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sábado, 17 de março de 2012

CNTE comemora sucesso da greve nacional

A greve nacional da Educação foi um sucesso. Durante três dias, professores e demais trabalhadores da área pararam suas atividades, para cobrar o cumprimento da Lei Nacional do Piso do Magistério e dos compromissos assumidos pelos governadores e prefeitos com a categoria. O movimento envolveu as redes estaduais e municipais de ensino. Em alguns estados, como Pernambuco, mais de 85% das escolas pararam. Em muitos municípios Brasil afora a adesão foi quase total, caso de Curitiba, onde 95% dos educadores saíram às ruas para protestar.
"Foram três dias muito bons. Mostramos para os governadores e prefeitos que nós não aceitamos que eles simplesmente digam que não têm dinheiro para cumprir a Lei do Piso. Consideramos que eles precisam se esforçar para encontrar condições de saldar essa dívida. Precisam fazer melhor as contas dos seus estados e municípios, provar que gastam com a educação aquilo que é disposto na Constituição", avalia o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão.
O dirigente da CNTE lembra que cumprir a Lei Nacional do Piso não significa apenas o pagamento da remuneração de acordo com o valor definido pelo Ministério da Educação (MEC). "É preciso que se tenha claro que a Lei do Piso não fala só do salário. Fala de jornada, de carreira. Esses são pontos importantíssimos que são descumpridos. Isso tudo precisa ser cumprido".
De acordo com o presidente da CNTE, a próxima batalha dos trabalhadores da Educação é fazer uma campanha contra a votação, no Congresso, do projeto de lei que altera os critérios de reajuste do piso, colocando apenas o INPC como fator de correção. "Nós não aceitaremos isso. Aceitamos discutir sobre a questão, mas não vamos discutir nada que não seja valorização. Aliás, o próprio ministro Aluizio Mercadante já se manifestou a respeito e na sua fala ao Congresso Nacional ele disse que não dá para ser simplesmente o INPC o fator de reajuste do piso", afirma.

Veja como foi a mobilização nacional nos estados:

Por CNTE

quarta-feira, 14 de março de 2012

Pelo Twitter, educadores se mobilizam a favor do piso salarial

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) se mobilizou e divulgou, em sua página oficial na internet, o chamado "twittaço", uma manifestação através do Twitter pedindo o piso salarial para os profissionais que trabalham na área educacional.
Com a hashtag #Opisoelei, as entidades filiadas à CNTE estão cobrando governadores e prefeitos o cumprimento da Lei n° 11.738/2008, chamada Lei Nacional do Piso do Magistério, que prevê um piso salarial de R$ 1.451,00 para os educadores em 2012.

 
 
Por Terra
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

terça-feira, 13 de março de 2012

IRPF 2012 – Programa de IR Pessoa Física 2012 já está disponível

Depois do carnaval, esta é a época do ano em que os contribuintes brasileiros precisam acertar as contas com o Leão da Receita Federal. Após a liberação do programa IRPF 2012 a Receita Federal também já começa a receber as declarações de Imposto de Renda com ano-base de 2012 de todos os brasileiros.
Segundo a Receita Federal, estão obrigadas a apresentar a declaração todas as pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 23.499,15 no ano de 2012. A declaração poderá ser enviada pela internet, por meio da utilização do programa de transmissão da Receita Federal (Receitanet), ou via disquete (nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal). Lembrando que este ano será a 2ª vez consecutiva que o método será totalmente eletrônico ou seja, não haverá mais nada de "papelada" através de formulários como tínhamos na última década.

Quanto mais cedo os brasileiros acertarem as contas, mais cedo serão são restituídos. O prazo final de entrega da declaração, pela internet, vai até as 23h59 do dia 20 de abril de 2012. Não deixe para última hora para enviar sua declaração do IR, quanto mais cedo enviar sua declaração você acaba com a tensão e os problemas da correria das últimas horas para a entrega das declarações. Lembre-se que no prazo final da entrega, ainda há o risco de congestionamento nos servidores da Receita, o que pode impedir o envio de sua declaração deixada para a última hora. E quem perder o prazo está sujeito a uma multa mínima de R$ 165,74 então, tome cuidado!
Completo ou simplificado?

A Receita Federal lembra que os contribuintes brasileiros podem optar por dois modelos na entrega do documento: o modelo simplificado ou o modelo completo. A regra para fazer a declaração simplificada continua sendo a mesma: desconto de 20% na renda tributável. Este desconto substitui todas as deduções legais da declaração completa. Em 2012, o limite do desconto é de R$ 13.916,36.
Sobre o Programa IRPF 2012
Além das melhorias gráficas que deixaram o programa visualmente mais limpo, nesta versão 1.0 há também a possibilidade de busca por conteúdo, gerar arquivo em PDF e houve também um ligeiro aperfeiçoamento de algumas ferramentas como uma calculadora facilitando a criação da declaração. A Receita também incluiu no programa deste ano a declaração de saída definitiva, com o objetivo de ser entregue por quem deixa o Brasil por mais de um ano.

Já o programa em si, é totalmente desenvolvido em JAVA, isto significa que o mesmo é suportado para Windows 32 e 64 Bits, Linux, Mac OS X e até mesmo Solaris. O único requisito para a instalação do Programa IRPF e Receitanet, é a instalação da Máquina Virtual Java que obrigatoriamente necessita estar instala no computador. Se em seu computador não estiver com o Java instalado, disponibilizo o link mais abaixo para download da versão do seu sistema operacional.
O programa IRPF 2012 também pode ser acessado pelo site da Receita na internet, é colocado à disposição para que todos os usuários brasileiros utilizem para a criação de suas Declarações do Imposto de Renda.
Enviando a declaração do IRPF 2012
Para enviar seu arquivo de declaração para a Receita Federal, assim como nos anos anteriores você precisará usar o programa Receitanet que disponibilizo também o link para baixar. Faça já o Download do IRPF 2012 e do programa de envio Receitanet e certifique-se que o Java está instalado em seu PC.
Resumindo…
Fazer e enviar sua sua declaração do IR não é mais um bicho de 7 cabeças, se tiver problemas e desacordos após o envio da declaração, o programa disponibiliza uma opção retificadora onde você poderá acertar seus dados e re-enviá-los novamente à Receita Federal para não cair na malha fina. Disponível para os sistemas operacionais mais utilizados do mercado, como Linux, Mac e Windows e Solaris o programa além de ser uma mão na roda, é o único método para acertar as contas com o leão.


sábado, 10 de março de 2012

Coleção na Internet propõe incorporar tecnologias ao currículo escolar

Produzida pelo Cenpec, a Coleção Ensinar e Aprender no Mundo Digital traz propostas didáticas para incorporar tecnologias ao currículo escolar com uma abordagem interdisciplinar. Os fascículos são licenciados e podem ser copiados ou lidos como e-books.

Por Blog do Professor Ivanilson

sexta-feira, 9 de março de 2012

Projeto Aluno Integrado - Oferta 2012



ATENÇÃO!


