE defende o cumprimento do acordo e a votação direta no Senado Federal.
Carreira: valorização do plano de carreira para os profissionais da educação. A CNTE já propôs diretrizes claras sobre o tema, disponíveis aqui. 
Jornada: normatização da jornada de trabalho do magistério, com o respeito ao cumprimento de um terço da jornada para a hora-atividade, conforme previsto na Lei 11.738 (Lei Nacional do Piso).
Participe, divulgue e mobilize. A Marcha Nacional é um grande instrumento de pressão para a necessária melhoria da educação no Brasil e valorização dos profissionais.



Por CNTE

terça-feira, 28 de agosto de 2012

MEC quer criar concurso nacional para professores do ensino fundamental



Profissionais que desejam ingressar na carreira docente, a partir de 2013, poderão ter que realizar uma prova nacional. A iniciativa é do Ministério da Educação – MEC.
A prova teria como foco os professores dos anos iniciais do ensino fundamental, etapa do ensino de responsabilidade dos municípios. Por isso, as prefeituras terão o direito de decidir se querem aderir ao sistema unificado de seleção. O candidato, ainda, poderá fazer a prova em uma cidade para concorrer a vagas em outros municípios.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira – Inep, responsável pela prova, a ideia é que a primeira avaliação seja em setembro de 2013. Para o instituto, o modelo pode resolver a dificuldade que algumas cidades têm de preencher vagas da rede municipal.
Com informações do jornal Folha de S. Paulo

Aluna cria página no Facebook para relatar problemas da escola em SC



Com o avanço da tecnologia nos últimos tempos, o número de crianças usuárias de computadores, tablets e smartphones aumentou consideravelmente, criando um impasse para os educadores. Como incorporar essas novas tecnologias ao ensino, ao cotidiano escolar, de forma a ampliar o processo de aprendizagem?
De acordo com um levantamento feito por 11 jornais doGrupo de Diários América – GDA , apesar de cada país latino-americano ocupar um patamar diferente de evolução tecnológica, existem, ainda, problemas comuns em toda a região. Entre eles, estão a falta de capacitação dos educadores para o uso das ferramentas tecnológicas e o pouco acesso aos computadores na escolas.
No Brasil, um dos principais desafios para a área é a capacitação dos educadores no uso das novas tecnologias. Uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br, com mais de 1500 professores, revelou que, para 64% dos docentes, os alunos têm mais conhecimento que eles sobre o uso de novas tecnologias, e 28% ainda preferem os métodos tradicionais de ensino.
O pouco acesso aos computadores é um problema enfrentado em países como o México. De um total de 198.896 escolas públicas do nível básico, apenas 84.157 têm computadores, de acordo com estatísticas do governo. Dessas escolas, apenas duas de cada 10 têm acesso à internet. Na Colômbia, os números não menores: das 28 mil escolas públicas, existem oito mil que sequer têm um computador.
Na Argentina, existem 40 alunos para cada computador nas escolas públicas, e somente 29% têm acesso à internet. No Brasil, a estimativa é de que a média seja de 23 computadores por escola e que, destes, 18 estejam em funcionamento para atender 800 alunos.
O Peru apresentou o quadro mais crítico. Só 19,8% de cerca de nove milhões de estudantes de educação primária usam a internet. No Chile, 9.680 escolas recebem subvenção estatal para usar tecnologia. Ainda assim, só 22 mil dos 140 mil docentes do sistema público estão capacitados para tal.
Alguns governos estão providenciando melhorias por meio de programas de capacitação e de acesso aos computadores. No entanto, os resultados demoram a aparecer.
Com informações do jornal O Globo

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Filme independente destaca novos modelos educacionais


Jovens argentinos de 20 e poucos anos viajaram oito países ibero-americanos para produzir um documentário com o intuito de ajudar as pessoas a refletir sobre o tradicional modelo de educação.  Eles conheceram 45 experiências de ensino não convencionais e entrevistaram 90 educadores e especialistas para tentar apontar novas alternativas educacionais.
O resultado dessa viagem é o longa-metragem independente La Educación Prohibida (A Educação Proibida, em tradução livre), lançado mundialmente este mês e que está disponível gratuitamente on-line e também em um formato de distribuição livre, onde qualquer pessoa pode reproduzir o documentário em salas de cinema.

