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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Mídias sociais facilitam interação com alunos e podem ser instrumento pedagógico, defendem especialistas





Rio de Janeiro – Escolas precisam experimentar o uso das mídias sociais para aproximar o conteúdo pedagógico da realidade dos alunos, apontaram especialistas em educação que participaram hoje (3) de seminário sobre o tema, no Rio. Segundo eles, o ideal é testar várias tecnologias e ver qual se adapta às regras da escola e os recursos disponíveis aos alunos, aos professores e aos pais.
Ao apresentar casos bem sucedidos e problemas gerados pelo mau uso de redes sociais, o autor do livro Socialnomics: Como as Mídias Sociais Transformam o Jeito que Vivemos e Fazemos Negócios (na tradução livre), o norte-americano Erik Qualmn, disse que é preciso ousar na educação e não restringir as aulas ao método tradicional que se resume a palestras, sem interatividade.
"Precisamos prestar atenção nos alunos, ver com qual ferramenta ou equipamento eles estão mais familiarizados e dar o primeiro passo", disse Qualmn no seminário Conecta, organizado pelo Sesi/Senai. Ele sugeriu, por exemplo, que escolas passem deveres de casa que possam ser apresentados pelo Youtube e substituam livros pelos ipads – aparelhos que reúnem computador, video game, tocador de música e vídeo e leitor de livro digital.
"Em muitos lugares, existe o debate sobre o uso, pelas crianças, de telefones celulares", disse sobre a disseminação dos smartphones – celulares conectados à internet. "As escolas precisam checar ao que é melhor para si. Na [Universidade de] Harvard, o ipad é permitido em algumas aulas. Outras aulas são dadas da mesma forma há cem anos", acrescentou Qualmn, que também é professor de MBS da Hult International Bussiness, nos Estados Unidos .
Em uma escola pública do município de Hortolândia (SP), Edson Nascimento, professor de educação física, deu o primeiro passo na adoção de novas tecnologias como instrumento pedagógico. Ele criou um blog para divulgar o conteúdo das aulas e conquistou alunos até de outras escolas. Nascimento diz que o principal desafio para difundir a tecnologia na escola é convencer os demais professores a aceitá-la como um recurso educativo.
"Isso não é uma coisa tranquila, não temos adesão de 100% dos professores. Pessoas entendem que se migrarem para a tecnologia não vão mais saber dar aula. Apegam-se ao giz e à lousa como se isso lhes desse controle da turma. Mas os alunos acabam prestando atenção em outras mil coisas", disse Nascimento, que dá aulas para uma escola de 500 alunos de ensino médio e fundamental.
O professor americano Qualmn acrescentou que o próprio uso da internet pode estimular debates sobre a veracidade de conteúdos disponíveis na rede, além de incentivar a produção de conhecimento de forma colaborativa, como o que está disponível no Wikipedia, uma espécie de enciclopédia online aberta, que aceita contribuições de qualquer usuário.
Pedagoga de uma escola particular do Rio, que criou sua própria rede social, Patrícia Lins e Silva relatou que a ferramenta ofereceu "ganchos" para que a escola discutisse tópicos como o uso de "palavrões" e a superexposição de ídolos de adolescentes na rede.
Edição: Lana Cristina
  FONTE: AGÊNCIA BRASIL

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Novos paradigmas de sala de aula: cinco mandamentos para uma transição feliz

Aqui vão os 5 mandamentos de como seria caminhar em direção à sala de aula interativa da forma mais eficaz possível:
 
1) Manter o foco no professor, e não na tecnologia. A mera instalação na sala de aula de equipamentos interativos não garante que a classe esteja tendo uma aula interativa, com acesso a novas experiências educacionais. Mais importante do que comprar o produto A ou B é investir tempo e dinheiro para ajudar o professor a se apaixonar por esta nova infraestrutura multimídia e, a partir daí, passar a desenvolver novas aulas. Esse é um desafio importante, e que depende da diretoria de cada escola e da visão de cada fornecedor de soluções educacionais para ser vencido. O professor tem de sentir que ganha, e muito, ao abandonar seus antigos métodos em sala de aula e passar a usar de forma criativa e provocadora as novas tecnologias. Mais do que capacitar o professor quando a nova tecnologia entra na sala de aula, é fundamental manter programas de formação continuada em longo prazo.
2) Oferecer para o professor acesso a uma comunidade para o desenvolvimento de novos conteúdos e novos modelos de aula. Não cabe ao fornecedor A ou B ou à entidade educacional C ou D ser a fonte de conteúdos revolucionários, que farão o melhor uso das novas tecnologias de sala de aula. Esses personagens podem e devem suportar o desenvolvimento desses conteúdos. É papel do professor, de pesquisadores, de especialistas em educação, “inventar” novas e atraentes aulas a partir do novo ambiente educacional. Comunidades locais, comunidades interligadas por redes sociais, comunidades internacionais e comunidades voltadas ao desenvolvimento de conteúdos específicos sobre disciplinas específicas (Português, Matemática, Ciência, etc.) são essenciais para suportar a missão do professor audaz, que anseia desvendar novos horizontes e cativar os alunos ao longo de toda esta caminhada.
3) Fale com quem usa esta tecnologia antes de comprar essas soluções. Procure visitar escolas que já tenham vivido esse processo de transição – migrar de salas de aulas tradicionais para salas multimídia – para saber a verdade sobre esta tendência. Vale a pena falar com os diretores, com os professores e, se possível, acompanhar aulas que aconteçam dentro da sala multimídia. Isso dará à pessoa que busca novos horizontes na educação a percepção do que realmente faz diferença para os alunos, o que é apenas uma mudança cosmética.
4) Prepare-se para aprender muito e mudar seus paradigmas. O verdadeiro educador sabe que tudo muda nesta área e que é impossível voltar ao passado. Em 1910, a Universidade de Chicago realizou um estudo para determinar por quanto tempo um aluno conseguiria prestar atenção à aula. Chegou-se à conclusão de que 50 minutos eram o tempo máximo que um professor conseguiria prender a atenção de um aluno. Estudos recentes realizados também nos EUA mostram que, agora, o tempo máximo de concentração limita-se a intervalos de 8 minutos. Em educação, a quebra de paradigmas não tem fim. O aluno que parece não estar prestando atenção na aula, checando mensagens no Twitter, pode estar procurando informações essenciais para a discussão em sala de aula; numa universidade, o aluno que troca mensagens via Facebook com seu amigo pode estar simplesmente realizando um trabalho em grupo.
5) Nunca esqueça a importância de um conteúdo bem construído. A infraestrutura da sala multimídia pode ajudar o professor a dar uma aula brilhante, atraente, que mantém os alunos conectados a ele todo o tempo. Mas isso não diminui a importância da sólida formação em conhecimentos, da capacidade de estar sempre atualizado. Esse é um valor eterno da educação. Com as novas tecnologias educacionais, a única diferença é que a forma de transmitir esses conhecimentos também é mais atualizada.
A beleza do momento que vivemos hoje é que muitos educadores estão decididamente caminhando ao encontro da cultura (inclusive cibernética) e dos comportamentos de seus alunos. Boa parte do corpo docente está pronta a ver na tecnologia uma aliada. Isso significa transformação.

sábado, 29 de outubro de 2011

Internet permite novas dimensões à prática do bullying nas escolas

Material difamatório na internet pode ser reproduzido em grande escala - Arquivo/AEO bullying, um ato violência física ou psicológica praticados para atingir alguém ou um grupo comumente praticado contra crianças no universo escolar, passou a ter novas características e dimensões com o uso da internet.
Diferente da modalidade tradicional, o ciberbullying garante o anonimato e suas vítimas podem sofrer muito mais pela dimensão que o ato pode alcançar. Pesquisa realizada pela Organização Não-Governamental (ONG), SaferNet em 2008 com 875 jovens internautas, constatou que 38% foram vítimas de ciberbullying e 44% dos amigos "reais" já sofreram esse tipo de violência ao menos uma vez.