As inscrições para participar do curso ALUNO INTEGRADO 2012 estão abertas no e-Proinfo até dia 26 de março de 2012.
Esta é uma ótima opotunidade de realizar um curso de qualidade totalmente gratuito.
Mais informações no site: ou via e-mail: amspeu@hotmail.com


Divulgação da oferta

A Universidade Federal de Goiás, por meio do Laboratório de Tecnologia da Informação e Mídias Educacionais - LabTime e apoio do Ministério da Educação/MEC e da Secretaria de Ensino Básico/SEB, está ofertando 3.600 (três mil e seiscentas) vagas, do Curso Aluno Integrado: Qualificação em Tecnologia Digital, para alunos do ensino médio, devidamente matriculados em qualquer escola da rede pública de ensino do Brasil.
Este curso é gratuito e será ofertado na modalidade a distância, pela internet, com carga horária de 180 horas e certificado pela Universidade Federal de Goiás. O ambiente virtual de aprendizagem utilizado para este curso será o e-Proinfo disponível em:
http://e-proinfo.mec.gov.br (Site do Sistema e-Proinfo)

Conteúdo Programático

O curso Qualificação em Tecnologia Digital está organizado em quatro módulos: Introdutório, Hardware, Sistemas Operacionais e Manutenção de Computadores, totalizando uma carga horária de 180 horas.
Módulo 1 - Introdutório (20 horas): Focaliza alguns aspectos considerados relevantes para o aluno que se propõe a participar de curso desenvolvido a distância. Nesse sentido, tem como proposta discutir aspectos gerais sobre as temáticas: Educação a Distância, Sociedade em rede e Evolução da Informática.
Módulo 2 - Hardware (60 horas): Aborda os conceitos e fundamentos relacionados a alguns modelos de computadores modernos e seus principais componentes e processos. Este módulo é composto pelas unidades: Introdução ao Hardware, Processador, Memória RAM, Componentes Gráficos e Barramentos.
Módulo 3 - Sistemas Operacionais (60 horas): Desenvolvido no sentido de favorecer que o aluno entenda a interação entre o hardware e o sistema operacional, perceba as diferenças existentes entre os diversos sistemas operacionais, e que seja capaz de destacar as vantagens de se optar por determinado sistema, em detrimento de outro. Este módulo é composto pelas unidades: Introdução aos Sistemas Operacionais, Gerenciamento de Processos, Gerenciamento de Memória, Gerenciamento de Arquivos, História dos Sistemas Operacionais e , Sistemas Operacionais Modernos.
Módulo 4 - Manutenção de computadores (40 horas): Oferece uma discussão a respeito dos procedimentos e posturas preventivas como uma das estratégias para manutenção de computadores. As unidades deste módulo são: Adote uma postura preventiva, Upgrade de componentes, Resolução de problemas de hardware e Erros típicos de montagem.

Cronograma

09/03/2012 a 26/03/2012 - Cadastro no e-Proinfo e inscrição dos alunos interessados em realizar o curso.
09/03/2012 a 03/04/2012 - Seleção dos alunos que irão participar do curso.
09/04/2012 - Divulgação da lista de alunos selecionados para participar do curso.
16/04/2012 - Início do curso.


Requisitos para Inscrição – Acesse o link e faça a sua!
  • 1 – Estar devidamente matriculado em escola da rede pública de ensino e cursando o ensino médio;
  • 2 – Ter acesso a um computador para estudo do conteúdo;
  • 3 – Ter disponibilidade de 1 a 2 horas diárias de estudo;
  • 4 – Acessar a internet, em média 4 horas semanais;
  • 5 – Enviar documentos pessoais e comprovante de matrícula de escola da rede pública que comprovem estar devidamente matriculado no nível médio.
  •  
Não perca tempo, as inscrições encerram dia 26/03/2012

Por Blog do Professor Antonio Matias
Com Informações do LabTime

quinta-feira, 8 de março de 2012

União de esforços para fazer valer o Piso e a Carreira do magistério

As conturbadas e lamentáveis cenas e declarações protagonizadas pelos políticos brasileiros, na última semana, após o anúncio do novo valor do piso nacional do magistério pelo MEC (R$ 1.451,00) - o qual difere da quantia defendida pela CNTE (R$ 1.937,26) - expõe, como dissemos no editorial anterior, as fragilidades do federalismo nacional e requer, imediatamente, ações do Estado no sentido de garantir o cumprimento da legislação e de viabilizar, em definitivo, uma política pública essencial para a qualidade da educação escolar.
O primeiro consenso a ser construído refere-se à vontade política dos entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) em valorizar o magistério e os demais educadores. Partindo desse compromisso, é preciso enfrentar os problemas com vistas a construir um pacto pela educação, ao longo da próxima década.
Transposto o compromisso político, que se pauta na vinculação necessária do piso ao Fundo da Educação Básica - Fundeb, principal fonte pagadora dos vencimentos de carreira do magistério, e à meta 17 do novo Plano Nacional de Educação, cujo objetivo consiste em equiparar a remuneração média dos docentes à de outras categoriais até o final da década, entram em cena as questões práticas a serem adotadas por cada Executivo da federação e pelos poderes Legislativo e Judiciário.
Em âmbito estadual e municipal, governadores e prefeitos devem assegurar a gestão financeira dos recursos vinculados à educação ao responsável direto das respectivas secretarias, à luz do art. 69, § 5º da Lei 9.394/96 (LDB). O funcionamento e a autonomia dos conselhos sociais de acompanhamento do Fundeb devem ser respeitados, a fim de auxiliar na fiscalização da gestão pública educacional.
É preciso, assim, transparência das administrações em relação aos tributos arrecadados e aos gastos efetuados com a educação, para que o auxílio federal, se necessário, ocorra em bases republicanas, sem prejuízo aos entes que cumprem rigorosamente com os princípios da administração pública e com os preceitos legais da educação.
Na esfera federal, o MEC, como indutor das políticas nacionais, precisa ter acesso seguro às informações de estados, municípios e do DF (aperfeiçoando o SIOPE - Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação), bem como estipular, em parceria com a Secretaria do Tesouro Nacional e com os órgão equivalentes dos Estados e Municípios, mecanismos para medir a capacidade contributiva dos entes federativos, como forma de condicionar as possíveis complementações da União ao cumprimento das metas de esforço fiscal de cada um deles. A previsão dessa iniciativa encontra-se esculpida no art. 75, § 1º da LDB.
Ao Congresso Nacional compete regulamentar a estrutura cooperativa da educação entre os entes federados, preferencialmente através da regulamentação do art. 23 da Constituição, que também deve prever espécie de intervenção federal nas hipóteses de as administrações deixarem de cumprir com seus deveres legais e constitucionais. É preciso, ainda, em consonância com o Plano Nacional de Educação, garantir mais recursos para a educação - ao menos 10% do PIB, durante a próxima década -, o que deverá ocorrer tanto pela realocação ou majoração dos recursos vinculados, como pela destinação de parcela oriunda das riquezas do pré-sal (no mínimo 50%) e maior participação da União no financiamento da educação básica (dos 5,2% do PIB investidos atualmente na educação, a parcela da União, detentora de maior parte do bolo tributário, corresponde a pouco mais de 1%).
Outras duas questões que envolvem o Parlamento dizem respeito à alteração da Lei 11.494 (Fundeb), no tocante à barreira imposta para a complementação do Governo Federal ao piso do magistério - hoje, apenas estados e municípios contemplados com a suplementação da União ao Fundeb podem acessar os recursos destinados à remuneração docente -, e à aprovação da Lei de Responsabilidade Educacional, cujo conteúdo deve primar pelo correto investimento das verbas educacionais e pela punição à malversação do dinheiro público e o desleixo do gestor com as metas do PNE.
Com relação ao Judiciário, três questões são chaves: i) a superação do impasse interpretativo dos comandos do art. 212 da Constituição e art. 60 do ADCT/CF com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a fim de assegurar o investimento integral dos recursos vinculados à educação, inclusive com a folha de pessoal; ii) a execução de controle externo sobre as ações dos Tribunais de Contas de Estados e Municípios (onde houver esse último); e iii) a celeridade na punição de gestores que desviam recursos públicos e cometem outras ilegalidades.
A partir da próxima semana o Congresso Nacional deve iniciar o debate sobre a alteração do índice de reajuste do piso salarial do magistério, e os trabalhadores não abrirão mão da perspectiva de valorização real do Piso - pois “teoria furada” é o reajuste de piso pela inflação, como propôs o governador Tarso Genro, colidindo com o avanço social obtido no governo Lula de ganho real ao salário mínimo (o piso geral dos brasileiros).
Porém, para que a pauta da valorização dos/as educadores/as avance no Congresso e se efetive nas administrações públicas, será necessário colocar na mesa de negociação, além das questões tratadas acima, a necessidade de se estabelecer um parâmetro mínimo para as carreiras do magistério público escolar em todo país, como forma de dimensionar (com justiça e equidade) a parcela de suplementação da União para a garantia do padrão mínimo de qualidade educacional e, consequentemente, para o piso e a carreira do magistério.
Os desafios são muitos, além de complexos, o que comprova a necessidade do país em avançar, juntamente com o debate do Piso, do PNE, do Custo Aluno Qualidade e de outras políticas públicas, na construção imediata do Sistema Nacional de Educação.

