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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Com tablets, empréstimo de livros virtuais é desafio para bibliotecas



Com a popularização dos e-readers (leitores eletrônicos) entre alunos, o empréstimo de livros nas escolas brasileiras passa por um processo de adaptação. Colégios públicos e particulares investem e incentivam o uso de tablets e similares, e os estudantes começam a se familiarizar com a leitura de textos virtuais em dispositivos portáteis. Mas como as bibliotecas estão lidando com essa nova plataforma de leitura?
Na 15ª Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, ocorrida no início de setembro, dois dias foram dedicados à discussão do papel da biblioteca no empréstimo de e-books, da democratização no acesso à leitura e dos desafios impostos com o surgimento de novas tecnologias, um cenário inimaginável há menos de duas décadas, quando existiam poucos aparelhos e eles ainda eram grandes e caros.
Conforme explica o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, há duas linhas principais em estudo que se apresentam como possibilidades para implantação de uma biblioteca para empréstimo de e-books no Brasil. "Uma delas, que vigora na Europa e nos Estados Unidos, indica o empréstimo de livros que são baixados e, depois de alguns dias, desaparecem do suporte utilizado, fazendo com que termine o prazo de uso. A outra se daria por meio do ciberespaço, da chamada 'nuvem'. Dentro desse conceito, os livros ficariam em uma rede disponível a todos e o leitor não chega a baixar os arquivos. Neste caso, haveria a necessidade de pagar uma mensalidade para que o usuário acessasse as obras".
Desde o último dia 5, a Gol Editora já disponibiliza uma biblioteca virtual no endereço www.nuvemdelivros.com.br. "Temos dados que nos propiciam fazer uma biblioteca em nuvem no Brasil, e fazendo com que isso seja popular. O País é o terceiro mercado de computadores do mundo e tem a quinta maior planta de celulares, com mais aparelhos do que habitantes. Esses são fatores que favorecem a implantação de uma rede para a leitura virtual", afirma Jonas Suassuna, presidente do grupo, que pretende disponibilizar seis mil obras a partir de outubro ao custo de R$ 0,99 por semana.
Esse modelo, no entanto, não é unanimidade. "O Brasil é um muito País muito grande e com peculiaridades bem distintas em cada região. Creio que para alcançarmos a tão falada inclusão digital, o ideal seria que o empréstimo de livros virtuais fosse gratuito, como nas bibliotecas convencionais", detalha a professora do curso de biblioteconomia da Universidade Federal de Brasília (UnB), Mônica Regina Perez.
Os piratas do Brasil
Segundo dados da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos, quase 200 mil downloads ilegais de livros foram realizados no País nos últimos dois anos por meio de 50 mil links "alternativos". "Na França, em 2010, o número de livros pirateados foi de, no máximo, 3%. Ou seja, existe segurança para que o empréstimo e a comercialização não sejam irregulares", comenta Amorim.
Sócia-proprietária do site de hospedagem e gerenciamento virtual de livros Alexandria Online, Raquel Mattes acredita que o download ilegal é "uma resposta ao preço caríssimo das obras". "Durante o governo Lula, os livros foram desonerados de qualquer imposto e, mesmo assim, os preços não baixaram. Esse tipo de pirataria só pode ser combatida quando tivermos preços acessíveis à população", diz.
Para Suassuna, a utilização da nuvem seria uma forma de combater a pirataria, já que não é possível baixar o livro e, assim, não daria para copiá-lo.
Livros na rede sem qualquer custo
Enquanto se discute a melhor forma de distribuição do conteúdo, projetos como o Domínio Público (www.dominiopublico.gov.br), do governo federal, que disponibiliza, por exemplo, a obra completa de Machado de Assis, e o Gutenberg (www.gutenberg.org), em inglês, que busca a democratização da leitura por meio da distribuição gratuita de livros em formato digital, ganham espaço. Em ambos os casos, são colocados à disposição do internauta obras cujos direitos autorais já estão liberados para uso.
Com uma proposta um pouco diferente, o Scridb (pt.sTerracribd.com) se anuncia como "o maior clube do livro do planeta". Nele, o leitor compartilha textos com outras pessoas e pode, assim como nos sites já citados, encontrar algumas obras de livre circulação. O problema segue sendo as obras "fechadas", cujo interesse econômico por trás ainda vigora.
Empreste um livro para um amigo
Para esses casos, ainda existe a possibilidade de uma troca entre amigos, que segue viva nas plataformas virtuais. O mais popular leitor de e-books da atualidade, o Kindle, da Amazon, permite o empréstimo de livros virtuais desde novembro do ano passado. O processo é feito de um equipamento para o outro. O usuário que empresta fica 14 dias sem acesso à obra para que o amigo possa ler. Depois desse tempo, ela é bloqueada para quem pegou emprestado e "devolvida" ao dono. Processo muito semelhante a um empréstimo de um livro de papel.
Independentemente da postura adotada, o importante é procurar uma adequação às mudanças que a tecnologia impõe ao hábito de ler. "A biblioteca precisa buscar alternativas para se adaptar a esse processo. A tecnologia está disponível em qualquer lugar e a qualquer momento, e não necessariamente onde está a biblioteca. Logo, ela não pode mais esperar que o usuário vá até a instituição para buscar títulos ou realizar pesquisas, ela precisa ir onde o leitor estiver, disponibilizado obras raras e coleções exclusivas, para atrair o mesmo", ressalta o professor de tecnologia da informação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Antônio Luiz Mattos.
 Fonte: Terra

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Brasil sobe em ranking que avalia a competitividade no setor de TI