O psicólogo e diretor de prevenção e atendimento da Safernet Brasil, Rodrigo Negm, explica que a prática do ciberbullying prolonga a ação, anteriormente restrita ao ambiente escolar, por exemplo, quando o professor ou diretor repreendiam o aluno ou grupo que promoviam a violência.
Hoje, um material difamatório postado na internet, mesmo que seja retirado em pequeno espaço de tempo, pode vir a ser reproduzido por outros internautas, causando um transtorno interminável à vida da vítima.
"Na internet a humilhação, que ficava restrita a um âmbito, geralmente escolar, ganha maior dimensão no espaço público da internet. O mundo inteiro pode ter acesso a esse tipo de agressão. A família, os amigos veem essa mensagem. A criança não consegue escapar da agressão, até porque alguém pode guardar esse material e postá-lo novamente".
O psicólogo dá algumas dicas aos pais que querem saber se os filhos têm sofrido qualquer tipo de agressão do ciberbullying: "sinais de depressão, falta de vontade de ir à escola e brincar com os amigos ou dificuldades para dormir."
Para conter os crimes do ciberbullying, a SaferNet Brasil em parceria com o Ministério Público e a polícia federal criou um canal de denúncias contra crimes na internet: www.denuncie.org.br. Recentemente foi lançado a rede social que promove o uso consciente do mundo virtual, oferecendo ao usuário algumas discussões no endereço www.netica.org.br .
Rodrigo Negm lembra que é preciso manter o diálogo entre pais e filhos para que a vítima se sinta à vontade para denunciar esse tipo de violência.
"A tecnologia mais importante para combater crimes da internet é a relação de confiança entre pais e filhos. É um recurso que vai além de filtros e bloqueios. As crianças elas devem conversar com os pais e contar com a ajuda deles, caso percebam algum tipo de agressão pela internet".

Estadão 
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Fez o Enem e está curioso com o resultado? Confira a lista das respostas

Os gabaritos oficiais devem ser divulgados pelo Inep até a próxima quarta-feira (26). Os cadernos de questões serão disponibilizados ainda hoje

 

Redação CORREIO
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) não divulgou ainda os gabaritos oficiais das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizadas neste final semana. Veja abaixo uma lista com as respostas preliminares das provas.

Se você saiu antes do tempo estipulado e não pegou de cadernos de questões, o Inep deve disponibilizar, nesta segunda-feira (24), no portal  Ministério da Educação. Já os gabaritos, devem ser divulgados até quarta-feira(26).

1º DIA (SÁBADO 22/10) - Provas de Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias


PROVA AMARELA

1E 2B 3E 4E 5C 6B 7D 8D 9A 10B 11A 12A 13E 14A 15B 16C 17D 18E 19C 20E 21D 22C 23A 24C 25B 26B 27C 28C 29D 30A 31A 32E 33B 34D 35D 36A 37D 38D 39B 40B 41A 42E 43A 44C 45A 46A 47D 48C 49E 50C 51D 52E 53B 54A 55B 56C 57C 58E 59A 60B 61B 62C 63E 64C 65A 66E 67D 68E 69A 70B 71E 72A 73E 74D 75B 76B 77D 78D 79B 80E 81D 82C 83D 84A 85C 86B 87B 88C 89A 90D

PROVA AZUL

1E 2B 3E 4B 5C 6E 7A 8E 9D 10B 11D 12A 13A 14C 15A 16C 17E 18C 19D 20B 21B 22C 23A 24C 25E 26D 27C 28D 29C 30B 31A 32E 33A 34D 35A 36D 37B 38B 39D 40D 41E 42A 43A 44B 45A 46D 47C 48E 49A 50C 51D 52B 53E 54C 55B 56C 57A 58E 59B 60A 61C 62B 63E 64A 65E 66C 67E 68D 69E 70D 71A 72A 73B 74E 75B 76E 77D 78B 79B 80D 81D 82D 83C 84A 85B 86C 87B 88D 89C 90A

PROVA BRANCA

1E 2E 3B 4B 5E 6C 7E 8A 9D 10A 11A 12B 13D 14C 15A 16C 17C 18E 19D 20C 21E 22D 23B 24B 25A 26C 27C 28D 29E 30C 31B 32A 33A 34D 35A 36D 37B 38D 39D 40B 41A 42A 43E 44A 45B 46A 47C 48E 49C 50D 51D 52C 53A 54B 55E 56C 57B 58E 59C 60B 61B 62A 63C 64A 65E 66E 67E 68D 69A 70B 71E 72E 73D 74A 75D 76D 77B 78B 79E 80B 81D 82B 83C 84B 85A 86D 87C 88A 89D 90C

PROVA ROSA

1B 2E 3E 4C 5E 6B 7A 8B 9A 10A 11D 12D 13E 14B 15A 16E 17C 18D 19C 20A 21C 22E 23D 24C 25B 26B 27E 28B 29C 30D 31C 32A 33A 34D 35B 36A 37D 38D 39D 40B 41A 42E 43A 44C 45A 46C 47E 48C 49D 50D 51A 52C 53B 54C 55A 56E 57B 58E 59B 60B 61A 62C 63E 64E 65D 66C 67A 68E 69B 70E 71A 72E 73D 74A 75D 76B 77E 78B 79B 80D 81D 82A 83D 84C 85B 86C 87B 88A 89C 90D


2º DIA (DOMINGO 23/10) - Provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática e suas Tecnologias

PROVA AZUL

ESPANHOL91D 92B 93D 94C 95A

INGLÊS
91E 92E 93D 94B 95D

96E 97D 98E 99C 100D 101A 102D 103D 104C 105A 106A 107B 108B 109E 110D 111A 112D 113B 114A 115D 116E 117C 118E 119E 120A 121B 122D 123A 124E 125B 126C 127D 128C 129B 130A 131B 132C 133E 134A 135E 136E 137E 138B 139A 140C 141B 142B 143C 144E 145E 146E 147E 148C 149A 150B 151D 152E 153E 154C 155B 156C 157D 158B 159A 160C 161B 162D 163E 164D 165A 166D 167C 168C 169B 170C 171D 172C 173C 174E 175C 176A 177C 178C 179D 180D

PROVA CINZA

ESPANHOL
91D 92D 93B 94A 95C

INGLÊS
91E 92D 93E 94D 95B

96D 97E 98D 99C 100E 101D 102D 103A 104A 105A 106C 107B 108E 109B 110B 111A 112D 113D 114A 115D 116C 117E 118E 119B 120A 121E 122D 123C 124B 125A 126D 127E 128A 129C 130B 131B 132C 133E 134A 135E 136A 137B 138E 139E 140E 141B 142C 143E 144E 145B 146C 147E 148C 149B 150A 151D 152E 153C 154E 155D 156B 157B 158C 159D 160A 161C 162B 163E 164D 165B 166A 167D 168C 169C 170D 171C 172D 173D 174C 175C 176E 177C 178A 179C 180C

PROVA AMARELA

ESPANHOL

91B 92D 93D 94C 95A

INGLÊS
91E 92E 93D 94B 95D

96E 97D 98D 99D 100A 101C 102D 103E 104B 105B 106E 107C 108A 109A 110D 111D 112A 113B 114A 115D 116B 117A 118E 119C 120E 121E 122A 123D 124D 125C 126E 127B 128C 129B 130A 131C 132B 133A 134E 135E 136B 137A 138E 139E 140E 141C 142C 143E 144E 145E 146B 147C 148B 149E 150C 151E 152B 153A 154D 155C 156B 157D 158B 159E 160A 161D 162C 163D 164B 165D 166C 167C 168C 169B 170A 171D 172C 173A 174E 175C 176C 177C 178C 179D 180D