Por CNTE

domingo, 4 de março de 2012

Encontro discute aplicação das novas tecnologias nas escolas

Especialistas no uso pedagógico de novas tecnologias para educação se reúnem até esta sexta-feira, 2, em Brasília, para o Seminário Educação Digital - Formação dos Profissionais da Educação, organizado pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação. O encontro, que debate os rumos e desafios de uma educação mais integrada às inovações tecnológicas e um mundo mais conectado e digital, teve a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e do secretário de educação básica, Cesar Callegari.

O seminário se propõe a analisar pesquisas e experiências na formação, inicial e continuada, de professores preparados para interagir com as demandas de uma sociedade a cada dia mais vinculada às tecnologias digitais. Os palestrantes também discutem os modelos pedagógicos voltados paras as necessidades de uma educação digital de qualidade para os estudantes da rede pública.

Para a professora Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, doutora em educação, o conhecimento das tecnologias faz parte do cotidiano dos estudantes. “A tecnologia não está disponível apenas no laboratório, mas em todo momento que emerge uma necessidade”, disse Almeida.

Para a professora, porém, os estudantes ainda não percebem os usos da tecnologia para a aprendizagem e não se apropriaram da tecnologia para aplicá-la nos estudos. Os professores, por sua vez, ou rejeitam a tecnologia na sala de aula quando não têm acesso a ela, ou procuram se inteirar sobre como incorporá-las às suas aulas.

Maria Elizabeth também ressaltou que a educação digital não se resume apenas a viabilizar o acesso à tecnologia, mas usá-la para as finalidades da escola, o desenvolvimento do aluno, ensino e aprendizagem.

Durante o encontro, Mercadante falou sobre a necessidade de tornar a escola mais atraente, especialmente no ensino médio, onde os níveis de evasão escolar são mais altos. “No ensino médio a escola tem que se repensar para atrair e se comunicar com essa geração que está claramente desestimulada.”

Para o ministro a tecnologia não pode ser o objetivo em si mesmo. “O tablet pode dar um salto de qualidade e vamos começar pelo professor como uma tentativa de trazer a internet para os alunos”, afirmou.

Diego Rocha

Ouça a fala do ministro Aloizio Mercadante no Seminário de Educação Digital

Palavras-chave: educação básica, inclusão digital, SEB
FONTE: PORTAL DO MEC.

sexta-feira, 2 de março de 2012

CNTE divulga carta aberta à sociedade

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Entre os dias 14 e 16 de março de 2012, as escolas públicas de nível básico, em todo Brasil, paralisarão suas atividades para protestar contra o descaso de grande parte dos gestores públicos em não garantir educação de qualidade socialmente referenciada para todos e todas.
Embora o Brasil, nos últimos anos, venha galgando importantes resultados socioeconômicos – já tendo alcançado o posto de 6ª economia do mundo –, a educação continua sendo um entrave para a inclusão de todos os brasileiros e brasileiras no processo de desenvolvimento sustentável.
Cada vez mais, os meios produtivos exigem maior e melhor qualificação profissional, e as relações socioculturais e ambientais, idem. Sendo que é papel da escola pública garantir o acesso e a permanência de todos ao conhecimento e à participação cidadã na vida política, social e econômica do país.
À luz desses objetivos, que defendemos para a escola pública, a pauta da CNTE para a Greve Nacional dos Trabalhadores/as em Educação consiste em:
(i) Ampliar o investimento em educação para 10% do Produto Interno Bruto (PIB), ao longo da próxima década, e exigir a aprovação do novo Plano Nacional de Educação;
(ii) Garantir o cumprimento imediato e integral da lei federal nº 11.738, que vincula o piso salarial profissional nacional à carreira do magistério;
(iii) Implementar a gestão democrática em todas as escolas e os sistemas de ensino, conforme preceitua as normas educacionais e o Estatuto da Criança e do Adolescente;
(iv) Impedir a terceirização das funções escolares, sobretudo daquelas desempenhadas pelos funcionários da educação; e
(v) Assegurar outras pautas locais da educação e de seus trabalhadores.
Diante de temas tão importantes para o futuro de nosso país, convidamos a todos e todas para se juntarem à nossa luta, que é por um Brasil mais justo, próspero, soberano e sem desigualdades que impeçam o direito das pessoas à felicidade e, consequentemente, ao bem estar coletivo.
Quanto às atividades da Greve Nacional, as mesmas serão descentralizadas e estarão sob a responsabilidade das 44 entidades filiadas à CNTE (ver lista anexa). Outros sindicatos da educação, mesmo não filiados à Confederação, também poderão incorporar-se à mobilização e agendar atividades junto aos executivos e parlamentos locais, além daquelas voltadas à comunidade escolar e à população em geral.
Em âmbito nacional, a Greve marcará o início de uma ampla jornada de luta dos trabalhadores por educação pública, gratuita, universal, laica, de qualidade (com equidade), e por valorização profissional, devendo um de seus desdobramentos culminar na denúncia de governadores e prefeitos
– desrespeitadores da Lei do Piso – à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a outras instituições internacionais, além dos órgãos do Poder Judiciário nacionais.
Certos de contar com a compreensão e o apoio de todos/as, subscrevemos.
Diretoria Executiva da CNTE