O Brasil subiu uma posição no ranking que avalia a competitividade no setor de tecnologia da informação de 66 países. A pesquisa, feita pelo Economist Intelligence Unit e pela Business Software Alliance (BSA), foi divulgada nesta terça-feira (27).
De acordo com a organização do estudo, a melhora no desempenho do país foi puxada pelo bom ambiente de negócios, pelo número de estudantes e empregos em TI e pelas melhoras no ambiente jurídico. Apesar disso, o país perde pontos por tributação excessiva e baixa penetração de PCs e banda larga.
Nesta edição do estudo, o Brasil subiu para o 39º lugar geral, à frente de países com o México, a Argentina e a Colômbia. Desde a primeira realização do ranking, em 2007, o Brasil já subiu quatro posições --a última lista foi divulgada em 2009.
Entre os países que mais posições subiram, destacam-se a Índia --que subiu dez posições--, a Malásia, o Cingapura, a Alemanha, o México e a Polônia. Os primeiros cinco países do ranking são Estados Unidos, Finlândia, Cingapura, Suécia e Reino Unido.
O estudo avalia as condições de 66 países em seis fatores considerados "fundamentais" para a competitividade no setor de tecnologia da informação: o ambiente de negócios, a infraestrutura de TI, o capital humano, ambiente de pesquisa e desenvolvimento, ambiente jurídico e suporte ao desenvolvimento do setor.
"De forma geral, as superpotências de TI já estabelecidas em nível global estão mantendo sua força, mesmo diante da crise econômica. No entanto, novos concorrentes avançam sobre esse domínio", comentou Frank Caramuru, diretor da BSA no Brasil.

Por G1

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ensino vive a 'Era da Tecnologia' em sala de aula

A aula é sobre espaços geográficos. A turma do 2º ano do Ensino Fundamental do Colégio Motiva, localizado em João Pessoa, entra na sala multimídia e se concentra em frente a uma lousa digital. O equipamento, projetor de imagem e sensível ao toque, será usado pelo professor para completar o assunto visto da forma tradicional em sala.
Com essa tecnologia os alunos podem visualizar em cores e 'em tempo real' o globo terrestre, a cidade onde vivem, as ruas; até que a imagem de satélite do 'google earth' vai se aproximando e as crianças começam a identificar elementos da própria paisagem. “Olha o colégio, a piscina, aquele prédio”, apontam os alunos animados e bem à vontade com o assunto.
“Essa lousa é legal. Vou gostar de tudo nessa aula”, comentou Rafael Rocha, um dos alunos escolhidos pelo educador para auxiliar na aula e tocar na lousa. E ferramentas como essa, incluídas nas Tecnologias da Comunicação e da Informação (Tics), têm sido introduzidas no espaço da escola com a intenção de otimizar a assimilação do conteúdo e trazer para sala aquilo que faz parte da realidade dos alunos.
A metodologia, porém, é nova e não tem seus efeitos comprovados. Já existem várias pesquisas que tentam mensurar os diferentes tipos de impacto que a introdução dessas Tics podem ter em sala, mas elas não chegaram a um denominador comum e não há como afirmar o quanto esse recursos influenciam no aprendizado dos alunos e até no resultado de provas.
“Essas pesquisas chegaram a diferentes conclusões: umas mostram resultados positivos, enquanto outras dizem que a tecnologia não é eficiente. Mas, o fato é que as Tics vieram para ficar, já que com ou sem escola fazem parte da vida de todos”, aponta Guilherme Canela , coordenador de Comunicação e Informação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Jornal da Paraíba

Escolas usam robótica para educação tecnológica



Há aproximadamente 15 anos era impossível imaginar uma aula de inglês com o auxílio de uma TV LCD ligada a um computador (com internet banda larga) e ainda tendo como recurso uma prancheta digital móvel, também conectada ao monitor.
“Com essas ferramentas se abrem possibilidades para que haja retorno”, comenta Rafael Cunha, coordenador de tecnologia da Escola Internacional Cidade Viva, localizada em João Pessoa.
O colégio, que funciona há quase dois anos, nasceu tendo como um dos pilares a educação tecnológica: todas as salas de aula são equipadas com computador conectado à internet de banda larga e ligado a uma TV LCD de 42 polegadas. A instituição também dispõe de três pranchetas digitais e um laboratório de informática com 40 netbooks.
“Toda fundamentação do projeto de tecnologia é de adequar o conteúdo à realidade dos jovens de hoje. Eles são cercados de aparelhos de comunicação e tecnologia, qualquer atividade que não envolva isso é obsoleto para eles, fora da realidade”, aponta Rafael Cunha, comentando que as classes complementam o conteúdo visto didaticamente em sala com aulas mais práticas.
A de robótica é um exemplo dessa combinação. “Hoje eles vão montar uma máquina de escrever, contextualizando o que estão aprendendo sobre a escrita no Japão”, esclareceu a professora do 5º ano, Kátia Nauricaa, enquanto estava com os estudantes na sala específica para essa atividade.
“Com a robótica, eles treinam a concentração, o raciocínio lógico e aprendem a trabalhar em equipe. Cada um recebe uma função dentro do grupo, fazendo com que respeitem a individualidade do outro. Tem o apresentador do projeto, aquele que monta, o que cuida das peças etc”, explicou.