PROVA ROSA

ESPANHOL
91D 92B 93D 94A 95C

INGLÊS


91D 92E 93E 94D 95B

96D 97E 98A 99D 100D 101D 102E 103C 104B 105E 106C 107A 108A 109B 110D 111D 112A 113D 114A 115B 116E 117C 118E 119B 120E 121A 122C 123B 124D 125E 126D 127A 128C 129B 130A 131C 132B 133E 134E 135A 136E 137E 138A 139B 140B 141C 142E 143C 144E 145B 146C 147E 148E 149E 150E 151C 152D 153A 154B 155D 156A 157C 158B 159E 160D 161D 162B 163B 164C 165C 166C 167A 168D 169D 170C 171B 172C 173C 174D 175D 176C 177C 178E 179C 180A

Fonte: COC sistema de ensino

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

MEC disponibiliza novos materiais para ações de mobilização social pela educação

O Ministério da Educação (MEC) acaba de lançar novos materiais de apoio ao trabalho realizado pelos mobilizadores sociais pela educação. Destacando como tema a importância da interação família-escola nas comunidades, os novos instrumentos podem ser encontrados no site e no Blog da Mobilização e estão disponíveis em versão para impressão ou eletrônica.
Entre os novos instrumentos há, por exemplo, a filipeta que contém informações retiradas da cartilha “Acompanhem a vida escola dos seus filhos”, podendo ser impressa e distribuída durante as atividades de mobilização.
No Blog também é possível acessar arquivos para impressão de adesivos, marcadores de página, banners e cartazes, além da imagem da nova marca da Mobilização Social pela Educação, que pode ser inserida nos materiais produzidos pelos próprios mobilizadores.
Acesse os novos materiais e saiba mais sobre eles:
Filipeta – destaca algumas orientações da cartilha “Acompanhem a vida escolar dos seus filhos”. Por ter apenas uma página em frente e verso, é mais fácil de carregar e distribuir, além de ter um custo de impressão reduzido.
Adesivos (em formato redondo ou quadrado) – versáteis, podem ser utilizados e afixados em camisetas e outros materiais pelos mobilizadores durante suas atividades, bem como distribuídos à população, ajudando a divulgar a Mobilização Social pela Educação.
Marcador de página – material de divulgação da Mobilização para distribuição em larga escala. Contém os endereços do blog e do site da Mobilização para que a comunidade mobilizada acesse e conheça mais sobre o tema.
Banner – arquivo para impressão em tamanho 1,5m X 1,0m. Pode ser utilizado em eventos em escolas, reuniões com os pais e divulgação junto à comunidade.
Cartaz – de tamanho menor que o banner, pode ser impresso em papel, em formato A3 e afixado em diversas localidades.
Marca (desenho oficial da Mobilização) – Ilustração de autoria do cartunista Ziraldo para a cartilha “Acompanhem a vida escolar dos seus filhos”, a marca da Mobilização auxilia na identificação da Mobilização Social pela Educação pelos mobilizadores e pela comunidade. Recomenda-se a sua utilização em materiais sobre interação família-escola produzidos pelos mobilizadores e parceiros.

Com informações do Blog da Mobilização
e do Blog do Blog do Professor Ivanilson

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Cenpec lança fascículos digitais para ajudar a levar a tecnologia às salas de aula

A dica dessa semana do Blog Educação são os novos fascículos digitais publicados na página TIC e Educação do portal do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária). Trata-se da coleção “Ensinar e Aprender no Mundo Digital”. Composta por 5 fascículos, a coleção traz propostas didáticas para incorporar as tecnologias ao currículo escolar a partir de uma abordagem interdisciplinar.
Os conteúdos são voltados para educadores e, a partir de uma contextualização sobre o atuar pedagógico no mundo digital, oferecem atividades práticas divididas por temas.
O material está disponível online e pode ser baixado gratuitamente em qualquer computador (Creative Commons). Para isso, basta acessá-lo na página http://cenpec.org.br/TIC-e-Educacao.
Com informações do portal Cenpec e do Blog Educação

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Seus alunos têm celular? Veja como utilizar essa tecnologia de uma forma pedagógica