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

MEC anuncia reajuste de 22,22% para o piso nacional do magistério

O Ministério da Educação (MEC) anunciou no final da tarde de hoje (27) o percentual de reajuste do piso nacional do magistério, que deve ser atualizado em 22,22% e passar para R$ 1.451. A atualização segue a determinação do artigo 5º da Lei 11.738, de 16 de junho de 2008, aprovada pelo Congresso Nacional. O piso salarial foi criado em cumprimento ao que estabelece o artigo 60, inciso III, alínea "e" do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Conforme a legislação vigente, a correção reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2011, em relação ao valor de 2010.
A Lei do Piso determina que nenhum professor pode receber menos do que o valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais, que agora é de R$ 1.451. Questionada na Justiça por governadores, a legislação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado. Em 2011, o piso foi R$1.187 e, em 2010, R$ 1.024. Em 2009, primeiro ano da vigência da lei, o valor era R$ 950.
Entes federados argumentam que não têm recursos para pagar o valor estipulado pela lei. O dispositivo prevê que a União complemente o pagamento nesses casos. Mas, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim. (CNTE, com informações da Agência Brasil 27/02/12)

Por CNTE

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Escola pioneira com laptops não tem infraestrutura para usá-los

O Centro de Ensino Fundamental 1 do Planalto, em Brasília, é uma das escolas pioneiras no Brasil do programa Um Computador por Aluno (UCA), criado pelo Ministério da Educação em 2007. Mesmo após cinco anos de atividades, a direção ainda encontra dificuldades para colocar em pleno funcionamento os 700 laptops que recebeu do governo.
Alexandre Fachetti Vaillant Moulin, diretor da escola, é um entusiasta do projeto. “Temos que melhorar o programa e não destruí-lo”, afirma. Ele reconhece, no entanto, que os desafios para colocar as atividades do programa em prática são grandes.
Os problemas de infraestrutura do colégio e a rotatividade de professores são dois entraves, segundo ele.
Moulin conta que a escola recebeu 40 computadores para iniciar uma fase piloto em 2007. Naquela época, pouco foi feito pela Secretaria de Educação do Distrito Federal para ajudar a direção a concretizar o projeto na escola. Quem colocou a internet para funcionar foram pesquisadores. Eles deram à escola um aparelho que disponibiliza internet pela rede elétrica.
Com o primeiro problema resolvido, ainda faltava capacitar professores e, em seguida, montar uma estrutura capaz de armazenar e transportar os 700 laptops que chegaram à escola depois, em 2008. “Não conseguimos chegar à fase de maturação que o projeto exige para deixarmos que eles levem os computadores para casa”, diz o diretor.
A escola também não tem armários para guardar os equipamentos nas salas, nem para transportá-los até elas. Com isso, eles ficam guardados em caixas, no laboratório de informática. Cada vez que um professor decide usá-los, transporta as caixas com a quantidade necessária em um carrinho de compras de supermercado.
A bateria dos pequenos computadores – que têm capacidade para acessar internet e vêm com jogos educativos para trabalhar matemática, português, ciências – dura entre uma hora e meia e duas horas. Portanto, a rede elétrica precisaria aguentar várias máquinas ligadas ao mesmo tempo. Além disso, todas as salas teriam de oferecer tomadas para eles.
O colégio está localizado a 4 quilômetros do Palácio do Planalto, na vila de mesmo nome, que abrigou os trabalhadores da construção da capital. Atende 680 alunos, do 2º período da pré-escola até a 8ª série do ensino fundamental. Foi construída com paredes pré-moldadas, tem teto de cimento e as crianças sofrem com o calor nas salas de aula, que aguardam reforma há anos.
O problema da tomada só foi resolvido em 2010. Agora, todas as salas têm tomadas e, por elas, todos os laptops podem ser conectados à internet de uma só vez. No entanto, a utilização está aquém do que a direção do CEF 1 do Planalto gostaria. As turmas só utilizam os computadores uma ou duas vezes por semana.
Para usar os laptops, que ficam guardados em caixas por falta de armários, professores precisam carregá-los em carrinhos de compra.
Vencendo barreiras pedagógicas
Francisco Hugo Vieira de Freitas, professor do 1º ano do ensino fundamental, é um dos poucos docentes que nunca teve “medo” da tecnologia que chegou à sala de aula. Ao contrário, com apoio da direção, montou um mini-laboratório de informática dentro da sala de aula, com cinco computadores. Neles, prepara atividades para os alunos.
Além disso, Freitas gosta de utilizar os laptops com as crianças. A facilidade que elas têm para descobrir como manusear os equipamentos anima o professor, mas espanta outros. “A resistência diminuiu um pouco agora, mas tem muita gente que não sabia como ligar um laptop e se esquecia que essas crianças são do século 21”, ressalta.
Onde a inovação é realidade: Tablets substituem livros em escolas brasileiras
Para formar os professores e ajudá-los a criar atividades com os computadores, Moulin acredita que a escola deveria ter um coordenador. Além disso, a rotatividade dos docentes precisaria diminuir. No ano passado, 50 educadores fizeram capacitação na Universidade de Brasília (UnB), mas 30% já saíram de lá. “Isso nos prejudica muito”, diz.
Mesmo assim, o diretor acredita que o projeto de distribuir tablets aos professores e estudantes das escolas públicas será positivo. Mas para isso, ele acredita que a oferta do equipamento tem de acompanhar investimentos na infraestrutura das escolas. “É uma ferramenta pedagógica a mais, que deve ser estimulada”, defende.
IG
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Debate sobre segurança na internet une especialistas em torno dos cuidados que os pais devem ter

O diretor de Prevenção e Atendimento da organização não governamental (ONG) Safernet, Rodrigo Nejm, faz um alerta a pais e adolescente de que a web (rede mundial de computadores) e o mundo virtual são territórios tão perigosos quanto os da vida real. “Principalmente para as crianças que, muitas vezes, têm domínio técnico, mas não têm consciência das consequências de publicar algumas informações e de que há criminosos disfarçados [na web]”, disse ele.
Rodrigo Nejm disse que, da mesma maneira que os pais orientam os filhos a se cuidar quando estão em uma praça pública, também devem ter critérios para definir limites quando navegam na internet.
A coordenadora do Portal da Terceira Idade, Anísia Spezia, concorda com o dignóstico sobre os riscos do mundo virtual, mas lembra que esse não deve ser uma preocupação, apenas, dos pais. Os idosos também ficam expostos na rede e, sem orientação adequada, acabam caindo em armadilhas.
“A terceira idade é dona do seu próprio nariz. Enquanto com os adolescentes as mães continuam dando conselhos sobre a conduta na internet, nem sempre há um filho que faça a mesma coisa com os pais”, disse ela.
Essa discussão dominou o debate Conectando Gerações e Ensinando Uns aos Outros: Descobrindo o Mundo Digital com Segurança, que marcou as comemorações do Dia Mundial da Internet Segura, comemorado no dia 7 e fevereiro.O debate ocorreu na sede da Procuradoria Regional da República em São Paulo.
A procuradora regional Janice Ascari disse que a vida virtual não é diferente da vida pessoal e, por isso, é preciso estar sempre vigilante. “Isso não é querer ter controle da vida do filho, é apenas uma atitude de primeiros educadores e de exemplos que eles vão ter para o resto da vida. Por isso, devemos auxiliá-los quanto à melhor maneira que eles devem se comportar na sua vida”.
O estudante Bruno Agostinho Barreto Ascari, de 18 anos, acessa a internet desde os 7 anos de idade, com o monitoramento dos pais. Ele aprova esse tipo de controle. “Isso foi muito bom para a construção do meu caráter porque eu posso me relacionar com as pessoas e, mesmo assim, eu sei os limites que tenho que ter conhecendo essas pessoas na internet”.