Jornal da Paraíba

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

MEC muda parâmetro que estabelece valor mínimo por aluno

A partir de 2012 as redes públicas receberão mais por cada aluno matriculado em creches de tempo integral ou em ensino médio no campo. O Ministério da Educação publicou nesta quinta-feira no Diário Oficial novos valores para ponderação sobre o custo mínimo por aluno para estabelecer quanto deve ser repassado por cada matrícula.
Estudantes em creches em tempo integral passam a receber 1,3 vezes o custo mínimo por aluno nacional - que já foi estabelecido em R$ 2.009,45 por matrícula para o próximo ano. Com isso, no caso de matrículas nesta etapa de ensino, as redes precisam investir R$ 2.612,28 por criança. Até este ano, a ponderação era de 1,2 vezes o mínimo.

A mudança iguala para creches em atendimento integral o que já era praticado para pré-escola, ensino fundamental e médio em tempo integral. No caso de creches em tempo parcial, no entanto, o valor continua sendo de 0,8 do mínimo, ou R$ 1.607,56 por aluno.
Para o ensino médio no campo a mudança foi de 1,25 vezes para 1,3 vezes a base. Como isso, cada matrícula nesta fase em escolas rurais receberá em 2012 os mesmos R$ 2.612,28, cem reais a mais do que seria calculado pelo fator de ponderação anterior.
O custo por aluno estabelecido pelo MEC para 2012 continua abaixo do Custo Aluno Qualidade (CAQi) defendido pela Campanha Nacional pela Educação e aprovado pelo Conselho Nacional de Educação em resolução que não foi nem homologada e nem descartada pelo ministro Fernando Haddad.

IG 
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

TICs na educação?



Por Marcus Tavares

Luiz Fernando Gomes é, atualmente, presidente da Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (ABEHTE). Professor do programa de pós-graduação em Educação e responsável pelo Centro de Educação e Tecnologia da Universidade de Sorocaba (Uniso), Luiz está à frente da coordenação-geral do IV Encontro Nacional de Hipertexto e Tecnologias Educacionais, que será realizado nos dias 26 e 27 de setembro, em São Paulo.

O evento reunirá cerca de 400 pesquisadores/professores de todo o país com o objetivo de discutir sobre a interface tecnologia e educação no contexto contemporâneo, em especial as redes sociais. Em meio a uma série de compromissos por conta da organização do evento, o professor Luiz Fernando Gomes conversou com a revistapontocom. Direto e crítico, Luiz reflete sobre o real papel e possibilidades das tecnologias na sala de aula, sem marketing e milagres. “Não é tecnologia que muda, que melhora a educação. São as pessoas”, destaca.

Acompanhe:

revistapontocom – Pode-se dizer que o Brasil já avançou, de fato, na discussão entre TICs e educação?
Luiz Fernando Gomes – O Brasil é imenso e é difícil pensar nele como um todo, especialmente quando se trata de educação. Mas, se pensarmos em termos de acesso à internet, não há dúvida que esse acesso aumentou, embora muito mais lentamente do que gostaríamos. O computador baixou de preço e vem aí uma banda larga por trinta e poucos reais (mas não vem a internet via rede elétrica, como foi prometido…). Não sei se vejo com bons olhos o simples aumento do acesso. Junto à tecnologia vem a ideologia, as linguagens e os usos esperados. Numa ponta, aumenta o acesso, mas noutra, disseminam-se formas hegemônicas de ser, ver e de estar no mundo. Gostaria que a popularização do acesso fosse acompanhada de propostas de letramento que auxiliassem as pessoas a se inserir no mundo desta “nova escrita” de forma mais crítica e consciente. Utilizar hardwares e softwares é mais fácil, digamos, do que lidar com as linguagens e com o potencial do meio digital. Parece-me que a escola ainda não conseguiu, em seu currículo, trabalhar/superar a fase do “adestramento” para uso de softwares e hardwares. É necessário, urgentemente, que ela comece a ver o computador, como meio/canal de comunicação, como um artefato cultural e também como uma cultura. Ele funciona dentro de um contexto social e cultural. Há que se ter uma visão mais ampla. Há que se considerar sempre o “outro”, que não é outro computador, mas uma pessoa, um cidadão. É a partir do outro que a escola deveria começar a trabalhar. Há muitas práticas, muitas tentativas. Os resultados são variados e contraditórios, o que não é um mal em si. Na impossibilidade de termos uma teoria única e absoluta sobre a relação entre tecnologia e educação, uns pesquisam, outros copiam, outros repetem e outros ignoram. É assim até hoje com certas teorias linguísticas, certas pedagogias. Também não há uma relação direta entre tecnologia e aprendizagem, de modo que não se pode acreditar que a tecnologia em qualquer situação e contexto será melhor do que sem a tecnologia. A tecnologia não é “do bem”, tanto quanto “o progresso nem sempre é para frente.” A exclusão social começa pela exclusão linguística, pois é na linguagem que o sujeito se estabelece e se (re)conhece. Portanto, a presença de computador, do laboratório, traz o acesso, mas não há necessariamente algum progresso social advindo desse acesso. Não há relação direta entre melhoria na qualidade de vida das pessoas que residem, por exemplo, na periferia, e o acesso a um quiosque de máquinas conectadas oferecido pelo governo. Educação é política. Pois educação é para a cidadania, é para a coletividade, é para a sociedade. Seus reflexos devem ser sentidos na sociedade em que se insere e em seu entorno. Não é a tecnologia que muda, que melhora a educação. São as pessoas.