A difusão dos dispositivos móveis de comunicação está trazendo uma nova perspectiva para o uso da tecnologia na educação, ao mesmo tempo que reacende o debate a respeito de seus efeitos sobre a aprendizagem e o papel do professor. Da Inglaterra à Austrália, passando pelo Quênia, Colômbia e o Brasil, pesquisadores e educadores estão se dedicando ao desenvolvimento e à aplicação de metodologias que incorporam telefones celulares, smartphones, tocadores de MP3, internet wireless e tablets no ensino de línguas, biologia, geografia, física etc.
Esse processo envolve, necessariamente, a formação de docentes a fim de que eles sejam capazes de tirar proveito pedagógico dessas tecnologias e, mais do que isso, se mantenham afinados com um conceito de aprendizagem que destoa em relação à sala de aula convencional.
Mobile learning ou m-learning ou aprendizagem com mobilidade é um conceito tão recente quanto essas tecnologias de comunicação. Sua definição envolve a utilização de equipamentos de informação e comunicação móveis e sem fio em processos de aprendizagem, mas não se resume a isso. Quer dizer, não basta usar um celular para registrar uma atividade de campo durante uma aula de biologia para caracterizar o m-learning.
“Uma característica fundamental é a mobilidade dos aprendizes”, esclarece a coordenadora do Grupo de Pesquisa Educação Digital (GP e-du) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Eliane Schlemmer. “Eles podem estar distantes uns dos outros e também de espaços formais de educação, tais como salas de aula, salas de formação, capacitação e treinamento ou local de trabalho”, complementa a pesquisadora, que é coautora do livro M-learning e u-learning: novas perspectivas da aprendizagem móvel e ubíqua, ao lado de Amarolinda Saccol e Jorge Barbosa, também da Unisinos.
Outra característica associada à mobilidade é a ubiquidade, ou seja, a possibilidade de a aprendizagem ocorrer em qualquer lugar. “É uma decorrência da mobilidade, pois essas tecnologias liberam a aprendizagem do tempo e do espaço”, afirma Giancarlo Colombo, membro do Conselho da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed). Nessa medida, elas intensificam as possibilidades de acesso às informações propiciadas, por exemplo, por laptops e celulares convencionais, ao mesmo tempo que superam o potencial dessas tecnologias ao permitir que o usuário (ou aprendiz) se mantenha conectado a uma rede, independentemente de sua presença física. Este é um dos aspectos que diferenciam o m-learning do e-learning, a aprendizagem mediada por um computador.
Mas m-learning não é necessariamente sinônimo de tecnologia de ponta. John Traxler, diretor do Learning Lab, Universidade de Wolverhampton, no Reino Unido, defende que essas metodologias devem se valer das soluções adequadas ao contexto no qual se inserem. É isso, afirma ele, que viabiliza as várias experiências de mobile learning em andamento na África (veja box abaixo), especialmente em regiões isoladas e com infraestrutura precária, onde só há energia elétrica por gerador e o custo dos smartphones é proibitivo para a maior parcela da população. Nesse tipo de contexto, um celular convencional pode ser de grande utilidade.
Novas aprendizagens
Cientes da necessidade de envolver e preparar o professor, várias das experiências de m-learning em andamento no Brasil e no mundo focam justamente os docentes, atores centrais no processo de ensino-aprendizagem. “O professor precisa se apropriar das questões teóricas na vinculação com as especificidades da tecnologia em questão”, defende Eliane Schlemmer. É dessa maneira que ele será capaz de identificar os limites e potencialidades das tecnologias.
Afinal, mais do que dominar os recursos dos aparelhos, nesse novo cenário, o professor se torna um agente provocador da aprendizagem – em contraposição à sua atuação tradicional na escola como transmissor de conhecimento. Isto porque o aprendiz (seja ele um aluno ou mesmo um docente em formação) é alçado à condição de agente da própria aprendizagem. “O dispositivo pessoal permite que o aluno direcione a aprendizagem, buscando aquilo que lhe interessa no momento mais conveniente”, diz Martín Restrepo, diretor da Editacuja.
Ao mesmo tempo, o caminho da aprendizagem deixa de ser unilateral, potencializando práticas didáticas colaborativas, em que a produção de conteúdos e informações envolve a participação ativa dos próprios alunos. É, então, um processo que implica aprendizagens que ocorrem principalmente por meio da interação, das trocas, do diálogo e do comprometimento com o outro. Implica ainda, complementa Eliane, organizar e administrar o tempo e os espaços para aprender. Norbert Pachler, do Instituto de Educação da Universidade de Londres, na Inglaterra, defende que a aprendizagem pautada pelo uso de equipamentos móveis se dá numa relação triangular e não hierárquica entre as estruturas socioculturais, as práticas culturais e a capacidade de as pessoas atuarem sobre a realidade em que vivem. Não é, portanto, um processo individual, mas social.
Conhecimento interligado
Outra teoria que vem ganhando terreno nesse campo é a do conectivismo ou aprendizagem em rede. Segundo a abordagem, o conhecimento existe em sistemas acessados pelos indivíduos e não reside exclusivamente na cabeça das pessoas. Restrepo exemplifica: hoje é comum que adolescentes estudem conectados a vários sites e dispositivos de comunicação simultaneamente, o que impõe uma forma diferente de relacionamento com a informação e conhecimento, ignorada pela escola tradicional. “Os professores acham que o celular distrai e atrapalha a aula, mas já há experiências que demonstram o contrário”, defende.
Giselda dos Santos Costa, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (Ifpi), está desenvolvendo uma pesquisa de doutorado sobre o uso de celulares no ensino de inglês com seus alunos de ensino médio, tecnológico e de formação de professores. “Normalmente, o ensino de línguas  nas escolas públicas restringe o trabalho do professor  a duas habilidades: leitura e escrita. Os celulares favorecem ao professor expandir suas atividades às demais habilidades, falar, ouvir e ver”, analisa Giselda.
Formação docente
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) é uma das instituições educacionais que vem investindo na aplicação das tecnologias móveis no Brasil para a formação de professores e de outros profissionais. “Com um dispositivo em mãos, os alunos podem produzir conhecimentos em rede adequados às suas necessidades e aos contextos em que atuam”, explica Bruno Silveira
Duarte, gerente de Tecnologia Educacional do Senai nacional. Nessa perspectiva, o m-learning pode se configurar como um avanço da educação formal para um espaço e contextos ainda não explorados pelo aluno, dando suporte a seu processo de formação – desde que o contexto e o uso da tecnologia sejam planejadas. Mas não são apenas os pesquisadores e instituições educacionais que estão atentos ao potencial da m-learning. Entidades ligadas às empresas de telefonia móvel, como o Instituto Claro, mantêm iniciativas para estimular o uso de celulares na educação: em dois anos, 4,5 mil docentes e educadores sociais participaram das atividades que envolvem, dentre outras atividades, um ciclo de oficinas para a produção de vídeos utilizando equipamento digitais e móveis. Para Carime Kanbour, vice-presidente do Instituto, a incorporação das novas tecnologias se configura em recursos capazes de transformar realidades sociais por meio de projetos educacionais, culturais e ambientais. “Educadores e estudantes, especialmente aqueles com perfil empreendedor, são atores fundamentais nesse processo,”, reitera.
As promessas e possibilidades do mobile learning – especialmente no que diz respeito ao fortalecimento da cultura da aprendizagem em detrimento da cultura do ensino – são grandes. Contudo, ainda se deparam com barreiras tecnológicas, socioculturais e pedagógicas. “É necessária uma profunda reflexão e discussão sobre segurança, privacidade, relações de trabalho, ética, fatores psicológicos e sociológicos que esse tipo de tecnologia pode estar provocando”, pontua a professora Eliane Schlemmer. “Afinal, estas são questões subjacentes às nossas escolhas como sujeitos de um mundo em constante mutação”, conclui.
Lições africanas
John Traxler, da Universidade de Wolverhampton, no Reino Unido, é um dos grandes nomes do m-learning. Entre 2003 e 2005, participou de um programa de capacitação para 200 mil professores no Quênia. À época, o governo local tornava a educação primária gratuita. O programa envolvia, entre outros, um sistema de transmissão de mensagens via celular por SMS. No entanto, a tecnologia encontrou na cultura local uma barreira. “O governo possui uma estrutura extremamente hierarquizada. Houve dificuldade de acesso aos professores”, relata o pesquisador. A experiência mostra um dos desafios que se colocam para o m-learning: a interação com o contexto no qual ela vai se inserir.
Saiba mais:
learningpedia.com.br/8-ferramentas-para-mobile-learningwww.institutoclaro.org.br www.learninglab.org.uk

www.londonmobilelearning.net
Leia mais sobre o m-learning no site www.revistaeducacao.com.br

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Games on-line são meio de entrada da criança na web no Brasil

Os games on-line são a principal porta de entrada da criança na internet no Brasil, de acordo com a segunda Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação por Crianças no Brasil (TIC Crianças 2010) divulgado nesta terça-feira (4) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Das 2.516 crianças entre 5 e 9 anos entrevistadas pelo estudo, 90% afirmaram que jogar na internet é a atividade mais realizada.
Pesquisas escolares pela internet foi apontada como a segunda atividade mais realizada, com 45% dos entrevisados. As crianças desta faixa etária também começaram a acessar redes sociais como Facebook e Orkut, com um terço dos entrevistados (29%) afirmando ter conta nestes locais. Atividades mais complexas, como mandar e-mail (10%), que exige que a criança saiba ler, ou fazer ligações telefônicas pela web ((6%) são menos populares.

Para as crianças entre 5 e 9 anos, que representam cerca 8,3% da população brasileira de acordo com dados do IBGE, o principal local de acesso à internet é a casa, com 47% dos entrevistados e, na terceira colocação, a escola, com 33%. No segundo lugar, as crianças afirmaram usar a internet na casa de outra pessoa (37%). Nas áreas rurais, a escola é o principal local de acesso à  web, apontado por 52% dos entrevistados desta região.
Entretanto, o uso da internet ainda é inferior ao uso do computador, segundo a pesquisa. Dos entrevistados, 51% disse ter usado o computador e 27% disseram ter usado a internet. Ainda, as crianças afirmam aprender a navegar na internet sozinhas, resposta de 20% dos entrevistados. O professor desponta como o meio de aprendizado para adquirir habilidades na web. Ele foi o mais mencionado pela criança na soma entre áreas rurais e urbanas, com 37% no total do Brasil.
Os aparelhos celulares já estão populares entre crianças entre 5 e 9 anos, com 60% afirmando usar o aparelho para diversas atividades. Cerca de 84% afirma usar o celular para jogar games e apenas 1% diz ter acessado a internet por meio do dispositivo.
Meninas são mais monitoradas pelos pais
Outro dado apontado pelo TIC Crianças é que 39% dos jovens na idade pesquisada usam a internet sozinhos, sem ajuda de pais, parentes ou professores. O computador, no entanto, está na localizado na sala de estar (44% dos entrevistados), onde os familiares podem acompanhar a atividade. Cerca de 21% dizem que o PC está no quarto, onde ela teria mais privacidade para o uso da web.
Muitos mais também não controlam o que os filhos nesta faixa etária acessam na internet. Cerca de 21% diz não controlar nem restringir o acesso; 40% diz conversar para orientar a criança; 20% acessa o histórico do navegador para saber o que ela acessou e 15% bloqueia sites.
Na divisão por sexo, 24% dos pais que têm filhas acessam o histórico da web contra 15% dos pais que têm meninos. Apenas 14% disse não controlar ou restringir o acesso da web pelas meninas contra 28% de pais que têm meninos.
Mesmo com pouca idade, as crianças disseram já sentir riscos na internet, com 25% dizendo já ter sentido medo ou perigo enquanto navegava. O estudo não entrou em detalhes de que tipo de atividade na web (chat, busca, etc) estava sendo realizada quando a criança sentiu medo. Ainda, 6% diz ter sofrido algum tipo de brincadeira que não gostou na web.