Agência Brasil
 
Com informações do Blog do professor Ivnannilson

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A década da educomunicação?

Em dezembro de 2011, a Universidade de São Paulo (USP) organizou, como já tem virado um costume, o III Simpósio Brasileiro de Educomunicação, que reúne profissionais e pesquisadores da interface entre a educação e comunicação de diversas partes da America Latina.  Participei de uma mesa de debates cujo título chamava a atenção para a década da educomunicação que se fechava (2001/2011), que teria começado quando a USP começou a sistematizar esse novo campo, assim chamado por eles, e a sociedade civil, em organizações como as que compõem a Rede CEP, iniciado a disseminação da prática Brasil afora.

Achei simpático o nome da sessão (“A década da educomunicação”), mas tentarei aqui levar aqui meu pensamento para  além disso.
Sim, as práticas de em comunicação e educação jamais estiveram tão presentes em escolas e comunidades. O último levantamento do MEC aponta que cerca de cinco mil instituições adotaram as mídias escolares como ação dentro do programa Mais Educação – uma ação que nasceu no bojo da Rede CEP. Em outro campo, comunidades por todo o país tem re-valorizado o caráter educativo intrínseco a seus membros, estruturas e aparelhos, por meio de programas que, como o bairro-escola, resgatam a relevância social que a educação informal e não-formal perderam para o currículo escolar nas últimas décadas.
No entanto, olhando atentamente para a história,  o papel da universidade no campo da educomunicação parece percorrer um caminho contrário ao que exerce naturalmente: tem organizado uma prática um tanto quanto “mundana” e mais antiga que o conceito.
Na verdade, os acadêmicos  têm exercido o papel importante em dar contorno a um novo campo e a sistematizar ações que estão ativas muito anteriormente a criação desse novo conceito. Ou seja, as práticas (agora chamadas educomunicativas) datam da década de cinquenta no Brasil, por meio das comunidades eclesiais de base; só em 2001 passaram a freqüentar as salas de aula nas pós-graduações.
Considerá-las existentes a partir de 2001 seria o mesmo que passar a acreditar que o graffiti nasceu em meados dos anos oitenta, quando algumas galerias de Nova York chamaram seus artistas a expor, levando ao Olimpo essa forma de arte. Na verdade, já tinha vinte anos à época.
O mais interessante no caso não diz respeito ao passado, mas ao futuro. Quem acredita que essa década foi a da educomunicação pode não estar preparado para o que há de vir de dentro das empresas – essas ainda pouco lembradas como atores importantes dentro do campo.
Se considerarmos o olhar da educomunicação como um comprometimento a uma comunicação de qualidade, esse movimento só está nascendo no ambiente corporativo. Cada vez mais empresas emprestarão sua credibilidade e marca apenas para a comunicação que tiver o mínimo de comprometimento com seus processos, fruto de uma onda de responsabilidade social corporativa que iniciou-se há mais de quinze anos.  Está nascendo uma espécie de curadoria de qualidade.
Por outro lado, o desafio permanente das empresas em aproveitar idéias e talentos de todos os envolvidos para melhor desenvolver o negócio pode enxergar na educomunicação uma ferramenta muito útil na área de sua gestão.
Considerando passado e futuro, a década da educomunicação não foi e nem é; me parece que o conceito está começando a se emaranhar na sociedade e as surpresas maiores ainda estão mesmo por vir.

Aprendiz 
 
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

sábado, 4 de fevereiro de 2012

MEC: professores do ensino médio serão primeiros a usar tablets

O uso de tablet na rede pública de ensino vai começar pelos professores do ensino médio. A partir do segundo semestre, o Ministério da Educação (MEC) deve iniciar a distribuição dos equipamentos para 598.402 docentes.
Os primeiros da lista são os professores de escolas que já têm internet em alta velocidade (banda larga), que somam 58.700 unidades. A ideia é o computador portátil chegar a 62.230 escolas públicas urbanas.

Para o MEC, o programa tem mais chances de sucesso se o professor dominar o equipamento e o seu uso, antes de chegar ao aluno. "A inclusão digital tem que começar pelo professor. Se ele não avançar, dificilmente a pedagogia vai avançar", disse o ministro Aloizio Mercadante. Cursos de capacitação presencial e à distância vão ser oferecidos ao professor, assim que o aparelho começar a ser distribuído.
Com o tablet, o professor poderá preparar as aulas, acessar a internet e consultar conteúdos disponíveis no equipamento - revistas pedagógicas, 60 livros de educadores, principais jornais do País e aulas de física, matemática, biologia e química da Khan Academy, organização não governamental que distribui aulas on-line usadas em todo o mundo.
As aulas preparadas no tablet, segundo o ministro, serão apresentadas por meio da lousa digital, espécie de retroprojetor combinado com computador, que muitas escolas já usam desde o ano passado. No decorrer de 2011, foram entregues 78 mil desses equipamentos.
Para o ministro, a tecnologia do tablet, em que os comandos podem ser acionados por meio de toques na tela, é mais "amigável" para leitura e acesso à internet em comparação a outros computadores.
Com a novidade, Mercadante espera também tornar a sala de aula mais atrativa para os adolescentes. "O ensino médio é o grande nó da educação. Os indicadores não são bons e a evasão escolar é alta. A escola não está atrativa para o jovem. Esses equipamentos fazem parte do esforço para melhorar o ensino médio", diz.
Para levar o tablet à sala de aula, o MEC irá desembolsar de R$ 150 milhões a R$ 180 milhões para comprar até 600 mil unidades este ano. Em dezembro passado, o ministério abriu licitação para a aquisição de 900 mil aparelhos de fabricação nacional, de 7 e 10 polegadas, com câmera, microfone e bateria de seis horas de duração.
O governo pagará quase R$ 300 pelo tablet de 7 polegadas e aproximadamente R$ 470, pelo de 10 polegadas. No mercado, conforme o ministério, o equipamento de 7 polegadas custa cerca de R$ 800.
Apesar do processo de compra ter sido iniciado no ano passado, Mercadante destaca o programa como uma de suas primeiras ações no comando do ministério. "Esse programa foi desenhado nesse período que estou aqui", disse, explicando que a gestão do antecessor, Fernando Haddad, lançou o edital de compra para atender a pedidos de estados e municípios. As empresas Digibras e a Positivo venceram a licitação. O contrato deve ser fechado somente em abril, após o Inmetro avaliar se os produtos atendem às exigências do edital.
Depois de distribuir para os professores do ensino médio, o ministro quer entregar os aparelhos para os docentes do ensino fundamental. Ainda não há previsão sobre quando os alunos receberão o equipamento.
Apesar da chegada do tablet nas escolas, Mercadante garante que isso não significa o fim do Programa Um Computador por Aluno (UCA), que distribui laptops aos estudantes.
 