revistapontocom – Então a presença das TICs não fazem tanta diferença assim na aprendizagem?
Luiz Fernando Gomes – Com o conhecimento distribuído entre homens e máquinas é possível que nossas teorias de aprendizagem não dêem conta de como funciona a aprendizagem/cognição em situações de simbiose homem-máquina. Talvez o behaviorismo, o cognitivismo e o interacionismo não sejam suficientes. George Siemens, pesquisador canadense, defende o conectivismo. Mas ainda é uma teoria em construção. É razoável pensar em uma pessoa aprendendo com a outra, mas aprendendo com um computador é diferente. O conhecimento não está e não cabe na cabeça de uma única pessoa, ele está distribuído e a nossa noção do que é saber fica abalada. Saber é também, agora, saber encontrar, saber mobilizar. Claro que uma pessoa pode aprender frações sem computador. Mas se com um programa “X” essa aprendizagem for mais profunda, mais rápida, por que não utilizar o computador? Usamos, em cada época, em cada tempo, a tecnologia que nos é disponível. Não faz sentido rejeitá-la sem mais nem menos. A questão não é a tecnologia que se usa. A questão é a crença, diria mesmo fetiche, de que tudo é melhor com tecnologia. De que ela é a solução (ou mesmo parte dela). Não é. Mas, sim, pode ser. Fazem alarde do uso de notebooks, lousas digitais, celulares e outros tantos apetrechos nas escolas, mas isso é parte do marketing, do “ar de modernidade” que se quer passar. Pergunte ao filósofo Giorgio Agamben (ou acompanhe nosso seminário hipertexto 2011) e você verá que moderno é estar entre o não ainda e o já passou. Ele diz que nem a moda é moderna, pois os desenhos da coleção deste verão, na verdade, foram pensados, rascunhados, cerzidos e alinhavados na temporada de verão passado. As passarelas são do passado. Elas são fora de moda! E as modelos são démodé por definição.

revistapontocom – O senhor concorda que o hipertexto chegou meio que atropelando a escola? Ela nem havia ainda resolvido a sua relação com a mídia televisiva e já estava diante de um outro meio de comunicação: mais poderoso, impactante e revolucionário.
Luiz Fernando Gomes – A escola é lenta, paquidérmica. Nesse modelo que vem de séculos, não cabe a agilidade dos tempos de hoje. Ela tem problemas contemporâneos e tenta resolvê-los com medidas modernas do passado. Suspende, chama os pais etc. Olha sempre para trás. Não consegue ensinar para o futuro, apenas para o passado. Essa escola não está sintonizada para lidar com a liquidez [modernidade líquida, conceito do sociólogo Zigmunt Bauman] do mundo e para o desmanche da solidez da modernidade. O que ocorre é que a tecnologia é veloz e voraz. Ela tem pressa e não tem permanência. Ela quer ser consumida em gadgets e softwares, mas não quer saciar. Nunca será o bastante. A tecnologia atropelará cada vez mais a pedagogia. Os educadores sequer clamavam por tecnologia. Ela invadiu o cotidiano escolar causando problemas, mudando, desestabilizando, modificando a arquitetura das salas, laboratórios (antes eram os de Química e de Biologia). Enquanto os professores discutiam se aquilo era bom ou ruim, os alunos já haviam decidido que, sem saber se é bom ou não, “é o que todo mundo está fazendo”, e ninguém quer ser um “outsider”. A escola parece que não se importa em ser… A escola tentou (tenta) controlar a tecnologia com regulamentação sobre uso de celular em suas dependências, criar regras e criminalizar os usos e “abusos”. Ou a escola muda ou os alunos mudam… de escola. Os jovens ligam-se em comunidades virtuais, aprendem colaborativamente e desqualificam a escola. Mas há uma coisa importante: nós valemos pelo que recusamos. Rejeitar também é uma forma de ser crítico e cético. Com a tecnologia, a escola tem que ser, ao mesmo tempo, crítico e cético, mas não voltar às costas para o problema.

revistapontocom – Sempre quando se fala em TICs e educação, procuramos bons exemplos e práticas para serem, a medida do possível, reproduzidos em outras realidades. O senhor poderia indicar alguns exemplos e práticas?
Luiz Fernando Gomes – As “boas práticas” são sempre boas em seus contextos. Uma boa aula na sala “A” pode ser um desastre na sala “B” no mesmo dia, dada pelo mesmo professor. Decidir o que é bom, útil, necessário, não é papel do professor, da diretoria ou de qualquer outro superior hierárquico. O que é bom deve ser decidido e negociado com a comunidade/bairro onde a escola se insere. Entram todos: moradores, alunos, pais, professores, diretores, auxiliares. A comunidade é o currículo. É em função dela que as práticas devem ser adotadas e no olhar dela é que as práticas devem ser analisadas e criticadas.

revistapontocom – De que forma o seminário Hipertexto vem contribuindo para a melhoria da relação ensino/aprendizagem das e nas escolas?
Luiz Fernando Gomes – O professor da UFPE, Antonio Carlos Xavier, foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (ABEHTE) e seu primeiro presidente. Fez muito pela ABEHTE. Tem um trabalho consistente na área de estudos de hipertexto. A presidência da associação é itinerante: elege-se nova diretoria a cada dois anos. Uma das principais atividades da ABEHTE é a realização dos encontros nacionais. Os três já realizados foram coordenados pelas diretorias anteriores. Teremos, agora sob minha gestão, no IV Encontro mais de 400 pessoas dos quatro cantos do país. Isso mostra a quantidade de pesquisadores envolvidos com estudos sobre hipertexto e o cotidiano escolar. A quase totalidade dos trabalhos que será apresentado nos Grupos de Discussão refere-se a atividades desenvolvidas em sala de aula. São pesquisas de pesquisa de campo. O mesmo se pode dizer das oficinas e minicursos. Assim, embora a ciência não esteja vinculada à aplicação prática das teorias que desenvolve e dos processos que estuda, há uma relação muito consistente entre teoria e prática no caso dos estudos sobre hipertexto. Como os estudos sobre o hipertexto não são exclusividade de uma área do saber, o evento reúne pesquisadores das áreas de educação, lingüística, lingüística aplicada, comunicação, literatura e informática. Dentre eles muitos são professores também.