A ideia é fazer com que as pessoas repensem metodologias, valorizem a diversidade educativa, a liberdade pedagógica e curricular. O filme mostra, por exemplo, experiências de diferentes países com o home-schooling, movimento conhecido como ensino em casa ou educação sem escola, que se popularizou nas últimas décadas.

Segundo o diretor Doin Campos, 24, existe hoje uma necessidade de se refletir sobre o papel da escola, que precisa se democratizar profundamente. “Muitas vezes, o que acontece nas aulas não coincide com o que se espera dos alunos. Isso ocorre porque a escola mantém uma estrutura rígida, que impõe ideias e esquece de promover as experiências de vida”, afirma.

Esse conceito também é reforçado por alguns entrevistados que acreditam que a sala de aula está “aquém de ser um espaço educativo”. Para  William Rodríguez, do Instituto Popular de Cultura Cali, da Colômbia,  “muitas vezes, o que acontece na escola não é importante, ele nem sequer chega a ser um lugar de formação, mas sim uma grande creche.”

Já para Ana Julia Barnadas, do instituto Montessori Palau Girona, da Espanha, os espaços educativos não atraem os estudantes: “os alunos aprendem de forma forçada nesses processos de aprendizagem”.

Redes colaborativas

Desde seu lançamento, no último dia 13, mais de um milhão de pessoas consultaram a página do filme, que já registrou mais de 180 mil downloads.  Como forma de levar a mais pessoas a mensagem do documentário, o grupo criou um guia passo a passo para que outras pessoas possam realizar exibições independentes em faculdades, escolas, centros culturais e outros espaços. Todas elas ficam disponíveis em um mapa online. “O interessante é que os mesmos espectadores também podem se tornar distribuidores e, assim, passam a compartilhar e difundir o filme”, afirma o diretor.

A colaboração esteve presente desde o início, quando o projeto se inscreveu numa plataforma de crowdfunding e foi inteiramente financiado por meio de doações. A proposta era fazer com que os doadores também se tornassem coprodutores do filme. O projeto também contou com a colaboração voluntária de profissionais como músicos que ajudaram compondo letras a trilha sonora, as bandas que liberam direitos autorais ou até mesmo os designers que criaram a arte gráfica.

E quem quiser colaborar ainda pode: na página do filme, há guias que instruem usuários a legendar o longa em outras línguas.

IG


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

América Latina: escolas precisam avançar na tecnologia, diz jornal



O "boom" tecnológico dos últimos anos, com a democratização dos computadores e a invasão dos smartphones e tablets, pôs fim na rotina da relação entre lares e escolas. A realidade traduz o problema que se colocou na maioria das escolas públicas e em algumas privadas da América Latina. Pelo fato de os alunos manterem um vínculo com as tecnologias, as salas de aula tradicionais acabaram se transformando em espaço próprio de "antigamente". As informações são do jornal O Globo.

Um levantamento mostra que, apesar de cada país estar num estágio diferente na corrida tecnológica, há problemas comuns em quase toda a região, como o baixo acesso a computadores e à internet nas escolas, além da falta de capacitação tecnológica dos professores. No México, por exemplo, estudos indicaram que até junho de 2011 havia um computador para cada 25 usuários. Já na Argentina, os últimos dados disponíveis no Ministério da Educação indicam que, em média, existem 40 alunos por computador nas escolas, e somente 29% têm acesso à internet. Enquanto isso, no Brasil a estimativa é de que a média seja de 23 computadores por escola e que, destes, 18 estejam em funcionamento para atender 800 alunos.
Terra


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Notebooks e informatização nas escolas mudam realidade de alunos



De tamanho diminuto e configurações modestas, pequenos notebooks têm mudado a vida de estudantes paraguaios. O projeto Una Computadora Por Niño, iniciativa da ONG Paraguay Educa, conseguiu algo que parecia impossível: disponibilizar computadores portáteis para cerca de 10 mil estudantes de uma pequena cidade em um país considerado subdesenvolvido.
A cidade de Caacupé, próxima à capital Assunção, foi o ponto zero de uma revolução iniciada em 2009, quando a ONG, ligada à fundação norte-americana One Laptop Per Child, começou a distribuição de computadores entre professores e alunos de escolas públicas e particulares. Tanto os docentes quanto os estudantes envolvidos no projeto recebem treinamento e são acompanhados pelo período de dois anos, quando aprendem a tirar o máximo proveito das ferramentas oferecidas pela plataforma.