Por Agência Brasil
 
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Pais e professores, uma relação difícil

Thinkstock A relação entre pais e professores inclui, já faz algum tempo, boa dose de tensão. O assunto voltou à tona com força no fim do ano passado, quando um professor americano chamado Ron Clark resumiu as reclamações de boa parte dos mestres da seguinte maneira: professores não são babás de alunos, ao contrário do que pensam seus pais. Ele acusa os pais de repassar à escola suas responsabilidades, recusando, contudo, as regras impostas pela instituição educadora.
Seu artigo, chamado "O que os professores realmente querem dizer aos país", tornou-se o segundo mais compartilhado no Facebook em 2011 (o primeiro trata do desastre da usina de Fukushima, no Japão), trocado mais de 630.000 vezes – prova de que a discussão é, no mínimo, pertinente. O texto ecoou em outros países e também no Brasil. "Por aqui, os pais perderam a habilidade de impor limites a seus filhos. Agora, tentam impor limites à escola, interferindo na atividade dos professores", diz a educadora Tânia Zagury, autora do livro Escola sem Conflito: Parceria com os Pais. De acordo com uma pesquisa realizada pela escritora, 44% dos professores apontam a ausência de limites como causa principal da indisciplina em sala de aula: um quinto dos profissionais responsabiliza a família pelo problema.
Do outro lado da linha, os pais também reclamam de intromissões da escola em disposições que acreditam justas. É o que vive a empresária Marcela Ulian, de 34 anos, mãe de um garoto de 6 anos – o nome dele, assim como o da instituição, um renomado colégio privado paulistano, serão omitidos a pedido da empresária. Há alguns meses, Marcela contesta uma determinação da escola que proíbe alunos de portar dispositivos eletrônicos, como celular ou tablet, no interior da instituição. "As crianças não podem ficar alheias às novas tecnologias. Acho inclusive que os professores podem ensinar que aqueles aparelhos podem servir como material educativo", diz Marcela. Não houve acordo. Para a escola, é em casa que as crianças devem aprender a fazer uso dos aparelhos. "Continuo não concordando com a escola e seguirei tentando provar que estou certa."
Não raro, as queixas de um lado e de outro são mais severas; outras revelam exageros flagrantes. Há, por exemplo, relatos de professores contestados por pais porque atribuíram uma nota baixa a um aluno, ou por tê-lo repreendido por comportamento inadequado. Preocupados com as reclamações de parte a parte, educadores se debruçaram sobre a questão. Descobriram duas razões principais para os desentendimentos. A primeira é uma transformação sofrida pela engrenagem familiar, fruto das mudanças sociais dos últimos 50 anos. Um exemplo disso: nesse período, as mulheres, tradicionalmente encarregadas de acompanhar o crescimento das crianças em casa, ganharam definitivamente o mercado de trabalho, distanciando-se da antiga função. "A consequência disso é que as escolas passaram a ser responsáveis também pela educação moral das crianças. A família moderna demandou isso delas", diz Maria Alice Nogueira, educadora e especialista em sociologia da educação.
A segunda razão envolve um movimento em sentido oposto: a intromissão dos pais em assuntos sobre os quais as escolas antes mantinham monopólio. À medida que as famílias perceberam que a ascensão nos bancos escolares é sinônimo de ascensão social e econômica, passaram a cobrar mais de instituições e professores, que antes davam as cartas na sala de aula – não por acaso, "mestre" é uma designação que quase não se aplica mais a professores. "O êxito proveniente da educação formal levou a família a interferir nos assuntos escolares", diz Maria Alice.
Excetuados os exageros, os educadores de olho na questão alertam que a nova realidade exige nova atitude. "O que ouço dos docentes em momentos como esse é aquela velha história de que, antigamente, eles eram mais respeitados", diz a educadora Elaine Bueno. "Esse é um discurso velho, pois os tempos mudaram: os pais não enxergam mais o professor e a escola como autoridades inquestionáveis. Eles precisam aceitar isso e prestar contas de seu trabalho."
O caminho da convivência harmoniosa exige trabalho intenso de pais e professores, garantem escolas que já o perseguem. Entre as lições aos professores (confira o quadro abaixo), estão orientações como jamais desqualificar ações dos pais diante dos filhos. É o que prega Sylvia Figueiredo, sócia-fundadora do colégio Castanho Lourenço, de São Paulo. Certa vez, ela descobriu que uma mãe fazia o dever de casa do filho. "Em nenhum momento, desmereci a atitude da mãe diante do menino, apesar de estar certa de que a conduta dela interferia negativamente no desempenho dele", conta. O assunto foi tratado em uma conversa a portas fechadas, cara a cara, entre a educadora e a mãe. "É preciso muito treinamento para lidar com os pais. A relação é uma bomba-relógio e pode explodir a qualquer momento se você puxa o fio errado na hora de desarmá-la." Aos pais, em situações como essa, cabe a lição de ao menos ouvir atentamente a posição do educador.
O esforço vale a pena. A harmonia entre as partes é valiosa para a educação – é o que apontam estudos na área. Uma pesquisa encabeçada pela Fundação Getulio Vargas, por exemplo, mostra que os efeitos da presença dos pais na vida escolar se fazem notar por toda a vida adulta. Na infância e na adolescência, a participação da família está associada a notas até 20% mais altas e riscos de evasão até 64% inferiores. "Gostamos de deixar claro aos pais que a interferência deles no processo educativo é saudável. Mas ambas as partes precisam estar abertas ao diálogo", diz Celina Cattini, diretora geral do Colégio Visconde de Porto Seguro. "Muitos professores sentem saudade do tempo em que os pais respeitavam a autoridade da escola. Mas é preciso lembrar que aqueles eram tempos em que havia respeito, mas não havia interação entre escola e família: isso não é bom para as crianças." Celina tem razão.
Com reportagem de Renata Honorato
O que pais e professores podem -e devem - fazer para evitar conflitos 
 
 Com informações do Blog do Professor Ivanilson

sábado, 28 de janeiro de 2012

Extraordinárias aulas de graça , por Gilberto Dimenstein

Alunos, pais e professores brasileiros já podem acessar gratuitamente aulas de matemática e ciências que são um sucesso nos Estados Unidos e se espalham pelo planeta. Clique aqui.
O idealizador desse projeto foi um dos personagens mais interessantes que conheci em minha passagem por Harvard. Chama-se Salman Khan, um daqueles gênios em ciências que preferiu jogar fora sua carreira bem-sucedida no mercado financeiro para ajudar a educar crianças, tornando atrativas as intricadas (e chatas) aulas de matemática.

É de uma simplicidade extraordinária. Apenas uma mão na lousa e a locução do próprio Khan. O método fez sucesso e prosperou por que muita gente começou a acessar os vídeos. Um deles era Bill Gates, que usava o material para ajudar na lição de casa do filho. Daí surgiram os recursos para Salman se dedicar apenas a esse projeto.
Estava ali uma possibilidade simples e barata de usar os recursos digitais para amenizar nossas carências educacionais.
Considerei uma das minhas tarefas ajudar a popularizá-lo aqui no Brasil.
O problema é que o material era apenas em inglês, dificultando o uso por brasileiros.
A boa notícia é que esse material já começa a ser traduzido. Os primeiros vídeos, traduzidos pela Fundação Lemann, em parceria com a Intel, já estão ar.
Se as escolas, pais e alunos usarem esse material vamos ter um ganho educacional.
 