revistapontocom – O tema deste ano é a interface da escola com as redes sociais. Por quê?
Luiz Fernando Gomes – A ideia original da internet era conectar computadores de forma a distribuir os dados e informações, de modo a protegê-los, pois em caso de um ataque (era o tempo da Guerra Fria) num servidor, outros teriam os mesmos dados e informações. Com o advento dos PCs, a rede aumentou, mas logo se percebeu que a rede era mais que uma conexão entre computadores, e sim entre pessoas. Com os programas tipo Orkut e Facebook, a ideia era conectar não mais pessoas isoladas, mas ligá-las por algo que tivessem em comum. A isso se chamou redes sociais. De fato, esses programas mencionados não são redes – o termo social é praticamente desnecessário – o homem vive em sociedade, é um ser social, então suas redes de relacionamento são sociais! Essas redes apenas potencializam a formação de redes. A rede somos nós. As pessoas que delas participam desde, bem claro, que haja ações realizadas por seus membros! Uma rede é mais que ter nomes de pessoas ligados ao seu perfil! A maioria das pessoas inscreve-se nas redes para estarem juntas, para aumentarem sua visibilidade e seu capital social. Torna-se um “must”. As pessoas se encontram nas redes de que fazem parte, se identificam nas “comunidades” e sentem-se pertencendo a algum “lugar” ou “turma” como se dizia antigamente. Não importa muito se isso é bom ou ruim. Bom é estar junto. Esse é o hiperindividualismo [conceito do sociólogo Gilles Lipovetsky]. Mesmo que os objetivos sejam pessoais ou egoístas, as pessoas se inscrevem em comunidades. Interessante, pois comunidade indica ter algo em comum. Às vezes têm mesmo, mas pode ser também que o que haja de mais em comum entre eles seja o individualismo. Do mesmo modo que falamos sobre educação, as redes vão se formando. O conceito original se perde e logo vem outra novidade, sem que tenhamos digerido a de ontem.

revistapontocom – Então o que podemos esperar no evento deste ano?
Luiz Fernando Gomes – O evento tenta dar um passo além nessa discussão sobre as tais redes sociais. Propusemos como tema a discussão sobre os usos sociais da escrita (letramento) e do computador conectado e seus reflexos sobre as comunidades. Queremos discutir de que modo a tecnologia tem abalado ou provocado a escola no sentido de olhar além de seus conteúdos programáticos tradicionais e incluir neles o uso das linguagens verbal, audiovisual e verbovisual para, por exemplo, conectar pessoas e comunidades entre si. Entender como se dão os processos de letramento na educação não-formal, nas lan houses e quiosques e a cultura da transmídia. Esperamos que os pesquisadores voltem para suas instituições e salas de aula inspirados não apenas a inserir tecnologia no cotidiano escolar, mas dispostos a provocar mudanças profundas nos modos como nos relacionamos com a escola, com a educação e com a sociedade.

Fonte http://www.revistapontocom.org.br

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ferramenta Pesquisa

Ensinar aos alunos a pesquisar corretamente é fundamental. Escolher um tema e fazer uma pesquisa não é o suficiente, devemos orientar na busca dos temas e perguntas, mostrar recursos de pesquisas e direcioná-los às fontes seguras para se obter um resultado satisfatório.
A habilidade de encontrar informações e interpretá-las deve ser desenvolvida já no ensino fundamental para que essa prática aperfeiçoe a apresentação do ponto de vista do aluno sem que seja apenas uma prática de copiar e colar uma informação.
Para facilitar e organizar o aprendizado do processo da pesquisa o aluno deve seguir pelo menos esses seis passos básicos a seguir:

• 1- Definir o Tema ou Pergunta Definir o tema de estudo, criar uma pergunta ou situação problema, isso é definido pelo próprio professor ou deixar livre ao aluno.

• 2- Encontrar fontes seguras Sites indicados pelos professores ou de instituições educacionais, livros educacionais, artigos publicados, entrevistas de especialistas, não utilizar somente um site de busca como recurso da pesquisa, etc.

• 3- Interpretar as informações encontradas Interpretar tudo o que foi lido durante a pesquisa, escolher informações que são necessárias para desenvolver o conteúdo do trabalho.

• 4- Desenvolver a produção escrita Fazer esquemas dos conteúdos e organizar os conhecimentos adquiridos para fazer um aprofundamento do tema da pesquisa, não copiar, mas sim explicar com as próprias palavras, interpretação das informações

• 5- Publicar ou expor em forma de amostra ou apresentação Mostrar os resultados em publicações, debates, palestras, murais, seminários, apresentação em vídeos ou slides

• 6- Apresentar a bibliografia utilizada. Apresentar ao final da pesquisa todas as fontes consultadas, ou seja, lidas, exemplos: livros, sites, enciclopédias digitais, bibliotecas virtuais, revistas, artigos, etc.


Fontes:
· Revista Nova escola
· Introdução à metodologia do trabalho cientifico - 7ª edição de Maria Margarida de Andrade
Com informções do Blog da professora Denise (Laboratório de Informática) 

Financiamento estudantil

Renovação de contrato poderá ser feita até 31 de outubro


Os estudantes atendidos pelo financiamento estudantil devem renovar o contrato a cada semestre (foto: arquivo MEC-ACS)O prazo para a renovação de contratos novos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) foi prorrogado até 31 de outubro de 2011. Publicada nesta sexta-feira, a Resolução nº 4/2011 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) autoriza a medida para os aditamentos (renovações) simplificados e não simplificados do segundo semestre de 2010 e do primeiro semestre deste ano.