Por G1 
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Redes Sociais] Professora alerta sobre os cuidados na hora de acessar

Educadora utilizou colunas sociais do Jornal da Manhã para promover um debate sobre o uso consciente da internet e os perigos da exposição indevida da imagem

Preocupada com a grande exposição dos jovens em redes sociais, a professora da Escola Estadual Francisco Pires Machado, em Ponta Grossa, utilizou o conteúdo publicado na coluna social Persona e na editoria Mix, do Jornal da Manhã, para realizar um trabalho de conscientização com as turmas do 6º Ano do Ensino Fundamental. “Como a maioria dos adolescentes hoje possui perfil em alguma rede social e sente a necessidade de se destacar, de aparecer, é necessário que haja um trabalho de reflexão e conscientização sobre como a exposição exagerada pode causar problemas e até se tornar perigosa para eles”, explica Simone.
Os alunos analisaram as fotos e textos da coluna social e opinaram sobre o modo como as pessoas apareciam na página, qual era o papel delas na sociedade ou se eram desconhecidas, e revelaram se eles gostariam de se ver naquele espaço ou não. Depois, no Mix, que traz notícias sobre fatos da televisão, os estudantes observaram, principalmente, as fofocas, comparando com a página anterior. “Eles conseguiram trabalhar com diversos tipos de textos e informações percebendo que muitas vezes o uso da nossa imagem é positivo quando mostramos algo que vale a pena, como nas colunas sociais, mas que muitas vezes essa necessidade de aparecer pode tornar-se negativa, como no caso das fofocas maldosas em relação aos artistas. E que esse lado negativo pode tornar-se bastante perigoso se não soubermos administrar o uso de nossa imagem”, esclarece a educadora.
A professora questionou aos estudantes se eles faziam algum tipo de exposição de suas imagens ou de suas vidas pessoais. Como muitos responderam que sim, apontando a internet como principal meio, Simone então pediu que todos preenchessem um questionário com perguntas sobre o modo que faziam essa exposição. As respostas mostraram que os jovens, muitas vezes, escondem de seus pais que possuem perfil na rede, mentem sua idade, chegam a divulgar endereço e telefone completos e alguns ainda adicionam qualquer pessoa a seu perfil. “Mas a maioria parece ter consciência de que isso não é bom”, percebeu a professora. Em seguida foi realizado um debate na escola, onde todos foram incentivados a lembrar alguns perigos que a exposição de fotos e informações na internet poderiam causar, recordando notícias sobre assassinatos, roubos, pedofilia, pornografia, bullying, entre outros, que tinham visto no jornal, televisão e na própria internet.
Para finalizar, foi feito um trabalho de conscientização sobre a importância de adultos supervisionarem o acesso de menores à internet. “A maioria concordou que ter a supervisão de um adulto era o melhor a fazer, já que muitas vezes eles não têm real noção do perigo que podem encontrar na rede”, destaca Simone.
Matéria publicada dia 29 de setembro de 2011 na página “JM na Educação”, por Talita Moretto.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Com tablets, empréstimo de livros virtuais é desafio para bibliotecas



Com a popularização dos e-readers (leitores eletrônicos) entre alunos, o empréstimo de livros nas escolas brasileiras passa por um processo de adaptação. Colégios públicos e particulares investem e incentivam o uso de tablets e similares, e os estudantes começam a se familiarizar com a leitura de textos virtuais em dispositivos portáteis. Mas como as bibliotecas estão lidando com essa nova plataforma de leitura?
Na 15ª Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, ocorrida no início de setembro, dois dias foram dedicados à discussão do papel da biblioteca no empréstimo de e-books, da democratização no acesso à leitura e dos desafios impostos com o surgimento de novas tecnologias, um cenário inimaginável há menos de duas décadas, quando existiam poucos aparelhos e eles ainda eram grandes e caros.
Conforme explica o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, há duas linhas principais em estudo que se apresentam como possibilidades para implantação de uma biblioteca para empréstimo de e-books no Brasil. "Uma delas, que vigora na Europa e nos Estados Unidos, indica o empréstimo de livros que são baixados e, depois de alguns dias, desaparecem do suporte utilizado, fazendo com que termine o prazo de uso. A outra se daria por meio do ciberespaço, da chamada 'nuvem'. Dentro desse conceito, os livros ficariam em uma rede disponível a todos e o leitor não chega a baixar os arquivos. Neste caso, haveria a necessidade de pagar uma mensalidade para que o usuário acessasse as obras".
Desde o último dia 5, a Gol Editora já disponibiliza uma biblioteca virtual no endereço www.nuvemdelivros.com.br. "Temos dados que nos propiciam fazer uma biblioteca em nuvem no Brasil, e fazendo com que isso seja popular. O País é o terceiro mercado de computadores do mundo e tem a quinta maior planta de celulares, com mais aparelhos do que habitantes. Esses são fatores que favorecem a implantação de uma rede para a leitura virtual", afirma Jonas Suassuna, presidente do grupo, que pretende disponibilizar seis mil obras a partir de outubro ao custo de R$ 0,99 por semana.
Esse modelo, no entanto, não é unanimidade. "O Brasil é um muito País muito grande e com peculiaridades bem distintas em cada região. Creio que para alcançarmos a tão falada inclusão digital, o ideal seria que o empréstimo de livros virtuais fosse gratuito, como nas bibliotecas convencionais", detalha a professora do curso de biblioteconomia da Universidade Federal de Brasília (UnB), Mônica Regina Perez.
Os piratas do Brasil
Segundo dados da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos, quase 200 mil downloads ilegais de livros foram realizados no País nos últimos dois anos por meio de 50 mil links "alternativos". "Na França, em 2010, o número de livros pirateados foi de, no máximo, 3%. Ou seja, existe segurança para que o empréstimo e a comercialização não sejam irregulares", comenta Amorim.
Sócia-proprietária do site de hospedagem e gerenciamento virtual de livros Alexandria Online, Raquel Mattes acredita que o download ilegal é "uma resposta ao preço caríssimo das obras". "Durante o governo Lula, os livros foram desonerados de qualquer imposto e, mesmo assim, os preços não baixaram. Esse tipo de pirataria só pode ser combatida quando tivermos preços acessíveis à população", diz.
Para Suassuna, a utilização da nuvem seria uma forma de combater a pirataria, já que não é possível baixar o livro e, assim, não daria para copiá-lo.
Livros na rede sem qualquer custo
Enquanto se discute a melhor forma de distribuição do conteúdo, projetos como o Domínio Público (www.dominiopublico.gov.br), do governo federal, que disponibiliza, por exemplo, a obra completa de Machado de Assis, e o Gutenberg (www.gutenberg.org), em inglês, que busca a democratização da leitura por meio da distribuição gratuita de livros em formato digital, ganham espaço. Em ambos os casos, são colocados à disposição do internauta obras cujos direitos autorais já estão liberados para uso.
Com uma proposta um pouco diferente, o Scridb (pt.sTerracribd.com) se anuncia como "o maior clube do livro do planeta". Nele, o leitor compartilha textos com outras pessoas e pode, assim como nos sites já citados, encontrar algumas obras de livre circulação. O problema segue sendo as obras "fechadas", cujo interesse econômico por trás ainda vigora.
Empreste um livro para um amigo
Para esses casos, ainda existe a possibilidade de uma troca entre amigos, que segue viva nas plataformas virtuais. O mais popular leitor de e-books da atualidade, o Kindle, da Amazon, permite o empréstimo de livros virtuais desde novembro do ano passado. O processo é feito de um equipamento para o outro. O usuário que empresta fica 14 dias sem acesso à obra para que o amigo possa ler. Depois desse tempo, ela é bloqueada para quem pegou emprestado e "devolvida" ao dono. Processo muito semelhante a um empréstimo de um livro de papel.
Independentemente da postura adotada, o importante é procurar uma adequação às mudanças que a tecnologia impõe ao hábito de ler. "A biblioteca precisa buscar alternativas para se adaptar a esse processo. A tecnologia está disponível em qualquer lugar e a qualquer momento, e não necessariamente onde está a biblioteca. Logo, ela não pode mais esperar que o usuário vá até a instituição para buscar títulos ou realizar pesquisas, ela precisa ir onde o leitor estiver, disponibilizado obras raras e coleções exclusivas, para atrair o mesmo", ressalta o professor de tecnologia da informação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Antônio Luiz Mattos.
 Fonte: Terra