No Brasil, um projeto semelhante é levado adiante pelo governo federal e pela CCE, vencedora do pregão para a escolha da empresa que distribuiria 150 mil computadores para aproximadamente 300 escolas públicas. O programa já atinge dezenas de escolas em seis Estados brasileiros, onde professores e alunos têm acesso ao sistema que visa à inclusão digital e ao aumento na cadeia produtiva comercial brasileira.
Para Guilherme Canela, coordenador de Comunicação e Informação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para Mercosul e Chile, essa nova forma de educação é essencial. "Essas tecnologias vieram para ficar, fazem parte do que hoje se chama sociedade da informação ou sociedade do conhecimento. Não faria sentido, dada a presença dessas tecnologias, que as escolas estivessem fora desse processo", afirma.
É necessário que a capacitação dos professores venha atrelada a uma sintonia com a direção das escolas envolvidas. "Os professores precisam saber como utilizar essas tecnologias em benefício da qualidade da educação e isso não é trivial. Em muitos casos, há capacitação de professores, mas não dos diretores da escola. É preciso que ela ocorra ao longo do tempo, não só um processo inicial. Além disso, um problema verificado em toda América Latina é a falta desse tema na formação dos professores. É preciso reconhecer as tecnologias e que as escolas deveriam entender como se pode fazer uso delas para melhoria da qualidade educacional. Com tudo isso acontecendo, as análises apontam que a introdução de tecnologias contribui com o ensino. Porém, se uma dessas peças do quebra-cabeça faltar, os resultados serão aquém do esperado e investido", destaca Canela.
Porém, esse tipo de uso divide opiniões. Para Esther Cristina Pereira, psicopedagoga e diretora pedagógica da Escola Atuação de Curitiba, a inserção de tecnologias nas séries iniciais pode ser prejudicial. "Creio que as crianças em tenra idade precisam aprender de forma mais clássica, lúdica, as coordenações motoras finas e grossas dependem disso. Além disso, a inserção do lúdico é essencial, com os meios digitais utilizado de forma ampla esse desenvolvimento é prejudicado", afirma. Ainda para a psicopedagoga, é importante que as aulas sejam bem planejadas e atreladas de forma condizente com as faixas etárias. "As crianças já vivem em um mundo de informação, largá-las na frente de um computador pode mais limitá-las do que abrir horizontes. É importante que haja um planejamento muito bem feito de aulas e conteúdos bem adaptados para os meios", destaca.
Já para Marta Bernadete da Silva, coordenadora do Laboratório de Informática Educacional (LIE) da Escola Municipal de Ensino Fundamental Getúlio Vargas, de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, o Projeto Um Computador por Aluno apresentou poucos desafios aos estudantes. "Com os alunos não houve grandes dificuldades, o único cuidado é gerenciar o uso das redes sociais durante as aulas. Este assunto é constantemente debatido entre os professores e optou-se em permitir o acesso das redes no intervalo, conforme a orientação dos professores", comenta.
Marta reforça, também, que alunos e professores levam os computadores diariamente para a escola a fim de aprender sobre novas formas de aprendizado. "É um processo contínuo por meio do compartilhamento de experiências, repensando o currículo e ressignificando os processos de aprendizagem na busca da construção do conhecimento", afirma. Para a coordenadora, as aulas se tornaram mais dinâmicas e interativas. "O uso das ferramentas digitais proporciona aos alunos atividades diferenciadas como pesquisas na internet, comunicação síncrona e assíncrona, espaços virtuais de aprendizagem e utilização de softwares", destaca.
Escola investe em tecnologia para atrair a atenção dos alunos
Para o diretor do Flama Sistema de Ensino, Alexandre Rangel, é necessário mexer em toda a estrutura pedagógica para fazer o jovem se interessar pelos estudos hoje em dia. "É preciso reformular esse formato tão obsoleto. Devemos introduzir nas salas de aula novos atrativos para prender a atenção do aluno. Ele não pode ser convidado, por exemplo, a decorar um conteúdo. Ele precisa entender e absorver o conhecimento".
Rangel ressalta, no entanto, que não basta os colégios se modernizarem. "Os professores precisam se reciclar urgentemente, sob pena de se tornarem obsoletos. Eles têm a dificílima tarefa de educar uma geração muito exigente".
Na tentativa de quebrar esse paradigma, o Flama adotou uma apostila digital em forma de aplicativo para tablets. Todo o conteúdo é conectado a uma TV na sala de aula. O software utilizado tem como aliado infográficos interativos para explicar e contextualizar as matérias. Durante uma aula de geografia sobre abalos sísmicos, por exemplo, o estudante enxerga na tela como e de que forma ocorrem os tremores, com infográficos simulando as ondas provocadas pelo hipocentro (ponto de origem do abalo no interior da Terra) e ainda mostrando o que ocorre no epicentro, proporcionando uma visualização "real" sobre o que está sendo estudado.
Com a utilização desse material desde o início de 2012, o grupo tem notado turmas mais motivadas e concentradas. Consequentemente, houve diminuição das notas vermelhas. "As aulas estão mais produtivas. Os professores não precisam perder minutos preciosos escrevendo no quadro fórmulas ou tentando desenhar o sistema solar cada vez que entram numa nova turma. Isso significa ganho de tempo. Com o novo método, é possível aprofundar-se nos assuntos, abordar questões mais relevantes, responder a mais dúvidas e fazer muito mais exercícios", explica o diretor do Flama.
Com o sucesso, o grupo acredita que os tablets vão ganhar o espaço da lousa digital, bem mais cara e com pouca mobilidade, já que o estudante não pode levá-la para casa. Já com o equipamento portátil, o aluno estuda em qualquer lugar, mesmo no modo off-line.
Por tudo isso, o grupo já pensa em comercializar o material didático para outras escolas do País. "O custo de tudo isso é irrisório, já que não será preciso comprar tantos livros a cada ano. Outra vantagem significativa é o estudante não mais carregar quilos e mais quilos de material nas mochilas. E trata-se de uma opção ecológica, já que não utiliza papel", ressalta o diretor.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Mais de 70% dos municípios alcançam meta de qualidade para os anos iniciais do ensino fundamental