“Essa prorrogação do prazo vale apenas para os contratos firmados depois da Lei nº 12.202, de 14 de janeiro de 2010”, afirma o diretor financeiro do FNDE, Antônio Corrêa Neto. “A renovação deve ser feita por meio do Sistema Informatizado do Fies (SisFies), disponível nas páginas eletrônicas do Ministério da Educação e do FNDE.”

A resolução também define o prazo de 3 de outubro a 31 de dezembro de 2011 para o aditamento do segundo semestre de 2011, relativo aos contratos novos, celebrados a partir da publicação da Lei nº 12.202/2010.

Os contratos do Fies devem ser renovados semestralmente. Nos aditamentos simplificados, em que os alunos apenas atualizam os dados pessoais e o valor da semestralidade, sem impacto no valor total do contrato, basta entrar no sistema e fazer a alteração. As atualizações são analisadas pela Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da instituição de ensino. Após a validação da CPSA, o aditamento é processado.

Quando há alterações mais profundas no contrato — como troca ou alteração na renda do fiador, mudança no estado civil do estudante ou impacto no valor global —, o aditamento é considerado pelo sistema como não simplificado. Nesse caso, o próprio sistema gera um documento, a ser levado ao banco para que o aditamento seja realizado.

A Resolução nº 4/2011 do FNDE foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 16, seção 1, página 20.

Assessoria de Comunicação Social do FNDE
Palavras-chave: educação superior, Fies, renovação, FNDE
Com informações do Blog da Professora Juraci

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Oferecer graduação em site de compras é absurdo, diz especialista

Assim como em compras coletivas de perfumes, livros e viagens, a venda de cursos de graduação, com descontos que chegam a 80%, também têm conquistado espaço na internet. Empresas de venda virtual perceberam a oportunidade de oferecer vagas em instituições de ensino para estudantes que não teriam condições de pagar pelos preços "normais" dos cursos e também de garantir mais visibilidade para faculdades pequenas. Para o pesquisador da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) João Beauclair, oferecer esse tipo de desconto em cursos de graduação "é um absurdo".
Segundo o pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia Diferencial da Ufam, o problema é que a novidade pode provocar maior desistência entre os universitários, uma vez que os alunos podem se matricular sem pensar no futuro, apenas no preço baixo. "É fundamental analisar este sintoma, em que o mais importante está sendo o preço, e não as escolhas vocacionais", afirma.
Apesar de não ditar regras sobre a participação de instituições de ensino em sites de compras coletivas, o Ministério da Educação (MEC) também pede cautela para os alunos que queiram fazer uso deste sistema. Por meio de sua assessoria, o ministério afirmou que recomenda às pessoas interessadas a pesquisar no site do MEC a situação da instituição na qual pretendem estudar. De acordo com o órgão, é essencial verificar se a mesma está credenciada, se seus cursos estão autorizados e se já há reconhecimento da instituição para expedição de diploma - ou se, ao menos, esse processo foi iniciado. Para o MEC, não adianta pagar barato e concluir uma graduação em um curso irregular ou de baixíssima qualidade.

Descontos e propaganda

Foi com o objetivo de captar mais universitários que a Faculdade Hélio Rocha, em Salvador (BA), aderiu aos serviços do site Clube Educação. Um curso de bacharelado em Administração, por exemplo, é oferecido com 47% de desconto, o que diminui a mensalidade de R$ 722 para R$ 388. "Além de captar mais alunos, nós conseguimos propaganda virtual para a faculdade e facilitamos o acesso das pessoas", diz Fernanda Mehmeri, coordenadora acadêmica geral da Hélio Rocha.
Sócio-diretor do site Mais Estudo, Marcus Zillo explica que o grande benefício para as faculdades é o fato de o número de matrículas aumentarem devido aos baixos preços. De acordo com ele, não existe um padrão de clientes. "Trabalhamos com todo tipo de instituição, desde pequenas regionais a grandes com presença nacional", diz, destacando como os principais parceiros as Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), de São Paulo, a Anhanguera e a Estácio, ambas com ofertas para ensino à distância.
Assim como em compras coletivas tradicionais, a venda de cursos de graduação também segue a lógica de quanto maior a procura, menor o preço do produto. Somente este ano, o site Mais Estudo vendeu cursos para cerca de 30 mil alunos, tendo pelo menos 35 instituições cadastradas. Com a alta procura, alguns descontos chegam a 80%.
Para Zillo, o sucesso se deve ao fato de as necessidades de um público muito específico estarem sendo atendidas. "São jovens em sua grande maioria da classe C que não têm condições de pagar o valor total de uma universidade", diz. No início de 2011, os cursos mais procurados foram o de Administração, Gestão de Recursos Humanos, Direito e Pedagogia.
Pelo fato de os sites de compra coletiva ainda não terem regulamentação, a política de adesão é ditada por eles mesmos. O futuro universitário confirma a compra pagando uma taxa de adesão de cerca de R$ 20. Após ser aprovado no processo seletivo da universidade, o estudante apresenta o certificado de desconto no momento da matrícula. Mensalmente, o valor da promoção é descontado do documento de pagamento do aluno.
As empresas que oferecem os cursos não concordam que o sistema pode provocar desistências, pela "compra por impulso". Uma das políticas dos sites de venda coletiva educacional é estabelecer critérios para que o aluno mantenha o desconto até o final do curso. Quem não tiver bom rendimento ou frequência corre o risco de perdê-lo. Para o gerente de marketing do site Clube Educação, Luis Romel, a crença é de que os alunos tendam a não trancar a faculdade nem abandonar o curso para não perder o desconto.