Folha

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Para lidar com geração Z, professor recorre às redes sociais

É findada a era em que professores, frente a um quadro negro abarrotado de informações, falavam sem parar a uma turma concentrada e silenciosa. Atualmente ocupando as classes de ensino fundamental e médio, a "geração Z" acabou com o reinado das aulas expositivas. Já não basta intercalar conteúdo e exercícios: para atrair a atenção dos jovens, a tecnologia é a principal aliada dos professores.
Lecionando química há 15 anos, o professor e coordenador pedagógico do colégio Oficina do Estudante, de Campinas (SP), Anderson Dino, conhece bem as características da geração, formada por nascidos a partir da segunda metade da década de 1990.
"Eles são multimídia, fazem muitas coisas ao mesmo tempo. Estudam com o celular na mão e o Facebook aberto, enquanto ouvem a conversa dos pais e fazem carinho no cachorro com o pé", exemplifica.
Render-se ao perfil mais agitado dos jovens foi a saída que Dino encontrou para conquistá-los logo no primeiro encontro. Hoje, o conteúdo de suas aulas pode ser encontrado em um blog e em suas contas de Facebook, Twitter, YouTube e Tumblr. "Eu crio tirinhas de humor e memes (ilustrações cômicas que se propagam na rede) sobre química, converso com eles pelo bate-papo, gravo aulas e coloco no YouTube. Quando o professor faz essas coisas, os alunos respeitam", garante.
Segundo a psicóloga Paula Pessoa Carvalho, que cursa especialização em Teoria Clínica Analítico Comportamental na USP, os educadores de hoje devem investir no dinamismo e na criatividade. "Os trabalhos que favorecem a interação com o outro são os mais indicados, assim como aqueles que utilizam a tecnologia, tão familiar à geração Z. Atividades muito sistemáticas não terão sucesso", avalia. Os anos de experiência ajudaram o professor a compreender o perfil dos alunos e, a partir disso, planejar aulas que evitassem dispersar a turma. Ele garante que o segredo para manter a turma atenta é intercalar minutos de exposição com a participação direta dos jovens.
Paula acredita que o ambiente e a estrutura curricular e os métodos de ensino tradicionais estão ultrapassados. "Os alunos não conseguem ficar focados no que está sendo ensinado, e o resultado disso é a falta de interesse e o baixo rendimento", aponta. O papel do professor no desenvolvimento do aluno também parece ter diminuído.
Para Dino, o pouco contato que gerações como os "baby boommers", nascidos entre as décadas de 1940 e 1960, tinham com os adultos dava força à voz do professor. Hoje, o cenário é diferente. "Antigamente, as únicas referências eram pai, tio, padrinho, padre. A geração da internet tem mil amigos no Facebook, 500 seguidores do Twitter. O professor é só uma referência entre outras muitas que eles têm", reforça.
Mesmo que as abordagens via redes sociais funcionem, pais e professores devem estar atentos também ao desenvolvimento do aluno no campo pessoal já que, entre as deficiências dessa geração, está a dificuldade em se relacionar. Para evitar o problema, a psicóloga comportamental Jéssica Fogaça destaca a importância do acompanhamento da família. "Os pais podem ajudar realizando outras atividades sociais com os filhos, apresentando outros estímulos. É importante ampliar o repertório das crianças e jovens", afirma.
A especialista em clínica analítico-comportamental infantil também aponta as atividades físicas como uma boa opção para sair do ambiente tecnológico. "Os esportes são muito indicados, desde futebol, passando por artes marciais, que são ótimos para exercer a disciplina, até as danças, que estimulam a coordenação motora, a expressão artística, o convívio social e a produção de endorfina", explica.
 
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

iBooks 2 já tem mais de 350 mil downloads de livros didáticos

Chefe de Marketing da Apple Phill Schiller apresentou novo serviço de livros digitais da companhia. Foto: ReutersChefe de Marketing da Apple Phill Schiller apresentou novo serviço de livros digitais da companhia
Foto: Reuters
Na última quinta-feira, a Apple apresentou o iBooks 2 com a excelente novidades dos livros didáticos. Com um preço máximo de U$ 14,99, os livros estão fazendo um grande sucesso na iBookstore e já foram baixados mais de 350 mil em pouco mais de três dias.
Para ler essa notícia completa, acesse a macmais.

macmais

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Apple anuncia iBooks 2 e app para criar livros para iPad

Chefe de Marketing da Apple Phill Schiller apresenta novo serviço de livros digitais da companhia. Foto: Reuters A Apple anunciou nesta quinta-feira, em evento voltado à educação realizado em Nova York, o iBooks 2 para iPad. O aplicativo de livros digitais passa a incluir, para o tablet, livros didáticos interativos. Ao lado do app, a gigante de tecnologia anunciou o iBooks Author, software para Mac em que são criados os livros digitais com conteúdo multimídia. O último lançamento do dia foi o aplicativo da "universidade virtual" iTunes U, que permitirá a disponibilização de mais conteúdos e de aulas para crianças, além de universitários.