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Brasil sobe em ranking que avalia a competitividade no setor de TI

O Brasil subiu uma posição no ranking que avalia a competitividade no setor de tecnologia da informação de 66 países. A pesquisa, feita pelo Economist Intelligence Unit e pela Business Software Alliance (BSA), foi divulgada nesta terça-feira (27).
De acordo com a organização do estudo, a melhora no desempenho do país foi puxada pelo bom ambiente de negócios, pelo número de estudantes e empregos em TI e pelas melhoras no ambiente jurídico. Apesar disso, o país perde pontos por tributação excessiva e baixa penetração de PCs e banda larga.
Nesta edição do estudo, o Brasil subiu para o 39º lugar geral, à frente de países com o México, a Argentina e a Colômbia. Desde a primeira realização do ranking, em 2007, o Brasil já subiu quatro posições --a última lista foi divulgada em 2009.
Entre os países que mais posições subiram, destacam-se a Índia --que subiu dez posições--, a Malásia, o Cingapura, a Alemanha, o México e a Polônia. Os primeiros cinco países do ranking são Estados Unidos, Finlândia, Cingapura, Suécia e Reino Unido.
O estudo avalia as condições de 66 países em seis fatores considerados "fundamentais" para a competitividade no setor de tecnologia da informação: o ambiente de negócios, a infraestrutura de TI, o capital humano, ambiente de pesquisa e desenvolvimento, ambiente jurídico e suporte ao desenvolvimento do setor.
"De forma geral, as superpotências de TI já estabelecidas em nível global estão mantendo sua força, mesmo diante da crise econômica. No entanto, novos concorrentes avançam sobre esse domínio", comentou Frank Caramuru, diretor da BSA no Brasil.

Por G1

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ensino vive a 'Era da Tecnologia' em sala de aula

A aula é sobre espaços geográficos. A turma do 2º ano do Ensino Fundamental do Colégio Motiva, localizado em João Pessoa, entra na sala multimídia e se concentra em frente a uma lousa digital. O equipamento, projetor de imagem e sensível ao toque, será usado pelo professor para completar o assunto visto da forma tradicional em sala.
Com essa tecnologia os alunos podem visualizar em cores e 'em tempo real' o globo terrestre, a cidade onde vivem, as ruas; até que a imagem de satélite do 'google earth' vai se aproximando e as crianças começam a identificar elementos da própria paisagem. “Olha o colégio, a piscina, aquele prédio”, apontam os alunos animados e bem à vontade com o assunto.
“Essa lousa é legal. Vou gostar de tudo nessa aula”, comentou Rafael Rocha, um dos alunos escolhidos pelo educador para auxiliar na aula e tocar na lousa. E ferramentas como essa, incluídas nas Tecnologias da Comunicação e da Informação (Tics), têm sido introduzidas no espaço da escola com a intenção de otimizar a assimilação do conteúdo e trazer para sala aquilo que faz parte da realidade dos alunos.
A metodologia, porém, é nova e não tem seus efeitos comprovados. Já existem várias pesquisas que tentam mensurar os diferentes tipos de impacto que a introdução dessas Tics podem ter em sala, mas elas não chegaram a um denominador comum e não há como afirmar o quanto esse recursos influenciam no aprendizado dos alunos e até no resultado de provas.
“Essas pesquisas chegaram a diferentes conclusões: umas mostram resultados positivos, enquanto outras dizem que a tecnologia não é eficiente. Mas, o fato é que as Tics vieram para ficar, já que com ou sem escola fazem parte da vida de todos”, aponta Guilherme Canela , coordenador de Comunicação e Informação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Jornal da Paraíba

Escolas usam robótica para educação tecnológica



Há aproximadamente 15 anos era impossível imaginar uma aula de inglês com o auxílio de uma TV LCD ligada a um computador (com internet banda larga) e ainda tendo como recurso uma prancheta digital móvel, também conectada ao monitor.
“Com essas ferramentas se abrem possibilidades para que haja retorno”, comenta Rafael Cunha, coordenador de tecnologia da Escola Internacional Cidade Viva, localizada em João Pessoa.
O colégio, que funciona há quase dois anos, nasceu tendo como um dos pilares a educação tecnológica: todas as salas de aula são equipadas com computador conectado à internet de banda larga e ligado a uma TV LCD de 42 polegadas. A instituição também dispõe de três pranchetas digitais e um laboratório de informática com 40 netbooks.
“Toda fundamentação do projeto de tecnologia é de adequar o conteúdo à realidade dos jovens de hoje. Eles são cercados de aparelhos de comunicação e tecnologia, qualquer atividade que não envolva isso é obsoleto para eles, fora da realidade”, aponta Rafael Cunha, comentando que as classes complementam o conteúdo visto didaticamente em sala com aulas mais práticas.
A de robótica é um exemplo dessa combinação. “Hoje eles vão montar uma máquina de escrever, contextualizando o que estão aprendendo sobre a escrita no Japão”, esclareceu a professora do 5º ano, Kátia Nauricaa, enquanto estava com os estudantes na sala específica para essa atividade.
“Com a robótica, eles treinam a concentração, o raciocínio lógico e aprendem a trabalhar em equipe. Cada um recebe uma função dentro do grupo, fazendo com que respeitem a individualidade do outro. Tem o apresentador do projeto, aquele que monta, o que cuida das peças etc”, explicou.

Jornal da Paraíba

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

MEC muda parâmetro que estabelece valor mínimo por aluno

A partir de 2012 as redes públicas receberão mais por cada aluno matriculado em creches de tempo integral ou em ensino médio no campo. O Ministério da Educação publicou nesta quinta-feira no Diário Oficial novos valores para ponderação sobre o custo mínimo por aluno para estabelecer quanto deve ser repassado por cada matrícula.
Estudantes em creches em tempo integral passam a receber 1,3 vezes o custo mínimo por aluno nacional - que já foi estabelecido em R$ 2.009,45 por matrícula para o próximo ano. Com isso, no caso de matrículas nesta etapa de ensino, as redes precisam investir R$ 2.612,28 por criança. Até este ano, a ponderação era de 1,2 vezes o mínimo.