Em 2011, 77% dos municípios atingiram a meta de melhorar a qualidade do ensino do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os resultados da última edição do Ideb foram divulgados hoje (14) pelo Ministério da Educação (MEC). O indicador, que é calculado a cada dois anos, estabelece uma nota de 0 a 10 para cada escola, rede de ensino, município e estado, além da média nacional que em 2011 foi 5 pontos para os anos iniciais do ensino fundamental.

Todos os municípios têm metas a serem cumpridas até 2022, bicentenário da Independência do Brasil. O Mato Grosso do Sul é o estado com o maior percentual de municípios que cumpriram as metas de qualidade para o período: 97,4% - apenas duas prefeituras ficaram com Ideb abaixo da meta. No Acre, Ceará, Espírito Santo, em Minas Gerais e em Santa Catarina, mais de 90% das cidades também fizeram o dever de casa. Já no Amapá e no Rio de Janeiro, menos da metade das cidades atingiu o resultado que era esperado para 2011.
Para a presidenta da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, o resultado indica que “os municípios estão fazendo a lição de casa”. “Os gestores municipais estão em um esforço concentrado. O município é o ente que fica com menos recurso e que melhorou mais [no Ideb]”, defendeu.
O Ideb atribui uma nota diferente para três etapas da educação básica: anos inicias do ensino fundamental (1° ao 5º ano), anos finais (6º ao 9º ano) e ensino médio. Considerando o resultado dos anos finais, um número menor de cidades atingiu as metas de qualidade: 62,5% alcançaram a nota proposta para 2011.
O ensino médio é de responsabilidade dos governos estaduais. Do total de 27 unidades da federação, 12 não cumpriram a meta. O Ideb nacional para o ensino médio em 2011 foi 3,7 pontos – exatamente a meta estabelecida para o período.