Por noticias.terra.com.br

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Aprendendo nas redes sociais

Fenômeno regente do mundo moderno, as redes sociais vão além do “ver e ser visto” e já passam a ser utilizadas como importantes ferramentas de articulação para ações de desenvolvimento, mobilização, e porque não de aprendizado. Páginas como Orkut, Twitter, Facebook e Youtube há muito tempo deixaram de ser meros instrumentos de entretenimento, e integram também métodos para o benefício do ensino-aprendizagem.


O uso dessas redes na educação visa, sobretudo, diminuir as distâncias entre a realidade cotidiana dos alunos e aquilo que eles vivem dentro da escola. Doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Paris, Alex Sandro Gomes irá detalhar como o uso das redes sociais podem corroborar para o desenvolvimento pedagógico do aluno, em seu minicurso “Fenômenos de aprendizagem em redes sociais educativas”, dentro da programação do 9º Congresso Internacional de Tecnologia na Educação. “As redes sociais não são uma moda passageira, mas uma dramática mudança nas formas de comunicação. Os professores precisam experimentar essa inovação, entrar em uma rede, fazer seu perfil, conhecer as funcionalidades, para poder tirar o melhor proveito, adiantou Alex Gomes. 
 
Com informações do Blog tecnaeducacao2011
 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

15 de setembro, 5ª feira, é o último dia para se inscrever no curso “Aprendizagem Baseada em Projetos”



Faltam apenas três dias para encerrar o prazo de inscrição para o curso “Aprendizagem Baseada em Projetos”, promovido pelo Instituto Votorantim em conjunto com a Intel. O objetivo da iniciativa é auxiliar os professores a aperfeiçoar o entendimento e a aplicação da metodologia de projetos em salas de aulas, tendo como base a integração efetiva da tecnologia como ferramenta de aprendizagem.
A oportunidade é destinada a todos os professores da rede municipal e estadual de ensino das 26 cidades participantes do projeto Parceria Votorantim pela Educação. Durante o curso, os participantes terão condições de aprimorar suas habilidades no desenvolvimento de planos de aula mais elaborados que poderão servir de modelos para a aplicação de novas atividades com os estudantes.
O curso tem duração de 40 horas e está marcado para acontecer no período de 3 de outubro a 30 de novembro. São cinco módulos, dos quais cada um contém de três a seis lições interativas com exercícios de introdução e/ou exploração de conceitos.
Para participar o único pré-requisito exigido é que os professores tenham conhecimento intermediário em tecnologia. O curso inclui atividades a serem desenvolvidas online e offline e pode ser realizado de forma não linear de acordo com a disponibilidade de cada educador.
Se você ainda não fez sua inscrição, fique atento ao prazo e não deixe de aproveitar essa oportunidade para investir na sua formação e no desenvolvimento de seus conhecimentos.
Para saber mais detalhes sobre a programação, a relação de municípios do projeto e a forma de inscrição, clique aqui e acesse a página do curso disponível no Blog Educação.

Por Cleide Quinália / Blog Educação

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Inscrições ao 5º Prêmio Professores do Brasil



 Iniciativa vai premiar as melhores experiências pedagógicas realizadas em escolas públicas de todo o País

As melhores experiências pedagógicas desenvolvidas ou em desenvolvimento por professores das escolas públicas, em todas as etapas da educação básica e que, comprovadamente, tenham sido ou estejam sendo exitosas no enfrentamento de situações-problema poderão concorrer ao Prêmio Professores do Brasil, que está em sua quinta edição. A iniciativa do Ministério da Educação (MEC) busca reconhecer e valorizar os educadores brasileiros e conta com a parceria da Fundação SM, Intel, Instituto Votorantim e Abrelivros (Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares), além do apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI).
As inscrições estarão abertas até o dia 15 de setembro. A ficha de inscrição, o regulamento e demais informações sobre a premiação estão disponíveis no site www.premioprofessoresdobrasil.mec.gov.br. Serão premiados 40 professores de todas as etapas da educação básica: educação infantil, ensino fundamental 1 (do 1º ao 5º ano), ensino fundamental 2 (do 6º ao 9º ano) e ensino médio. Os vencedores receberão uma premiação no valor de R$ 5 mil, além de diploma e troféu.
Todos os trabalhos inscritos serão recebidos pelo Instituto Federal de Pelotas, responsável pela análise dos documentos, conforme o regulamento do Prêmio. Já a avaliação dos trabalhos será feita por uma comissão de educadores e especialistas convidados pelo Ministério da Educação.
A solenidade de entrega do prêmio acontece em Brasília no final do ano, com a presença dos vencedores, que têm todos os custos de viagem pagos pela premiação. Além da cerimônia de entrega dos troféus, os educadores participarão do Seminário Prêmio Professores do Brasil, que possibilita a troca de experiências entre os educadores de escolas públicas de diversas regiões do Brasil.

Por Pluricom Comunicação Integrada

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Aberto edital para bolsas de doutorado nos Estados Unidos

Pós-Graduação

Aberto edital para bolsas de doutorado nos Estados Unidos


Doutorandos brasileiros podem se candidatar às bolsas de estudos, na modalidade sanduíche, nos Estados Unidos, por meio de cooperação entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Comissão Fulbright. O Programa Capes-Fulbright de Estágio de Doutorando nos EUA 2012-2013 concederá até 50 bolsas de estudos com duração de nove meses, e tem como objetivo desenvolver as pesquisas realizadas por doutorandos no Brasil e estreitar as relações bilaterais entre os dois países. Os interessados têm prazo até 15 de outubro para se candidatar.