A mudança iguala para creches em atendimento integral o que já era praticado para pré-escola, ensino fundamental e médio em tempo integral. No caso de creches em tempo parcial, no entanto, o valor continua sendo de 0,8 do mínimo, ou R$ 1.607,56 por aluno.
Para o ensino médio no campo a mudança foi de 1,25 vezes para 1,3 vezes a base. Como isso, cada matrícula nesta fase em escolas rurais receberá em 2012 os mesmos R$ 2.612,28, cem reais a mais do que seria calculado pelo fator de ponderação anterior.
O custo por aluno estabelecido pelo MEC para 2012 continua abaixo do Custo Aluno Qualidade (CAQi) defendido pela Campanha Nacional pela Educação e aprovado pelo Conselho Nacional de Educação em resolução que não foi nem homologada e nem descartada pelo ministro Fernando Haddad.

IG 
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

TICs na educação?



Por Marcus Tavares

Luiz Fernando Gomes é, atualmente, presidente da Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (ABEHTE). Professor do programa de pós-graduação em Educação e responsável pelo Centro de Educação e Tecnologia da Universidade de Sorocaba (Uniso), Luiz está à frente da coordenação-geral do IV Encontro Nacional de Hipertexto e Tecnologias Educacionais, que será realizado nos dias 26 e 27 de setembro, em São Paulo.

O evento reunirá cerca de 400 pesquisadores/professores de todo o país com o objetivo de discutir sobre a interface tecnologia e educação no contexto contemporâneo, em especial as redes sociais. Em meio a uma série de compromissos por conta da organização do evento, o professor Luiz Fernando Gomes conversou com a revistapontocom. Direto e crítico, Luiz reflete sobre o real papel e possibilidades das tecnologias na sala de aula, sem marketing e milagres. “Não é tecnologia que muda, que melhora a educação. São as pessoas”, destaca.

Acompanhe:

revistapontocom – Pode-se dizer que o Brasil já avançou, de fato, na discussão entre TICs e educação?
Luiz Fernando Gomes – O Brasil é imenso e é difícil pensar nele como um todo, especialmente quando se trata de educação. Mas, se pensarmos em termos de acesso à internet, não há dúvida que esse acesso aumentou, embora muito mais lentamente do que gostaríamos. O computador baixou de preço e vem aí uma banda larga por trinta e poucos reais (mas não vem a internet via rede elétrica, como foi prometido…). Não sei se vejo com bons olhos o simples aumento do acesso. Junto à tecnologia vem a ideologia, as linguagens e os usos esperados. Numa ponta, aumenta o acesso, mas noutra, disseminam-se formas hegemônicas de ser, ver e de estar no mundo. Gostaria que a popularização do acesso fosse acompanhada de propostas de letramento que auxiliassem as pessoas a se inserir no mundo desta “nova escrita” de forma mais crítica e consciente. Utilizar hardwares e softwares é mais fácil, digamos, do que lidar com as linguagens e com o potencial do meio digital. Parece-me que a escola ainda não conseguiu, em seu currículo, trabalhar/superar a fase do “adestramento” para uso de softwares e hardwares. É necessário, urgentemente, que ela comece a ver o computador, como meio/canal de comunicação, como um artefato cultural e também como uma cultura. Ele funciona dentro de um contexto social e cultural. Há que se ter uma visão mais ampla. Há que se considerar sempre o “outro”, que não é outro computador, mas uma pessoa, um cidadão. É a partir do outro que a escola deveria começar a trabalhar. Há muitas práticas, muitas tentativas. Os resultados são variados e contraditórios, o que não é um mal em si. Na impossibilidade de termos uma teoria única e absoluta sobre a relação entre tecnologia e educação, uns pesquisam, outros copiam, outros repetem e outros ignoram. É assim até hoje com certas teorias linguísticas, certas pedagogias. Também não há uma relação direta entre tecnologia e aprendizagem, de modo que não se pode acreditar que a tecnologia em qualquer situação e contexto será melhor do que sem a tecnologia. A tecnologia não é “do bem”, tanto quanto “o progresso nem sempre é para frente.” A exclusão social começa pela exclusão linguística, pois é na linguagem que o sujeito se estabelece e se (re)conhece. Portanto, a presença de computador, do laboratório, traz o acesso, mas não há necessariamente algum progresso social advindo desse acesso. Não há relação direta entre melhoria na qualidade de vida das pessoas que residem, por exemplo, na periferia, e o acesso a um quiosque de máquinas conectadas oferecido pelo governo. Educação é política. Pois educação é para a cidadania, é para a coletividade, é para a sociedade. Seus reflexos devem ser sentidos na sociedade em que se insere e em seu entorno. Não é a tecnologia que muda, que melhora a educação. São as pessoas.

revistapontocom – Então a presença das TICs não fazem tanta diferença assim na aprendizagem?
Luiz Fernando Gomes – Com o conhecimento distribuído entre homens e máquinas é possível que nossas teorias de aprendizagem não dêem conta de como funciona a aprendizagem/cognição em situações de simbiose homem-máquina. Talvez o behaviorismo, o cognitivismo e o interacionismo não sejam suficientes. George Siemens, pesquisador canadense, defende o conectivismo. Mas ainda é uma teoria em construção. É razoável pensar em uma pessoa aprendendo com a outra, mas aprendendo com um computador é diferente. O conhecimento não está e não cabe na cabeça de uma única pessoa, ele está distribuído e a nossa noção do que é saber fica abalada. Saber é também, agora, saber encontrar, saber mobilizar. Claro que uma pessoa pode aprender frações sem computador. Mas se com um programa “X” essa aprendizagem for mais profunda, mais rápida, por que não utilizar o computador? Usamos, em cada época, em cada tempo, a tecnologia que nos é disponível. Não faz sentido rejeitá-la sem mais nem menos. A questão não é a tecnologia que se usa. A questão é a crença, diria mesmo fetiche, de que tudo é melhor com tecnologia. De que ela é a solução (ou mesmo parte dela). Não é. Mas, sim, pode ser. Fazem alarde do uso de notebooks, lousas digitais, celulares e outros tantos apetrechos nas escolas, mas isso é parte do marketing, do “ar de modernidade” que se quer passar. Pergunte ao filósofo Giorgio Agamben (ou acompanhe nosso seminário hipertexto 2011) e você verá que moderno é estar entre o não ainda e o já passou. Ele diz que nem a moda é moderna, pois os desenhos da coleção deste verão, na verdade, foram pensados, rascunhados, cerzidos e alinhavados na temporada de verão passado. As passarelas são do passado. Elas são fora de moda! E as modelos são démodé por definição.

revistapontocom – O senhor concorda que o hipertexto chegou meio que atropelando a escola? Ela nem havia ainda resolvido a sua relação com a mídia televisiva e já estava diante de um outro meio de comunicação: mais poderoso, impactante e revolucionário.
Luiz Fernando Gomes – A escola é lenta, paquidérmica. Nesse modelo que vem de séculos, não cabe a agilidade dos tempos de hoje. Ela tem problemas contemporâneos e tenta resolvê-los com medidas modernas do passado. Suspende, chama os pais etc. Olha sempre para trás. Não consegue ensinar para o futuro, apenas para o passado. Essa escola não está sintonizada para lidar com a liquidez [modernidade líquida, conceito do sociólogo Zigmunt Bauman] do mundo e para o desmanche da solidez da modernidade. O que ocorre é que a tecnologia é veloz e voraz. Ela tem pressa e não tem permanência. Ela quer ser consumida em gadgets e softwares, mas não quer saciar. Nunca será o bastante. A tecnologia atropelará cada vez mais a pedagogia. Os educadores sequer clamavam por tecnologia. Ela invadiu o cotidiano escolar causando problemas, mudando, desestabilizando, modificando a arquitetura das salas, laboratórios (antes eram os de Química e de Biologia). Enquanto os professores discutiam se aquilo era bom ou ruim, os alunos já haviam decidido que, sem saber se é bom ou não, “é o que todo mundo está fazendo”, e ninguém quer ser um “outsider”. A escola parece que não se importa em ser… A escola tentou (tenta) controlar a tecnologia com regulamentação sobre uso de celular em suas dependências, criar regras e criminalizar os usos e “abusos”. Ou a escola muda ou os alunos mudam… de escola. Os jovens ligam-se em comunidades virtuais, aprendem colaborativamente e desqualificam a escola. Mas há uma coisa importante: nós valemos pelo que recusamos. Rejeitar também é uma forma de ser crítico e cético. Com a tecnologia, a escola tem que ser, ao mesmo tempo, crítico e cético, mas não voltar às costas para o problema.