Agência Brasil


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Atrelar internet à literatura é o segredo para incentivar leitura, diz especialista



Ampliar o hábito da leitura entre os jovens é um desafio cada vez mais frequente para os profissionais de Educação. Para obter sucesso nessa missão, os professores devem atrelar a internet à literatura. É o que acredita a diretora adjunta da Cátedra Unesco de Leitura PUC-Rio, Eliana Yunes.

Em entrevista à Agência Brasil, a profissional afirma que é cada vez mais necessária a presença de mediadores preparados e que entendam as novas ferramentas tecnológicas para que, dessa forma, possam desenvolver métodos de incentivo à leitura. “Nós temos poucos mediadores aptos a entrar neste diálogo, nestes suportes, nestas novas linguagens e que tragam uma herança cultural vastíssima”, disse.
Para Yunes, os jovens podem utilizar as novas mídias como fontes de pesquisa valiosas. “Na internet, eles já são obrigados a ler, a escrever e a se comunicar”, declarou a diretora. Nesses casos, a mediação adequada é muito importante, porque, sem ela, existe a “simplificação do uso da língua”.
A solução, segundo Yunes, seria a ligação da internet com a leitura criativa, caminho que poderia ser conduzido pelas escolas e até pela família. “Falta uma mediação que permita que esses meninos tenham acesso a sites ou blogs muito bons de poesia, de contos. Sites que permitem que os alunos saiam desse ‘chão raso’ e possam ser levados para uma experiência criativa da linguagem”, disse.
Pesquisa
De acordo com o Instituto Mapear , em pesquisa realizada para a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro, 93% dos alunos de ensino médio da rede estadual tinham celulares em dezembro de 2011 e 78% possuíam computadores, sendo que desses, 92% tinham acesso à internet.
A pesquisa também constatou que: 14% dos alunos não leram nenhum livro nos últimos cinco anos; 11% declararam ter lido apenas um livro no mesmo período; 26% leram de dois a três livros; e 17% leram de quatro a cinco livros.
Com informações da Agência Brasil 

sábado, 11 de agosto de 2012

Saiba como melhorar sua pesquisa no Google



O Google, a ferramenta de busca mais utilizada da internet, pode ser ainda mais útil na hora de fazer trabalhos escolares e acadêmicos, se você souber como e onde pesquisar as informações que precisa. Dados oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU), Banco Mundial, União Europeia, artigos acadêmicos, teses e trechos de livros podem colaborar e muito para o seu trabalho.
Apesar de familiarizados com o mundo digital, muitas vezes os estudantes não sabem encontrar material relevante na internet.
“Eles captam o funcionamento das novas tecnologias muito mais rápido, mas na hora de extrair a informação, não sabem por onde ir. Podem passar direto por uma informação fundamental”, afirma Conceição Aparecida Cabrini, professora de História da Escola Nossa Senhora das Graças e doutora em Semiótica e Comunicação.
Índices e indicadores
Qual foi o tamanho do tombo da economia mundial na crise econômica atual? Qual é a emissão de CO2 per capita dos países desenvolvidos? E dos países em desenvolvimento? Como se comportou a taxa de natalidade no Brasil e no mundo nos últimos anos? Para ter acesso a dados como este e estabelecer comparações entre países, os estudantes podem usar a ferramenta Google Public Data . Com dados oficiais e atuais de grandes organizações, o site gera gráficos no período de tempo que o usuário quiser.
Em português , há dados disponíveis somente do Banco Mundial e da Eurostat , agência oficial de estatísticas da União Europeia. Mas em outros idiomas o leque amplia: há indicadores do desenvolvimento humano da ONU , informações do Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), World Resources Institute (WRI), que acompanha dados sobre o meio ambiente, e agências internas dos países.
Emmanuel Evita, gerente de comunicação e assuntos públicos do Google, destaca a possibilidade de analise do desenvolvimento de outros países e comparação com o Brasil. Ele conta que a empresa já fez uma aproximação com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas ainda não tem acesso aos dados atualizados. “É um trabalho de parceria. Estamos abertos a trabalhar com organizações de informações”, diz.
No Colégio Bandeirantes, que participa de simulações de reuniões da ONU, o acesso a banco de dados como estes fomenta as discussões dos alunos. “Eles utilizam essas informações para embasar os argumentos e fundamentar as propostas”, conta Cristiana Assumpção, coordenadora de Tecnologias Educacionais do colégio.
 