A seleção acontecerá em cinco fases: consistência documental, análise de mérito, entrevistas, priorização das candidaturas e reunião conjunta. Os resultados finais deverão ser divulgados em dezembro deste ano.

Os bolsistas receberão, pela Capes, mensalidade para cobrir as despesas relativas a moradia, alimentação e transporte local no valor de US$ 1.300 (R$ 2.160), auxílio instalação de US$ 990 (R$ 1.643), pagamento de eventuais taxas para acesso às instalações da instituição e auxílio deslocamento ou passagem aérea de ida e volta para o translado Brasil-EUA-Brasil, a critério da agência.

Pela Comissão Fulbright são concedidos auxílio-pesquisa para o período de nove meses, variando entre US$ 2 mil (3.320) e US$ 7 mil (R$ 11.623), de acordo com a instituição norte-americana, e seguro saúde. A critério da Comissão Fulbright, o doutorando poderá participar de curso intensivo de língua inglesa nos EUA, com até quatro meses de duração, imediatamente anteriores ao início das atividades acadêmicas, incluindo estadia, taxas e material didático.

Diego Rocha

Acesse o edital
Mais informações:
Correio eletrônico Capes - Comissão Fullbright
Telefones (61) 2022-6657 (Capes) e (61) 3248-8605 (Comissão Fulbright)

Palavras-chave: Capes, doutorado
FONTE: PORTAL DO MEC.

Estudantes fazem marcha em Brasília para pedir mais investimento em educação

Da Agência Brasil
Brasília – A União Nacional dos Estudantes (UNE) está com representantes em Brasília para pedir mais investimentos para a área de educação. Depois de realizar uma marcha na região central da cidade, os estudantes esperam ser recebidos, nesta tarde, no Congresso Nacional e também pela presidenta Dilma Rousseff.
A UNE disse ter reunido 10 mil estudantes no protesto, que percorreu as ruas desde o Banco Central até a Esplanada dos Ministérios. Mas, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, a marcha reuniu cerca de 3 mil pessoas.
Os estudantes reivindicam a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país para a educação, o investimento de 50% do fundo do pré-sal e redução de juros. “O Brasil vive um momento importante, vem se destacando como uma forte economia. Neste momento, investimentos em educação são prioritários para o desenvolvimento do país”, disse o presidente da UNE, Daniel Lliescu.
O presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Yann Evanovick, que veio do Amazonas para apoiar o movimento, destacou a necessidade de mais assistência estudantil, melhoria nas escolas e universidades. Ele também chamou a atenção para a evasão escolar no ensino médio. “Hoje, 50% dos jovens que estão no ensino médio abandonam os estudos, ou seja, milhares de estudantes deixando as escolas”, disse Evanovick.
Os estudantes reivindicam ainda melhor remuneração para os professores e ampliação das vagas nas universidades públicas. O pernambucano Ângelo Raniere, diretor na UNE, disse que, além de ampliar as vagas no ensino superior, o governo precisa garantir estrutura adequada para a educação.
A estudante Camila Vallejo, presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (FECh), ativista nos protestos estudantis chilenos que reuniram milhares de estudantes nos últimos dias, também participou da marcha. Camila veio ao Brasil com objetivo de elaborar uma agenda política com a UNE. Ela quer alertar sobre as violações dos direitos humanos e sobre a falta de democracia no Chile.
Para Lliescu, além de apoiar os estudantes chilenos nas questões relativas aos direitos humanos, o movimento estudantil brasileiro pode trocar experiências com o Chile. “Há algo em comum na luta estudantil dos dois países, que é a grande participação do setor privado do ensino superior. Defendemos a regularização do ensino superior privado, é preciso garantir uma educação de qualidade", observou.
Edição: Lana Cristina
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Vídeo americano traduzido pela equipe Projetos Pedagógicos Dinâmicos a fim de inquietar os professores para o desafio de educar no século XXI.



MEC vai distribuir tablets para alunos de escolas públicas em 2012



O Ministtro da Educação, Fernando Haddad, divulgou nesta quinta-feira que o governo vai distribuir tablets a escolas públicas a partir do próximo ano. A informação foi confirmada durante palestra a editores de livros escolares, na 15ª Bienal do Livro. O objetivo, segundo o ministro, é universalizar o acesso dos alunos à tecnologia.
Haddad afirmou que o edital para a compra dos equipamentos será publicado ainda este ano. "Nós estamos investindo em conteúdos digitais educacionais. O MEC investiu, só no último período, R$ 70 milhões em produção de conteúdos digitais. Temos portais importantes, como o Portal do Professor e o Portal Domínio Público. São 13 mil objetos educacionais digitais disponíveis, cobrindo quase toda a grade do ensino médio e boa parte do ensino fundamental."
Segundo Haddad, o ministério está em processo de transformação. "Precisamos, agora, dar um salto, com os tablets. Mas temos que fazer isso de maneira a fortalecer a indústria, os autores, as editoras, para que não venhamos a sofrer um problema de sustentabilidade, com a questão da pirataria", disse.
Haddad não soube precisar o volume de tablets que será comprado pelo MEC, mas disse que estaria na casa das "centenas de milhares". Ele destacou que a iniciativa está sendo executada em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
"O MEC, neste ano, já publica o edital de tablets, com produção local, totalmente desonerado de impostos, com aval do Ministério da Fazenda. A ordem de grandeza do MEC é de centenas de milhares. Em 2012, já haverá uma escala razoável na distribuição de tablets", concluiu. 

Agência Brasil