revistapontocom – Sempre quando se fala em TICs e educação, procuramos bons exemplos e práticas para serem, a medida do possível, reproduzidos em outras realidades. O senhor poderia indicar alguns exemplos e práticas?
Luiz Fernando Gomes – As “boas práticas” são sempre boas em seus contextos. Uma boa aula na sala “A” pode ser um desastre na sala “B” no mesmo dia, dada pelo mesmo professor. Decidir o que é bom, útil, necessário, não é papel do professor, da diretoria ou de qualquer outro superior hierárquico. O que é bom deve ser decidido e negociado com a comunidade/bairro onde a escola se insere. Entram todos: moradores, alunos, pais, professores, diretores, auxiliares. A comunidade é o currículo. É em função dela que as práticas devem ser adotadas e no olhar dela é que as práticas devem ser analisadas e criticadas.

revistapontocom – De que forma o seminário Hipertexto vem contribuindo para a melhoria da relação ensino/aprendizagem das e nas escolas?
Luiz Fernando Gomes – O professor da UFPE, Antonio Carlos Xavier, foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (ABEHTE) e seu primeiro presidente. Fez muito pela ABEHTE. Tem um trabalho consistente na área de estudos de hipertexto. A presidência da associação é itinerante: elege-se nova diretoria a cada dois anos. Uma das principais atividades da ABEHTE é a realização dos encontros nacionais. Os três já realizados foram coordenados pelas diretorias anteriores. Teremos, agora sob minha gestão, no IV Encontro mais de 400 pessoas dos quatro cantos do país. Isso mostra a quantidade de pesquisadores envolvidos com estudos sobre hipertexto e o cotidiano escolar. A quase totalidade dos trabalhos que será apresentado nos Grupos de Discussão refere-se a atividades desenvolvidas em sala de aula. São pesquisas de pesquisa de campo. O mesmo se pode dizer das oficinas e minicursos. Assim, embora a ciência não esteja vinculada à aplicação prática das teorias que desenvolve e dos processos que estuda, há uma relação muito consistente entre teoria e prática no caso dos estudos sobre hipertexto. Como os estudos sobre o hipertexto não são exclusividade de uma área do saber, o evento reúne pesquisadores das áreas de educação, lingüística, lingüística aplicada, comunicação, literatura e informática. Dentre eles muitos são professores também.

revistapontocom – O tema deste ano é a interface da escola com as redes sociais. Por quê?
Luiz Fernando Gomes – A ideia original da internet era conectar computadores de forma a distribuir os dados e informações, de modo a protegê-los, pois em caso de um ataque (era o tempo da Guerra Fria) num servidor, outros teriam os mesmos dados e informações. Com o advento dos PCs, a rede aumentou, mas logo se percebeu que a rede era mais que uma conexão entre computadores, e sim entre pessoas. Com os programas tipo Orkut e Facebook, a ideia era conectar não mais pessoas isoladas, mas ligá-las por algo que tivessem em comum. A isso se chamou redes sociais. De fato, esses programas mencionados não são redes – o termo social é praticamente desnecessário – o homem vive em sociedade, é um ser social, então suas redes de relacionamento são sociais! Essas redes apenas potencializam a formação de redes. A rede somos nós. As pessoas que delas participam desde, bem claro, que haja ações realizadas por seus membros! Uma rede é mais que ter nomes de pessoas ligados ao seu perfil! A maioria das pessoas inscreve-se nas redes para estarem juntas, para aumentarem sua visibilidade e seu capital social. Torna-se um “must”. As pessoas se encontram nas redes de que fazem parte, se identificam nas “comunidades” e sentem-se pertencendo a algum “lugar” ou “turma” como se dizia antigamente. Não importa muito se isso é bom ou ruim. Bom é estar junto. Esse é o hiperindividualismo [conceito do sociólogo Gilles Lipovetsky]. Mesmo que os objetivos sejam pessoais ou egoístas, as pessoas se inscrevem em comunidades. Interessante, pois comunidade indica ter algo em comum. Às vezes têm mesmo, mas pode ser também que o que haja de mais em comum entre eles seja o individualismo. Do mesmo modo que falamos sobre educação, as redes vão se formando. O conceito original se perde e logo vem outra novidade, sem que tenhamos digerido a de ontem.

revistapontocom – Então o que podemos esperar no evento deste ano?
Luiz Fernando Gomes – O evento tenta dar um passo além nessa discussão sobre as tais redes sociais. Propusemos como tema a discussão sobre os usos sociais da escrita (letramento) e do computador conectado e seus reflexos sobre as comunidades. Queremos discutir de que modo a tecnologia tem abalado ou provocado a escola no sentido de olhar além de seus conteúdos programáticos tradicionais e incluir neles o uso das linguagens verbal, audiovisual e verbovisual para, por exemplo, conectar pessoas e comunidades entre si. Entender como se dão os processos de letramento na educação não-formal, nas lan houses e quiosques e a cultura da transmídia. Esperamos que os pesquisadores voltem para suas instituições e salas de aula inspirados não apenas a inserir tecnologia no cotidiano escolar, mas dispostos a provocar mudanças profundas nos modos como nos relacionamos com a escola, com a educação e com a sociedade.

Fonte http://www.revistapontocom.org.br

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ferramenta Pesquisa

Ensinar aos alunos a pesquisar corretamente é fundamental. Escolher um tema e fazer uma pesquisa não é o suficiente, devemos orientar na busca dos temas e perguntas, mostrar recursos de pesquisas e direcioná-los às fontes seguras para se obter um resultado satisfatório.
A habilidade de encontrar informações e interpretá-las deve ser desenvolvida já no ensino fundamental para que essa prática aperfeiçoe a apresentação do ponto de vista do aluno sem que seja apenas uma prática de copiar e colar uma informação.
Para facilitar e organizar o aprendizado do processo da pesquisa o aluno deve seguir pelo menos esses seis passos básicos a seguir:

• 1- Definir o Tema ou Pergunta Definir o tema de estudo, criar uma pergunta ou situação problema, isso é definido pelo próprio professor ou deixar livre ao aluno.

• 2- Encontrar fontes seguras Sites indicados pelos professores ou de instituições educacionais, livros educacionais, artigos publicados, entrevistas de especialistas, não utilizar somente um site de busca como recurso da pesquisa, etc.

• 3- Interpretar as informações encontradas Interpretar tudo o que foi lido durante a pesquisa, escolher informações que são necessárias para desenvolver o conteúdo do trabalho.

• 4- Desenvolver a produção escrita Fazer esquemas dos conteúdos e organizar os conhecimentos adquiridos para fazer um aprofundamento do tema da pesquisa, não copiar, mas sim explicar com as próprias palavras, interpretação das informações

• 5- Publicar ou expor em forma de amostra ou apresentação Mostrar os resultados em publicações, debates, palestras, murais, seminários, apresentação em vídeos ou slides

• 6- Apresentar a bibliografia utilizada. Apresentar ao final da pesquisa todas as fontes consultadas, ou seja, lidas, exemplos: livros, sites, enciclopédias digitais, bibliotecas virtuais, revistas, artigos, etc.


Fontes:
· Revista Nova escola
· Introdução à metodologia do trabalho cientifico - 7ª edição de Maria Margarida de Andrade
Com informções do Blog da professora Denise (Laboratório de Informática)