Livros, teses e artigos científicos
No Google Acadêmico , a pesquisa é feita em teses, patentes, revistas e artigos científicos, sites de universidades e institutos. A parceria com editores e autores permite ao Google apresentar trechos de livros ou até mesmo a íntegra.
A pesquisa ajuda a incrementar a bibliografia de um trabalho e a encontrar mais estudiosos de um assunto. Os resultados mostram citações em artigos do termo pesquisado, possibilitando encontrar pesquisadores e especialistas. “São informações para um público bem específico”, define Emmanuel.
O Colégio Bandeirantes utiliza a ferramenta com os alunos do ensino fundamental e médio para a preparação dos trabalhos da Feira de Ciências. “Eles escrevem artigos científicos e pesquisam os modelos no Schorlar. Também mostramos como encontrar fontes confiáveis na ferramenta”, destaca Cristiana.
Conceição lembra a importância de um bom professor para ensinar o aluno o que é pesquisar, investigar um tema, consultar fontes, estabelecer relações e evitar as cópias. “A ferramenta em si não é má, quem faz mau uso são as pessoas. O professor deve trazer os benefícios dessa ferramenta e perguntar de um jeito que não estimule a cópia”, avalia. 
Google/Divulgação
Ilustração mostra resultados de pesquisa para imagem de um quadro de Frida Kahlo e Diego Rivera no aplicativo Google Goggles
Busca pela imagem
Lançado em 2010, o aplicativo Google Goggles utiliza a imagem capturada pela câmera do celular para fazer uma pesquisa. A ferramenta rastreia a foto e apresenta informações como a definição, onde comprar, imagens relacionadas, etc. Também é possível fotografar um texto escrito em outro idioma e traduzir para o português, sem precisar digitar as palavras.
O aplicativo pode ser utilizado durante viagens de estudos do meio para acessar dados sobre monumentos, obras de artes, peças de museu, etc.
Como definir melhor sua pesquisa
Saber como utilizar a barra de pesquisa do Google também é fundamental. Com alguns termos você definir melhor a busca, “limpar”, excluindo resultados indesejados, procurar arquivos e fazer cálculos rápidos.
Busca exata de frases : Coloque aspas no início e fim de uma frase. O Google procurará por páginas com a oração exatamente igual à informada na barra de pesquisa. Sem as aspas, as palavras se tornam palavras-chave e podem trazem resultados fora do contexto.
Ocultar resultados com determinadas palavras : Palavras com vários significados ou nomes muito populares podem trazer resultados confusos. Utilizar o sinal de menos antes de um termo para limitar sua busca. Por exemplo, se quiser informações sobre a cidade de São Paulo, digite “São Paulo –futebol” para evitar resultados relacionados ao clube.
Busca dentro de um site : Muitos sites não oferecem mecanismo de busca, mas é possível usar o Google para encontrar uma informação dentro deles. Ao especificar um termo e escrever um nome de site depois de “site:”, o Google irá mostrar somente resultados com base em páginas do endereço informado. Exemplo: “nanotecnologia site:usp.br”, para resultados em páginas da USP
Encontrar um tipo de arquivo : Para encontrar textos em pdf ou planilhas em excel com a informação desejada, digite o termo seguido de “filetype:” e a extensão do arquivo desejado. Exemplo: “edital vestibular UERJ filetype:pdf”
Descobrir significados : Ao digitar “define:” seguido de uma palavra-chave, a busca retorna resultados que explicam o termo. Exemplo “define:anencefalia”
Conversões monetárias : Para verificar a cotação de uma moeda em relação à outra, digite o valor seguido de “in” e o nome da outra moeda. Exemplo: “200 reais in euros”
Calculadora : É possível fazer contas e gerar gráficos colocando dados no campo de busca. Os sinais + - / e * fazem as operações de soma, subtração, divisão e multiplicação, respectivamente. Para saber uma porcentagem, utilize o sinal %. Exemplo: 17% de 250. Equações como “sin x + cos x =” apresentam um gráfico no resultado.

IG 

Com informações do Blog do Professor Ivanilson