No evento no Museu de Guggenheim, o vice-presidente sênior de marketing global da Apple, Phil Schiller, afirmou que a marca acredita no potencial dos livros didáticos, mas entende que o iPad pode fazê-los ainda melhores, à medida que permite ao usuário fazer buscas e disponibilizar mídias mais ricas, além de garantir que as publicações estejam sempre atualizadas e não pesem nas mochilas dos estudantes. "As crianças realmente vão amar aprender com iBooks", disse.
Schiller iniciou a conferência afirmando que há mais 1,5 milhão de instituições de ensino no mundo que usam iPads. Por isso, a ideia da gigante de tecnologia é transformar esses dispositivos em algo mais útil. Seriam mais de 20 mil apps educacionais e de aprendizagem desenvolvidos disponíveis na iTunes Store.
A nova versão da plataforma pretende levar a interatividade aos livros didáticos para tornar o aprendizado mais interessante. Assim, será possível ver vídeos sobre um tema de história ou dar zoom em estruturas biológicas como o DNA. Haverá questionários divertidos em que o aluno pode ter que tocar em uma parte do mapa para indicar a resposta a uma pergunta de geografia, por exemplo. Além disso, basta clicar sobre qualquer palavra para ver sua definição - como já acontece no e-reader concorrente Amazon Kindle.
Será possível navegar apenas entre os conteúdos de fotos ou vídeos, se o aluno desejar. E com um toque as páginas do livro serão marcadas, formando sozinhas uma espécie de "resumo" para revisão posterior. O aplicativo permite fazer ainda destaques e tomar notas.
O iBooks 2 está disponível gratuitamente na App Store a partir desta quinta-feira (http://bit.ly/xjxce3), quando também já é possível comprar os livros didáticos disponíveis na iBookstore - a livraria virtual da Apple. As editoras Pearson, McGraw Hill e Houghton Mifflin Harcourt, que juntas dominam 90% dos mercado de publicações para estudantes nos Estados Unidos, vão colocar seus principais títulos nas prateleiras eletrônicas da maçã. Os preços devem ficar em torno de US$ 14.
iBooks Author
Além de mostrar as possibilidades interativas dos livros escolares para iPad, a Apple apresentou o software que permite a criação das publicações. O iBooks Author (http://bit.ly/Ay7JPn) roda em Macs e tem uma interface semelhante à do Keynote, apresentações em slides. O programa está disponível na App Store, também gratuitamente.
O app foi apresentado como sendo bastante intuitivo, com variados layouts de páginas para escolher e funções de "arrastar e soltar" para povoar as páginas com conteúdo autoral. Os livros criados podem ser enviados depois à iBookstore. Outro diferencial é a capacidade de captar códigos HTML e JavaScript, o que lhe possibilita conexão com bases de dados externas.
iTunes U app
Para última novidade do dia, Phil Schiller saiu do palco e no seu lugar entrou entra Eddy Cue, vice-presidente sênior de softwares e serviços de internet. Seu anúncio foi o lançamento do app da iTunes U (http://bit.ly/xjxce3), espécie de "universidade virtual" onde é possível acessar conteúdos didáticos sobre variados assunto. Com o aplicativo, os professores ganham ferramentas para criar e editar os materiais disponibilizados aos alunos globais.
Além de oferecer aulas isoladas, os docentes poderão criar disciplinas inteiras para a plataforma, o que inclui questionários, listas de leituras, exercícios para casa, etc. "Nunca antes os educadores tiveram a possibilidade de oferecer seus cursos completos de uma forma tão inovadora, permitindo que qualquer um com interesse especial em um assunto em particular possa aprender de qualquer lugar no mundo, não apenas dentro da sala de aula", resumiu Cue. O executivo ainda acrescentou que o iTunes U agora deixa de ser exclusividade dos estudantes de ensino superior e passa a contar também com aulas, seminários e outros conteúdos voltados a alunos de ensinos fundamental (K-12, ou 0-12 anos, no sistema norte-americano). Até agora, mais de 700 milhões de arquivos teriam sido baixados via iTunes U.
Os educadores vão poder disponibilizar documentos de Keynotes, Pages e Numbers, além de livros digitais criados com o iBooks Author - aplicativo para desenvolvimento de livros multimídia apresentado no mesmo evento, nesta quinta-feira, nos EUA.

TechCrunch.
 
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Filmes Que Voam disponibiliza curtas para download gratuito

A produção audiovisual deve ser compartilhada e distribuída para que todos possuam acesso. É com este ideal que foi criado o site Filmes Que Voam, um portal que reúne filmes de produção nacional.
Regularmente, de maneira legal, o site disponibiliza documentários, curtas e longas-metragens para assistir online, no celular ou então fazer o download Catraca Livre.

A principal página do Filmes Que Voam é a ‘Mostra Infantil’, resultado da 10ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis o canal conta com aproximadamente 6 horas de filmes, sendo 33 animações brasileiras.

Mais Download
 
Com informações do Blog do Professor Ivanison

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Educadores apontam sites com conteúdos educativos para crianças

penguin2Seu filho faz parte da chamada “geração Y”. Também conhecida como geração da Internet, ela é composta por nascidos depois da década de 80 e tem como principal característica o seu crescimento em uma época de grandes avanços tecnológicos. Isso quer dizer que o computador faz ou fará parte da rotina dele (como a TV talvez tenha feito da sua). “As crianças e os adolescentes de hoje são nativos do computador e da internet. Já os adultos são imigrantes. São relações muito diferentes”, afirma Melina Veiga, especialista em Tecnologias Interativas Aplicadas à Educação e professora de Informática do Colégio Santa Marcelina, em São Paulo.
Um dos principais símbolos dessa nova geração é justamente a internet. Seja ela via computador, seja via celular. A pesquisa Kids Expert 2008, encomendada pelo canal infantil Cartoon Network, mostra que 60% das meninas entre 7 e 15 anos ficam entre 30 minutos e quatro horas por dia conectados. Entre os meninos, o percentual é de 55%. Mais de 6.500 crianças foram entrevistadas no ano passado.
E o que essas crianças e esses adolescentes fazem na rede? Essa mesma pesquisa mostrou que eles passam boa parte do tempo em programas de mensagens instantâneas e redes sociais, como Orkut e Facebook, conversando com amigos e visitando álbuns de fotos – passatempos que não necessariamente acrescentam algo à formação intelectual.
O tempo passado na Internet pode ser voltado para o aprendizado e a aquisição de conhecimentos. Há diversos sites que incentivam o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes, ampliando o seu universo cultural. Combinando informação com diversão, eles são, também, um excelente passatempo, que podem entreter e divertir os jovens. “Há conteúdos muito ricos na internet, para todas as idades. Acessando sites adequados para a faixa etária, crianças e adolescentes poderão aproveitar o que há de melhor na rede”, diz Helena Cortês, professora da Faculdade de Educação da PUC-RS.
É justamente por isso que os pais devem participar mais dessa navegação, dessa exploração do mundo, orientando os filhos e fazendo uma mediação durante os momentos em que ele usa o computador. Mesmo em sites seguros, de conteúdo educativo, pode haver “falha” na segurança. Sites voltados para crianças com comunidades que possibilitam a interação entre os internautas, por exemplo, precisam de moderação e de um bom sistema de cadastro. “Um dos maiores perigos da internet é a pedofilia. Em comunidades e sites de relacionamento, as crianças correm risco de se relacionar com pessoas mal intencionadas”, alerta a educadora Luciana Allan, diretora técnica do Instituto Crescer para a Cidadania.
Outra recomendação dos educadores é que os pais atentem ao excesso de publicidade em determinadas páginas – há um projeto de lei em tramitação no Congresso que proíbe qualquer tipo de comunicação mercadológica voltada para crianças. “O apelo ao consumo por parte das crianças é algo condenável”, afirma Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP. Também é bom prestar atenção no tempo passado em frente ao computador. “É preciso evitar que o computador se transforme em uma babá eletrônica. Ele deve ser apenas um dos muitos recursos usados na educação de crianças e adolescentes”, recomenda Helena Cortês.
A equipe do Educar para Crescer fez uma lista de sites educativos para crianças e adolescentes e solicitou a avaliação de seis especialistas em Educação:
* Adriana Bruno, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
* Helena Cortês, professora da Faculdade de Educação da PUC-RS
* Humberto Estevam, diretor de ensino do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM)
* João Luís de Almeida Machado, doutor em Educação pela PUC-SP e coordenador pedagógico da Escola Moppe, em São José dos Campos (SP)
* Luciana Allan, diretora técnica do Instituto Crescer para a Cidadania
* Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP
* Melina Veiga, especialista em Tecnologias Interativas Aplicadas à Educação e professora de Informática do Colégio Santa Marcelina, em São Paulo
Clique aqui para ler os comentários dos especialistas específicos de cada site. Clicando nos nomes dos sites você também pode acessar a página de cada um na internet. Fique atento às recomendações dos educadores e divirta-se com seus filhos.

Fonte: Portal Educar para Crescer